quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

PRESIDENTE ITAMAR FRANCO

Itamar FrancoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Itamar Augusto Cautiero Franco

33º presidente do Brasil
Mandato 29 de dezembro de 1992
a 1º de janeiro de 1995
Vice-presidente nenhum
Antecessor(a) Fernando Collor
Sucessor(a) Fernando Henrique Cardoso
Vice-presidente do Brasil
Mandato 15 de março de 1990
a 29 de dezembro de 1992
Antecessor(a) José Sarney
Sucessor(a) Marco Maciel
Senador por Minas Gerais
Mandato 1º de fevereiro de 2011
a 2 de julho de 2011
Governador de Minas Gerais
Mandato 1º de janeiro de 1999
a 1º de janeiro de 2003
Antecessor(a) Eduardo Azeredo
Sucessor(a) Aécio Neves
Vida
Nascimento 28 de junho de 1930
Falecimento 2 de julho de 2011 (81 anos)
São Paulo
Nacionalidade Brasileiro
Partido PPS (2009-2011)
Profissão Engenheiro civil
Outro partido PTB (c. 1955-1964)
MDB (1964-1979)
PMDB (c. 1980-1986)
PL (1986-1989)
PRN (1989-1992)
PMDB (1992-2009)
ver
Itamar Augusto Cautiero Franco (Salvador, 28 de junho de 1930 — São Paulo, 2 de julho de 2011[1]) foi um político brasileiro, 33º presidente da República (1992-1994), vice-presidente (1990-1992), senador por Minas Gerais (1975-1983;1983-1990 e 2011) e governador do estado de Minas Gerais (1999-2003).

Bacharelou-se em engenharia civil eletrotécnica na Escola de Engenharia de Juiz de Fora da Universidade Federal de Juiz de Fora em 1955. Ingressou na carreira política em 1958 quando, filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi candidato a vereador de Juiz de Fora e mais posteriormente, em 1962, a vice-prefeito, não obtendo êxito em ambas as tentativas. Com o início do Regime Militar, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), sendo prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971 e reeleito em 1972, quando dois anos depois, renunciou ao cargo para candidatar-se, com sucesso, ao Senado Federal por Minas Gerais, em 1975. Ganhou influência no MDB, assim sendo eleito vice-líder do partido em 1976 e 1977. No início da década de 1980, com o pluripartidarismo restabelecido no país, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), o sucessor do MDB. Em 1982, é eleito senador novamente, defendendo sempre as campanhas das Diretas já, e votando no candidato oposicionista Tancredo Neves para presidente na eleição presidencial brasileira de 1985. Migrou para o Partido Liberal (PL) em 1986, ano em que concorreu ao governo de Minas Gerais, mas foi derrotado, voltando ao Senado em 1987 pela terceira vez.

Em 1988, uniu-se ao governador de Alagoas Fernando Collor de Mello para lançar uma candidatura à Presidência e Vice-presidência do Brasil, pelo Partido da Reconstrução Nacional (PRN). Itamar, como Vice-presidente, divergia em diversos aspectos da política econômico-financeira adotada por Collor, vindo a retirar-se do PRN e voltando ao PMDB em 1992. Seguindo o impeachment do presidente, assumiu interinamente o papel de chefe de Estado e chefe de governo em 2 de outubro de 1992 e o papel de Presidente da República em 29 de dezembro de 1992. Foi em seu governo que foi realizado um plebiscito sobre a forma de governo do Brasil, que deveria ter sido feita há 104 anos; o resultado foi a permanência da república presidencialista no Brasil. Durante sua incumbência, foi idealizado o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda. Foi sucedido pelo seu ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

Opondo-se fortemente a seu sucessor, Itamar cogitou candidatar-se a Presidente em 1998 e 2002, mas não prosseguiu com a ideia e elegeu-se facilmente Governador de Minas Gerais em 1998. Em 2002, apoiou a candidatura de Luís Inácio Lula da Silva e opôs à candidatura de José Serra, candidato apoiado por Fernando Henrique. Não tentou reeleição no estado de Minas Gerais. Lançou-se pré-candidato à presidência pelo PMDB em 2006, mas perdeu para Anthony Garotinho, tentando então para o Senado, perdendo a candidatura para Newton Cardoso. Em maio de 2009, filiou-se ao Partido Popular Socialista (PPS).

Índice [esconder]
1 Origem e formação
2 Vida pública
2.1 Atuação na Assembleia Constituinte
2.2 Eleições presidenciais de 1989
3 Na Vice-presidência da República
4 Na presidência da república
4.1 Plebiscito de 1993
4.2 Plano Real
4.3 Outras realizações
5 Depois da presidência
5.1 Governo de Minas Gerais
6 Últimos anos
6.1 Morte
7 Referências
8 Bibliografia
9 Ver também
10 Ligações externas

[editar] Origem e formaçãoFilho de Augusto César Stiebler Franco (falecido pouco antes do nascimento de Itamar Franco) e Itália Cautiero.

Itamar Franco nasceu a bordo de um navio de cabotagem, um "Ita" da Companhia Nacional de Navegação Costeira, no Oceano Atlântico entre o Rio de Janeiro e Salvador. O registro civil de seu nascimento foi feito na capital baiana, onde sua mãe viúva encontraria abrigo na casa de seu tio.

Sua família era de Juiz de Fora, onde cresceu e se formou no antigo curso de engenharia civil eletrotécnica (hoje dividido em Engenharia Civil e Engenharia Elétrica) em 1955, graduado na Escola de Engenharia de Juiz de Fora. É oficial da Reserva R/2 do Exército Brasileiro pelo NPOR de Juiz de Fora. Ingressou na carreira política em 1955, quando filiado ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).

[editar] Vida públicaItamar entrou na política em meados dos anos 50 nas fileiras do PTB. Foi candidato a vereador de Juiz de Fora em 1958 e a vice-prefeito dessa cidade em 1962, não obtendo sucesso em ambas as ocasiões.

Com o advento do regime ditatorial no país em 1964, e a subsequente instalação no país do bipartidarismo, Itamar se filia ao MDB, e se candidatando a prefeitura de sua cidade nas eleições seguintes, obtendo sucesso. Foi prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971. Em novembro de 1972, Itamar é eleito prefeito de Juiz de Fora pela segunda vez. Em 1974, ele renunciou ao cargo de prefeito para concorrer, com sucesso, ao Senado Federal como representante de Minas Gerais.

Eleito senador, rapidamente, ele ganhou influência no MDB, o partido de oposição ao regime militar que governou o Brasil de 1964 a 1985, sendo eleito vice-líder do MDB e, portanto, da oposição, por duas vezes, em 1976 e em 1977.

No início da década de 1980, o pluripartidarismo é restabelecido no país, e Itamar se filia então ao PMDB (sucessor do MDB). Em 1982 Itamar é reeleito senador na chapa de Tancredo Neves, eleito governador de Minas Gerais.

Durante seu mandato, Itamar foi um ativo defensor da campanha das Diretas já!. Com a desaprovação da Emenda Dante de Oliveira, uma eleição presidencial indireta teve que ser feita. No Colégio Eleitoral reunido para a eleição presidencial, Itamar votou no candidato oposicionista Tancredo Neves.

Querendo ser candidato ao governo do estado de Minas Gerais, e encontrando resistências ao seu nome dentro do PMDB, Itamar deixa a legenda e filia-se ao PL sendo então candidato, em 1986, ao governo estadual mineiro por essa legenda, porém não obtém sucesso e é derrotado justamente pelo candidato do PMDB, Newton Cardoso por uma diferença de 1% dos votos. Com a derrota, Itamar volta ao Senado para terminar o seu mandato que iria até 1990.

[editar] Atuação na Assembleia ConstituinteVoltando à atividade parlamentar, Itamar participou dos trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte, iniciados em 1º de fevereiro de 1987.

Líder do PL no Senado, nas principais votações da Constituinte, foi a favor: do rompimento das relações do Brasil com países que desenvolvessem uma política de discriminação racial; do estabelecimento do Mandado de Segurança Coletivo; da remuneração de 50% superior para o trabalho extra; da jornada semanal de 40 horas; do turno ininterrupto de seis horas; do aviso prévio proporcional ao tempo de serviço; da unicidade sindical; da soberania popular; da nacionalização do subsolo; da estatização do sistema financeiro; de uma limitação do pagamento dos encargos da dívida externa; e da criação de um fundo de apoio à reforma agrária.

Foi contra: a pena de morte; o presidencialismo; e da prorrogação do mandato do presidente José Sarney.

[editar] Eleições presidenciais de 1989Em 1989, o então governador de Alagoas, Fernando Collor resolve se candidatar a Presidência da República, nas primeiras eleições diretas para esse cargo no país desde 1960 e querendo compor uma chapa com um político do Sudeste, convida Itamar para ser vice. Aceitando o convite, Itamar deixa o PL, trocando-o pelo pequeno Partido da Reconstrução Nacional (PRN), para ser então candidato a vice-presidente na chapa de Fernando Collor à presidência da república.

Apresentando-se como opositor radical ao presidente José Sarney e defendendo um programa econômico modernizador e liberal, Collor é eleito Presidente e Itamar Franco Vice-Presidente da República, tomando posse em 15 de março de 1990.

[editar] Na Vice-presidência da RepúblicaEmpossado o novo governo, Itamar logo foi se afastando de Collor, divergindo de importantes aspectos da política econômico-financeira adotada pelo novo governo. Criticou publicamente o processo de privatizações e a aplicação dos fundos resultantes da venda das companhias estatais, que para ele, deveriam ser usados na área social.

Após a reforma ministerial de abril de 1992 em que ex-colaboradores do regime militar, como Célio Borja, Pratini de Moraes e Ângelo Calmon de Sá entraram no governo, Itamar desligou-se do PRN em 5 de maio de 1992.

O desencadeamento de uma sucessão de denúncias de corrupção contra o governo Collor e do início de uma campanha pelo seu impeachment, levou Itamar a acentuar publicamente suas diferenças em relação ao presidente.

Em 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados decidiu por ampla maioria autorizar a abertura de um processo de impeachment do presidente. Neste mesmo dia, Itamar assume interinamente a presidência até que o titular fosse julgado pelo Senado Federal.

Não houve solenidade de posse, que foi bem recebido pela população. Ao assumir, propôs uma política de entendimento nacional.

[editar] Na presidência da república
Itamar Franco assumiu o cargo no pós-impeachment.Em 1992, Collor foi acusado de corrupção e sofreu um processo de impeachment pelo Congresso Nacional e se afasta do governo.

Itamar assume interinamente a presidência em 2 de outubro de 1992, sendo formalmente aclamado em 29 de dezembro de 1992, quando o presidente Collor renuncia ao cargo.

O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, com a inflação chegando a 1100% em 1992, e alcançado mais de 2700% no ano seguinte (a maior da historia do Brasil). Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o Ministério da Fazenda.

[editar] Plebiscito de 1993Em Abril de 1993, cumprindo com o previsto na Constituição de 1988, o governo realiza um plebiscito para a escolha da forma e do sistema de governo no Brasil. Quase 30% dos votantes não compareceram ao plebiscito ou anularam o voto. Dos que comparecem às urnas, 66% votaram a favor da república, contra 10% favoráveis à monarquia. O presidencialismo recebeu 55% dos votos, ao passo que o parlamentarismo obteve 25% dos votos. Em função dos resultados, foi mantido o regime republicano e presidencialista.

[editar] Plano RealEm fevereiro de 1994, o governo Itamar lançou o Plano Real, elaborado pelo Ministério da Fazenda a partir de idealização do economista Edmar Bacha, que estabilizou a economia e acabou com a crise hiperinflacionária.

[editar] Outras realizaçõesO Presidente Itamar Franco fez projetos de combate à miséria ao lado do sociólogo Betinho. Em 1995 apoia o então candidato Fernando Henrique Cardoso, o qual sai vitorioso nas urnas. Itamar Franco terminou o seu governo com 84% de aprovação popular [carece de fontes?] .

[editar] Depois da presidênciaItamar foi o primeiro presidente da República desde Artur Bernardes a eleger o seu sucessor. Com a vitória de seu candidato, Fernando Henrique Cardoso, Itamar foi nomeado embaixador brasileiro em Portugal, e, posteriormente, embaixador brasileiro junto à Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, Estados Unidos.

No entanto, Itamar logo se tornou um crítico do governo Fernando Henrique Cardoso por discordar de sua política econômica. Além disso, Itamar pretendia se candidatar à Presidência novamente nas eleições de 1998, porém viu seus planos serem desfeitos quando o então presidente mudou a Constituição para tentar se reeleger para um 2° mandato consecutivo. Mesmo com essa nova mudança nas normas eleitorais, Itamar tenta se candidatar a presidência, mas não consegue obter a indicação do PMDB em uma ação creditada à enorme pressão exercida pelo então presidente que não gostaria de ter Itamar como adversário. Esse foi mais um dos motivos apontados para o rompimento de Itamar com Fernando Henrique Cardoso.

Sem a indicação para a presidência, Itamar se candidata então ao governo de Minas Gerais, disputando o pleito contra o então governador do Estado Eduardo Azeredo (PSDB), apoiado por Fernando Henrique. Nas apurações do 1º turno das eleições, Itamar já desponta na liderança, obtendo 3.080.925 de votos, representando 44,29% dos votos válidos, contra 2.665.500 votos de Eduardo Azeredo, o equivalente à 38,32% [carece de fontes?]. Indo a eleição para o segundo turno, Itamar é eleito com ampla votação, com 4.808.652 de votos, ou 57,62% dos votos válidos, contra 3.537.458 de votos ou 42,38% de Azeredo[carece de fontes?]. Vale dizer que durante a campanha eleitoral Fernando Henrique Cardoso declarou inicialmente seu apoio a Itamar. Este último recusou o apoio, dizendo que podia "andar com as próprias pernas" [carece de fontes?]. Tendo vencido o pleito, assume o governo de Minas Gerais em 1 de janeiro de 1999.

[editar] Governo de Minas GeraisItamar Franco foi eleito governador de Minas Gerais em 1998 pelo PMDB. Governou Minas Gerais de 1999 a 2003, e não conseguiu a indicação do PMDB para se candidatar à presidência da República em 2002. Naquela oportunidade a convenção nacional do PMDB optou por uma coligação com o PSDB, lançando a então deputada federal Rita Camata (Espírito Santo) a vice-presidente na chapa encabeçada por José Serra.

Assim que tomou posse em 1998, Itamar Franco decretou a moratória do estado de Minas Gerais. Entre outros aspectos, Itamar alegou a necessidade de se empreender uma auditoria na dívida estadual. Entre outros pontos, Itamar argumentou que a dívida mineira era atrelada a uma taxa de juros de 7,5% ao ano, enquanto estados como São Paulo negociaram suas dívidas a uma taxa de 6% [carece de fontes?]. Itamar tentou, com um conjunto de ações na área financeira, reverter uma situação herdada do governo anterior, na qual "as despesas apresentavam crescimento mais acelerado que as receitas tributárias e encontravam-se concentradas em funções de baixa capacidade distributiva, comprometendo a promoção de um processo de desenvolvimento socialmente justo".[2]

Esta atitude polêmica levou Itamar a ser acusado pelo Presidente do Banco Central Armínio Fraga de agir contra a estabilidade de regras necessária à atração de investimentos estrangeiros.

Em que pese essa ação inicial, foi em seu governo que a dívida mineira foi equacionada e começou a ser quitada, conforme esclarece Fabrício Augusto de Oliveira.[3]

Retomou judicialmente o controle acionário da estatal Companhia Energética de Minas Gerais CEMIG, parcialmente vendida pelo governador anterior Eduardo Azeredo, o qual conseguiu fechar as contas estaduais apenas em seus dois últimos anos de governo desfazendo-se de parte do patrimônio público mineiro, que foi privatizado em um processo de reorganização das estatais mineiras que estaria na gênese do chamado "esquema Marcos Valério",[4] cuja "origem dos recursos" seria "as empresas públicas de Minas Gerais".[5] A CEMIG hoje se tornou uma das maiores empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica do Brasil e do mundo, sendo uma das que mais cresce em seu seguimento.


Itamar Franco em 2004Itamar também se insurgiu contra a privatização empresa energética Furnas, aclamando o povo mineiro e brasileiro para juntos, impedissem que mais um patrimônio do brasileiro fosse privatizado. Na ocasião, Itamar mobilizou a Policia Militar de Minas Gerais em umas das principais usinas da empresa, a Usina Hidrelétrica de Furnas, em São José da Barra - MG, ameaçando explodir a referida usina caso Furnas fosse privatizada. Apesar de esta postura ter sido muito criticada, Itamar conseguiu seu objetivo e não deixou que Furnas fosse privatizada. Com a incorporação das subsidiarias da Eletrobrás, Furnas passou a se chamar Eletrobrás Furnas, sendo hoje a estatal Eletrobrás a maior empresa do Brasil de geração e transmissão de energia elétrica e uma das maiores do mundo.[6]

A recomposição do setor público em bases burocráticas, passando essencialmente pela valorização do servidor público, pelo reaparelhamento das principais agências de ação estatal e pelo ajuste fiscal, marcou a gestão Itamar Franco, conforme analisam Wladimir Rodrigues Dias e Roberto Sorbilli Filho, segundo os quais não houve grandes inovações em seu governo, mas uma importante organização da administração pública, desmantelada por seu antecessor.[7]

No âmbito político, Itamar Franco se destacou pela realização de uma política centrada nos grandes temas. A composição política de seu governo, de feição centro-esquerdista, chegou a ter participação de PMDB, PT, PDT, PSB, PCdoB, PTB, PPB e PL, dentre outros partidos. Ainda assim, pode-se dizer que governou sem os partidos e sem os políticos [carece de fontes?].

Itamar se opôs a atividades típicas da política tradicional, como as vinculadas ao clientelismo político. Extinguiu as subvenções sociais distribuídas por deputados e não negociou emendas parlamentares, deixando de exercer a habitual dominação que o Executivo exerce sobre o Legislativo. Em décadas, foi o governador com o maior número de projetos rejeitados na ALMG, retaliado pelo rompimento com o pacto clientelista.[8]

Terminando seu mandato no governo de Minas Gerais ao fim de 2002, Itamar resolve não se candidatar a reeleição e apoia as campanhas de Aécio Neves (PSDB) para o governo do Estado e de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Itamar ajuda a eleger Aécio, e com a vitória de Lula no plano nacional é nomeado embaixador brasileiro na Itália até deixar voluntariamente o cargo em 2005.

Embora na memória da maioria permaneça um governador mais atento aos problemas nacionais e a uma eventual candidatura à presidência da República, foi em seu governo que se reorganizaram as finanças e a administração estadual, possibilitando ao governador seguinte, Aécio Neves, eleito com seu apoio, implantar o chamado "choque de gestão".

[editar] Últimos anos
Itamar Franco em 2011Em 2006, tentou se candidatar a presidente da República pelo PMDB, competindo pela indicação do partido com Anthony Garotinho, o ex-governador do Rio de Janeiro. Porém, no dia 22 de maio, anunciou a sua desistência e a sua intenção de disputar uma vaga no Senado Federal.

Acabou perdendo a indicação do PMDB de Minas Gerais para o Senado para Newton Cardoso (líder das pesquisas no início, mas que sofreu uma derrota às vésperas das eleições). Itamar anunciou, em 2006, o seu apoio à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República.

Aliado de Aécio Neves desde 2002, foi conselheiro do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Em maio de 2009, anunciou sua filiação ao Partido Popular Socialista (PPS), o que alimentou especulações sobre uma possível candidatura à Presidência da República ou ao Senado Federal. Em 27 de janeiro de 2007, anunciou sua pré-candidatura a senador, disputando uma das duas vagas nas eleições deste ano, apoiando Aécio Neves como candidato à outra vaga. O candidato a primeiro suplente foi o presidente do Cruzeiro Zezé Perrella, do PDT, e a segunda suplente, Elaine Matozinhos, do PTB.[9]

Nas eleições de 3 de outubro de 2010, foi eleito senador pelo estado de Minas Gerais, derrotando Fernando Pimentel do PT.

[editar] MorteEm 21 de maio de 2011, foi diagnosticado com leucemia.[10] Alguns dias depois, se licenciou do Senado a fim de tratar-se da doença no Hospital Albert Einstein. No dia 27 de junho, um boletim médico do hospital divulgou que sua situação teria se agravado em virtude de uma pneumonia que o levou à UTI. Itamar faleceu na manhã do dia 2 de julho de 2011[11]. O corpo do ex-presidente foi cremado em Cemitério de Contagem, as cinzas ficaram no jazigo da família em Juiz de Fora.[12].

Referências↑ Morre aos 81 anos o ex-presidente Itamar Franco - Brasil - R7. noticias.r7.com. Página visitada em 2 de julho de 2011.
↑ Elisa Rocha e Jane Noronha. "Evolução das Finanças de Minas Gerais na Era do Real". In: "Vanguarda Econômica", n° 6, ano VI, Belo Horizonte, setembro/1998, p. 50.
↑ "[www.almg.gov.br/revistalegis/Revista35/fabricio35.pdf Caminho é estreito, mas Estado ainda pode ajustar as contas]"
↑ Revista Carta Capital, edição 353
↑ Luis Carlos Azenha. "Em vez de pagar, Azeredo recebeu de agência publicitária"
↑ "Itamar vai à guerra". In: http://veja.abril.com.br/250899/p_046.html)
↑ "Administração Pública: autonomia preservada, mas sem inovação". In: www.almg.gov.br/revistalegis/Revista35/sorbilli35.pdf
↑ Wladimir Rodrigues Dias. "O Clientelismo e o Poder Legislativo". In: http://www.almg.gov.br/eventos/congresso_legistica_br.asp
↑ Deputado estadual do DEM será o primeiro suplente de Aécio ao Senado
↑ http://uol-noticias.jusbrasil.com.br/politica/7041709/itamar-franco-descobre-leucemia-e-esta-internado-em-sao-paulo
↑ Itamar Franco morre aos 81 anos - Globo.com
↑ MG: corpo de Itamar é cremado em cemitério de Contagem - Istoé.com
[editar] Bibliografia__________, Diretrizes de Ação Governamental: Itamar Franco, Secretaria de Planejamento, 1993.

KOIFMAN, Fábio, Organizador - Presidentes do Brasil, Editora Rio, 2001.
PORTUGAL, José Geraldo, Gestão Estatal no Brasil: O Governo Itamar Franco 1992-1994, Editora Fundap, 1998.
REIS DE SOUZA, O Governo Itamar Franco.
[editar] Ver tambémMinistros do Governo Itamar Franco
Eleições estaduais de Minas Gerais de 2010
Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco
[editar] Ligações externasO Wikiquote possui citações de ou sobre: Itamar FrancoO Commons possui uma categoria com multimídias sobre Itamar FrancoO governo Itamar Franco no sítio oficial da Presidência da República do Brasil
Mensagem ao Congresso Nacional 1993





Precedido por
Ademar Resende de Andrade Prefeito de Juiz de Fora
1967 – 1971 Sucedido por
Agostinho Pestana
Precedido por
Agostinho Pestana Prefeito de Juiz de Fora
1973 – 1974 Sucedido por
Saulo Moreira
Precedido por
José Sarney Vice-presidente do Brasil
1990 – 1992 Sucedido por
Marco Maciel
Precedido por
Fernando Collor de Mello Presidente do Brasil
1992 – 1995 Sucedido por
Fernando Henrique Cardoso
Precedido por
Eduardo Azeredo Governador de Minas Gerais
1999 – 2003 Sucedido por
Aécio Neves

v • eVice-presidentes do Brasil (1889 — 2012)
Floriano Peixoto • Manuel Vitorino Pereira • Francisco de Assis Rosa e Silva • Silviano Brandão • Afonso Pena • Nilo Peçanha • Venceslau Brás • Urbano Santos • Delfim Moreira • Bueno de Paiva • Estácio Coimbra • Mello Vianna • Vital Soares • Nereu Ramos • Café Filho • João Goulart • José Maria Alkmin • Pedro Aleixo • Augusto Rademaker • Adalberto Pereira dos Santos • Aureliano Chaves • José Sarney • Itamar Franco • Marco Maciel • José Alencar • Michel Temer


v • eGabinete do Presidente Fernando Collor de Mello (1990–1992)
Vice-presidente Itamar Franco (1990–1992)
Ministérios Ação Social Margarida Maria Procópio (1990–1992) • Josué Setta (1992)
Administração Interna Marcus Vinícius Pratini de Moraes (1992)
Aeronáutica Sócrates da Costa Monteiro (1990–1992)
Agricultura Joaquim Roriz (1990) • José Bernardo Cabral (1990) • Antônio Cabrera Mano Filho (1990–1992) • Lázaro Ferreira Barboza (1992–1993)
Educação Carlos Chiarelli (1990–1991) • José Goldemberg (1991–1992) • Eraldo Tinoco Melo (1992)
Exército Carlos Tinoco Ribeiro Gomes (1990–1992)
Fazenda Zélia Cardoso de Mello (1990–1991) • Marcílio Marques Moreira (1991–1992) • Paulo Roberto Haddad (1992–1993)
Infra-Estrutura Ozires Silva (1990–1991) • Eduardo de Freitas Teixeira (1991) • João Eduardo Cerdeira de Santana (1991–1992)
Justiça José Bernardo Cabral (1990) • Jarbas Passarinho (1990–1992) • Célio Borja (1992)
Marinha Mário César Flores (1990–1992)
Previdência Social Reinhold Stephanes (1992)
Relações Exteriores Francisco Rezek (1985–1992) • Celso Lafer (1992) • Marcos Castrioto de Azambuja (1992)
Saúde Alceni Ângelo Guerra (1990–1992) • José Goldemberg (1992) • Adib Jatene (1992) • Jamil Haddad (1992)
Trabalho Antônio Rogério Magri (1990–1992)
Transportes Affonso Camargo Neto (1992)

Secretarias
(ligadas à
Presidência da
República) Administração Federal João Eduardo Cerdeira de Santana (1990–1991) • Pedro Ronald Maranhão Braga Borges (1991) • Carlos Moreira Garcia (1991–1992)
Assuntos Estratégicos João Eduardo Cerdeira de Santana (1990–1991) • Pedro Ronald Maranhão Braga Borges (1991) • Carlos Moreira Garcia (1991–1992)
Ciência e Tecnologia José Goldemberg (1990–1991) • Edson Machado de Sousa (1991–1992) • Hélio Jaguaribe (1992)
Cultura Ipojuca Pontes (1990–1991) • Sérgio Paulo Rouanet (1991–1992)
Desenvolvimento Regional Marcos Antônio de Salvo Coimbra (1990) • Egberto Baptista (1990–1992) • Ângelo Calmon de Sá (1992)
Desportos Artur Antunes Coimbra (1990–1991) • Bernard Rajzman (1991–1992)
Governo Jorge Konder Bornhausen (1992) • Ricardo Ferreira Fiuza (1992)
Meio Ambiente José Lutzenberger (1990–1992) • José Goldemberg (1992) • Flávio Miragaia Perri (1992)
Projetos Especiais Carlos Moreira Garcia (1992)

Órgãos
(ligadas à
Presidência da
República) Casa Civil Marcos Antônio de Salvo Coimbra (1990–1992)
Consultoria Geral Célio Silva (1990–1992)
Estado-Maior
das Forças Armadas Jonas de Morais Correia Neto (1990–1991) • Antônio Luiz Rocha Veneu (1991–1992)
Gabinete Militar Agenor Francisco Homem de Carvalho (1990–1992)

← Gabinete de José Sarney (1985–1990) • Gabinete de Itamar Franco (1992–1995) →

v • ePresidentes do Brasil (1889–presente)
Presidencialismo no Brasil • Palácio do Planalto • Palácio da Alvorada • Granja do Torto
República Velha (1889–1930) Deodoro da Fonseca • Floriano Peixoto • Prudente de Morais • Manuel Vitorino • Campos Sales • Rodrigues Alves • Afonso Pena • Nilo Peçanha • Hermes da Fonseca • Venceslau Brás • Rodrigues Alves • Delfim Moreira • Epitácio Pessoa • Artur Bernardes • Washington Luís • Júlio Prestes
Era Vargas (1930–1945) Junta de 1930 • Getúlio Vargas
Período populista (1945–1964) José Linhares • Eurico Gaspar Dutra • Getúlio Vargas • Café Filho • Carlos Luz • Nereu Ramos • Juscelino Kubitschek • Jânio Quadros • Ranieri Mazzilli • João Goulart
Ditadura militar (1964–1985) Ranieri Mazzilli • Castelo Branco • Costa e Silva • Junta de 1969 • Emílio Garrastazu Médici • Ernesto Geisel • João Figueiredo
Nova República (1985–) Tancredo Neves - José Sarney • Fernando Collor de Mello • Itamar Franco • Fernando Henrique Cardoso • Luiz Inácio Lula da Silva • Dilma Rousseff


v • eGovernadores de Minas Gerais (1889 — 2012)
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