2872- HISTÓRIA DA METOROLOGIA

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História da Meteorologia (parte 1)

Luiz Fernando Bindi

Conhecida desde 3 séculos a.C., a meteorologia vem sendo mais popularizada atualmente pelas previsões do tempo de TV, jornal e rádio.

Meteorologia ao longo da história O "Meteorologica" de Aristóteles (340 a.C.) é o tratado mais antigo que diz respeito a assuntos meteorológicos. Embora boa parte deste tratado seja inexata para a Meteorologia moderna, principalmente por tratar conceitos meteorológicos com um enfoque filosófico, o trabalho de Aristóteles foi respeitado como a autoridade em Meteorologia durante cerca de 2.000 anos.


Busto de Aristóteles
Este trabalho apresentou o conhecimento da atmosfera da época e incluiu tópicos como nuvens e nevoeiros, chuva, vento, raios e trovões e mudanças climáticas. O manuscrito foi intitulado Meteorologica porque naquele tempo, qualquer partícula vinda da atmosfera, ou que estivesse em suspensão nesta atmosfera, era chamada de meteoro. Atualmente, distingue-se meteoros (partículas extraterrestres) e hidrometeoros (partículas de água ou gelo na atmosfera). IDADE MÉDIA As ciências físicas contribuíram para a Meteorologia, notadamente pela invenção de instrumentos para medição de condições atmosféricas. A primeira destas invenções foi o higrômetro. Os filósofos gregos pareciam entender os fundamentos de como a água circulava entre a superfície e a atmosfera até mesmo sem instrumentos. Porém, a água em seu estado de vapor é invisível; por conseguinte, menos compreendida.

Nicholas de Cusa
Os questionamentos relativos às propriedades desta água invisível conduziram à invenção de um instrumento de medida da umidade pelo matemático alemão Nicholas de Cusa em 1450. Logo após, surgiram o cata-vento de Leonardo Da Vinci (aproximadamente em 1500) que de forma grosseira mostrava a direção e intensidade dos ventos e o termômetro de Galileu (1593). No século 17, foi desenvolvido um instrumento para medir pressão atmosférica - o barômetro (1643). A invenção do barômetro é atribuída a Evangelista Torricelli (à direita), um matemático italiano que foi discípulo de Galileu. Ao longo do século 17, foram desenvolvidos termômetros diferentes e questionadas as escalas e precisão destes instrumentos. Em 1714, Gabriel Daniel Fahrenheit construiu um termômetro de mercúrio que foi o primeiro a conter uma escala fidedigna para medir temperaturas baixas (congelamento da água - 32°F) e altas (ebulição da água - 212°F).

Gabriel Daniel Fahrenheit (à esquerda) e Anders Celsius (à direita)
Em 1742, o astrônomo sueco, Anders Celsius, propôs uma escala centesimal para os termômetros, mais fácil de usar para trabalhos científicos. Celsius definiu como ponto de congelamento da água, a graduação 100 e como ponto de ebulição, a graduação 0. O inverso desta escala (0°=congelamento; 100°=ebulição) que é usadda atualmente foi introduzida em 1743 por Jean Pierre Christin de Lyons. Em 1862, Lord Kelvin, matemático escocês e físico, propôs uma escala de temperatura absoluta. Mesmo com muitas melhorias que ainda seriam feitas (e ainda são feitas atualmente), ao final do século 18, a determinação de temperatura na atmosfera daquela época pode ser considerada satisfatória em termos de qualidade quando compara aos nossos dias. Leia amanhã, na continuação deste artigo, meteorologia no Século XX.
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