domingo, 27 de maio de 2012
FLORA DO NORDESTE
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Caatinga
Por Caroline Faria
Muitas vezes confundida com o Cerrado, a Caatinga é um ecossistema típico do nordeste brasileiro.
A caatinga constitui uma paisagem bastante peculiar, uma vez que mesmo em região semi-árida, ainda apresenta uma fauna e uma flora bastante diversificadas com alto grau de endemismo.
A flora se constitui de espécies xerófitas (formação seca e espinhosa resistente ao fogo e praticamente sem folhas) e caducifólias (que perdem as folhas em determinada época do ano) totalmente adaptadas ao clima seco com predominância de cactáceas e bromeliáceas. O extrato arbóreo apresenta espécies de até 12 metros de altura, o arbustivo, de até 5 metros e o extrato herbáceo apresenta vegetação de até 2 metros de altura. As principais representantes do reino vegetal são: a aroeira, o mandacaru, o juazeiro e a amburana.
A fauna apresenta cerca de 47 espécies de lagartos, sendo 7 de anfibenídeos: espécies de lagartos sem pés. 45 espécies de serpentes, 4 de quelônios (família das tartarugas) e 44 espécies de anuros (sapos e rãs).
O clima na região da caatinga é bastante árido e com precipitação anual em torno de 300 a 800 mm. Na região da caatinga vivem cerca de 20 milhões de brasileiros que convivem com os longos períodos de estiagem e a irregularidade climática.
Pela região passam os rios São Francisco e Parnaíba que percorrem a região da caatinga e recebem a contribuição de diversos afluentes que nascem ali.
Em alguns locais podemos encontrar os chamados brejos, verdadeiros oásis no meio do deserto. Mesmo em épocas de seca intensa, quando a caatinga se assemelha a um deserto, os brejos são locais ricos em nutrientes e bastante propícios ao cultivo e à subsistência de variadas espécies animais.
Mas, devido ao crescimento populacional na região nordeste do país e ao fato de estar bastante próximo ao litoral, a caatinga já foi muito modificada pelo homem.
Presente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais, é também a região que apresenta as localidades com menor concentração de renda do país, o que de certa forma, contribui para a degradação ambiental, à medida que praticamente não há planejamento ou fiscalização ambiental.
Na época de colonização do Brasil, grandes porções de terra da caatinga foram utilizadas para o estabelecimento de monoculturas como a cana-de-açúcar e de extensas áreas para pastoreio.
Abalando ainda mais a fragilidade da caatinga, foram construídos açudes com o intuito de possibilitar a expansão das plantações e criações. Mas, o intenso e equivocado processo de irrigação gerou, em muitos lugares, a salinização do solo tornando-o impróprio para a agricultura. Atualmente, cerca de 40 mil km² da caatinga já foram transformados em deserto.
Leia também:
Desmatamento da Caatinga
Fontes:
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/biomas/bioma_caatinga/index.cfm
http://www.ibama.gov.br
Data de publicação: 29/08/2007
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