quinta-feira, 29 de julho de 2010

2388 - HISTÓRIA DA IMPRENSA

Shvoong Home>Artes & Humanidades>História>Resumo de As Origens da Imprensa em Portugal
As Origens da Imprensa em PortugalResumo do Livro por:Prolific_Writer Autor : Artur Anselmo Summary rating: 5 stars (1 Avaliações) Visitas : 491 Palavras:900
Mais Sobre : história da imprensa

Ads by Google

Cultura do Japão
Conheça mais sobre este país rico em cultura e tecnologia!
www.sites.google.com


SuperProfessor® Web
87000 questões. Provas e simulados. Vestibular. Tudo do Enem. Use agora
www.sprweb.com.br/intro


Pedagogia Vivencionista
O aluno escolhendo o que estudar Educando para a vida e através dela
www.vivencionismo.com.br


Assessoria de Imprensa
Desde 1993,a Interface Comunicação Foca no Planejamento e Resultados.
www.interfacecomunicacao.com.br

Panorama político, militar e diplomático
As primeiras manifestações da actividade impressória em Portugal ocorrem num período em que a história política, diplomática e económica do país é dominada pela expansão ultramarina. A presença portuguesa no Norte de África teve o seu momento mais expressivo em 1471, com a tomada de Arzila, apoiada pela Cúria Romana sob o signo da cruzada contra os infiéis.

D. Afonso V decide casar com D. Joana e unificar os reinos de Portugal e Castela sob dominação comum do rei português. Em Maio de 1474, sem autorização papal, D. Afonso V autoproclama-se “rei de Castela, Leão e Portugal”, o que levará os partidários de Isabel de Castela e de Fernando de Aragão a declarar guerra contra Portugal.

Em Agosto do mesmo ano, D. Afonso V avista-se com Luís XI em Tours, e permanece em Paris durante um mês, alimentando a esperança de conseguir os apoios que lhe faltavam. No entanto, o rei francês, mais virado para a pacificação militar da Flandres, só viria a recebê-lo em Julho de 1477.

Mas as desilusões não o fazem desistir dos planos de união de Castela a Portugal. Porém, já em Outubro de 1478 Luís XI tinha concertado uma aliança com os Reis Católicos. A assinatura do acordo de paz de Alcáçovas, em 4 de Setembro de 1479, pelo qual a coroa portuguesa abandona as pretensões ao trono castelhano, está na lógica dos fracassos desta aventura diplomática, que também se traduziria num pesado ónus para o Tesouro.

É o príncipe D. João, futuro rei D. João II, quem passa a dirigir, em 1474, a política atlântica. Pode dizer-se que, a partir desse ano, o príncipe é o condutor global dos negócios da coroa, embora D. Afonso V continuasse formalmente investido nessa função.

O Tratado de Alcáçovas é o primeiro sinal da nova diplomacia de coexistência pacífica: Portugal vê reconhecidos os seus direitos ao comércio e descobertas africanas, abandonando a interferência nos assuntos castelhanos e quaisquer pretensões sobre as Canárias.

Investido definitivamente no trono em 1481, por morte de Afonso V, D. João II patrocina as viagens de Diogo Cão, a fundação da feitoria de Benim, prepara a viagem de Bartolomeu Dias, e promove intensa actividade junto da Cúria Papal, que consagra o carácter espiritual e comercial das explorações na costa africana. Economicamente, inicia-se a exportação de açúcar da Madeira e dinamizam-se as feitorias africanas.

Mas a deterioração das relações com a coroa espanhola, em 1493, pós a viagem de Colombo à América (que D. João II considerava ter sido feita “dentro dos mares e termos do seu Senhorio da Guiné”), levaria à assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 7 de Junho de 1494.

No reinado de D. João II, inverte-se a política de protecção à nobreza que tinha vigorado durante o reinado de D. Afonso V, e suspendem-se as confirmações de certos títulos concedidos pelo falecido rei. Inicia-se uma luta surda entre o rei e a Casa de Bragança, e de 1485 em diante, o regime político caminha a passos largos para o absolutismo.

Ambiente cultural
Do ponto de vista cultural, o clero católico conserva as prerrogativas de animador das instituições culturais, mas a importância crescente da burguesia e o interesse da nobreza pelas manifestações humanísticas, aumentam consideravelmente o número dos agentes culturais, que deixam de ser, como até então, recrutados quase exclusivamente no clero.

Além do ensino ministrado no Estudo Geral de Lisboa, o Executivo régio financiou a permanência de escolares portugueses no estrangeiro, nomeadamente em Itália (Florença, Pádua e Bolonha), em Salamanca, Oxford, Paris, Toulouse, etc.

A Casa de Avis protege a cultura literária: alguns dos seus titulares, como D. João I, D. Duarte e o Infante D. Pedro, escrevem obras de formação cavaleiresca ou de reflexão filosófica e contribuem para a divulgação dos clássicos latinos.

A invenção da imprensa de caracteres móveis na Europa Central, em meados do século XV, só três décadas mais tarde daria frutos em Portugal.

No entanto, para vencer a resistência dos fundidores e impressores, tornou-se necessário o patrocínio da Cúria Régia ou das autoridades universitárias e religiosas, antes que os primeiros tipógrafos montassem oficinas e começassem a imprimir livros.

Mau grado a importância da imprensa, foram as relações com a Itália que mais contribuíram para as mudanças operadas na cultura portuguesa do último quartel do século XV. Acontecimento de vulto, nesse campo, é a chegada a Portugal, em 1485, do humanista Cataldo Sículo, preceptor do príncipe D. Jorge, bastardo de D. João II: a data marca, na opinião de Américo da Costa Ramalho, a introdução do Humanismo em Portugal. Entretanto, em Itália, além de outros escolares portugueses, viviam Henrique Caiado, Luís Teixeira e Martinho Figueiredo.

Também influência alemã se fez sentir na cultura portuguesa. Para a aproximação luso-alemã muito contribuiu, em 1451, o casamento da princesa D. Leonor, filha de D. Duarte, com o imperador Frederico III.

Também a influência cultural espanhola se fez sentir em Portugal nessa época. No plano universitário, assume relevo a influência de Salamanca, onde os escolares portugueses obtêm graus em Teologia, Direito, Artes e Medicina.

Assim, a decadência dos Estudos Gerais de Lisboa justifica, em grande parte, o fluxo cultural que se estabelece, desde meados do século XV, entre Portugal e a Europa, deixando-nos um legado positivo, não apenas em termos de reflexos da vivência europeia na cultura portuguesa, mas também pelos trabalhos produzidos pelos estrangeirados com acesso aos meios de difusão cultural.
Publicado em: março 09, 2009
Avalie este Resumo : 1 2 3 4 5
Classificação : 1 2 3 4 5
Obrigado pela avaliação.


Mais Sobre : história da imprensa

Ads by Google

Clio Assessoria Pauta, notícia, press kit, press release, follow up, clipping.
www.clioassessoria.com


Sua árvore genealógica Saiba mais sobre seus parentes Genealogia fácil e gratuita
www.myheritage.com.br


Conteúdo e Forma Projetos com Excelência Editorial e Gráfica. Produção de Conteúdo.
www.conteudoeforma.com.br

Licença do Creative Commons Attribution 3.0 Sindicar este Resumo
As Origens da Imprensa em Portugal

Resumo escrito:Prolific_Writer
Panorama político, militar e diplomático

As primeiras manifestações da actividade impressória em Portugal ocorrem num período em que a história política, diplomática e económica do país é dominada pela expansão ultramarina. A presença portuguesa no Norte de África teve o seu momento mais expressivo em 1471, com a tomada de Arzila, apoiada pela Cúria Romana sob o signo da cruzada contra os infiéis.



D. Afonso V decide casar com D. Joana e unificar os reinos de Portugal e Castela sob dominação comum do rei português. Em Maio de 1474, sem autorização papal, D. Afonso V autoproclama-se “rei de Castela, Leão e Portugal”, o que levará os partidários de Isabel de Castela e de Fernando de Aragão a declarar guerra contra Portugal.



Em Agosto do mesmo ano, D. Afonso V avista-se com Luís XI em Tours, e permanece em Paris durante um mês, alimentando a esperança de conseguir os apoios que lhe faltavam. No entanto, o rei francês, mais virado para a pacificação militar da Flandres, só viria a recebê-lo em Julho de 1477.



Mas as desilusões não o fazem desistir dos planos de união de Castela a Portugal. Porém, já em Outubro de 1478 Luís XI tinha concertado uma aliança com os Reis Católicos. A assinatura do acordo de paz de Alcáçovas, em 4 de Setembro de 1479, pelo qual a coroa portuguesa abandona as pretensões ao trono castelhano, está na lógica dos fracassos desta aventura diplomática, que também se traduziria num pesado ónus para o Tesouro.



É o príncipe D. João, futuro rei D. João II, quem passa a dirigir, em 1474, a política atlântica. Pode dizer-se que, a partir desse ano, o príncipe é o condutor global dos negócios da coroa, embora D. Afonso V continuasse formalmente investido nessa função.



O Tratado de Alcáçovas é o primeiro sinal da nova diplomacia de coexistência pacífica: Portugal vê reconhecidos os seus direitos ao comércio e descobertas africanas, abandonando a interferência nos assuntos castelhanos e quaisquer pretensões sobre as Canárias.



Investido definitivamente no trono em 1481, por morte de Afonso V, D. João II patrocina as viagens de Diogo Cão, a fundação da feitoria de Benim, prepara a viagem de Bartolomeu Dias, e promove intensa actividade junto da Cúria Papal, que consagra o carácter espiritual e comercial das explorações na costa africana. Economicamente, inicia-se a exportação de açúcar da Madeira e dinamizam-se as feitorias africanas.



Mas a deterioração das relações com a coroa espanhola, em 1493, pós a viagem de Colombo à América (que D. João II considerava ter sido feita “dentro dos mares e termos do seu Senhorio da Guiné”), levaria à assinatura do Tratado de Tordesilhas, em 7 de Junho de 1494.



No reinado de D. João II, inverte-se a política de protecção à nobreza que tinha vigorado durante o reinado de D. Afonso V, e suspendem-se as confirmações de certos títulos concedidos pelo falecido rei. Inicia-se uma luta surda entre o rei e a Casa de Bragança, e de 1485 em diante, o regime político caminha a passos largos para o absolutismo.



Ambiente cultural

Do ponto de vista cultural, o clero católico conserva as prerrogativas de animador das instituições culturais, mas a importância crescente da burguesia e o interesse da nobreza pelas manifestações humanísticas, aumentam consideravelmente o número dos agentes culturais, que deixam de ser, como até então, recrutados quase exclusivamente no clero.



Além do ensino ministrado no Estudo Geral de Lisboa, o Executivo régio financiou a permanência de escolares portugueses no estrangeiro, nomeadamente em Itália (Florença, Pádua e Bolonha), em Salamanca, Oxford, Paris, Toulouse, etc.



A Casa de Avis protege a cultura literária: alguns dos seus titulares, como D. João I, D. Duarte e o Infante D. Pedro, escrevem obras de formação cavaleiresca ou de reflexão filosófica e contribuem para a divulgação dos clássicos latinos.



A invenção da imprensa de caracteres móveis na Europa Central, em meados do século XV, só três décadas mais tarde daria frutos em Portugal.



No entanto, para vencer a resistência dos fundidores e impressores, tornou-se necessário o patrocínio da Cúria Régia ou das autoridades universitárias e religiosas, antes que os primeiros tipógrafos montassem oficinas e começassem a imprimir livros.



Mau grado a importância da imprensa, foram as relações com a Itália que mais contribuíram para as mudanças operadas na cultura portuguesa do último quartel do século XV. Acontecimento de vulto, nesse campo, é a chegada a Portugal, em 1485, do humanista Cataldo Sículo, preceptor do príncipe D. Jorge, bastardo de D. João II: a data marca, na opinião de Américo da Costa Ramalho, a introdução do Humanismo em Portugal. Entretanto, em Itália, além de outros escolares portugueses, viviam Henrique Caiado, Luís Teixeira e Martinho Figueiredo.



Também influência alemã se fez sentir na cultura portuguesa. Para a aproximação luso-alemã muito contribuiu, em 1451, o casamento da princesa D. Leonor, filha de D. Duarte, com o imperador Frederico III.



Também a influência cultural espanhola se fez sentir em Portugal nessa época. No plano universitário, assume relevo a influência de Salamanca, onde os escolares portugueses obtêm graus em Teologia, Direito, Artes e Medicina.



Assim, a decadência dos Estudos Gerais de Lisboa justifica, em grande parte, o fluxo cultural que se estabelece, desde meados do século XV, entre Portugal e a Europa, deixando-nos um legado positivo, não apenas em termos de reflexos da vivência europeia na cultura portuguesa, mas também pelos trabalhos produzidos pelos estrangeirados com acesso aos meios de difusão cultural.
As Origens da Imprensa em Portugal Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/humanities/history/1873400-origens-da-imprensa-em-portugal/
Copy to ClipboardEtiquetas Imprensa, Artur Anselmo, História Da Imprensa, Imprensa Portuguesa, Cultural, Cultura, Rei, Portugal, Origens, Afonso, Coroa, Castela, Ii, Jo?O Etiquetar este Resumo CustomValidator

Temas Relacionados moldura instituto de arte cerâmica cursos
Vídeos Relacionados

Fechar
Adicione seu comentário. Traduzir Enviar Link Imprimir Share

As pessoas que leram este Resumo também leram:
Burlona ataca na internet
Em Busca do Destino
Sucesso na Vida e Facil
Porquinho da India
The Round Towers of Atlantis
Operação Cavalo de Tróia
TRANSISTION FOR the HUMANITY
Mais sobre História
O Poder do Mito
Portugal - Séc. XVI: um vazio de poder
O abastecimento das tropas paraguaias em C...
O Desaparecimento do Dote
O Drama da Conquista na Festa: reflexões s...
INDIA
CARNAVAL TAMBÉM É ZÉ PEREIRA
Mais popularMais revisões por Prolific_Writer
Questões Preliminares sobre As Ciências So...
Metodologia das ciências sociais
Sobre a divulgação científica em Portugal
Um mito, dois objectivos
Métodos em Pesquisa Social
O discurso sobre as ciências
More
Comentários sobre As Origens da Imprensa em PortugalView All Adicione seu comentário.
1 Classificação


View All
XMais Sobre :
história da imprensa Tópicos
Sociedade
Jesus
Bruxaria
Auto ajuda
Paulo coelho
Deus
Sonhos
Personalidade
Pensamento
Terceiro setor
Astrologia
Psicologia
Voluntariado
Thomas Hobbes
Horóscopo
Tarcila do Amaral
Destino
Música
Platão
Filósofos
Luta de classes
Design
Bíblia
História
Amor
Escreva e
ganhe dinheiro

COIPYRIGHT AUTOR DO TEXTO

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas