sábado, 21 de maio de 2011

10717 - CARLOS V DA ESPANHA, SONHO DE UM IMPÉRIO ÚNICO

Carlos V, imperador Carlos de Habsburgo,
Carlos I da Espanha e V da Alemanha
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(1500 - 1558)
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Monarca germânico nascido em Gand, nos Países Baixos, um dos principais personagens da história da Europa. Filho de Filipe o Belo e de Joana a Louca, e neto, pelo lado paterno, do imperador Maximiliano I e de Maria de Borgonha, e pelo lado materno, de Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, os Reis Católicos. Tornou-se rei dos Países Baixos (1515), no ano seguinte foi proclamado soberano da Espanha (assumiu em 1517), país que nem sequer a língua conhecia, e assumiu o trono do Sacro Império Romano-Germânico (1519) após a morte de Maximiliano I. Sua partida para a Alemanha provocou a revolta dos hispânicos, que não aceitavam estrangeiros nos mais importantes cargos do governo, porém os rebeldes foram definitivamente derrotados no povoado castelhano de Villalar (1521). Como imperador, considerava-se chefe da cristandade, por isso achava que os outros soberanos europeus deviam-lhe obediência. Determinado a instaurar uma monarquia universal católica, seus maiores obstáculos foram os simpatizantes da Reforma, os islamitas e os franceses. Contra o islamismo promoveu, em Valença, a conversão forçada dos mouros (1525) e avançou sobre o norte da África: ocupou Tlemcen (1530) e Túnis (1535) e atacou Argel (1541). Contra o franceses as principais lutas foram em território italiano, pela posse de áreas deste país e o controle de Roma (1521-1544), principalmente na defesa dos interesses da Espanha. Para enfrentar o avanço do protestantismo, o imperador estimulou a convocação do Concílio de Trento, inspirador do espírito da Contra-Reforma, e recorreu à força para combater os príncipes luteranos germânicos que haviam criado a Liga de Schmalkalden (1531). Inicialmente venceu a liga em Mühlberg (1547), mas os príncipes alemães uniram-se a Henrique II da França e conseguiram derrotar o imperador em Innsbruck, e ele foi obrigado a assinar a paz de Augsburg (1555), estabelecendo o fim das hostilidades e concedendo liberdade de culto aos protestantes. Durante seu reinado também realizaram-se grandes expedições para explorar novos continentes, entre elas a primeira volta ao mundo, iniciada por Fernão de Magalhães e terminada por Sebastián Elcano (1519-1522). A colonização americana resultou em um grande desenvolvimento da agricultura e da mineração, em especial do ouro e da prata, graças ao descobrimento de jazidas como a de Potosí, no vice-reino do Peru. As ordens religiosas encarregaram-se de realizar a obra de evangelização e o progresso cultural foi determinado pela introdução da imprensa e a fundação das universidades de São Domingos, Lima e México. Enfim, desmotivado para continuar a reinar abdicou de parte do império em favor de seu filho Filipe II (1555), que se tornou soberano dos territórios borgonheses e rei da Espanha, Aragão, Castela, Sicília e Novas Índias, e depois (1556), renunciou à coroa imperial em favor de seu irmão Fernando, retirando-se completamente do poder e refugiando-se no mosteiro de San Jerónimo de Yuste, na Extremadura, onde ficou até sua morte.




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