EVEREST - 1952

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A história da conquista do Everest - 1952Tema:Montanhismo
Autor: Airton Ortiz
Data: 24/5/2001
Face Sul do Aconcágua
Foto: Airton Ortiz


A situação não estava nada boa para os britânicos, cujo espírito chauvinista os fazia se considerarem com direitos exclusivos, não apenas sobre o Everest, mas sobre toda a área do Himalaia. Em 1950, a primeira montanha com mais de 8.000 metros, o Annapurna, foi conquistada por um francês, Maurice Herzog, em uma jornada em que atribuiu a uma série de milagres o fato de ter escapado com vida.

Após a expedição de reconhecimento do Khumbu, (foto 11) em 1951, a competição estava estabelecida. Os suíços conseguiram uma permissão para tentar escalar o Everest, em 1952, com o que os britânicos teriam que esperar para o próximo ano. E uma expedição francesa foi marcada para 1954.

Surpreendentemente, os suíços concordaram com uma expedição mista, anglo-suíça, esperando contar com a grande experiência de Eric Shipton no Khumbu, decisão que acabou desgostando ambos os lados. Os suíços escolheram Tenzing Norgay como seu sirdar. Ele os tinha em alta estima porque fora com uma expedição de suíços que o sherpa conseguira escalar seu primeiro pico, em 1947, apesar de há dezessete anos trabalhar para expedições estrangeiras. Esta seria a sexta vez que tentaria o Everest.

A expedição partiu de Katmandu na primavera e passou por Jiri, Nanche Bazar e Gorak Shep, onde montaram o Acampamento-base, após um extenuante trekking de 23 dias. Eles armaram cinco acampamentos entre Gorak Shep e a cabeça do Cwm Ocidental.

Os alpinistas atravessaram o Vale do Silêncio e chegaram ao Colo Sul pelo Esporão de Genebra. Tenzing Norgay e Raymond Lambert atacaram a crista sudeste e escalaram até 8.600 metros, pouco abaixo do Cume Sul, partindo de um acampamento adicional e apoiados por um grande trabalho logístico dos carregadores sherpas. Provavelmente teriam alcançado o cume, se não houvesse falhado o equipamento de oxigênio. Mas um novo recorde em altitude estava estabelecido.

No outono do mesmo ano os suíços voltaram ao Everest. Eles seguiram até o Colo Sul pelo flanco do Lhotse, abrindo uma nova rota, adotada até hoje pelos alpinistas, a chamada rota normal. Mas chegaram apenas a 8.100 metros.

Esta segunda tentativa realizada após as monções ficou notória por sua má sorte, mau planejamento e pelos ferozes ventos de grande altitude, além da morte do sherpa Mingma Dorje, soterrado por um deslizamento de neve. No mesmo ano uma equipe russa, ao tentar escalar pelo lado tibetano, teve seus seis alpinistas mortos por uma avalanche.

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