sexta-feira, 20 de maio de 2011

'10693 - GUILHERME III DA INGLATERRA

Guilherme III de InglaterraOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Guilherme III
Rei da Inglaterra, da Irlanda e da Escócia

Guilherme III
Reinado 13 de fevereiro de 1689 –8 de março de 1702
Coroação 11 de abril de 1689
Nascimento 14 de novembro de 1650
A Haia, Países Baixos
Morte 8 de março de 1702
Palácio de Kensington, Londres
Sepultamento Abadia de Westminster, Londres, Inglaterra
Antecessor Jaime II
Sucessor Ana I
Consorte Maria II
Dinastia Orange-Nassau
Pai Guilherme II
Mãe Maria Stuart, (filha de Carlos I)
Guilherme III de Inglaterra, II da Escócia (A Haia, 14 de Novembro de 1650 — Hampton Court, 8 de Março de 1702) foi rei de Inglaterra e rei da Escócia entre 1689 e a sua morte. Guilherme foi também Príncipe de Orange e estatuder dos Países Baixos.

Índice [esconder]
1 Primeiros anos
2 Início na vida política
3 Ascensão ao trono da Inglaterra
4 Ver também


Educado como protestante, foi rei de Inglaterra e Irlanda a partir de 13 de Fevereiro de 1689, e rei da Escócia a partir de 11 de Abril de 1689, em conjunto com a mulher Maria II de Inglaterra. Ele recebeu a coroa de Inglaterra, Escócia e Irlanda no seguimento da Revolução Gloriosa, durante a qual o seu tio e sogro Jaime II de Inglaterra, foi deposto.

[editar] Primeiros anosGuilherme de Orange, único filho de Guilherme II e Mary Henrietta Stuart (a princesa Mary de Orange, filha do rei Carlos II da Inglaterra), nasceu em Haia, Holanda. Oito dias antes de nascer, seu pai morreu de varíola sendo assim Guilherme tornou-se príncipe soberano de Orange, França no momento de seu nascimento.

No dia 13 de agosto de 1651, o hoge raad (ou conselho supremo) estabeleceu a guarda compartilhada de Guilherme entre Mary (sua mãe), Amélia von Solms-Braunfels (sua avó paterna) e Frederico Guilherme I de Brandemburgo. Frederico foi escolhido como um ponto neutro entre as duas mulheres. Mary, a mãe de Guilherme, mostrou pouco interesse em seu filho, às vezes sendo ausente por anos e gastando a maior parte de seu tempo desfrutando o luxo da corte francesa; ela ficava alheia à sociedade holandesa, o que afetou até sua compreensão em relação à língua holandesa.

A educação de Guilherme ficou por conta de vários holandeses e alguns descendentes ingleses. Em abril de 1656 um pregador calvinista, Cornelis Trigland, foi escolhido para instruir o príncipe na religião do estado, o Calvinismo. Em 1659, Guilherme foi mandado por sete anos para a Universidade de Leiden sob a tutoria do professor de ética Hendrik Bornius embora oficialmente nunca tenha sido considerado como estudante desta universidade. Guilherme também aprendeu a língua francesa e mostrou uma pequena inclinação pela leitura de grandes filósofos, literatura clássica e artes e, principalmente, pela pintura, arquitetura e jardinagem.

Em 1660, a república das sete províncias unidas dos países baixos, sob a orientação de Johan de Witt e Cornelis de Graeff, resolveu cuidar da educação de Guilherme com a finalidade de assegurar habilidades necessárias a serem usadas em uma futura função governamental. Em 23 de dezembro de 1660, a mãe de Guilherme morreu de varíola em Londres e em seu testamento designou que o rei Carlos II da Inglaterra passasse a ser o guardião legal de Guilherme. Carlos delegou que a responsabilidade por Guilherme passasse à avó paterna dele, Amélia, mas abriu espaço para que pudesse dar conselhos políticos a Guilherme sempre que achasse necessário.

[editar] Início na vida políticaEm 1666, quando Guilherme completou 16 anos, o Estado Geral das Províncias Unidas lhe deu oficialmente uma sala no governo, ou como Guilherme mesmo chamou, ele foi feito um Menino do Estado. Isto supostamente foi feito para preparar Guilherme para o governo da nação, ainda que este papel não tenha sido especificado. Três anos mais tarde quando seu tempo na sala do governo terminou, Guilherme voltou à vida privada.

Guilherme obteve o cargo de estatúder da Holanda, Zelândia, Utrecht, Gueldres e Overijssel. As cinco províncias, entretanto, suspenderam o cargo de estatúder depois da morte de Guilherme II. Durante a "Primeira Era de estatúderes", o poder de fato esteve nas mãos de Johan de Witt. Em 1667, quando Guilherme III chegou à idade de 18 anos, o partido pró-Orange tratou de restaurar o príncipe no poder assegurando a ele os cargos de estatúder e de capitão geral. Para prevenir a restauração da influência da Casa de Orange, De Witt, Andries de Graeff e Gaspar Fagel procurou a emissão do Decreto Eterno (ou Decreto Perpétuo), que declarou que o Capitão-Geral ou Almirante General dos Países Baixos não podería servir como estatúder em nenhuma província. Além disto, a província da Holanda suprimiu o cargo de estatúder (outras províncias seguiram seu exemplo).

O ano de 1672 provou ser calamitoso para os Países Baixos, chegando a ser conhecido como o "ano do desastre". Os Países Baixos foram invadidos pela França, por ordem de seu rei Luís XIV, que tinha a ajuda da Inglaterra (Terceira guerra Anglo-Holandesa), Münster, e Colônia. O exército francês tomou rapidamente a maioria dos Países Baixos. Witt falhou ao não poder assegurar paz com a França, e foi derrocado. Logo, ele e seu irmão, Cornelis de Witt, foram assassinados brutalmente por uma multitão enojada em Haia. Hoje, a maioria dos historiadores assumem que Guilherme esteve implicado no assassinato. A vitória para o partido de Orange era completa; o Decreto Eterno era declarado nulo, e Guilherme foi eleito estatúder da Holanda, Zelândia e Utrecht. Também o designaram Capitão-General e Almirante General dos Países Baixos. Gueldres e Overijssel, que tinham um parente de Guilherme como estatúder, não elegeram Guilherme para este cargo até 1675.

Guilherme III continuou lutando contra os invasores da Inglaterra e França, aliando-se com a Espanha. Depois que o almirante Michiel de Ruyter derrotou a Marinha de Guerra Real Inglesa, Guilherme assinou a paz com a nação que mais tarde governaria, a Inglaterra, em 1674. Para consolidar sua posição, ele se comprometeu com sua prima Maria, a filha de Jaime, duque de York (futuro Jaime II). O matrimônio foi celebrado no palácio de St. James, em Londres, em 4 de novembro de 1677; a união foi infeliz e infrutuosa, pois a princesa perdeu 3 crianças que teve. Chegando`a conclusão que uma guerra com a Inglaterra e os Países Baixos seria desvantajosa, o rei Luís XIV da França assinou a paz em 1678. Luís, entretanto, continuou sua agressão, fazendo com que Guilherme III se unisse à Liga de Augsburgo (uma coligação Anti-Francesa que também incluiu o Sacro Império Romano Germânico, Suécia, Espanha e vários estados alemães) em 1686.

Em 1685, o sogro de Guilherme subiu ao trono inglês como Jaime II, um católico que era impopular nos seus reinos protestantes. Guilherme procurou conciliar com Jaime, que ele esperava que se unisse a Liga de Augsburgo, enquanto ao mesmo tempo tentava não ofender o partido protestante da Inglaterra. Mas antes de 1687, chegou a estar claro que Jaime II não se uniria à Liga. Para ganhar o favor dos protestantes ingleses, Guilherme expressou sua desaprovação às políticas religiosas de Jaime II. Vendo Guilherme como amigo, muitos políticos ingleses começaram a negociar com ele uma invasão armada a Inglaterra.

[editar] Ascensão ao trono da InglaterraGuilherme a princípio foi contrário ao projeto da invasão à Inglaterra. Enquanto isso, na Inglaterra, a segunda esposa de Jaime II, a rainha Maria de Módena, deu à luz um filho, James Francis Edward Stuart, que logo foi colocado como o primeiro na linha de sucessão ao invés da esposa de Guilherme. A cólera pública também aumentou devido ao juizo de sete bispos que opuseram em público às políticas religiosas de Jaime II e solicitaram que elas fossem reformadas.


Brasão de Armas do Rei Guilherme III e da Rainha Maria II.Guilherme ainda estava relutante em invadir, crendo que os ingleses não reagiriam bem a um invasor estrangeiro. Em 30 de junho de 1688, os bispos foram absolvidos e um grupo formado por figuras políticas conhecidas como os "Sete Imortais" fazem uma petição, enviando a Guilherme um convite formal à invasão. Guilherme começou a fazer os preparativos para a invasão; suas intenções eram de conhecimento público para setembro de 1688. Com um exército holandês, Guilherme chegou em Brixham, no sudoeste da Inglaterra, a 5 de novembro de 1688. Ele chega a terra no navio "Brill" conduzida por um pescador local, Peter Varwell, para proclamar "as liberdades da Inglaterra e da religião protestante que mantería". Guilherme levou consigo 15.500 soldados e 4.000 cavalos. Os oficiais protestantes desertaram do exército inglês (o mais notável deles foi John Churchill, 1.º duque de Marlborough, o comandante mais eficaz de Jaime II), e os nobres influentes do país declararam sua ajuda para o invasor. Ainda que a invasão e a derrocada subsequente de Jaime II se conheça comummente como a Revolução Gloriosa, foi na realidade um golpe de estado.

Jaime II, a princípio, tentou resistir a Guilherme, mas viu que os seus esforços eram em vão. Ele enviou representantes para negociar com Guilherme, mas fugiu secretamente em 11 de dezembro. Um grupo de pescadores o capturou; trazido de novo a Londres, conseguiu com êxito escapar na segunda tentativa, em 23 de dezembro. Na realidade, Guilherme permitiu que Jaime II fugisse do país, porque ele não desejava que Jaime II fosse feito mártir para a causa católica.

[editar] Ver tambémBatalha do Boyne
Ordem de Orange
Precedido por
Jaime II Rei de Inglaterra
Rei da Escócia
com a mulher Maria II
1689 - 1702 Sucedido por
Ana I
Precedido por
Guilherme II Príncipe de Orange
1650 - 1702 Sucedido por
João Friso
Precedido por
Jaime II - TITULAR -
Rei de França
com Maria II (até 1694)
13 de fevereiro de 1689 - 8 de março de 1702 Sucedido por
Ana I

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