quarta-feira, 28 de março de 2012

IONVASÃO HOLANDESA NA BAHIA

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Os holandeses invadiram o Brasil duas vezes primeiramente em 1624 ocuparam Salvador por um ano, em 1630 invadiram Pernambuco e durante 24 anos controlaram quase todo o Nordeste; e o motivo principal era o comércio do açúcar, e a região mais rica do mundo na produção do açúcar era Pernambuco. E os holandeses queriam controlar o comércio de açúcar na Europa.

O objetivo dos holandeses era chegar à região dos engenhos foram impedidos pelas Milícias dos Descalços; que eram guerrilheiros que queriam combater a invasão.

Em 1637 chegou a Pernambuco, nomeado pela Companhia das Índias (que foi criada pela Holanda para garantir a comercialização do açúcar brasileiro) o conde Maurício de Nassau que era um militar alemão, e chegava para consolidar o domínio holandês. Sua primeira iniciativa foi expandir a área conquistada criando assim um verdadeiro Brasil holandês; em 1637 Nassau estendeu o limite sul da Nova Holanda (nome dado pelos holandeses à região conquistada) até as margens do rio São Francisco, e perto da vila de Penedo fundou o forte Maurício.

O conde Maurício de Nassau promoveu grande progresso no Nordeste, no período do seu governo; fundaram-se hospitais e asilos e ruas foram pavimentadas.

No ano de 1640 um movimento em Portugal libertou o país do domínio espanhol, e em 1641 Portugal em briga com a Espanha, faz um trégua de dez anos com a Holanda e pouco mais tarde a trégua passou a vigorar também no Brasil, com o fim das tentativas de conquistas de outras terras Nassau passa a cuidar integralmente da administração do Brasil holandês.

A ADMINISTRAÇÃO DE NASSAU




O conde procurou conseguir a adesão dos senhores de engenho e da população à ocupação holandesa, não economizou dinheiro da Companhia da Índias com melhorias nas cidades, em festas para o povo e principalmente em empréstimos aos proprietários rurais para reorganização das lavouras destruídas durante as lutas, incentivou as artes e às ciências criando uma vida cultural desconhecida até então pelo Brasil colonial.

Na economia Nassau fez as primeiras tentativas para diversificar a agricultura no Nordeste e a pecuária no Rio Grande do Norte. No plano político ampliou a participação das camadas dirigentes, acrescentou-se judeus portugueses e comerciantes, metade dos representantes holandeses e a outra metade era luso-brasileiros. Em 1640 foi convocado o primeiro parlamento da América do Sul para criar uma legislação para o Brasil holandês.

Em 1644 encerra-se o governo de Nassau com a sua demissão aceita pela Companhia das Índias, com quem já estava em conflito há algum tempo devido aos seus gastos considerados excessivos.

A CRISE DO BRASIL HOLANDÊS


Com a partida de Nassau os conflitos entre os senhores de engenho e os comerciantes holandeses agravaram-se, pois os senhores não conseguiam efetuar os pagamentos dos empréstimos que foram feitos para as plantações, devido às inundações, epidemias entre os escravos, seca, e principalmente pela queda do preço do açúcar na Europa. Então a Companhia das Índias assumiu as dívidas dos plantadores junto aos comerciantes, com a partida de Nassau decidiu intervir nos engenhos e apreender a produção.

Em 1645 começou a rebelião dos pernambucanos contra o domínio holandês, os luso-brasileiros assumiram rapidamente o controle de todo o interior holandês, apenas os que estavam em Recife e Olinda resistiram durante nove anos com o apoio do governo da Holanda que mandava reforços e alimentos pelo mar, quando os holandeses enviaram uma expedição à Bahia que ocupou a ilha de Itaparica, Dom João VI que não queria se envolver diretamente nos conflitos contra os holandeses enviou um novo governador-geral para Salvador juntamente com uma esquadra e reforços, os holandeses foram então obrigados a se retirar da Bahia; em seguida Dom João VI enviou o mestre-de-campo Francisco Barreto de Menezes com missão de comandar a luta contra os holandeses em Pernambuco.

Com as tentativas de romper o bloqueio que os isolava em Recife, os holandeses por duas vezes enfrentaram os pernambucanos nos morros dos Guararapes e foram derrotados.

A Holanda em 1652 entra em guerra com a Inglaterra que é aliada de Portugal, então a Coroa portuguesa percebeu que poderia finalmente acabar com o impasse em Pernambuco e enviou em 1653 uma esquadra para fazer o cerco de Recife por mar. Os holandeses viram-se reduzidos à fome e finalmente em 1654 assinaram a capitulação. Mais tarde com a assinatura da Paz de Haia, os Países Baixos receberam de Portugal, uma indenização pela perda do Nordeste brasileiro e metade dessa quantia foi obtida com imposto especial cobrado no Brasil.

A HISTÓRIA DE HOLAMBRA




A história de Holambra começou em 5 de junho de 1948, logo após a Segunda Guerra Mundial, que havia devastado a Europa. Uma organização de agricultores católicos na Holanda (Katholieke Nederlandse Boeren- en Tuindersbond-KNBTB), mesmo antes da guerra já promovia a imigração de agricultores católicos, e enviou ao Brasil uma comissão, que idealizou, através do Sr. Geert Hevmeijer, a fundação de um núcleo de imigração coletiva, sendo exibido na Holanda documentários junto aos filiados à KNBTB, que, entusiasmados com tal possibilidade e com forte ligação com o clero católico holandês, pressionaram o governo para que viabilizasse o projeto junto ao governo brasileiro. Firmado o acordo entre os dois países, as autoridades governamentais na época eram: Juliana van Orange, Rainha Regente nos Países Baixos; Gen. Eurico Gaspar Dutra, Presidente do Brasil; Kleijn Molekamp; Embaixador de Sua Majestade, a Rainha da Holanda no Brasil; e Dr. Adhemar de Barros, Governador do Estado de São Paulo, o governo brasileiro concedeu empréstimos para aquisição da área onde seria instalada

a colônia. Então, há 52 anos, chegaram aqui os primeiros imigrantes holandeses, que se estabeleceram na Fazenda Ribeirão, fundando a Cooperativa Agropecuária da Holanda. O nome Holambra nasceu das iniciais HOL (de HOLanda), AM (de AMérica), e BRA (de BRAsil).



A Fazenda Ribeirão, que até então pertencia ao Frigorífico Armour, (no valor de dez milhões e quinhentos mil cruzeiros (dez mil contos), foi comprada com o empréstimo federal de três milhões de cruzeiros (três mil contos), pagos como sinal da compra, assumindo a Cooperativa o restante da dívida. A colonização da fazenda pelos imigrantes holandeses deve-se a um diverso grupo de pessoas, que na prática eram constituídas pelos senhores: Geert Heymeijer, líder da imigração para o Brasil, Jim v. Schwartzenau, membro da delegação holandesa no Rio de Janeiro; Willem Miltenburg, agricultor; e Henk Ruhe, horticultor, que se reuniram, 1948, por volta das 14 horas do dia 14 de julho, no Município de Moji Mirim, num lugar solitário, aproximadamente o centro da Fazenda Ribeirão, beirando o córrego Borda da Mata, com a junção do Ribeirão da Cachoeira, quando assim falou o primeiro: "O trabalho que agora vamos iniciar é difícil e de grande importância, rezemos um Pai Nosso". Após terem rezado juntamente o Pai Nosso, Geert Heymeijer tomou a pá e sob o pronunciamento de rogo "Deus abençoe o nosso trabalho" ficou a pá na terra e a revolveu. Em seguida os outros assim o fizeram. Com este ato foi dado início na Fazenda Ribeirão à instalação da primeira colônia no Brasil de católicos holandeses, que ficará sob a toda-poderosa proteção de Maria Imaculada e de seu Filho. Criou-se a Cooperativa Agropecuária do Núcleo Holandês de Ribeirão, logo Cooperativa Granjas Reunidas, em seguida denominada Cooperativa Agropecuária Holambra.

Sem permitir que se saísse capital do país, já que se reestruturava pós-guerra, a Holanda abriu exceção ao núcleo do Brasil, enviando gado, máquinas e outros materiais necessários para o empreendimento, juntando-se ao capital próprio. Os primeiros imigrantes eram, entre outros presentes, os senhores: Toon Cruysen, Antonius Johannes Schreurs, Petrus Gerardus Schreurs, George Barcum de Graaf e Peter Prange. Épocas muito difíceis, matas densas, de vegetação nativa tipo serrado fechado, com imensas colônias de formigueiros, "cupim"e alta incidência de capim "barba-de-bode", imediatamente iniciou-se um trabalho árduo e de união, de quem luta para vencer: destoca dos cerrados, aração dos pastos, e as construções das primeiras moradias, formadas por casa de colonos, tipo alvenaria, sempre pintadas com cal branca, erguidas com os próprios esforços e iluminadas por Deus e os lampiões a querosene.

As primeiras fontes econômicas advinham do gado leiteiro holandês, mas a pecuária fracassou em pouco tempo por diversas doenças desconhecidas no País. Quando o gado chegava no Brasil, ele tinha que ficar de quarentena, devido à "tristeza", causada pelo protozoário "Baberia Bisemina" (Piroplasmose / Anaplasmose). Porém, esse tempo o levava a adquirir outras doenças, como Febre Aftosa ou Cory Nebae Pyrogenes - o gado foi sendo dizimado. Voltaram as atenções para a agricultura, onde também surgiram problemas, desconheciam as técnicas de plantio das culturas locais, condições de clima e solo, ainda, com o adubo comprado no exterior a preços elevados, tinham grande despesas. A situação financeira da colônia foi se tornando crítica. Desencorajados, devido às dificuldades, vários colonos se desligaram da cooperativa, migrando para o Sul do Brasil.

Após reiterados pedidos de empréstimos ao governo holandês, os senhores Waveren e van Rogge, respectivamente economista e agrônomo, chegaram a Holandra em 1950, enviados pela Holanda para que analisassem a viabilidade do empréstimo. Juntos com os senhores G. Eijsink, P. Veld e J. Nabuurs, eleboraram o "Plano dos Vinte Hectares", no qual se propunha a divisão da Fazenda Ribeirão em Sítios e exploração diversificada. Posicionaram-se favoráveis ao pedido. Após a liberação do empréstimo, foi implantado o plano pelo então Presidente da Cooperativa, Sr. Charles Hogenboom e os sítios sendo adquiridos pelos sócios agricultores a partir de 1951.

Com a diversificação da produção, processada e comercializada pela Cooperativa Agropecuária Holambra, como a fabricação de toneladas de queijos, abate de aves, fabricação de ração, café e outros, aprimoramento das técnicas, foi-se estabilizando a colônia.



As primeiras sementes de gladíolos (palma-de-santa-rita) foram trazidas por novas levas de imigrantes a partir de 1958. Além de flores, plantava-se em Holambra uma vocação, que faria dela a "Cidade das flores".

Em l991, quando 98% dos habitantes votaram a favor da emancipação da cidade, Holambra tornou-se um município. Em 1993, ele empossou seus primeiros representantes dos poderes executivo e legislativo na prefeitura, vindo mais tarde a ter sua vocação para o turismo reconhecida pela lei nº 9.995, de 27 de abril de 1998, que a elevou à categoria de Estância Turística.

A mistura dos povos e sua cultura, proporcionou a construção de uma cidade pitoresca, charmosa, que atrai visitantes com suas construções típicas, cozinha saborosa e ar puro. Uma infra-estrutura hoteleira caracterizada pelo acolhimento, clima familiar e aconchego, firma-se na cidade.

Holambra já recebeu também inúmeros visitantes ilustres, entre estes, Assis Chateuaubriand (grande jornalista e o maior empresário de comunicação do Brasil, na época), e até mesmo o príncipe Bernardo. Alguns holandeses também vêm à Holambra, para conhecê-la.



Holambra é hoje, a maior produtora de flores e plantas da América Latina, respondendo por cerca de 30% do mercado. Então, é anualmente realizada a Expoflora, a maior feira e exposição de flores e plantas do continente, que acontece durante 20 dias, numa área de 200 mil metros quadrados, onde o visitante, com todo conforto e segurança poderá apreciar e adquirir as mais diversas variedades de flores e plantas, com atrações típicas holandesas, culinária tradicional e mais. O evento foi criado em 10 de Outubro de 1981, pelo dr. Afif Domingos, e atraiu, na época, 14000 pessoas. Hoje ele atrai mais de 200 mil turistas anualmente!



O relato dessa coragem, com todas as suas dificuldades e vitórias está retratada em quase 2 mil fotos, expostas no "Museu Histórico e Cultural de Holambra". Duas réplicas das primeiras casas, totalmente mobiliadas de acordo com a época, juntamente com tratores, maquinários, implementos agrícolas e objetos utilizados pelos pioneiros, ajudam a contar esta história.



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