terça-feira, 3 de maio de 2011

10442 - HISTÓRIA DO EGITO

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História do EgitoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Nota: Se procura uma descrição detalhada da história da civilização faraónica, veja História do Antigo Egito.



História do Egito
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Este artigo faz parte de uma série
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Pré-História do Egito
Antigo Egito
Período pré-dinástico
Período protodinástico
Época Tinita
Império Antigo
Primeiro Período Intermediário
Império Médio
Segundo Período Intermediário
Império Novo
Terceiro Período Intermediário
1º Período Persa
Época Baixa
2º Período Persa
Egito Grego
Alexandre, o Grande
Egito ptolemaico
Egito Romano & Bizantino
Egito cristão
Egito Bizantino
Ocupação Persa
Egito muçulmano
Egito Fatímida
Egito Aiúbida
Egito Mameluco
Egito otomano
Campanha francesa
Dinastia Muhammad Ali
Quedivato do Egito
Sultanato do Egito
Reino do Egito
República

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Portal Egito

A História do Egito (AO 1945: Egipto) corresponde a uma das mais longas histórias de um território do mundo.

Índice [esconder]
1 Pré-História
2 Antigo Egito
3 O Egipto ptolemaico
4 O Egipto romano e bizantino
5 O domínio islâmico
5.1 A dinastia tulúnida e ikhshidid
5.2 Os fatímidas
6 O Egipto otomano (1517-1798)
7 Mehemet Ali e os seus sucessores
8 Independência
9 A era de Nasser (1952-1970)
10 O período Sadat
11 De Hosni Mubarak aos nossos dias
11.1 Terrorismo
11.2 Reaproximação com os países árabes
11.3 Anos 90
11.4 Do ano 2000 até hoje
12 Referências
13 Referências

[editar] Pré-HistóriaVer artigo principal: Pré-História do Egipto
Durante o Paleolítico o clima do Egipto sofreu uma alteração, passando de um clima úmido e equatorial para um clima seco. O processo de desertificação da região que é hoje o Saara concentrou no vale do rio Nilo as populações circundantes.

No quinto milénio a.C , o vale do Nilo, já com as características climáticas actuais, conheceu uma série de culturas neolíticas (Faium, Tasa, Merimde). Os habitantes do Egipto domesticaram animais como o porco, o boi e a cabra e cultivaram o trigo, a cevada e o linho.

O quarto milénio a.C. corresponde àquilo que a historiografia designa como o período pré-dinástico (ou proto-dinástico). Nele surge o cobre e na região do Alto Egipto surgem sucessivamente três civilizações: a badariense, a amratiense e gerzeense. Esta última civilização acabaria por se difundir por todo o território do Egipto.

[editar] Antigo EgitoO Antigo Egito é a civilização que se desenvolveu no vale inferior e no delta do rio Nilo entre 3100 a.C. e 30 a.C.. Entre 3200 a.C. e 2800 a.C. ocorreu a unificação dos reinos do Alto Egito e do Baixo Egipto por um soberano de nome Menés.

O estudo da civilização do Antigo Egito formou-se como disciplina própria no século XIX com o nascimento da Egitologia. Esta disciplina dividiu a história do Antigo Egito em várias etapas. Assim, as duas primeiras dinastias egípcias correspondem à Época Tinita ou Arcaica. Neste período as formas culturais, artísticas, governamentais e religiosas do Antigo Egito, que se mantiveram pouco alteradas até ao fim da sua história, já se encontravam definidas.

A Época Tinita foi seguida pelo Império Antigo, marcada pela construção de pirâmides, sendo as mais conhecidas as pirâmides de Gizé do tempo da IV dinastia. O Império Antigo começou a cair no reinado de Pepi II, tendo o Egito entrado no Primeiro Período Intermediário(sob domínio externo). Após esse primeiro período intermediário surgiu o Médio Império, que durou aproximadamente 500 anos, seguido pelo segundo período intermediário. Mais uma vez expulsando os invasores, o Novo Império surge em 1200 a.C. e vive seu apogeu com Ramsés. Alguns séculos depois foram submetidos por povos mesopotâmicos.

[editar] O Egipto ptolemaicoEm 333 a.C., Alexandre Magno derrotou os Persas na Batalha de Issus, e, no Outono do ano seguinte, ocupou o Egipto, onde foi recebido como libertador pelo povo. Antes de partir para novas campanhas militares no oriente, Alexandre fundou na região ocidental do delta do Nilo a cidade de Alexandria, que seria nos séculos seguintes a metrópole cultural e económica do Mediterrâneo e capital da dinastia.

Alexandre morreu em 323 a.C., mas sua sucessão não ficou assegurada. Nos anos seguintes os seus generais dividiram entre si o império criado por ele. Um destes generais, Ptolemeu, que já estava instalado como governador do Egipto, pegou em 305 a.C. o título de basileus (rei), fundando a dinastia ptolemaica que governou o Egipto até 32 a.C..

A última representante da dinastia ptolemaica foi a famosa rainha Cleópatra, que tentou recuperar a glória do reino anterior, tornando-se aliada dos romanos Júlio César e Marco António. Os seus esforços mostraram-se inúteis, sendo vencida pelas forças romanas de Octaviano na Batalha de Ácio.

[editar] O Egipto romano e bizantinoApós a derrota de Cleópatra, o Egipto é agregado no Império Romano como uma província administrada por um prefeito de origem da cavalaria que era diretamente responsável pelo imperador. Augusto decretou o fechamento da entrada de senadores ou de cônsules no território, já que tinha medo que eles tomassem posse do local. O primeiro prefeito que o Egipto conheceu foi Caio Cornélio Galo, que acabaria caindo em desgraça.

De acordo com a tradição, o cristianismo teria sido introduzido no Egipto por São Marcos, mas esta afirmação não é sustentada pelas fontes históricas. No final do século III, o Egito já tinha se cristianizado. Em 325 o Concílio de Niceia institui o Patriarcado de Alexandria, que era o segundo mais importante após o Patriarcado de Roma, exercendo a sua autoridade sobre o Egito e a Líbia. Em 451 o Concílio de Calcedónia condenaria a doutrina do monofisismo (segundo a qual Jesus depois da encarnação tinha apenas uma natureza, a humana), gerando a dúvida que separou a cristianidade egípcia (adepta do monofisismo) dos outros cristãos da época.

Em 395 o Império Romano dividiu-se em duas partes, ficando o Egito inserido no Império Romano do Oriente, que mais tarde se chamaria Império Bizantino.

[editar] O domínio islâmicoA conquista do Egipto pelos árabes insere-se no movimento de expansão destas populações que se iniciou após a morte do profeta Muhammad (Maomé). Em 639, Amr ibn al As, lugar-tenente do califa Omar, liderou uma expedição militar ao Egipto da qual resultou a expulsão definitiva do poder bizantino por volta de 642.

Amr instalou a capital do Egipto em Al Fustat, onde tinha existido uma fortaleza romana chamada Babilónia.

Ao longo dos séculos seguintes a população que habitava o Egipto acabaria por se converter ao islão e por adoptar como língua o árabe. Para a arabização do Egipto contribuiu a instalação no território de tribos oriundas da Península Arábica.

O Egipto tornou-se uma província do califado omíada até 750, ano em que este foi derrubado e substituído pelo califado abássida. Os abássidas transferiram a capital do califado de Damasco para Bagdade, tendo o seu poder entrado em decadência em meados do século IX, o que permitiu a ascensão de dinastias locais em vários partes do império.

[editar] A dinastia tulúnida e ikhshididEm 868 Fustat recebeu como governador do Egipto Ahmad ibn Tulun, que inauguraria um período de autonomia egípcia ao califado abássida. Em 878 Ibn Tulun invadiu a Síria, tomando as suas principais cidades e fortalezas. Ibn Tulun foi representado após a sua morte pelo seu filho Khumarawayh, que foi assassinado em 896. Como seu filho, Khumarawayh, era menor de idade, o fato foi aproveitado pelos abássidas para recuperar a sua soberania sobre o Egito em 905, que voltaria ao seu estatuto de província.

Em 935 Muhammad ibn Tughj foi nomeado novo governador, tendo repetido os atos de Ibn Tulun. Ibn Tughj, a quem o califa atribuiu o título de Ikhshid, conseguiu impor a ordem no Egito, tendo o país voltado com a sua influência sobre a Síria. Além disso, Ibn Tughj conquistou as duas cidades sagradas do islão, Meca e Medina. Os seus descendentes governaram o Egipto até 969.

[editar] Os fatímidasVer artigo principal: Fatímidas
A dinastia dos fatímidas surgiu na Tunísia em 906. Ao contrário do califado abássida, que seguia o sunismo, os fatímidas eram partidários do xiísmo. Os seus membros consideravam-se descendentes de Fátima (de quem deriva o nome da dinastia), uma filha de Muhammad e esposa de Ali, quarto califa e figura central do islão xiita. Em 969 os Fatímidas conquistaram o Egipto, onde se instalaram na sua nova capital, a cidade do Cairo ("A Vitoriosa"), construída a norte de Fustat.

Durante a era fatímida, o Egipto foi o centro de um império que na sua extensão máxima controlou o norte de África, a Sicília, a Palestina, a Síria, o Iémen e as cidades de Meca e Medina.

Entre os séculos X e XV os fatímidas procederam a uma reorganização da administração do Egipto, tendo se verificado um importante desenvolvimento da actividade comercial. Para este contribuíram factores com a decadência do poder na Síria e no Iraque à qual correspondeu uma decadência das rotas comerciais que atravessavam esses territórios. O Egipto se beneficiou de sua posição geográfica e tornou-se a principal alternativa para a passagem das rotas comerciais entre o Oriente e a Cristandade. Os Fatímidas controlavam os portos da costa africana do Mar Vermelho da qual chegavam os produtos da Índia e que depois transitavam para as cidades italianas. Não foi obstáculo para esse comércio a presença dos cruzados na Palestina, entre os séculos XI e XIII, apesar do quase constante estado de guerra.[1][2]

[editar] O Egipto otomano (1517-1798)Em 1516 e 1517, o sultão Selim I derrotou os Mamelucos e o Egipto transformou-se numa província do Império Otomano, governada por um novo paxá nomeado a cada ano. A autoridade do Império Otomano era pouca e os paxás tomavam frequentemente decisões à margem dos desejos do sultão, que se alegrava em receber o tributo, apenas exigindo que as fronteiras fossem vigiadas para evitar qualquer tipo de invasão. As antigas elites mamelucas conseguiram burlar as estruturas administrativas e continuar a governar o Egipto. Embora colaborassem com os otomanos muitas vezes desafiavam o seu poder. Este período corresponde a um declínio econômico e cultural.

No século XVII desenvolveu-se uma elite de mamelucos que usava o título de "bey", ao mesmo tempo que as guerras entre duas facções de mamelucos acabavam com o país. No século XVIII, Ali Bey e o seu sucessor, Muhammad Bey, conseguiram fazer do Egito um território independente do Império Otomano. Por outro lado, a abertura da rota Europa-Extremo Oriente, por meio do Cabo da Boa Esperança acabou com o monopólio que o Egito detinha[3] sobre essa rota de comércio e iniciou um período de declínio econômico[1][2], no qual a população conheceu um período de penúria e fome.

Neste contexto de um Egipto fraco, a França e a Inglaterra começaram a alimentar ambições em relação ao território. Em 1798 o general Napoleão Bonaparte invadiu o país para tentar abalar o comércio inglês na região.

[editar] Mehemet Ali e os seus sucessoresNapoleão fugiu do Egipto para a França em 1799, deixando para trás um exército de ocupação. Este exército seria expulso pelos otomanos e pelos ingleses em 1801, terminando a rápida ocupação francesa. O Egipto conhece um período de desordem que acaba em 1805 quando um soldado albanês de nome Mehemet Ali toma o poder.

Depois de acabada a invasão inglesa de 1807, Mehemet Ali dedicou-se a acabar com as revoltas constantes dos Mamelucos que ameaçavam a estabilidade do país. Para conseguir tal objectivo reúne-os na cidade do Cairo em 1811 onde foi organizado o massacre dos Mamelucos.

Mehemet Ali declarou-se senhor do Egipto, dono de todas as terras. Ajudado pelos franceses, organizou um exército moderno e criou uma marinha de guerra. Tomou também uma série de medidas que pretendiam modernizar a economia do país, ordenando a construção de canais e fábricas. Ele também instituiu um monopólio estatal sobre o comércio exterior de cana-de-açúcar e algodão. Nesse período o Egito aumentou a sua autonomia em relação ao sultão de Istambul e estabeleceu as bases de uma economia moderna.

As administrações dos sucessores de Ali ampliaram a dependência da Europa, a deterioração da economia chegou a tal ponto que em 1874, para pagar dívidas, foram vendidos à Grã-Bretanha todas as ações do Canal de Suez (Canal de As-Sways), construído em parceria com os franceses entre 1860 e 1870.

Em 1879 as potências estrangeiras impuseram a criação de uma Caixa da Dívida Pública (dirigida por um ministro egípcio, um francês e outro inglês), que assumiu a administração das finanças do país.

Esse grau de interferência despertou uma forte reação nacionalista apoiada pelo exército, que derrubou o Quediva[4] Ismail e forçou seu filho Tawfiq a expulsar os ministros estrangeiros e a nomear um gabinete nacionalista. A resposta do imperialismo foi rápida: em 1882 uma frota anglo-francesa desembarcou tropas britânicas em Alexandria e o país foi militarmente ocupado.

A ocupação foi institucionalizada em 1914, quando a Grã-Bretanha declarou formalmente um protetorado e foi colocado no trono do Rei Fuad. Essa situação perdurou até 1922, quando uma delegação egípcia em Londres negociou a independência. Isso, no entanto, foi obtido em condições que, na prática, significacvam a continuação do protetorado[1][2].

[editar] IndependênciaEm 1922, o Reino Unido concedeu a independência ao Egipto e Ahmad Fuad tornou-se rei com o título de Fuad I. Esta independência era simplesmente nominal, uma vez que o governo britânico se reservava ao direito de interferir nos assuntos internos do Egito se os seus interesses fossem postos em causa. Em 1923 foi promulgada a constituição do país, que estabelecia uma monarquia constitucional como sistema político vigente. As primeiras eleições para o parlamento tiveram lugar em 1924 e em uma delas saiu vitorioso o partido Wafd, cujo líder, Saad Zaghlul, tornou-se primeiro-ministro.

O Wafd tinha o desejo de libertar completamente o Egito do poder britânico. Em Novembro de 1924 o comandante do exército britânico no Egipto foi assassinado e a polícia descobriu ligações entre a morte do comandante e militantes do Wafd. Em consequência, o primeiro-ministro Zaghlul demitiu-se.

As eleições que tiveram lugar logo após esta crise dariam de novo a vitória ao Wafd. O rei Fuad, que temia este partido, ordenou o encerramento do parlamento e, em 1930, apoiado em políticos que eram contra Wafd, impõe uma nova constituição ao Egipto, que reforçava o poder da monarquia.

Com a morte de Fuad em 1936, o seu filho, Faruk I, decide recuperar a constituição de 1923. Novas eleições deram a vitória ao Wafd, que formou um novo governo. No mesmo ano, o Egipto e a Inglaterra assinaram um tratado onde os termos levaram a uma redução do número de militares ingleses no país e confirmaram uma aliança militar entre as duas nações. Este tratado permitiu ao Egipto a entrada na Liga das Nações.

A Segunda Guerra Mundial fez com que a Inglaterra aumentasse a sua presença militar no Canal do Suez. Embora o país se tenha declarado neutro, muitos líderes nacionalistas egípcios desejavam uma vitória das potências do Eixo. Eles acreditavam que isso livraria o país da presença inglesa. Em 1942, perante a ofensiva militar da Alemanha sobre a Líbia, o embaixador britânico no Egipto pressionou o rei Faruk a nomear um governo do partido Wafd, já que esta força política tinha assinado o tratado de 1936, dando uma maior segurança à Inglaterra quanto à posição do Egipto no conflito. Nahas Paxá tornou-se primeiro-ministro e colaborou com os Aliados até ao fim da guerra. Mas o prestígio do Wafd no movimento nacionalista viu-se afetado e o partido perdeu muitos líderes. Em uma tentativa de melhor a sua imagem perante a opinião pública, o partido ordenou reformas na educação e promoveu a formação da Liga Árabe (1945).

Em 1948 o Egipto e outros países árabes tentaram sem sucesso impedir o estabelecimento do estado de Israel na região histórica da Palestina.

O sentimento anticolonialista estava em seu apogeu, quando em 1948 foi criado o Estado de Israel, o Egito e outras nações árabes fizeram um guerra contra o novo estado. Em decorrência da derrota, ocorreram grandes manifestações populares contra a monarquia. Em contexto de insatisfação pela corrupção nos meios governamentais, foi criado, dentro do exército egípcio, um grupo nacionalista denominado Movimento dos Oficiais Livres, liderado pelo general Muhammad Naguib e coronel Gamal Abdel Nasser[1][2].

[editar] A era de Nasser (1952-1970)
Nasser com Nikita Khrushchov.Na noite de 22 para 23 de Julho de 1952 deu-se um golpe de estado organizado por uma facção do exército conhecida como os "Oficiais Livres", cujo chefe era o general Gamal Abdel Nasser. O rei Faruk foi obrigado a abdicar e, como presidente do Conselho, foi escolhido o general Muhammad Naguib, que, não sendo membro dos Movimento dos Oficiais Livres, foi escolhido devido à sua popularidade. Em Dezembro do mesmo ano foi abolida a constituição monárquica e em Janeiro do ano seguinte todos os partidos políticos foram proibidos. Naguib ascende à posição de primeiro presidente da proclamada República do Egipto.

As simpatias que Naguib nutria pelos antigos partidos políticos e pela Irmandade Muçulmana fizeram com que crescesse a oposição à sua pessoa por parte dos "Oficiais Livres". Naguib acabaria por ser afastado da presidência e colocado sob prisão domiciliária, sendo substituído na sua função por Nasser, eleito como presidente em 1956.

O novo regime se proclamou nacionalista, socialista e interessado em beneficiar fellahin (camponeses pobres). Iniciou uma reforma agrária que limitou o poder dos latifundiários.

Nasser assegurou a retirada dos soldados britânicos do Canal de Suez. A sua política externa ficou marcada pelo recusa do Pacto de Bagdad, uma tentativa britânica em criar uma frente anticomunista no Médio Oriente, na qual se integravam a Turquia, o Iraque, o Irão e o Paquistão contra a União Soviética. Em 1955, Nasser foi um dos organizadores e líderes da Conferência de Bandung (Indonésia), onde surgiu movimento neutralista afro-asiático, o precursor do Movimento dos Países Não-Alinhados. Vinte e nove países da Ásia e Africanos condenaram o colonialismo, a discriminação racial e o armamento nuclear[1][2].

O ataque de Israel à Faixa de Gaza (então controlada pelo Egipto) fez com que Nasser procurasse obter armas junto dos países comunistas, uma vez que as potências ocidentais se recusavam a fornecê-las. Em Setembro de 1955 o Egipto assina um importante acordo sobre fornecimento de armas com a Checoslováquia.

Nasser decidiu também construir a Represa de Assuã, projecto que se inseria num plano de irrigação e de electrificação do país, procurando assegurar os empréstimos para a construção junto ao Reino Unido, ao Banco Mundial e aos Estados Unidos, que, inicialmente, mostraram-se favoráveis, mas, depois recusaram-se a fornecer o empréstimo. Em 1958 o governo da União Soviética comprometeu-se a financiar a obra que foi realizada com assistência técnica e financeira soviética. Essa represa foi apresentada na época como a chave para a industrialização e "desenvolvimento" do país, posteriormente, foi dito que a barragem seria a causa de sérios problemas ambientais[1][2].

A recusa no financiamento por parte das potências ocidentais levou Nasser a nacionalizar o Canal de Suez, acto que gerou uma intervenção conjunta da França e do Reino Unido. Israel uniu-se a estes dois países no ataque ao Egito, conseguindo conquistar a Faixa de Gaza e grande parte da Península do Sinai. Uma semana depois, os Estados Unidos e a União Soviética asseguraram nas Nações Unidas um cessar-fogo que obrigou à retirada dos territórios ocupados e a França e o Reino Unido saíram humilhados do episódio, enquanto que o Egito conquistava definitivamente a soberania sobre o Canal.

A crise do Suez fortaleceu a imagem de Nasser não só no Egipto, mas em todo o mundo árabe. A 21 de Fevereiro de 1958 Nasser ratifica, através de referendo, a união do Egipto e da Síria, formando a República Árabe Unida, à qual se juntou o Iémen em Março do mesmo ano. Esta união foi dissolvida em 1961 devido a uma revolta na Síria.

Durante os anos 60, Nasser desenvolveu uma série de políticas socialistas. Em 1962 foi publicada uma Carta Nacional, na qual se previa a extensão do controlo do estado às finanças e à indústria. Segundo esta carta, o estado egípcio estaria fundamentado na existência de um único partido, a União Árabe Socialista.

Após a reeleição de Nasser em 1965, a política egípcia deu prioridade ao conflito com Israel. Mas sua tentativa de um estrangulamento econômico através de um bloqueio do Golfo de Acaba, foi rechaçada pela derrota árabe na Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967. Essa nova derrota dos países árabes (Egito, Jordânia, Líbano e Síria) permitiu a ocupação por Israel da Península do Sinai, da Faixa de Gaza, da Cisjordânia e das Colinas de Golã. O custo da guerra agravou os problemas econômicos do Egito, e somente a ajuda soviética impediu o colapso definitivo.

Gamal Abdel Nasser morreu em 1970. Ele foi sucedido pelo vice-presidente Anwar Al Sadat, apoiado pelo setor direitista do Partido Socialista Árabe[1].[5]

[editar] O período SadatSadat deu início a uma política de reaproximação com a Arábia Saudita, mas sem se afastar da União Soviética.

Em 1973 tropas egípcias cruzaram o Canal de Suez para acabar com a ocupação israelense do Sinai o país liderou a coligação de países árabes na Guerra do Yom Kippur, além da ação militar, os países árabes elevaram substancialmente o preço do petróleo por meio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), mas tais medidas não foram suficientes para forçar a retirada de Israel dos territórios ocupados.

No contexto econômico, Sadat promoveu uma política que se afastava do socialismo de Nasser, desnacionalizando a economia egípcia e incentivando o investimento particular (esta política recebeu o nome de "Intifah", "porta aberta" em árabe). Além disso, o novo governo rompeu com a União Soviética começou a receber ajuda econômica e militar dos EUA

Essa política piorou as condições de vida dos trabalhadores egípcios com aumentos significativos do custo de vida e do desemprego. Ocorreram grandes manifestações anti-governo entre 1976 e 1977. Os camponeses se rebelaram contra a reprivatização de terras, nacionalizadas em 1952. Partidos islâmicos começaram a conspirar abertamente contra Sadat, acusando-o de abrir caminho para uma nova dominação estrangeira.

Devido à crise econômica que o Egipto atravessava, Sadat decidiu reduzir as despesas militares, e orientar o país para uma política de paz. Sadat viajou para Jerusalém em novembro de 1977, provocando uma reação de protesto em todo o mundo árabe. O processo de aproximação com Israel culminou em março de 1979, com a assinatura dos Acordos de Camp David, através do qual os Estados Unidos patrocinaram a devolução do Península do Sinai ao Egito. Desde aquela época, o Egito se tornou o principal beneficiário da ajuda militar dos EUA, destinadas a transformar o país em seu principal aliado muçulmano na região, após a derrubada do Xá Reza Pahlevi no Irão em 1979. Essa política fez com que Sadat fosse odiado pelos vizinhos árabes; o país foi mesmo expulso da Liga Árabe.

Em 6 de Outubro de 1981 o presidente Sadat foi assassinado por militares contrários à Infitah e à repressão do governo dos movimentos fundamentalistas islâmicos. Em 14 de outubro, o vice-presidente Hosni Mubarak assumiu a presidência[1].[6]

[editar] De Hosni Mubarak aos nossos dias
Hosni Mubarak.Sadat foi sucedido pelo general Hosni Mubarak, vice-presidente desde 1975.

No início de seu governo, Mubarak começou uma investigação sobre a origem da riqueza da família de Sadat, a fim de neutralizar o descontentamento popular, por outro lado, aprofundava a Infitah, estabelecendo facilidades para a instalação de empresas estrangeiras, e com isso a participação do capital estrangeiro na economia do país registrou um notável crescimento entre 1980 e 1986.

A ajuda dos Estados Unidos continuou a ser uma importante fonte de renda, o governo recebia anualmente quase 3 bilhões de dólares, dos quais 1,3 bilhões a título de ajuda militar. O Fundo Monetário Internacional (FMI) concedeu em outubro de 1986 um empréstimo de 1,5 bilhões de dólares. A dívida externa passou de 2,4 bilhões em 1970 para 35 bilhões em 1986, sendo que somente a dívida militar aumentou sete vezes.

Desde o início de 1985, a crise econômica foi agravada pela acentuada queda das receitas provenientes dos quatro pilares da economia: o petróleo, as remessas dos imigrantes,[7] o Canal de Suez e o turismo. Os fundamentalistas islâmicos ganharam terreno a partir do momento em que caía a popularidade do governo[1][6].

[editar] TerrorismoA partir de 1990 os movimentos fundamentalistas islâmicos iniciaram uma série de ataques terroristas, que tinham como principal alvo os turistas ocidentais, com o objectivo de privar o país de uma das suas principais fontes de divisas. Foram também atingidos intelectuais seculares e a minoria copta. Em 1990 o presidente do parlamento egípcio Rafaat Mahgub é assassinado por fundamentalistas. O estado egípcio responde a estes ataques com detenções maciças, execuções e a declaração do estado de emergência.

Durante a década de 90 os grupos islâmicos procuram converter o Egito em um estado teocrático realizaram uma batalha incansável contra o governo de Mubarak, que não hesitou em prorrogar o estado de emergência e executou 15 pessoas em 1993. No início de 1998 eram estimadas em 1.251 as vítimas de atentados e assassinatos políticos, enquanto que o número de prisioneiros políticos era estimado entre 10 mil e 30 mil, dependendo da fonte.

Dentre os atentados merece destaque aquele praticado em novembro de 1997, pelo grupo fundamentalista al-Gamaa al-Islamiya, no qual foram mortos 60 turistas em Luxor, prejudicar o turismo estaria dentre os objetivos dos terroristas[1].

[editar] Reaproximação com os países árabesEm 1984 o Egito começa a superar as consequências negativas que os Acordos de Camp David tinham trazido para suas relações com o mundo árabe, por meio da defesa da tese de que qualquer solução justa para a crise no Oriente Médio somente seria atingida por meio do restabelecimento dos direitos dos palestinos. Embora continuasse a aproximação do país com os Estados Unidos, verifica-se também um distanciamento em relação a Israel. Por volta de 1987 a maioria dos países árabes já tinha restabelecido relações diplomáticas com o Egipto, que em 1989 foi readmitido na Liga Árabe.

Em setembro de 1989, Mubarak enquanto elo de ligação na Assembleia das Nações Unidas entre os países árabes e os Estados Unidos, propôs um diálogo entre israelenses e palestinos, sem condições prévias. Em outubro do mesmo ano, as relações com a Líbia foram reatadas.

Em 1990, a sede da Liga Árabe regressou para o Cairo,[8] e, em 1991, o Vice-Primeiro-Ministro e Ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio Esmat Abdel Meguid foi nomeado como o novo secretário-geral daquela entidade, fatos que em conjunto mostravam que o país recuperava o protagonismo político no mundo árabe.

Em agosto de 1990 após a invasão das tropas iraquianas no Kuwait, o Egito liderou o grupo de países árabes que condenaram a ação e enviaram tropas para o Golfo. Durante a ofensiva terrestre, que começou em Janeiro de 1991, os EUA anunciaram o cancelamento da dívida militar egípcia, no valor de sete bilhões de dólares.

Por outro lado, o alinhamento com o Ocidente na guerra contra o Iraque não teve apoio da maioria da população. Em fevereiro de 1991, foi realizada uma mobilização popular no Cairo, que exigia o fim das hostilidades e uma solução pacífica para a guerra no Golfo Pérsico[1][6].

[editar] Anos 90Em 1987 o Partido Nacional Democrático (PDN) venceu as eleições parlamentares com 75% dos votos.

Em 1990, a dívida externa chegou a 40 bilhões de dólares, o que significava uma dívida de 600 dólares por habitante, com cerca de um terço da população vivendo no limite da miséria.

Em maio de 1991, o FMI aprovou um empréstimo de 372 milhões de dólares com a condição de que fosse feito um ajuste estrutural. Foram assumidos compromissos para privatizar empresas estatais, eliminar controles sobre a produção e investimentos e reduzir o déficit fiscal de 21% para 6,5% do PIB, para cumprir as metas, o governo cortou subsídios a alimentos e a outros produtos essenciais, além reduzir o programa de assistência aos pobres[6].

Em 1993 Mubarak foi eleito pela terceira vez presidente do Egito.

Em 1995 Mubarak consegue escapar a um atentado contra a sua vida na Etiópia.

Em 1995, Mubarak foi incapaz de encontrar uma solução para o confronto com os fundamentalistas islâmicos. Em janeiro, o Ministro do Interior, Al-Alfi, participou de uma reunião de ministros do Interior dos países árabes para tentar coordenar a luta contra os movimentos islâmicos violentos.

Em novembro, o Partido Nacional Democrático (PDN) venceu as eleições parlamentares, nas quais participaram todos os partidos reconhecidos pelo governo. Essas eleições foram realizadas em um clima de violência e deram ao governo 416 das 444 cadeiras em disputa, em meio a numerosas denúncias de fraude.

Em janeiro de 1996, Kamal al-Ganzouri foi nomeado primeiro-ministro, em substituição à Atef Sedki.

Em julho de 1996, o Ministério da Saúde proibiu a "circuncisão feminina", que ocorre por meio da remoção do clitóris ou de parte dele e/ou sutura dos lábios da vagina, uma prática comum em algumas regiões do país.

Ataques de grupos armados islâmicos continuaram ao longo de 1996 e 1997, bem como a repressão do governo contra todos os grupos fundamentalistas, inclusive com o uso da violência contra a Irmandade Muçulmana, que seria contrária ao uso da violência.

Em março de 1999, ocorreram acalorados debates no Parlamento sobre o decreto do governo que proibia a circuncisão feminina, pois a medida despertou forte resistência nos setores mais tradicionais da sociedade.

O debate parlamentar sobre o estatuto das mulheres na sociedade egípcia recomeçou em Janeiro de 2000. O governo havia proposto uma emenda ao direito de família, que previa o divórcio para as mulheres e lhes permitiu sair do país sem permissão de seus maridos. Enfim, as mulheres, o divórcio deve devolver o dinheiro, propriedade ou os presentes que receberam durante o casamento e também renunciar a pensão alimentícia. A proposta foi considerada "não-islâmicos" por setores tradicionais, enquanto grupos de direitos humanos das mulheres consideradas muito "limitado".

Em setembro de 1999, Mubarak é reeleito com quase 94% dos votos, para um novo período de seis anos, mediante eleições nas quais foi o único candidato. O presidente defende a luta contra o desemprego que em finais de 1999 atinge 1,5 milhões de egípcios[1].[9]

[editar] Do ano 2000 até hojeEm Janeiro de 2000, recomeçou o debate parlamentar sobre o estatuto das mulheres na sociedade egípcia. O governo havia proposto uma alteração no direito de família, que facilitava os trâmites do divórcio para as mulheres e também lhes permitia viajar para o exterior sem a permissão de seus maridos, propostas que foram consideradas não-islâmicas pelos setores tradicionalistas, enquanto que grupos que defendiam os interesses das mulheres consideravam tais propostas muito limitadas, pois eram mantidas as obrigações de devolver o dinheiro, propriedades ou os presentes que receberam durante o casamento e também de renunciar à pensão alimentícia.

No ano 2000 o Papa João Paulo II visita o Egipto, pedindo desculpas pelo comportamento da Igreja Católica Romana contra os muçulmanos no passado.

As eleições parlamentares de agosto de 2000 foram marcadas por irregularidades, pois partidários da oposição foram impedidos de votar.

Devido à pressão interna e regional, o Egito foi forçado a uma reabertura de relações com o Iraque, rompidas desde a guerra de 1991. O sentimento anti-americano e anti-israelense da população havia crescido depois que Israel reagiu violentamente à Segunda Intifada. Nesse mesmo contexto, o Egito retirou seu embaixador de Israel em protesto contra a escalada da violência contra os palestinos.

Em dezembro de 2000, Egito, Líbano e Síria assinaram um acordo para a construção de um gasoduto que levará gás natural no Egito sob o Mediterrâneo até ao porto libanês de Trípoli, que também seria ligado à Síria. Outro gasoduto permitirá levar gás aos mercados da Turquia e da Europa.

Os ataques terroristas aos Estados Unidos setembro 2001 reduziram drasticamente o fluxo de turistas, e, por isso, o Egito teve que recorrer a empréstimos de organismos internacionais para cobrir as perdas.

Em abril de 2002, data que marca a retirada israelita do território egípcio do Sinai, Mubarak, condenou duramente o Estado de Israel, acusando-o de usar o Terrorismo de Estado contra os palestinos que teriam seus direitos humanos violados. Ele também afirmou que Israel estava apagando todas as provas de seus crimes, como no campo de refugiados de Jenin, e sugeriu que determinadas potências internacionais, referindo-se aos EUA, se ausentaram de suas responsabilidades com prejuízo para sua credibilidade. Cairo restringiu suas relações diplomáticas com Israel somente aos contatos que possam ajudar os palestinos.

Em setembro de 2003, as autoridades egípcias libertaram Karam Zohdy, ex-líder radical do grupo islâmico al-Islamiya al-Gama, que ordenou o assassinato de Sadat em outubro de 1981.

Durante os primeiros dias de 2004, o vice-presidente iraniano Mohammad Ali Abtahi, disse que seu país e o Egito reatariam as relações diplomáticas. Teerã cortou relações diplomáticas com o Egipto em 1980, um ano depois do Cairo ter assinado a paz com Israel e ter dado asilo ao deposto Xá Reza Pahlevi.

Em abril de 2005, foi emitido o primeiro relatório anual do Supremo Conselho de Direitos Humanos, uma instituição financiada pelo governo que também designa seus integrantes. O relatório denunciava que as forças de segurança egípcias, rotineiramente, detinham cada pessoa na cena do crime e a torturavam para obter informações, tais acusações já eram feitas há vários anos por grupos independentes de direitos humanos, mas, pela primeira vez, foram confirmadas por um organismo designado pelo governo.

Em Maio de 2005, o Parlamento aprovou, uma proposta de emenda constitucional, encaminhada por Mubarak, que permitia a apresentação de vários candidatos para as eleições presidenciais de setembro. Os partidos da oposição denunciaram que a nova legislação favorecia à reeleição de Mubarak, pois a apresentação de candidatos independentes tinha limitações, como a exigência de pelo menos 65 recomendações de membros do parlamento. Para muitos, a reforma foi uma mudança superficial na política egípcia. Para outros, porém, a alteração mostrou uma mudança na atitude política da classe dominante, que abriu possibilidades de superação do controle por Mubarak. A reforma foi aprovada por 83% dos egípcios.

Em Setembro de 2005 Hosni Mubarak foi reeleito presidente com 88,6% dos votos, para um quinto mandato consecutivo, entretanto, segundo observadores, essas eleições foram, mais uma vez, marcadas pela fraude e pela intimidação contra a oposição. O Partido do Amanhã, liderado por Ayman Nour, que era considerado a principal força de oposição estava fora da disputa, e, a oposição foi liderada nesse processo pela Irmandade Muçulmana, que apoiou candidatos independentes.

Em fevereiro de 2006, uma balsa transportando mais de 1.300 pessoas, incluindo passageiros e tripulantes, entre a Arábia Saudita e o Egito, afundou à noite no Mar Vermelho em uma tempestade, pelo menos 200 pessoas morreram no naufrágio.

No mesmo mês, o Parlamento adiou por dois anos as eleições municipais. O governo disse que a medida era necessária para desenvolver um projeco de alterações constitucionais que dariam mais poder às autoridades locais. Por outro lado, a oposição criticou a decisão, argumentando que "a votação foi adiada para limitar a influência da Irmandade Muçulmana".

Em abril de 2006, as autoridades egípcias decidiram libertar cerca de 900 membros do grupo fundamentalista Al-Gamaa al-Islamiya, que por muito tempo foi considerada a maior organização terrorista do país. Mas grupos de direitos humanos advertiram que ainda permaneceram em prisões egípcias cerca de 15 mil presos que nunca foram julgados.

Em março de 2007 foram aprovadas emendas constitucionais que, segundo os observadores, se destinavam a impedir os Irmãos Muçulmanos de ampliar sua participação no parlamento. A alteração criou mais uma barreira para a legalização dos partidos religiosos e concedeu amplos poderes às forças de segurança através de uma cláusula antiterrorismo que lhes deu poderes para controle as comunicações privadas[1][9].

Em 25 de janeiro de 2011 eclodiram grandes manifestações cujo principal objetivo era a derrubada de Mubarak e no dia 11 de fevereiro de 2011 Mubarak reinunciou.[10]

[editar] ReferênciasEgypt, Columbia Encyclopedia
Referências↑ a b c d e f g h i j k l m Guia del Mundo 2007, acessado em 29 de janeiro de 2011
↑ a b c d e f Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, 3ª Ed. rev e atualizada - São Paulo Publifolha, Rio de Janeiro: Editora Terceiro Milênio, 2002, p 244
↑ em decorrência de seu domínio sobre o Mar Vermelho
↑ título dos sucessores de Mehemet Ali
↑ Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, cit., pp 244-245
↑ a b c d Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, cit., p 245
↑ Durante os anos 80, a emigração de egípcios para os países do Golfo atingiu altos níveis, situação que perdura até os dias e hoje e que levou as mulheres a assumirem as responsabilidades de chefes de família, gerando conflitos e tensões entre mães e filhos. Os emigrantes enviam importantes recursos financeiros para economia egípcia, mas a emigração traz prejuízos à coesão familiar
↑ A sede dessa entidade esteve em Túnis durante o período de ruptura provocado pelos Acordos de Camp David
↑ a b Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, cit., p 246
↑ REVOLUÇÃO DERRUBA MUBARAK, acessado em 13, de fevereiro de 2011
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