sexta-feira, 20 de agosto de 2010

2591 - ENERGIA NUCLEAR

3 -ENERGIA NUCLEAR
O QUE É E ORIGEM
É a quebra, a divisão do átomo, tendo por matéria prima minerais altamente
radioativos, como o urânio (descoberto em 1938).
A energia nuclear provém da fissão nuclear do urânio, do plutônio ou do tório
ou da fusão nuclear do hidrogênio. É energia liberada dos núcleos atômicos,
quando os mesmos são levados por processos artificiais, a condições instáveis.
A fissão ou fusão nuclear são fontes primárias que levam diretamente à
energia térmica, à energia mecânica e à energia das radiações, constituindo-se
na única fonte primária de energia que tem essa diversidade na Terra.
Como forma térmica de energia primária, foram estudadas as aplicações da
energia nuclear para a propulsão naval militar e comercial, a núcleoeletricidade,
a produção de vapor industrial, o aquecimento ambiental e a
dessalinização da água do mar.
Apesar de polêmica, a geração da energia núcleo-elétrica é responsável pelo
atendimento de 18% das necessidades mundiais de eletricidade. São as
aplicações da ciência e tecnologia nucleares que resultam em benefícios mais
significativos, de amplo alcance e de maior impacto econômico e social.
ENERGIA NUCLEAR E O MEIO AMBIENTE
Durante a Segunda Guerra Mundial a energia nuclear demonstrou sua
potencialidade de causar danos, como ocorreu nas cidades de Hiroshima e
Nagasaki.
A energia nuclear traz benefícios para a sociedade, como a utilização das
radiações em múltiplas aplicações na medicina, indústria, agropecuária e meio
ambiente. Cada um desses usos insere esta energia em um determinado
campo de acontecimentos. Assim é que o uso medicinal a insere no ambiente
hospitalar e o uso na produção de energia elétrica, no âmbito das relações de
moradia e de iluminação pública, por exemplo. Em cada um desses ambientes
há uma potencialidade de danos e risco com algumas peculiaridades.
Os problemas ambientais estão relacionados com os acidentes que ocorrem
nas usinas e com o destino do chamado lixo atômico - os resíduos que ficam
no reator, local onde ocorre a queima do urânio para a fissão do átomo. Por
conter elevada quantidade de radiação, o lixo atômico tem que ser armazenado
em recipientes metálicos protegidos por caixas de concreto, que
posteriormente são lançados ao mar.
Os acidentes são devidos à liberação de material radioativo de dentro do
reator, ocasionando a contaminação do meio ambiente, provocando doenças
como o câncer e também morte de seres humanos, de animais e de vegetais.
Isso não só nas áreas próximas à usina, mas também em áreas distantes, pois
ventos e nuvens radioativas carregam parte da radiação para áreas bem
longínquas, situadas a centenas de quilômetros de distância.
PRINCIPAIS ACIDENTES NUCLEARES (ATÉ 1998)
Em 1957 escapa radioatividade de uma usina inglesa situada na cidade de
Liverpool. Somente em 1983 o governo britânico admitiria que pelo menos 39
pessoas morreram de câncer, em decorrência da radioatividade liberada no
acidente. Documentos secretos recentemente divulgados indicam que pelo
menos quatro acidentes nucleares ocorreram no Reino Unido em fins da
década de 50.
· Em setembro de 1957, um vazamento de radioatividade na usina russa
de Tcheliabinski contamina 270 mil pessoas.
· Em dezembro de 1957, o superaquecimento de um tanque para
resíduos nucleares causa uma explosão que libera compostos radioativos
numa área de 23 mil km2. Mais de 30 pequenas comunidades, numa área de
1.200 km², foram riscadas do mapa na antiga União Soviética e 17.200
pessoas foram evacuadas. Um relatório de 1992 informava que 8.015 pessoas
já haviam morrido até aquele ano em decorrência dos efeitos do acidente.
· Em janeiro de 1961, três operadores de um reator experimental nos
Estados Unidos morrem devido à alta radiação.
· Em outubro de 1966, o mau funcionamento do sistema de refrigeração
de uma usina de Detroit causa o derretimento parcial do núcleo do reator.
· Em janeiro de 1969, o mau funcionamento do refrigerante utilizado num
reator experimental na Suíça, inunda de radioatividade a caverna subterrânea
em que este se encontrava. A caverna foi lacrada.
· Em março de 1975, um incêndio atinge uma usina nuclear americana do
Alabama, queimando os controles elétricos e fazendo baixar o volume de água
de resfriamento do reator a níveis perigosos.
· Em março de 1979, a usina americana de Three Mile Island, na
Pensilvânia, é palco do pior acidente nuclear registrado até então, quando a
perda de refrigerante fez parte do núcleo do reator derreter.
· Em fevereiro de 1981, oito trabalhadores americanos são contaminados,
quando cerca de 100 mil galões de refrigerante radioativo vazam de um prédio
de armazenamento do produto.
· Durante a Guerra das Malvinas, em maio de 1982, o destróier britânico
Sheffield afundou depois de ser atingido pela aviação Argentina. De acordo
com um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica, o navio estava
carregado com armas nucleares, o que põe em risco as águas do Oceano
Atlântico próximas à costa Argentina.
· Em janeiro de 1986, um cilindro de material nuclear queima após ter sido
inadvertidamente aquecido numa usina de Oklahoma, Estados Unidos.
· Em abril de 1986 ocorre o maior acidente nuclear da história (até agora),
quando explode um dos quatro reatores da usina nuclear soviética de
Chernobyl, lançando na atmosfera uma nuvem radioativa de cem milhões de
curies (nível de radiação 6 milhões de vezes maior do que o que escapara da
usina de Three Mile Island), cobrindo todo o centro-sul da Europa. Metade das
substâncias radioativas voláteis que existiam no núcleo do reator foram
lançadas na atmosfera (principalmente iodo e césio). A Ucrânia, a Bielorússia e
o oeste da Rússia foram atingidas por uma precipitação radioativa de mais de
50 toneladas. As autoridades informaram na época que 31 pessoas morreram,
200 ficaram feridas e 135 mil habitantes próximos à usina tiveram de
abandonar suas casas. Esses números se mostrariam depois absurdamente
distantes da realidade, como se verá mais adiante.
· Em setembro de 1987, a violação de uma cápsula de césio-137 por
sucateiros da cidade de Goiânia, no Brasil, mata quatro pessoas e contamina
249. Três outras pessoas morreriam mais tarde de doenças degenerativas
relacionadas à radiação.
· Em junho de 1996 acontece um vazamento de material radioativo de
uma central nuclear de Córdoba, Argentina, que contamina o sistema de água
potável da usina.
· Em dezembro de 1996, o jornal San Francisco Examiner informa que
uma quantidade não especificada de plutônio havia vazado de ogivas
nucleares a bordo de um submarino russo, acidentado no Oceano Atlântico em
1986. O submarino estava carregado com 32 ogivas quando afundou.
· Em março de 1997, uma explosão numa usina de processamento de
combustível nuclear na cidade de Tokai, Japão, contamina 35 empregados
com radioatividade.
· Em maio de 1997, uma explosão num depósito da Unidade de
Processamento de Plutônio da Reserva Nuclear Hanford, nos Estados Unidos,
libera radioatividade na atmosfera (a bomba jogada sobre a cidade de
Nagasaki na Segunda Guerra mundial foi construída com o plutônio produzido
em Hanford).
· Em junho de 1997, um funcionário é afetado gravemente por um
vazamento radioativo no Centro de Pesquisas de Arzamas, na Rússia, que
produz armas nucleares.
· Em julho de 1997, o reator nuclear de Angra 2, no Brasil, é desligado por
defeito numa válvula. Segundo o físico Luiz Pinguelli Rosa, foi "um problema
semelhante ao ocorrido na usina de Three Mile Island", nos Estados Unidos,
em 1979.
· Em outubro de 1997, o físico Luiz Pinguelli Rosa adverte que estava
ocorrendo vazamento na usina de Angra 1, em razão de falhas nas varetas de
combustível.
Fonte de pesquisa:Jornal Ambientebrasil



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