domingo, 10 de junho de 2012

ATAQUE VIKING AO MOSTEIRO DE LINDISFARNE E MASSACRE DOS MONGES

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GEO More Sharing ServicesCompartilhe | Share on facebookShare on myspaceShare on googleShare on twitter Alfred, o Grande o rei-guerreiro guardião da Inglaterra Lutando contra os vikings e propagando a cultura romana, o rei de Wessex ganhou fama e poder. Hoje é considerado o pai do império britânico POR ELTON O. S. MEDEIROS O “GRANDE EXÉRCITO” NA INGLATERRA Como os anglo-saxões haviam feito nos séculos V e VI, os escandinavos passaram a atacar a Inglaterra, até que no final do século VIII os ataques tornaram-se freqüentes. Um dos primeiros relatos é datado de 789, ao sul da Inglaterra quando um grupo de vikings havia chegado à costa, e um emissário do rei, acreditando serem mercadores, foi até eles para exigir que o acompanhasse até a presença de seu senhor. A resposta dos vikings foi exterminá-lo e saquear a região. Mas o mais famoso, sendo o que causou maior impacto, foi o ataque de 793 ao mosteiro de Lindisfarne, na costa da Northumbria, o qual se convencionou como o início da chamada “Era Viking”, que se estenderá até o século XI, com a batalha de Stamford Bridge, quando o último governante tipicamente viking (Harald Hardrada, rei da Noruega) morrerá em 1066. Em Lindisfarne, os invasores saquearam e incendiaram o mosteiro, e os monges que não morreram provavelmente foram levados e vendidos como escravos. As notícias do ataque chocaram toda a cristandade da época. Alcuíno de York, que estava na corte de Carlos Magno, escreveu a Æthelred, rei da Northumbria: “Vêde, há quase trezentos e cinqüenta anos que nós e nossos antepassados vivemos nessa bela terra e nunca antes apareceu na Inglaterra horror como o que acabamos de sofrer dos pagãos (...) Olhai a igreja de São Cuthbert manchada com o sangue dos padres de Cristo, roubada de todos os seus ornamentos (...)”. Pouco a pouco os ataques passaram a ser mais intensos, basta lermos a Crônica Anglo-Saxônica para comprovarmos isso. No início os ataques ocorriam em períodos mais esparsos de tempo, mas aos poucos eles se tornaram mais ininterruptos; o primeiro ataque registrado data de 789 e o segundo em 793, já o terceiro só irá acontecer em 832-835. A partir deste último ataque, as investidas passam a ser freqüentes: 833-836, 837-840, 838-841, 839-842, 845, 851-853 e assim continua até os tempos de Alfred o Grande. O “Grande Exército”, como ficou conhecido pela historiografia o exército viking, atuou aproximadamente de 865 a 874 na Inglaterra, de 874 a 892 permaneceram no continente e retornaram em torno de 892 permanecendo até 896. A partir de então passaram a ter mais derrotas que vitórias e muitos de seus integrantes resolveram se fixar nos territórios conquistados da . Aos pouco foram se dispersando e o Grande Exército desaparecendo. Entre seus principais líderes podemos citar os irmãos Halfdan e Ivar Ragnarsson e Guthrum, com quem o rei Alfred estabeleceu a paz e as fronteiras dos territórios entre os anglo-saxões e os escandinavos. Ilustração medieval de Edmund, o Mártir, sendo executado pelos invasores vikings ALFRED, REI DE WESSEX CONTRA OS VIKINGS Com a morte de seu irmão, Alfred ascendeu ao trono de Wessex num dos momentos mais críticos de toda a sua história. Alfred sabia que naquele momento não haveria como obter uma vitória militar sobre os vikings. Desta forma, entre 871-872 Wessex e Mercia teriam “estabelecido a paz” com os invasores (ou seja, teriam pago tributo) e o vikings acabaram se retirando para Londres. Até 873, eles acabaram retornando para Mercia e expulsando o rei Burgred e estabelecendo o rei-fantoche Ceowulf em seu lugar. Por volta de 874-876 o primeiro exército, que havia chegado em 865, decidiu se fixar, surgindo então a chamada (os territórios ocupados pelos vikings), tendo por base o reino viking de York. Enquanto isso o exército que tinha chegado em 871 ainda pretendia invadir Wessex. Eles se estabeleceram em Cambridge durante um ano, enquanto se preparavam para ações futuras. Com a morte de seu irmão, Alfred ascendeu ao trono de Wessex num dos momentos mais críticos de toda a sua história Até 877 Wessex e os vikings mantiveram diversas negociações e trocas de reféns, evitando um confronto aberto por ambas às partes, o que poderia envolver uma perda desnecessária de homens e dinheiro; uma vez que através das negociações os resultados pareciam ser muito mais vantajosos tanto para os anglo-saxões quanto para os vikings. Entretanto, em 878 os vikings iniciaram um ataque contra Wessex, mais precisamente a distrito real de Chippenham. Provavelmente os vikings sabiam que Alfred estava lá celebrando o Natal e pretendiam captura- lo. O rei, porém, conseguiu escapar e refugiouse nos pântanos de Somerset, estabelecendo uma fortificação em Athelney. Durante este período de refugio do rei, muitos anglo-saxões sem saber onde ele estava, ou acreditando mesmo que ele estivesse morto, acabaram se submetendo ao vikings. Imagem do século XIX apresenta o herói viking Ragnar, acorrentado e preso pelo exército por Elle, rei do Estado inglês de Northumbria. Invasão massiva foi justificada como vingança dos escandinavos PÁGINAS :: << Anterior | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | Próxima >> Assine as publicações do núcleo Ciência & Vida. Matérias, novidades acadêmicas, reportagens e muito mais. Edição nº50 SUMÁRIO DA EDIÇÃO MATÉRIA DE CAPA REPORTAGENS TESTEMUNHA OCULAR EDIÇÕES ANTERIORES EXPEDIENTE FILOSOFIA LEITURAS DA HISTÓRIA PSIQUE SOCIOLOGIA AGENDA ARTIGOS Cadastre-se e fique atualizado diariamente com nosso conteúdo. Quero acessar... 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