domingo, 10 de junho de 2012

NORMANDOS INVADEM A INGLATERRA

Inglaterra 1.INTRODUÇÃO Inglaterra, país e parte constituinte da ilha da Grã-Bretanha que compreende, junto a Gales, a principal divisão do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte. A Inglaterra abrange todo o território da ilha a leste de Gales e ao sul da Escócia. A capital é Londres. Também é a capital do Reino Unido e a sede dos escritórios centrais da Commonwealth. Sua superfície é de 130.423 km2, incluindo as ilhas Scilly, situadas no oceano Atlântico, a ilha de Wight, próxima à costa meridional e a ilha de Man no mar da Irlanda, entre a Inglaterra e a Irlanda do Norte. 2.TERRITÓRIO Um dos principais traços fisiográficos da Inglaterra são as profundas encostas litorâneas, que criaram excelentes e diversos portos naturais, entre os quais se destacam Newcastle-upon-Tyne, Middlesborough, Southampton, Bristol e Liverpool. A principal região montanhosa, os montes Peninos, é a região mais importante do norte da Inglaterra. A região central é conhecida como os Midlands e abrange os Fens, uma vasta área pantanosa após séculos de obstrução de alguns rios, como o Ouse e o Witham. Ao sul do canal de Bristol situa-se um planalto que culmina nas montanhas e terrenos ermos de Cornwall, Devon e Dartmoor. Desde Salisbury, ao sul da Inglaterra, estendem-se inúmeras cordilheiras em muitas direções. O clima é moderado pelos mares que contornam a ilha e quente devido à corrente do Golfo, mas relativamente temperado para a latitude em que se encontra. 3.POPULAÇÃO A maioria dos habitantes descendem dos primeiros povos celtas e das posteriores invasões de romanos, anglo-saxões, dinamarqueses e normandos. Para obter mais informações sobre a língua e literatura. Ver Língua inglesa; Literatura inglesa. A população, em 1991, era de 48.378.000 habitantes. A densidade demográfica, de aproximadamente 371 hab/km2. Em 1991, a população das principais cidades era: Londres com 6.378.600 habitantes, Birmingham com 934.900 habitantes, Liverpool com 448.300 habitantes, Manchester com 432.600 habitantes, Sheffield com 500.500 habitantes e Bristol com 370.300 habitantes. A Igreja anglicana é predominante. A segunda religião mais importante é a católica. Entre as inúmeras confissões protestantes encontram-se a metodista (a mais freqüente), a Igreja reformista unida e a Igreja presbiteriana da Inglaterra. Há também comunidades muçulmanas e judias. 4.HISTÓRIA No I milênio a.C., os celtas invadiram as ilhas britânicas submetendo os habitantes das ilhas. Seus sacerdotes, os druidas, dominavam a sociedade. No ano 409, Roma abandonou a Britânia após uma fraca romanização. Os chefes britânicos, principalmente cristãos, governaram pequenos e instáveis reinos. Em meados do século V, os romanos continuaram contratando mercenários germânicos para se defenderem dos povos guerreiros do norte (pictos e escotos). Esses mercenários se rebelaram contra seus chefes britânicos e por volta do século VII começaram a fundar reinos germânicos em toda a ilha. Ver Lenda do rei Artur. Os invasores tinham diversas origens: anglos, saxões, frísios, jutos e francos, mas sua cultura, conhecida como anglo-saxônica, era semelhante. Por volta do século VII havia sete reinos germânicos: Nortúmbria, Mércia, East Anglia, Essex, Wessex, Sussex e Kent. No ano 937, com a batalha de Brunanburh, foi criado um governo unificado para toda Inglaterra. O rei governava com a ajuda de um conselho de assessores que participava na promulgação das leis e supervisionava a eleição dos reis. Guilherme I, o Conquistador, deu à Inglaterra um novo impulso. O feudalismo normando foi a base da redistribuição da terra entre os conquistadores e na Inglaterra surgiu uma nova aristocracia e uma renovada estrutura social e política. A Inglaterra se afastou da Escandinávia para beneficiar a França, uma orientação que manteria durante 400 anos. Quando Guilherme morreu em 1087, legou a Inglaterra ao seu segundo filho, Guilherme II e a Normandia ao seu filho mais velho, Roberto. Com o tempo, Henrique I (seu terceiro filho), conseguiu ambos os reinos: a Inglaterra em 1100, quando morreu Guilherme II e, em 1106, Henrique conquistou a Normandia. Henrique II, conde de Anjou e neto de Henrique I, subiu ao trono em 1154 (ver Dinastia Plantageneta). Acabou com a anarquia e desenvolveu o direito consuetudinário, que foi aplicado em toda Inglaterra pelos tribunais do reino. O reino de Henrique abrangia mais da metade da França e o reinado sobre a Irlanda e a Escócia. Seus filhos conspiraram contra ele em várias ocasiões, apoiados pelos reis da França e pela sua própria mãe, Leonor de Aquitânia. João sem Terra, filho de Henrique, perdeu a Normandia em 1204. Em 1213, após uma longa luta com o papa Inocêncio III sobre a investidura de Stephen Langton como arcebispo de Canterbury, reconheceu finalmente que a Inglaterra era um feudo papal. Tudo isso precipitou a disputa com a nobreza que cansada do seu despotismo, negou-se a participar na reconquista da Normandia. Quando João morreu em 1216, os barões admitiram como rei seu filho Henrique III e assumiram o controle do governo, confirmando a Magna Carta em 1225. Com Eduardo I, que reinou entre 1272 e 1307, o antigo conselho feudal do rei foi desenvolvido até ser criado um Parlamento que no século seguinte se dividiu em duas câmaras: Lordes e Comuns. Após a Guerra dos Cem Anos e o conflito dinástico conhecido como a guerra das Duas Rosas (1455-1485), a dinastia Tudor foi instaurada. Henrique VIII, que reinou entre 1509 e 1547, venceu em 1513 os franceses e logo depois os escoceses. Sua esposa, Catarina de Aragão, deu-lhe seis filhos, mas só uma, a futura Maria I, atingiu a idade adulta. Desejando um filho e entusiasmado por Ana Bolena, Henrique solicitou ao Papa o divórcio mas, como não lhe foi concedido, fundou aIgreja Anglicana, sendo seu principal chefe e rejeitando a autoridade de Roma mas mantendo o dogma católico. Thomas Cromwell, conde de Essex, um dos grandes administradores de Henrique, supervisionou as mudanças revolucionárias que ocorreram a partir de 1530, a ruptura com Roma e a dissolução dos mosteiros, a nova ampliação do Parlamento, principalmente da Câmara dos Comuns, como também a criação de uma nova estrutura burocrática com o Conselho Privado e com outras instituições controladas pelo reino. Ver Reino Unido. Elizabeth I ajudou os rebeldes protestantes na Holanda espanhola. Seus navios derrotaram a Invencível Armada em 1588 evitando a invasão da Inglaterra. Em 1603 a Irlanda foi conquistada. A ascensão ao trono do rei escocês Jaime I da Inglaterra, que reinou entre 1603 e 1625, uniu as coroas da Inglaterra e da Escócia. Os puritanos estavam cada vez mais insatisfeitos com a Igreja da Inglaterra, que consideravam católica demais. Ver Conspiração da Pólvora. Durante o reinado de Carlos I, entre 1625 e 1649, enfrentaram-se o rei defensor de uma monarquia por direito divino e o Parlamento, que insistia em manter a independência. O presidente do Tribunal Supremo, Edward Coke, apoiou a decisão do Parlamento de processar os ministros do rei (1621) e contribuiu para a criação da Petição de direitos, em 1628. Da mesma forma que a Carta Magna, obrigava Carlos I a admitir que havia limites na sua autoridade. Os parlamentares finalmente ganharam a guerra civil inglesa, graças ao apoio da Escócia e também devido à liderança militar de Oliver Cromwell, que expulsou do Parlamento todos os membros da oposição. O Parlamento Rabadilla baniu a monarquia junto com a Câmara dos Lordes, estabelecendo um regime republicano (a Commonwealth) na Inglaterra. Um novo Conselho de Estado, que dependia do Exército, foi criado e diante da tão pobre legitimidade do Parlamento, Cromwell tornou-se o dono da situação. Entre 1649 e 1651 ele submeteu a Irlanda e a Escócia, que logo se incorporaram a Commonwealth. Através de um texto adotado pelo Conselho de Estado e apoiado pelo Novo Exército (conhecido como Instrumento de Governo), Cromwell assumiu o poder da nação, com o título de lorde protetor da República da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Após a morte de Cromwell em 1658, o general George Monck, preparou o retorno do exílio de seu filho mais velho, o rei Carlos I. Em 1673, a Test Act excluiu os católicos dos cargos públicos. A conspiração papal de 1678 e a ação de não incluir Jaime, o irmão católico do rei, no próximo reinado, mostrou duas tendências políticas, os whigs, que defendiam a supremacia do Parlamento e que solicitavam a expulsão dos católicos do trono inglês e os tories, que eram anglicanos, partidários da prerrogativa real e que não estavam contra Jaime, sempre que oferecesse garantias no terreno religioso. O rei morreu em 1685, e o trono passou para Jaime II. Seus opositores, incitados pela Declaração de Indulgência de 1688, que favorecia os católicos, e pelo nascimento de um filho possibilitando uma sucessão católica, pediram a Guilherme III que constituísse um governo provisório. Esta revolução foi chamada de Revolução Gloriosa. Ver Jacobitas. Antes de que a filha de Jaime II, Ana, chegasse ao trono em 1702, todos os seus filhos já haviam morrido. Para evitar o retorno dos Stuart católicos, o Parlamento aprovou em 1701 a Ata de Estabelecimento, que permitia a ascensão ao trono de uma protestante, a eleitora de Hannover, Sofia, neta de Jaime I e seus descendentes. Os escoceses aceitaram as Union Act de 1707, cujo resultado foi a fusão dos reinos e a criação do Reino Unido da Grã-Bretanha. http://www.coladaweb.hpg.ig.com.br/geografia/inglaterra.ht A ANTIGUIDADE A língua inglesa é fruto de uma história complexa, enraizada em um passado muito distante. Sítios arqueológicos evidenciam que as terras úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera cultura há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito. Celtas, Romanos e Anglo-Saxões Tudo começou com os Celtas, uma cultura nativa do oeste europeu desde a Idade do Bronze (10.000 a.C.), até então, o Celta era a princpial língua da região. Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões romanas. Sob o comando de Júlio Cesar, por volta de 44 d.C. ocorre a anexação da principal ilha Britânica ao Império Romano e o latim passa a exercer forte influência na cultura celta-bretã. Devido às dificuldades do Império Romano em manter a região segura dos invasores, ocorrem em meados de 450 d.C. diversas invasões dos povos chamados bárbaros oriundos do norte-central europeu, incluindo Jutes, Angles, Saxons e Frisians. São os dialetos destes povos que vão dar origem ao inglês, restando das culturas celta e romana poucos termos e o alfabeto. A palavra England, por exemplo, vem justamente de Angle Land (terra dos Anglos). A partir daí, a história da língula inglesa é dividida em três períodos: Old English (Inglês Antigo) Middle English (Inglês Médio) e Modern English (Inglês Moderno). Old English - Ingês Antigo Comparado ao inglês moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na pronúncia como na gramática. Para um falante nativo de inglês, hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old English, menos de 15% são reconhecíveis na escrita e provavelmente nada seria reconhecido ao ser pronunciado. Era muito parecido com o latim. Middle English - Ingês Médio A Batalha de Hastings em 1066 entre os Saxões (ingleses) e os Normandos (franceses) é um marco decisivo para o inglês. O último rei Saxão é deposto e os normandos invadem a Inglaterra. O Old English sofre forte influência da língua normanda (francês), momento em que o inglês recebe o aporte de novas palavras e de novas formas de pronúncia. Veja exemplos de influência no vocabulário: Anglo-Saxão Normando kingly help hunt folk wish royal aid chase people desire Modern English - Ingês Moderno Graças ao surgimento da imprensa e do sistema postal por volta do século 15 e com alfabetização da classe média inglesa, ocorreram mudanças na língua, denominadas The Great Vowel Shift (a grande mudança na pronúncia). Antes desta mudança, as vogais do inglês eram muito parecidas com as vogais das línguas latinas (como no português). Depois desta mudança, a diferença entre a vogal escrita e a vogal falada começou a ficar mais intensa (como é inglês de hoje). Pronúncia antes do séc. XV Pronúncia moderna fine /fi:ne/ hus /hu:s/ fame /fa:me/ so /só/ to /toe/ /fayn/ house /haws/ /feym/ /sow/ /tuw/ A intensa produção literária dos séculos XVI e XVII é, sem dúvida, um elemento que muito ajudou a língua inglesa a evoluir. Foram criadas novas formas de linguagem, novos vocabulários, o hábito da leitura difundiu e uniformizou a língua. Neste período Willian Shakespeare tem grande importância, pois foi o maior autor de sua época. Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia, o colonialismo britânico dos séculos 18 e 19 levava a língua inglesa a áreas remotas do mundo, como África, América do Norte e Central, Oceania e Índia, colaborando muito para o fato de o inglês ser a língua mais falada no mundo hoje em dia. O inglês americano e a predominância cultural A esperança de alcançar prosperidade e os anseios pela liberdade religiosa provocaram uma forte colonização inglesa na América do Norte por volta do século 17. Por volta da independência americana, em 1776, o inglês americano já apresentava pequenas diferenças em relação ao inglês britânico, fruto do contato com as populações nativas americanas e com os espanhóis e mexicanos. Hoje, porém, a diferença entre as duas versões da língua são insignificantes, graças ao contato permanente entre americanos e ingleses, que sempre mantiveram fortes laços culturais e econômicos. A partir da segunda grande guerra, com o advento do rádio e da televisão, os americanos e ingleses passam então a exercer forte influência cultural no mundo ocidental. O rock´n´roll inglês, os filmes de Hollywood e os seriados de TV são assistidos e replicados em todo o globo. As grandes marcas de produtos americanos, gírias e expressões são difundidos, a língua inglesa torna-se a língua do mundo. A informática e a internet Dominando a tecnologia de ponta do mundo desde o pós-guerra, os Estados Unidos criaram no início dos anos 50 uma máquina que viria a mudar o mundo alguns anos depois: o computador. Ocupando 2 andares em sua primeira versão, hoje os computadores estão presentes em boa parte dos lares americanos. A tecnologia já se faz presente em outras partes do mundo, e com ela a língua inglesa, seja no jargão cotidiano, seja nos "Helps" e "Softwares", que em suas versões mais recentes sempre surgem primeiro na versão em inglês. A internet, decorrência natural da informática, permite contato em tempo real entre pessoas de todo mundo. A língua predominante, é claro, é o inglês. Por ser de fácil aprendizado (em relação às línguas latinas e orientais), o inglês é hoje o Sânscrito do mundo moderno. Quer saber mais? Acompanhe o mundo ao seu redor. Estude inglês na Domínium. Visite os sites abaixo para saber mais sobre a história do inglês. http://ebbs.english.vt.edu/hel/hel.html http://www.m-w.com/about/look.htm http://www.englishlang.co.uk/ Civilização inglesa No I milênio a.C., os celtas invadiram as ilhas britânicas submetendo os habitantes das ilhas. Seus sacerdotes, os druidas, dominavam a sociedade. No ano 409, Roma abandonou a Britânia após uma fraca romanização. Os chefes britânicos, principalmente cristãos, governaram pequenos e instáveis reinos. Em meados do século V, os romanos continuaram contratando mercenários germânicos para se defenderem dos povos guerreiros do norte (pictos e escotos). Esses mercenários se rebelaram contra seus chefes britânicos e por volta do século VII começaram a fundar reinos germânicos em toda a ilha. Os invasores tinham diversas origens: anglos, saxões, frísios, jutos e francos, mas sua cultura, conhecida como anglo-saxônica, era semelhante... História da civilização Inglesa No I milênio a.C., os celtas invadiram as ilhas britânicas submetendo os habitantes das ilhas. Seus sacerdotes, os druidas, dominavam a sociedade. No ano 409, Roma abandonou a Britânia após uma fraca romanização. Os chefes britânicos, principalmente cristãos, governaram pequenos e instáveis reinos. Em meados do século V, os romanos continuaram contratando mercenários germânicos para se defenderem dos povos guerreiros do norte (pictos e escotos). Esses mercenários se rebelaram contra seus chefes britânicos e por volta do século VII começaram a fundar reinos germânicos em toda a ilha. Ver Lenda do rei Artur. Os invasores tinham diversas origens: anglos, saxões, frísios, jutos e francos, mas sua cultura, conhecida como anglo-saxônica, era semelhante. Por volta do século VII havia sete reinos germânicos: Nortúmbria, Mércia, East Anglia, Essex, Wessex, Sussex e Kent. No ano 937, com a batalha de Brunanburh, foi criado um governo unificado para toda Inglaterra. O rei governava com a ajuda de um conselho de assessores que participava na promulgação das leis e supervisionava a eleição dos reis. Guilherme I, o Conquistador, deu à Inglaterra um novo impulso. O feudalismo normando foi a base da redistribuição da terra entre os conquistadores e na Inglaterra surgiu uma nova aristocracia e uma renovada estrutura social e política. A Inglaterra se afastou da Escandinávia para beneficiar a França, uma orientação que manteria durante 400 anos. Quando Guilherme morreu em 1087, legou a Inglaterra ao seu segundo filho, Guilherme II e a Normandia ao seu filho mais velho, Roberto. Com o tempo, Henrique I (seu terceiro filho), conseguiu ambos os reinos: a Inglaterra em 1100, quando morreu Guilherme II e, em 1106, Henrique conquistou a Normandia. Henrique II, conde de Anjou e neto de Henrique I, subiu ao trono em 1154 (ver Dinastia Plantageneta). Acabou com a anarquia e desenvolveu o direito consuetudinário, que foi aplicado em toda Inglaterra pelos tribunais do reino. O reino de Henrique abrangia mais da metade da França e o reinado sobre a Irlanda e a Escócia. Seus filhos conspiraram contra ele em várias ocasiões, apoiados pelos reis da França e pela sua própria mãe, Leonor de Aquitânia. João sem Terra, filho de Henrique, perdeu a Normandia em 1204. Em 1213, após uma longa luta com o papa Inocêncio III sobre a investidura de Stephen Langton como arcebispo de Canterbury, reconheceu finalmente que a Inglaterra era um feudo papal. Tudo isso precipitou a disputa com a nobreza que cansada do seu despotismo, negou-se a participar na reconquista da Normandia. Quando João morreu em 1216, os barões admitiram como rei seu filho Henrique III e assumiram o controle do governo, confirmando a Magna Carta em 1225. Com Eduardo I, que reinou entre 1272 e 1307, o antigo conselho feudal do rei foi desenvolvido até ser criado um Parlamento que no século seguinte se dividiu em duas câmaras: Lordes e Comuns. Após a Guerra dos Cem Anos e o conflito dinástico conhecido como a guerra das Duas Rosas (1455-1485), a dinastia Tudor foi instaurada. Henrique VIII, que reinou entre 1509 e 1547, venceu em 1513 os franceses e logo depois os escoceses. Sua esposa, Catarina de Aragão, deu-lhe seis filhos, mas só uma, a futura Maria I, atingiu a idade adulta. Desejando um filho e entusiasmado por Ana Bolena, Henrique solicitou ao Papa o divórcio mas, como não lhe foi concedido, fundou aIgreja Anglicana, sendo seu principal chefe e rejeitando a autoridade de Roma mas mantendo o dogma católico. Thomas Cromwell, conde de Essex, um dos grandes administradores de Henrique, supervisionou as mudanças revolucionárias que ocorreram a partir de 1530, a ruptura com Roma e a dissolução dos mosteiros, a nova ampliação do Parlamento, principalmente da Câmara dos Comuns, como também a criação de uma nova estrutura burocrática com o Conselho Privado e com outras instituições controladas pelo reino. Ver Reino Unido. Elizabeth I ajudou os rebeldes protestantes na Holanda espanhola. Seus navios derrotaram a Invencível Armada em 1588 evitando a invasão da Inglaterra. Em 1603 a Irlanda foi conquistada. A ascensão ao trono do rei escocês Jaime I da Inglaterra, que reinou entre 1603 e 1625, uniu as coroas da Inglaterra e da Escócia. Os puritanos estavam cada vez mais insatisfeitos com a Igreja da Inglaterra, que consideravam católica demais. Ver Conspiração da Pólvora. Durante o reinado de Carlos I, entre 1625 e 1649, enfrentaram-se o rei defensor de uma monarquia por direito divino e o Parlamento, que insistia em manter a independência. O presidente do Tribunal Supremo, Edward Coke, apoiou a decisão do Parlamento de processar os ministros do rei (1621) e contribuiu para a criação da Petição de direitos, em 1628. Da mesma forma que a Carta Magna, obrigava Carlos I a admitir que havia limites na sua autoridade. Os parlamentares finalmente ganharam a guerra civil inglesa, graças ao apoio da Escócia e também devido à liderança militar de Oliver Cromwell, que expulsou do Parlamento todos os membros da oposição. O Parlamento Rabadilla baniu a monarquia junto com a Câmara dos Lordes, estabelecendo um regime republicano (a Commonwealth) na Inglaterra. Um novo Conselho de Estado, que dependia do Exército, foi criado e diante da tão pobre legitimidade do Parlamento, Cromwell tornou-se o dono da situação. Entre 1649 e 1651 ele submeteu a Irlanda e a Escócia, que logo se incorporaram a Commonwealth. Através de um texto adotado pelo Conselho de Estado e apoiado pelo Novo Exército (conhecido como Instrumento de Governo), Cromwell assumiu o poder da nação, com o título de lorde protetor da República da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Após a morte de Cromwell em 1658, o general George Monck, preparou o retorno do exílio de seu filho mais velho, o rei Carlos I. Em 1673, a Test Act excluiu os católicos dos cargos públicos. A conspiração papal de 1678 e a ação de não incluir Jaime, o irmão católico do rei, no próximo reinado, mostrou duas tendências políticas, os whigs, que defendiam a supremacia do Parlamento e que solicitavam a expulsão dos católicos do trono inglês e os tories, que eram anglicanos, partidários da prerrogativa real e que não estavam contra Jaime, sempre que oferecesse garantias no terreno religioso. O rei morreu em 1685, e o trono passou para Jaime II. Seus opositores, incitados pela Declaração de Indulgência de 1688, que favorecia os católicos, e pelo nascimento de um filho possibilitando uma sucessão católica, pediram a Guilherme III que constituísse um governo provisório. Esta revolução foi chamada de Revolução Gloriosa. Ver Jacobitas. Antes de que a filha de Jaime II, Ana, chegasse ao trono em 1702, todos os seus filhos já haviam morrido. Para evitar o retorno dos Stuart católicos, o Parlamento aprovou em 1701 a Ata de Estabelecimento, que permitia a ascensão ao trono de uma protestante, a eleitora de Hannover, Sofia, neta de Jaime I e seus descendentes. Os escoceses aceitaram as Union Act de 1707, cujo resultado foi a fusão dos reinos e a criação do Reino Unido da Grã-Bretanha. Literatura Inglesa Introdução Literatura produzida na Inglaterra desde o século V, após a introdução do antigo inglês pelos anglo-saxões, até hoje. Também se considera parte da literatura inglesa a obra de escritores irlandeses e escoceses identificados com a vida e as letras inglesas. Neste fragmento de Macbeth, de Shakespeare, o protagonista reflete sobre a futilidade da vida: "Apaga, apaga, fugaz candeia! / a vida é, somente, uma sombra que caminha, um pobre ator / que se contorce e consome seu turno no cenário,/ e logo não é mais visto. É um conto/ contado por um idiota, pleno de sons e fúria,/ que não significa nada." O Antigo Inglês ou Era Anglo-Saxã Este período se estende, aproximadamente, de 450 até 1066, ano da conquista normanda da Inglaterra. As tribos germânicas, que invadiram a Inglaterra no século V, trouxeram o antigo inglês ou língua anglo-saxã, base do inglês moderno (ver Língua inglesa), além de uma tradição poética específica, cujas características formais continuaram a ser praticadas até a derrota germânica diante dos invasores franco-normandos, seis séculos mais tarde. A maior parte da poesia em antigo inglês foi escrita para ser cantada por um trovador, com acompanhamento de harpa. Outra característica é a aliteração estrutural ou uso de sílabas com sons similares. Estas qualidades aparecem no poema épico Beowulf, escrito no século VIII. A lenda e a história sagrada se preservaram nos poemas de Caedmon (um homem humilde do final do século VII), nas obras do historiador e teólogo Beda, o Venerável — que afirmava ter recebido seu dom poético de Deus — e na linguagem trabalhada de Cynewulf e sua escola. Os poetas anglo-saxões produziram poemas líricos leves desprovidos de doutrina cristã e evocadores da rudeza e tristeza da condição humana. No antigo inglês, a prosa é representada por um grande número de obras religiosas, entre as quais se destacam diversas traduções das obras latinas de Beda, o Venerável, e de Boécio. O período médio, 1066 a 1485, caracteriza-se pela grande influência da literatura francesa nas formas e temas. Entre os poemas escritos, seguindo ainda as formas do antigo inglês, destacam-se Piers o lavrador de William Langland, La perla (c. 1370)e Sir Gawain e o cavaleiro verde (c. 1380), supostamente escritos pelo mesmo autor. A influência francesa se faz sentir na obra de Chaucer, autor dos Contos de Canterbury que, por sua vez, influenciou alguns poetas do século XV como Thomas Malory. O Renascimento Entre as contribuições inglesas ao Renascimento está a obra de Thomas More. À exceção de John Skelton e mais dois grandes inovadores da poesia renascentista do último quarto do século XVI — Philip Sidney que inaugurou a moda do soneto e Edmund Spenser— a poesia do começo do século XVI é menos importante. Outras duas tendências poéticas se tornaram visíveis no final do século XVI e começo do século XVII. A primeira é exemplificada pela poesia de John Donne e pelos poetas metafísicos: George Herbert, Henry Vaughan, Richard Crashaw e Andrew Marvell. A segunda tendência poética foi uma reação ao estilo exuberante de Spenser e às metaforas audaciosas dos metafísicos. Ben Jonson e sua escola, clássicos puros e contidos, influenciaram figuras posteriores como Robert Herrick. O último grande poeta do Renascimento inglês foi John Milton. O drama renascentista atingiu seu esplendor máximo com a obra de William Shakespeare e, também, com a de Thomas Kyd e Christopher Marlowe. No que se refere à prosa, brilha, especialmente, a grande tradução da Bíblia — chamada Bíblia do rei Jaime —, publicada em 1611. Esta bíblia significou a culminação de dois séculos de esforços para se alcançar a melhor tradução inglesa dos textos originais. A Restauração e o Século XVIII O período da Restauração e sua literatura (1660 até, aproximadamente, 1789) ressalta o racionalismo nos ensaios de John Locke e David Hume. O pensamento político, na obra de Thomas Hobbes, defende o Absolutismo. A obra histórica mais importante em inglês é História da Decadência e Queda do Império Romano (6 volumes, 1776-1788), de Edward Gibbon. Ainda que a maior parte de sua obra tenha sido dramatúrgica, destaca-se a poesia de John Dryden. O maior expoente da comédia foi William Congreve. Na prosa sobressaem Samuel Pepys e John Bunyan, assim como o grande satírico Jonathan Swift. O espírito clássico da literatura inglesa alcançou seu mais alto nível com Alexander Pope. A época de Samuel Johnson foi um tempo de mudança de ideais literários. O Classicismo e o Conservadorismo literário representam uma reação ao culto dos sentimentos anunciado pelos precursores do Romantismo. A mais famosa de todas as biografias inglesas é Vida de Samuel Johnson (1781), de James Boswell. Oliver Goldsmith realizou, em sua obra, uma mescla curiosa do velho e do novo. William Cowper e Thomas Gray cultivaram uma sensibilidade reflexiva e uma melancolia desconhecidas nas gerações anteriores. A obra do poeta William Blake expressa a negação do ideal da razão e defende uma vida de sentimentos. O romance conheceu um período de esplendor com Samuel Richardson, Henry Fielding, Tobias Smollett e Laurence Sterne. A primeira expressão importante do Romantismo foi Baladas líricas (1798), de William Wordsworth e Samuel Taylor Coleridge. Walter Scott escreveu uma série de poemas narrativos glorificando as virtudes da singela e vigorosa vida de seu país na Idade Média. Na geração seguinte, de grandes poetas, se inserem lord Byron, exemplo de uma personalidade trágica em luta contra a sociedade, Percy Bysshe Shelley e John Keats. Além dos ensaístas Charles Lamb e William Hazlitt, um autor fundamental da prosa romântica é Thomas De Quincey. A Era Vitoriana O reinado da Rainha Vitória (1837-1901) foi uma época de transformações sociais, tema que ocupou a obra de poetas Alfred Tennyson, Robert Browning, Matthew Arnold, Algernon Charles Swinburne e Dante Gabriel Rosetti que, junto a William Morris, pertenceu ao movimento Pré-rafaelita. O romance tornou-se a forma literária dominante da época. O Realismo impôs-se nos romances de Jane Austen, Walter Scott, Charles Dickens e William Makepeace Thackeray. Outras notáveis figuras do romance vitoriano foram Anthony Trollope, as irmãs Brontë, George Eliot, George Meredith e Thomas Hardy. Uma segunda geração de romancistas COPYRIGHT WUIKIPÉDIA

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