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História da imprensa na Região de Múrcia
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A história da imprensa na Região de Múrcia começa no século XVIII com diversas publicações que duraram pouco tempo, as primeiras foram: a Gazeta de Múrcia e o Semanário Literário e Curioso de Cartagena. A metade do século XIX surgiram diários com uma maior dedicación a temas próprios da região, entre eles cabe destacar: La Paz, o Diário de Múrcia, e o Eco de Cartagena. No século XX os diários mais significados foram O Liberal e A Verdade. Paralelamente a estes diários regionais sempre tem existido um mercado para outros diários com atirada nacional.
A imprensa tem estado muito unida às ideias e movimentos sociopolíticos, mas também ao desenvolvimento tecnológico. A ilustração, os movimentos sociais do século XIX e XX, os caciques, etc, utilizaram-na como veículo de difusión de suas ideias. Sua relação com o poder tem dado lugar à existência de censura]] e à falta de liberdade de expressão e de imprenta em diversos momentos históricos. O desenvolvimento da linotipia e outras equipas de impressão mudaram a estrutura inicial da imprensa, ampliando as capas sociais às que se dirigia e convertendo em uma actividade empresarial de grande influência.
Outro aspecto destacado refere-se à evolução dos meios de transporte]] para a distribuição da imprensa que desde o século XX tem permitido que chegasse com puntualidad aos diversos núcleos de população. No final do século XX o aparecimento de internet]] desenvolve um nova imprensa digital que se caracteriza pelo acesso imediato à informação.
Índice
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1 A imprensa da Região de Múrcia no século XVIII
2 A imprensa da Região de Múrcia no século XIX
2.1 Um longo caminho para a liberdade de imprenta
2.2 A transição para um jornalismo mais informativo
2.3 Um breve período com liberdade de expressão
2.4 A imprensa durante a restauração
3 A imprensa da Região de Múrcia no século XX
3.1 Os primeiros trinta anos
3.2 A segunda república
3.3 Durante o franquismo
3.4 Durante a transição e a democracia
4 A imprensa da Região de Múrcia no século XXI
4.1 Aparece a imprensa gratuita
4.2 A imprensa digital, uma mudança nos meios de comunicação
5 Jornais editados na região
6 Referências
6.1 Notas
6.2 Bibliografía
6.3 Veja-se também
7 Enlaces externos
A imprensa da Região de Múrcia no século XVIII
Ficheiro:Cab-A-Gazeta-de-Múrcia.jpg Cabeceira da Gazeta de Múrcia de 10 de agosto de 1706.Para situar adequadamente o papel da imprensa na região deve ter-se em conta que durante este século os jornais serviram como importantes propagadores das ideias ilustradas, mas seus destinatários principais eram as elites já que a maioria da população era analfabeta ou não dispunha de dinheiro para ler a imprensa, por tanto, sua influência se mostrava sobre as classes sociais mais favorecidas. Por outro lado, a liberdade de imprensa não existia como tal e as publicações estavam sujeitas às instruções da monarquia. Nesta situação a imprensa nacional ocupava um papel primordial em frente à regional, tanto como veículo de comunicação oficial, ao transmitir as ordens e leis do corte, como órgão de opinião, ao oferecer pontos de vista alternativos. Um terceiro factor seriam os transportes, já que os meios de comunicação mais velozes eram os carruajes e as caballerías, o que provocava um grande desfase entre a produção da notícia e sua difusión entre a população.
Em 1706 edita-se uma gazeta em Múrcia: a Gazeta de Múrcia que é a primeira cabeceira de imprensa escrita conhecida na região. Sua finalidade apresenta-se unida à causa dos Borbones na guerra de sucessão espanhola, já que atribui-se sua autoria ao cardeal Belluga, conhecido defensor desta dinastía que posteriormente foi nomeado capitão geral de Valencia e Múrcia. A origem da gazeta parece encontrar depois da nomeação do archiduque Carlos da Áustria como rei em julho de 1706 e a consiguiente apropiación da gaceta de Madri por seus partidários.[1] Este facto confirma que ao igual que no resto de Espanha a criação de jornais estava unida a causas de tipo político.
Ficheiro:Sem Curioso Cartagena.jpg Cabeceira do Semanário em seu primeiro número.O Semanário Literário e Curioso de Cartagena começa a publicar-se o 1 de setembro de 1786, e terminou de fazê-lo o 25 de janeiro de 1788. Atribui-se sua criação ao capitão de navio Pedro de Leiva e Jiménez de Cisneros e ao impresor Pedro Ximénez e declarava-se como um jornal ilustrado que fomentava as ciências e as artes. Em seu primeiro exemplar incluía vários apartados sobre física, medicina, física animástica e notícias particulares sobre Cartagena.[2] A partir de 1787 apresenta-se uma escisión entre os conteúdos científicos e o Suplemento Curioso que trata sobre aspectos concretos da cidade: tráfico marítimo, festas, advertências, etc. Uma de suas secções mais significativas é a de anúncios.[3] Os motivos de seu desaparecimento são diversos ainda que de modo oficial foi suspenso pelo Governador militar da cidade.[4]
Em 1792 funda-se o Diário de Múrcia,[5] que é um dos primeiros jornais que surgem em Espanha depois da proibição de imprensa de Carlos IV com motivo da revolução francesa,[6] coincidindo com a destituição do conde de Floridablanca como Secretário de Estado do rei;[7] este diário publicou-se unicamente durante um semestre e seu conteúdo incluía uma ampla variedad de secções. Ao fechar este em setembro se editou O Correio literário de Múrcia, com o mesmo director, se publicando terça-feira e sábados entre 1792 e 1795.
A imprensa da Região de Múrcia no século XIX
Ficheiro:Cab diário de Múrcia.jpg Cabeceira do Diário de Múrcia.A começos do século aparece um número importante de jornais, ainda que publicam-se durante períodos curtos de tempo. As ideias ilustradas, as conservadoras e as revolucionárias encontram na imprensa um bom campo de difusión e de confrontación. O Eco de Cartagena e o Diário de Múrcia serão os jornais mais relevantes ao longo do século.
Um longo caminho para a liberdade de imprenta
A censura é uma das características dos primeiros anos deste século, só aparece a liberdade de imprensa em um breve período durante a guerra da independência que culmina com o decreto de liberdade de imprenta do 26 de outubro de 1811, o que provocou o aparecimento de numerosos jornais ainda que tiveram um tempo de edição bastante curto ao se produzir a proibição por Fernando VII de toda a publicação o 25 de abril de 1815. Entre eles se encontram O diário de Cartagena (1804-1807), O observador da Segura (1813-1814), O Caviloso (1814), ainda que durante o trienio liberal (1820-1823) se tem constancia a mais de uma veintena de jornais. No entanto, o regresso de Fernando VII ao poder introduz de novo a ausência de liberdade de expressão.
A transição para um jornalismo mais informativo
Ficheiro:Cab-O-Eco.jpg O Eco de Cartagena.O conteúdo da imprensa no primeiro terço de século era basicamente de Artigo de opinião|opinião]]. Os artigos tinham um componente principal de tipo político e serviu para dar a conhecer o crias liberais, mas também eram utilizados por personagens conservadoras. No entanto, este tipo de imprensa começou a ser substituído por outra que incluía Informação|informações]] gerais de interesse, ainda que conservava artigos de opinião política em muitos casos, imprensa que refletia a estabilidade política da regencia de Espartero e a década moderada, bem como as propostas dos moderados em frente ao progressistas. Ainda que na Constituição de 1845 reconhece-se como um direito a liberdade de expressão, se encontra limitada por umas leis ditadas pelos poderosos que impedem uma imprensa revolucionária.
No marco desta imprensa mais independente dos partidos políticos, aparecem várias publicações: o Diário de Múrcia edita-se entre 1847 e 1851, subtitulado como "jornal de tudo, menos de política e religião";[5] em 1858, a Paz de Múrcia e em 1864, o Eco de Cartagena aparecem com esta nova linha informativa.
Um breve período com liberdade de expressão
Ficheiro:Cab-o-canton-murciano.jpg Cabeceira do diário cantonalista.A revolução de 1868 supôs o reconhecimento da liberdade de expressão, bem como o sufragio universal. O sexenio democrático permitiu a edição de publicações livremente, o que se traduziu na existência de numerosas publicações,[8] entre elas destacam as que tinham um componente gráfico e satírico.[9] Entre os jornais que se editam na região se encontram: O bom desejo, O Ideal político, O Noticiero de Múrcia, O operário (Múrcia), O mineiro de Almagrera, O aura murciana, O ateneo lorquino, Cartagena ilustrada, etc; no entanto, poucos conseguem sobreviver em vários anos. Em 1876 mal ficam umas poucas publicações entre as que figuram: a Paz de Múrcia, o Eco de Cartagena e o Semanário murciano.
Menção especial merece o médio de expressão do cantón de Cartagena que se chamou O cantón murciano, subtitulado como Diário oficial da Federação, em toda Espanha, que se esteve a editar nos anos 1873 e 1874.
A imprensa durante a restauração
Ficheiro:Cab Heraldo de Múrcia.jpg Cabeceira do diário.Ficheiro:Cab-O-Mediterraneo.jpg Cabeceira de O Mediterráneo.Ficheiro:Cab-o-bazar-murciano.jpg Cabeceira do diário empresarial.Ainda que a Constituição de 1876 reconhece a liberdade de emissão de pensamento, na prática as medidas repressivas contra a imprensa eram habituais. Nas lei de 1879 criam-se tribunais especiais para o controle da imprensa, ainda que a lei de 1883 suaviza alguns aspectos.
Estas mudanças legislativas afectam à imprensa da região mas também as mudanças no conceito de imprensa que se produzem no exterior: suas melhoras tecnológicas e conteúdos informativos mais de interesse geral e menos políticos. Neste marco surgem diários tão importantes como Diário de Múrcia, Províncias de Levante ou o Mediterráneo de Cartagena. Trata-se de uma nova forma de fazer jornalismo ao dirigí-lo em maior medida aos problemas da população em general, população que já dispõe de seu direito ao voto. Outro factor de grande importância é a existência de grandes jornalistas murcianos como José Martínez Tornel, Hernández Amores ou Gabriel Baderiola.[10]
No entanto, os jornais ideológicos estiveram presentes, tal é o caso do Heraldo de Múrcia ou de publicações operárias como O palenque e O mineiro da União ou o 1º de maio de Múrcia. Em 1982 surge um dos primeiros jornais empresariais espanhóis: O bazar murciano, que conta com alguns exemplares digitalizados.[11] Também teve relevancia a imprensa satírica que utilizava os recursos gráficos como ilustrações e caricaturas, entre elas se incluem Dom Pelmacio, O Diabo Verde e Dom Crispín.[12]
A imprensa da Região de Múrcia no século XX
Ficheiro:Cabeceira a verdade 1900.jpg Cabeceira do jornal A Verdade de Múrcia a princípios do século XX.Ficheiro:Cab-O Liberal.jpg Cabeceira do jornal O Liberal.O desenvolvimento tecnológico no primeiro terço de século permite consolidar a imprensa regional em frente à nacional. Desse modo o debate sobre os temas locais ocupará um lugar central, O Liberal enfrentar-se-á a A Verdade e O Tempo que mantinham posições mais conservadoras. Depois da guerra civil impõe-se um modelo centralista e nacional que faz desaparecer as posturas regionalistas, a imprensa local se substitui pela imprensa do Movimento, se criando a diário Linha. No entanto, a partir dos anos sessenta permitem-se algumas publicações regionais, deste modo seguiu-se em Múrcia o modelo de imprensa regional francês caracterizado pela multidão de edições; A Verdade aumenta o espaço dedicado à informação local com edições em Múrcia, Alicante e Albacete;[13] incorporando páginas específicas de Múrcia, Cartagena e Lorca, ou de Alicante, Orihuela e Elche nas respectivas edições. Ademais Com a Transição e a Constituição do 1978, o Estado constitui-se em Autonomias o qual altera o sistema informativo e dá impulso à imprensa regional, comarcal e local.[14]
Os primeiros trinta anos
Ficheiro:Cabeceira O Tempo.jpg Cabeceira de O Tempo.A começo de século observa-se uma transformação da imprensa murciana, desapareceram os principais diários de fim do século XIX e apareceram O Liberal e A Verdade que serão os mais relevantes na primeira metade do século XX. Enquanto o diário O Liberal defenderá as ideias liberais, A Verdade defenderá umas ideias mais conservadoras e unidas às instituições católicas. Pouco depois apareceu o diário O Tempo unido às ideias da Cierva. Os novos diários contam com melhor tecnologia de impressão, mas também para a comunicação de notícias mediante o uso sistémico do telefone em frente ao telégrafo e a melhora nos meios de transporte. A imprensa converte-se em maior medida em empresa e médio de comunicação de massas ao aumentar seus rendimentos por publicidade, abaratar custos e vender a melhores preços.
Ficheiro:Cab-O-Porvenir-Cartagena.jpg Cabeceira de O Porvenir.Também se produjó um importante aumento de publicações, assim em Cartagena se podia encontrar O Eco,[15] O Mediterráneo, O Noticiero, O Correio da tarde, A Caridade, A Terra, O Porvenir, A Gaceta mineira, O Popular, A Fraternidad operária, A Manhã, e algum outro com diferentes ideologias. Em Múrcia os mais importantes foram, junto aos mencionados, O Diaro murciano, Região de Levante e o Levante agrário, que era o porta-voz da Federação agrária e instructiva. Este crescimento nos recursos humanos origina que em 1906 se fundem as Associações da imprensa de Múrcia e Cartagena, ainda que a primeira durou só em uns dias, a de Cartagena se manteve até 1914. A partir dessa data existe uma única associação para toda a região.
A imprensa operária também recebe um forte impulso com publicações como Acção directa, Adiante, A defesa do operário, O Acordar do operário, O Faro do progresso, Horizontes novos, Humanidade livre, A Luz do Operário, O operário moderno, O vidro e Solidariedade operária, ainda que sempre teve problemas em sua difusión.
A segunda república
Ainda que considera-se uma boa época para o jornalismo mantêm-se os principais jornais existentes, destacando O Liberal por sua influência. Em 1933 fecha-se o Eco de Cartagena, enquanto abrem-se publicações mais de esquerdas como Germinar. Por outro lado, durante a segunda república surgem publicações locais em cidades com menor população. Um caso particular é Águias]] que durante este período chega a contar com cinco publicações: em 1931 editam-se Renovação, um semanário unido ao partido radical e Trabalho, unida ao partido socialista; em 1932 surge Amanhecer com conteúdo literário, ademais distribuíam-se o Tempo de Múrcia e a Tarde de Lorca.[16] No entanto, a liberdade de expressão estava algo coaccionada pelos poderes locais que exerciam sua autoridade em alguns casos em seu proveito particular.[17]
Ao iniciar-se a guerra civil a imprensa converte-se em porta-voz da república. O Liberal incluiu um subtítulo: porta-voz dos partidos republicanos; as instalações da Verdade utilizaram-se para imprimir Nossa Luta de orientação socialista e as do diário O Tempo para imprimir Confederación, órgão da CNT; ademais o partido comunista editava Unidade.
Durante o franquismo
O regimén franquista centralizó em 1937 os meios de comunicação em uma Delegação do Estado para Imprensa e Propaganda e em 1938 decretou as Lei de Imprensa que obrigava a todos os meios de comunicação a transmitir as ordens do estado. Como consequência criou sua rede de jornais que suplantaban aos diários locais existentes. Em Múrcia criou-se a diário Linha Nacional-Sindicalista empregando as instalações do Liberal. A diário Linha esteve a editar-se até finalizada a transição democrática, ainda que nessa época sua atirada era bastante reduzida.
O diário A Verdade atravessou com diversas dificuldades, até que o comprou a Editorial Católica em 1943, se convertendo em um dos poucos meios privados de comunicação tolerados pelo regime franquista. No entanto, foi aumentando sua atirada até converter-se a partir dos anos sessenta no jornal mais vendido da região de Múrcia e um dos mais importantes diários regionais de Espanha.
O Noticiero de Cartagena, fundado em 1935 e apreendido pela república durante a guerra civil, esteve a se editar até metade dos anos setenta ainda que com atiradas que não superavam os três mil exemplares.
A Associação da imprensa funda em 1943 a Folha da Segunda-feira que só tinha difusión na segunda-feira que era o dia sem imprensa por imposição do regime e seu sindicato vertical. Esta publicação manteve-se até 1989 quando a liberdade de publicação e sua pouca difusión motivou seu fechamento.[18]
Durante a transição e a democracia
A transição democrática concedeu mais importância às informações locais e começaram-se a desenvolver edições em Cartagena e Lorca com maiores recursos. Em 1981 aparece um projecto empresarial que volta a editar o Diário de Múrcia, que ainda que teve uma breve duração chegou a ser o segundo periódico de maior atirada. Em 1983 se leilão a diário Linha, mas não encontra compradores. Deste modo até o aparecimento do diário A Opinião em 1988 só existiu o diário A Verdade como diário regional.
No final dos oitenta produziram-se alguns movimentos empresariais que afectaram à região, assim a Editorial Católica promoveu a venda de seus jornais de províncias, por tanto em 1988 vendeu A Verdade ao grupo Correio. Em uma operação similar, Imprensa Ibéria adquire várias cabeceiras da antiga imprensa do Movimento, começando uma expansão que levar-lhe-ia a criar novas cabeceiras, entre elas A Opinião de Múrcia em 1988. De um modo diferente, cabeceiras nacionais conseguem aumentar sua presença em Múrcia mediante a edicionalización, como é o caso de Diário 16 Múrcia que sai à rua em 1990, mas se encontrou com dificuldades económicas e teve que fechar em 1997.[19]
A imprensa da Região de Múrcia no século XXI
O panorama da imprensa continua com similares características ao século anterior: três diários regionais, um nacional com edição especial para Múrcia e os diários nacionais de maior difusión, no entanto, surgem duas novidades importantes ao igual que em toda a imprensa espanhola:
Aparece a imprensa gratuita
Entre os anos 2004 e 2005 aparecem a imprensa gratuita na região.[20] O primeiro diário gratuito apareceu em novembro de 2004 com o nome de Diário de Múrcia do século XXI, mas dantes de um ano teve que mudar sua cabeceira por Crónica do sudeste.[21] O 10 de dezembro de 2004 apareceu Nova Linha,[22] ao que acrescentaram edições dos grandes distribuidores nacionais: Que! e 20 minutos.[23] Mas ademais existem diversas publicações locais de prefeituras e entidades publicitárias com distribuição gratuita. Estes projectos de imprensa financiam-se mediante a publicidade em suas páginas, ainda que sua difusión limita-se aos grandes núcleos de população. Outra característica é seu modo directo de distribuição, bem como sua facilidade de leitura ao não dispor de grande quantidade de informações, e a ausência de uma linha editorial clara já que seu principal objectivo é o benefício económico.[24] No entanto, tem contado com grande aceitação entre os jovens.[25]
A imprensa digital, uma mudança nos meios de comunicação
Existe acordo com relação à mudança que está a produzir o uso de internet nos meios de comunicação de massas. No final do século XX a imprensa escrita começou a oferecer versões digitais de seus diários. O primeiro diário em incorporar esta tecnologia é A Verdade digital e pouco depois A Opinião e o grupo O Faro em diversas edições e com o título de Crónicas do Sudeste. Também dispõe de edição digital Nova linha. Por outro lado, têm aparecido diversos meios sem edição impressa que oferecem informações locais de um modo quase imediato, ao que se pode acrescentar a existência de blogs]] e boletins digitais, alguns unidos aos meios de comunicação tradicionais, que transformam o mundo da imprensa.
Jornais editados na região
A seguir apresenta-se uma tabela que recolhe a maioria de jornais que se publicaram:
Nome Ano
Gazeta de Múrcia 1706
Semanário Literário e Curioso de Cartagena 1786- 1788
Diário de Múrcia 1792 (1847-1851) (1879-1902) (1981-1982)
O Correio literário de Múrcia 1792 - 1795
O Diário de Cartagena 1804 – 1807
O Observador da Segura 1813- 1814 1820
O murciano independente 1812, 1842 – 1845
Correio literário e mercantil 1832
Aurora murciana 1832 - 1834
O censor intolerante 1839
O amigo dos labradores e do povo 1839
A Segura 1839 – 1840
O mineiro (Múrcia) 1841
O telégrafo da minería (Cartagena) 1843
A Lira de Thader 1845
A Palma 1849
O interesse do país (Cartagena) 1845
O cartaginés 1846
A azucena (Cartagena) 1847
O avisador 1851
O Industrial de Múrcia 1854
A Vega 1854
O Faro Cartaginés 1853 - 1854
O liberal murciano 1855
La Paz de Múrcia 1858-1896
Revista murciana 1860
O lorquino 1861
O Eco de Cartagena 1864 - 1933
O Bom Desejo 1869
O noticiero de Múrcia 1872 - 1917
O aura murciana 1872
O operário (Múrcia) 1873
Cartagena ilustrada 1872 - 1874
O cantón murciano 1873 - 1874
O semanário murciano 1872 -1882
O mineiro de Almagrera 1876
O mineiro da União 1883
O Mediterráneo 1887 - 1906
O bazar murciano 1892 - 1929
Heraldo de Múrcia 1898 - 1902
Províncias de Levante 1885 - 1902
O palenque (A União) 1890
O 1º de maio (A União) 1891
O Correio de Levante 1899
O porvenir 1901 - 1932
A Fraternidad operária (Cartagena) 1901 - 1902
A terra 1901 - 1936
O heraldo de Cartagena 1901
O operário moderno 1901 - 1903
A Correspondência de Múrcia 1903
O faro do progresso (Mazarrón) 1904 - 1905
A luz do operário (Cieza) 1904 - 1906
Humanidade livre (Jumilla) 1905/1907
A manhã (Cartagena) 1909
O Liberal 1902 – 1939
A Verdade (1903 – 1936) ( 1939 – actualidade)
O Diário murciano 1904 – 1908
O Tempo 1908
Região de Levante 1904 – 1910
A voz do campo (Poço Estreito – Cartagena) 1905
Heraldo de Lorca 1909
A casa do povo (Múrcia) 1913
O acordar do operário (A União/Plano do Beal) 1913 -1918
Acção directa 1914
Levante agrário 1915 - 1936
O acordar do operário (Cartagena) 1916 - 1918
A Região (Cartagena) 1917
A tarde de Lorca 1917 -1934
Vida nova (Cartagena) 1918
Cartagena nova 1918 -1927
A defesa do operário (Cartagena) 1919
Germinal (Cartagena) 1919
Adiante (Múrcia) 1920
Solidariedade operária (Cartagena) 1921
A voz de Cartagena 1924
O semanário unionense 1925
A razão (Cartagena) 1926 - 1928
O Vidro 1926 -1928
Germinar (Cartagena) 1931
Renovação de Águias]] 1931
Trabalho de Águias 1931
Amanhecer de Águias 1932 - 1933
Nossa luta 1936 - 1939
Confederación 1936 - 1939
A Unidade 1936 - 1939
Noticiero de Cartagena (1935 - 1937) (1939 - 1973?)
Linha 1939 - 1981
Folha da Segunda-feira 1943 – 1989
Múrcia Sindical 1949 – 1974
A Opinião 1988 - actualidade
Diário 16 Múrcia 1990 – 1997
O Faro 2001 - actualidade
Referências
Notas
↑ Gazeta de Múrcia, um jornal que cumpre 300 anos
↑ O primeiro exemplar digitalizado. Região de Múrcia digital.
↑ Pode-se considerar um antecedente dos actuais anúncios por palavras.
↑ O investigadoor Loiro Paredes assinala como principal razão salvar a honra dos redactores, pertencentes à Armada.
↑ a b JOVER CARRIÓN, M.A.: Arquivos e documentação local da região de Múrcia, Documentação das Ciências da Informação, 1990; (13) ISSN: 02104210
↑ Carlos IV proibiu a publicação de toda a imprensa salvo os jornais oficiais o 24 de fevereiro de 1791
↑ O conde de Floridablanca foi destituído em fevereiro de 1792 e substituído por seu adversário o conde de Aranda
↑ Carlos Valcárcel, Cronista da cidade de Múrcia assinala que existiram ao menos 54 jornais. Em JOVER CARRIÓN, M.A.: Arquivos e documentação local da região de Múrcia, Documentação das Ciências da Informação, 1990; (13) ISSN: 02104210
↑ parlamentares-murcia/60_diverte_2.html O congresso diverte-se. Diário A Verdade. Consultado 1-08-2008.
↑ A Restauração é uma época floreciente para a Imprensa murciana.Ribeiro Cabelo, M. (1998): A imprensa murciana no desastre do 98. Em História e comunicação social, número 3, 15-25 ISSN: 1137-0734
↑ O bazar murciano, nº 17, setembro 1910
↑ parlamentares-murcia/60_diverte_2.html O congresso diverte-se (2). Consultado no Diário A Verdade o 2-08-2008.
↑ Como consequência das lei de imprensa de 1966, em 1968 aparece em Alicante e em 1973 aparece em Albacete.
↑ Alguns autores assinalam que a imprensa é mais provincial que autonómica. Bilbao, J. e outros (1997): Empresas, jornais e jornalistas nas autonomias.
↑ Em 1900 dedica um extra às escolas graduadas.
↑ A Imprensa de Águias na II República
↑ O director do semanário Renovação foi detido por exercer críticas a um deputado
↑ A folha da segunda-feira cria-se o 25 de janeiro de 1943.
↑ Ribeiro Cabelo, María. Imprensa local: conteúdos e tendências na Região de Múrcia. Universidade Católica San Antonio de Múrcia.
↑ São quatro os diários de imprensa gratuita. Comunidade autónoma de Múrcia.
↑ Pertencente à empresa Imprensa do Sudeste, proprietária também do Faro de Múrcia e de Cartagena, mudou seu nome a Crónica do sudeste o 2 de novembro de 2005.
↑ Este diário pertence a um grupo privado, proprietário também de Televisão Murciana e SoloRadio
↑ O primeiro exemplar de 20 minutos apareceu o 5 de abril de 2005 com uma atirada de 25000 exemplares.
↑ Vidal Coy, J.L.:Os meios de comunicação na Região de Múrcia. A revolução digital e gratuita.
↑ Ribeiro Cabelo, M:Impacto da imprensa gratuita nos jovens.
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Veja-se também
História da imprensa espanhola
História da imprensa espanhola na Democracia
Leis espanholas de imprensa
Jornalismo digital
Imprensa escrita
Imprensa gratuita
Enlaces externos
Arquivo histórico provincial da Região de Múrcia.
arquivo/fundos/hemerotecabiblioteca.asp Dados hemeroteca arquivo municipal de Lorca.
Obtido em "http://pt.wikilingue.com/es/Hist%C3%B3ria_da_imprensa_na_Regi%C3%A3o_de_M%C3%BArcia"
Categorias: História do jornalismo | Jornais da Região de Múrcia | História da Região de Múrcia
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