quinta-feira, 29 de julho de 2010

2376 - HISTÓRIA DA IMPRENSA

A História da Imprensa no Brasil
Com medo de Napoleão Bonaparte e seu exército, a família real portuguesa veio instalar-se no Brasil em 1808, e uma da primeiras medidas adotadas por D. João foi abrir os portos brasileiros para as nações amigas.

A Inglaterra, por sua vez, se aproveitou disto para exercer sua influência sobre o Brasil. Os comerciantes ingleses deixaram seu país, vindo para o Brasil; com isto, trouxeram sua cultura e suas idéias. A chegada da corte também permitiu mudanças: foram fundadas novas escolas e o ensino superior foi implantado, assim, o grau de instrução dos estudantes tornou-se mais alto.

Ainda em 1808, D. João autorizou a Imprense Régia, sujeita a forte censura para impedir o aparecimento ou divulgação de qualquer coisa contra o reino, a família e os bons costumes.

No dia 10 de setembro de 1808 foi publicado o primeiro jornal brasileiro oficial: “A Gazeta do Rio de Janeiro”. Este publicava notícias sobre a natureza européia, documentos oficiais, as virtudes da família real, enfim, divulgava pontos a favor da família real e suas origens.

Havia também jornais não oficiais. “O Correio Brasiliense” ou “Armazém literário”, de Hipólito José da Costa, maçônico foragido que redigia o jornal na Inglaterra e exportava por meio de contrabando para o Brasil, tinha mais de 100 páginas. Era vendido, em média, uma vez por mês.

A Revolução do Porto pôs fim ao absolutismo português e exigiu a volta de D. João VI em 1820. O processo de independência foi acelerado com muitos grupos brasileiros por terem diferentes projetos.

Um dos maiores exemplos do papel da imprensa na independência foi o “Revérbero Constitucional Fluminense”, escrito por Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, em setembro de 1821. Em São Paulo, o primeiro jornal impresso só foi surgir em 1823; era o chamado “Farol Paulistano”.

O “Diário do Rio de Janeiro” era um jornal um pouco diferente. Ele levava a neutralidade ao extremo.

Após a independência, a imprensa viveu um período de agressões aos jornalistas e muitos tumultos. A aristocracia rural brasileira, liderada por José Bonifácio, perseguia de maneira implacável seus opositores. Os liberais radicais e seus jornais foram os principais alvos. Como conseqüência, o jornal “Malagueta Extraordinária”, de Augusto May, criticou a falta de liberdade da imprensa e o abuso de autoridade do governo. Porém, recebeu muitas ofensivas por resposta, inclusive vulgares, e, não bastando isto, foi espancado violentamente em sua própria casa.

Os jornais não davam trégua aos portugueses, embora a Assembléia Constituinte e o imperador fizessem parte do maior palco de atritos. Com o espancamento do jornalista David Pamplona, a situação tornou-se mais grave. D. Pedro I, então, dissolveu a Assembléia Constituinte, dando força à imprensa. Cipriano Barata foi o jornalista que mais se destacou na época, que foi caracterizada pela participação de grandes escritores, dentre eles, alguns dos maiores autores da literatura brasileira.

Em 1857, “O Diário do Rio de Janeiro” publicou “O Guarani”, série de incrível sucesso.

No ano de 1855, o “Brasil Ilustrado” iniciou a publicação regular de uma revista de caricatura. Já 1876, foi o ano da “Revista Ilustrada”, semanal, cujo destaque era Ângelo Agostini.

O jornal “A República”, surgiu no Rio de Janeiro, em 1870. Ficou famoso pela publicação do manifesto republicano. Em São Paulo, o “Correio Paulistano” agitava a opinião pública sobre a abolição e a República. Nesta época já haviam jornais espalhados por todo o país.

Em 16 de novembro de 1889, o jornal republicano “A Província de São Paulo” publicava em letras ocupando toda a página: Viva a República” e passava a se chamar “O Estado de São Paulo”.

1907 - O carioca Gazeta de Notícias é o primeiro jornal editado em cores.

1910 funda a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) no Rio de Janeiro

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