sábado, 16 de abril de 2011

10372 - DEPRESSÃO

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A demência é provocada por lesões nas áreas cortical e subcortical do cérebro, onde residem as funções intelectuais superiores, como a consciência, a elaboração da linguagem, a automatização dos movimentos, a memória e a aprendizagem.

Como estas lesões podem ser, de acordo com as suas características, originadas por diferentes situações, existem vários tipos de demência.

O tipo de demência mais frequente corresponde à doença de Alzheimer, na qual o cérebro apresenta uma quantidade considerável de pequenas lesões irreversíveis, denominadas placas senis, provocadas pela acumulação de várias substâncias que alteram a estrutura e o funcionamento das células nervosas. Embora a acumulação destas substâncias seja um fenómeno típico do envelhecimento, na doença de Alzheimer ocorre de forma mais intensa e/ou precoce. Os mecanismos e as causas desta doença são muito complexos e ainda não são exactamente conhecidos. De qualquer forma, sabe-se que existe uma certa predisposição genética para se sofrer da doença, já que é muito mais frequente entre algumas famílias do que na população em geral.

Um outro tipo muito frequente é a demência multi-enfartes, em que o cérebro apresenta inúmeras áreas afectadas por enfartes, ou seja, zonas de tecido morto provocado por uma insuficiente perfusão. As causas mais frequentes destes enfartes múltiplos são a hipertensão, a aterosclerose (formação de placas de ateroma nas artérias encefálicas) e os acidentes vasculares cerebrais.

Por fim, numa menor proporção de casos, a demência é provocada por outros problemas, como o alcoolismo, tumores cerebrais, insuficiência hepática ou renal, doença de Parkinson e coreia de Huntington.

Sintomas e evolução

As manifestações são bastante diferentes, pois dependem da localização das lesões. Para além disso, enquanto que na doença de Alzheimer as manifestações vão-se evidenciando lentamente e vão evoluindo de forma progressiva, na demência multi-enfartes costumam surgir de forma brusca e, embora também se vão progressivamente intensificando, acabam por provocar oscilações.

A manifestação inicial mais frequente é a perda de memória. De início, são apenas pequenos esquecimentos, dos quais o paciente tem consciência, como nomes de pessoas e objectos ou factos muito concretos. No entanto, em fases mais avançadas, o paciente tem dificuldade em recordar, na sua totalidade, episódios da sua vida recente e passada, sem ter consciência disso; para contrariar este facto, tenta compensar estas lacunas, inventando histórias incoerentes e extravagantes. Nos casos mais graves, estas invenções adquirem a dimensão e o carácter repetitivo dos delírios.

Outra manifestação muito comum é a dificuldade em realizar movimentos automatizados, como os efectuados ao pentear-se, barbear-se, limpar-se, vestir-se ou comer. À medida que a doença vai evoluindo, estas dificuldades tendem a agravar-se de tal forma que o paciente acaba, também, por perder a capacidade de compreender o significado destes actos, já que ao ver um pente ou um garfo, o indivíduo não sabe qual a utilidade destes objectos.

Uma outra manifestação característica são as alterações, progressivamente mais graves, da linguagem, pois o paciente tem o hábito de não se recordar ou reconhecer o nome dos objectos, começa a utilizar um vocabulário cada vez mais pobre, comete erros gramaticais muito evidentes, tem grandes dificuldades em entender o que dizem e pronuncia as palavras com grande dificuldade ou de forma incorrecta.

Por fim, uma outra manifestação muito comum é a instabilidade emocional, pois as pessoas com demência costumam evidenciar alterações bruscas do seu estado de ânimo e no relacionamento, alternando momentos de irritabilidade com euforia, de riso com choro, de comunicabilidade com total indiferença.

Na maioria dos casos, as manifestações vão-se intensificando e aumentando com o decorrer do tempo, de tal forma que, nas fases mais avançadas, o paciente está desorientado e incapaz de viver sozinho, pois não sabe quem é, de onde é, com quem vive, que ano é e não se recorda para que servem os objectos mais comuns nem como se realizam as actividades quotidianas elementares como a alimentação ou a higiene pessoal e, por vezes, também não consegue controlar as suas necessidades fisiológicas. Nesta fase, os pacientes necessitam de acompanhamento permanente da família ou devem ser internados num centro especializado.

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INFORMAÇÕES ADICIONAIS

O médico responde [+]
O meu marido tem 78 anos e constatei que, para além de ter perdido a rapidez mental que sempre o caracterizou, também se esquece com alguma frequência dos nomes das pessoas ou de algumas coisas. Tenho receio que estas manifestações sejam o princípio de uma demência...


Estes tipos de esquecimentos são, até um certo ponto, típicos do processo de envelhecimento. De qualquer forma, convém que se tenha atenção a esta situação, porque se estes esquecimentos sem importância se transformam em "lacunas" na memória do seu marido - por exemplo, que não se recorde dos factos ocorridos nos últimos dias -, talvez seja recomendável consultar um especialista, pois nesse caso pode, de facto, tratar-se do princípio de uma demência.


Tratamento [+]


Caso a demência seja provocada por outras doenças, o seu correcto tratamento pode melhorar significativamente o prognóstico ou conseguir a cura definitiva dos sintomas. No entanto, como a demência é provocada, na maioria dos casos, por lesões encefálicas irreversíveis, o seu tratamento apenas visa atenuar as manifestações e preservar ao máximo a qualidade de vida do paciente.

É recomendável que o paciente frequente, durante as primeiras fases da doença, um centro especializado para que receba a devida ajuda psicológica e prática, algo que será extremamente útil para que possa enfrentar, no futuro, com mais recursos, determinadas situações complicadas: por exemplo, a incontinência ao nível das necessidades fisiológicas ou dificuldades em se alimentar, limpar e vestir.

A ajuda e atenção dadas pelos familiares e pelos amigos do paciente também são muito benéficas. De qualquer forma, nas fases mais avançadas da doença, como o paciente necessita de atenção permanente e cuidados especiais, é recomendável proceder ao internamento temporário ou, caso seja necessário, definitivo do paciente num centro hospitalar especializado.

Para além destas medidas de acompanhamento gerais, geralmente, costuma-se recorrer com alguma frequência à administração de vários tipos de medicamentos para atenuar os sinais e sintomas, como tranquilizantes e antipsicóticos. Ao longo dos últimos anos têm surgido medicamentos que melhoraram, até um certo ponto, o rendimento intelectual e atrasaram a evolução dos pacientes afectados com doença de Alzheimer, o que prenuncia a chegada de um tratamento eficaz num futuro próximo.

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