quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DILMA ROUSSEF - PRESIODENTA DA REPÚBLICA


Dilma RousseffOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Dilma Rousseff
Foto oficial de Dilma Rousseff.
36ª presidente do Brasil
Mandato 1º de janeiro de 2011
a atualidade
Vice-presidente Michel Temer
Antecessor(a) Luiz Inácio Lula da Silva
Ministra-chefe da Casa Civil do Brasil
Mandato 21 de junho de 2005
a 31 de março de 2010
Antecessor(a) José Dirceu
Sucessor(a) Erenice Guerra
Ministra de Minas e Energia do Brasil
Mandato 1 de janeiro de 2003
a 21 de junho de 2005
Antecessor(a) Francisco Luiz Sibut Gomide
Sucessor(a) Silas Rondeau
Secretária de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul
Mandato 1993
a 1994
Vida
Nome completo Dilma Vana Rousseff
Nascimento 14 de dezembro de 1947 (64 anos)
Belo Horizonte, Minas Gerais
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Cônjuge Cláudio Galeno de Magalhães Linhares (1967-1969)
Carlos Franklin Paixão de Araújo (1969-2000)
Partido Partido dos Trabalhadores
Religião Católica romana[1]
Profissão Economista
Assinatura
Website Presidência da República Federativa do Brasil
Filhos Paula Rousseff
ver
Dilma Vana Rousseff[2][3] (Belo Horizonte, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e a atual presidente[4] da República Federativa do Brasil.[5][6] Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente, da Casa Civil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial,[7][8] sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.[a][9]

Nascida em família de classe média alta, interessou-se pelos ideais socialistas durante a juventude, logo após o Golpe Militar de 1964. Iniciando na militância, integrou organizações que defendiam a luta armada contra o regime militar, como o Comando de Libertação Nacional (COLINA) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Passou quase três anos presa entre 1970 e 1972, primeiramente na Operação Bandeirante (Oban), onde teria passado por sessões de tortura, e, posteriormente, no Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).[2][8]

Reconstruiu sua vida no Rio Grande do Sul, onde, junto a Carlos Araújo, seu companheiro por mais de trinta anos, ajudou na fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT) e participou ativamente de diversas campanhas eleitorais. Exerceu o cargo de secretária municipal da Fazenda de Porto Alegre de 1985 a 1988, no governo Alceu Collares. De 1991 a 1993 foi presidente da Fundação de Economia e Estatística e, mais tarde, foi secretária estadual de Minas e Energia, de 1999 a 2002, tanto no governo de Alceu Collares como no de Olívio Dutra, no meio do qual se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) em 2001.[8][10]

Em 2002, participou da equipe que formulou o plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva para a área energética. Posteriormente, nesse mesmo ano, foi escolhida para ocupar o Ministério de Minas e Energia, onde permaneceu até 2005, quando foi nomeada ministra-chefe da Casa Civil, em substituição a José Dirceu, que renunciara ao cargo após o chamado escândalo do mensalão.

Em 2009, foi incluída entre os 100 brasileiros mais influentes do ano, pela revista Época[11] e, em novembro do ano seguinte, a revista Forbes classificou-a como a 16ª pessoa mais poderosa do mundo.[12] Em 2011 estava incluida na lista das 100 personalidades mais influentes do planeta pela revista Time, como a terceira mulher mais poderosa do planeta e 22ª pessoa mais poderosa do mundo pela Forbes.[13][14][15] Ainda, recebeu o Woodrow Wilson Award, dedicados a líderes de governos dedicados a melhorar a qualidade de vida de seu país e ao redor do mundo.[16]

Rousseff foi a primeira mulher a abrir a Assembleia-Geral da ONU em 2011 que foi realizada em Nova Iorque.[17]

Índice [esconder]
1 Biografia
1.1 Família, infância e primeiros anos
1.2 Atuação no COLINA
1.3 Na VAR-Palmares
1.4 Prisão
1.5 Mudança para Porto Alegre
1.6 Titulação acadêmica
2 Carreira política
2.1 Secretária Municipal da Fazenda
2.2 Secretária Estadual de Energia, Minas e Comunicações
2.3 Ministra de Minas e Energia
2.3.1 Luz Para Todos
2.4 Ministra-Chefe da Casa Civil
2.4.1 Dossiê da Casa Civil
2.4.2 Caso Varig
2.4.3 Programa de Aceleração do Crescimento
3 Candidata às eleições de 2010
3.1 Suposto dossiê
3.2 Repercussão internacional
3.3 Programa de governo
3.4 Multas eleitorais
3.5 Vitória
4 Presidente da República
4.1 Preparativos para o cargo
4.2 Diplomação
4.3 Posse
4.4 Governo
4.5 Incidente em setembro
4.6 Popularidade
5 Vida pessoal
5.1 Paula Rousseff
5.2 Temperamento
5.3 Saúde
5.4 Outras atividades profissionais
6 Posições políticas
7 Ver também
8 Notas
9 Referências
10 Ligações externas

BiografiaFamília, infância e primeiros anos
A família Rousseff (da esquerda para a direita): o filho mais velho, Igor, a mãe, Dilma Jane Coimbra Silva, as filhas Dilma Vana e Zana Lúcia, e o pai Pedro (Pétar) Rousseff.Dilma é filha do advogado e empreendedor búlgaro naturalizado brasileiro Pedro Rousseff (em búlgaro Петър Русев, Pétar Rússev)[18][19] e da dona-de-casa Dilma Jane Coimbra Silva. Seu pai, parente distante do escritor Ran Bosilek,[20] manteve estreita amizade com a poetisa búlgara Elisaveta Bagriana, foi filiado ao Partido Comunista da Bulgária[10] e frequentava os círculos literários na década de 1920.[21] Chegou ao Brasil no fim da década de 1930. Deixara sua esposa, dona de casa Evdokia Yankova,[22] esperando um filho em sua terra natal,[23] Luben, morto em 2007, mas mudou-se para Buenos Aires e, anos após, voltou ao Brasil, fixou-se em São Paulo, e prosperou. Em uma viagem a Uberaba conheceu Dilma Jane Coimbra Silva, moça fluminense de Nova Friburgo, professora de vinte anos, criada no interior de Minas Gerais, onde seus pais eram pecuaristas. Casaram-se e fixaram residência em Belo Horizonte, onde tiveram três filhos: Igor, Dilma Vana e Zana Lúcia (morta em 1976).[2][10][24]

Pedro Roussef trabalhou para a siderúrgica Mannesmann, além de trabalhar com construções e com venda de imóveis.[25] Vencida a resistência inicial da sociedade local contra os estrangeiros, passaram a frequentar os clubes e as escolas mais tradicionais.[26] Incentivada pelo pai, Dilma adquiriu cedo o gosto pela leitura. Falecido em 1962,[2] Pedro Roussef deixou de herança por volta de 15 imóveis de valor.[10]

De 1952 a 1954, cursou a pré-escola no colégio Isabela Hendrix e a partir de 1955 iniciou o ensino fundamental no Colégio Nossa Senhora de Sion, em Belo Horizonte.[2] Em 1964, ela prestou concurso e ingressou no Colégio Estadual Central (atual Escola Estadual Governador Milton Campos), ingressando na primeira série do clássico[2] (ensino médio). Nessa escola pública o movimento estudantil era ativo, especialmente por conta do recente golpe militar.[10] De acordo com ela, foi nesta escola que ficou "bem subversiva" e que percebeu que o mundo não era para "debutante",[26] iniciando sua educação política. Ainda em 1964,[2] ingressou na Política Operária (POLOP), uma organização fundada em 1961, oriunda do Partido Socialista Brasileiro, onde militou ao lado de José Aníbal.[2] Seus militantes logo viram-se divididos em relação ao método a ser utilizado para a implantação do socialismo: enquanto alguns defendiam a luta pela convocação de uma assembleia constituinte, outros preferiam a luta armada. Dilma ficou com o segundo grupo, que deu origem ao Comando de Libertação Nacional (COLINA).[8] Para Apolo Heringer, que foi dirigente do COLINA em 1968 e havia sido professor de Dilma na escola secundária, a jovem fez opção pela luta armada depois que leu Revolução na Revolução, de Régis Debray, um francês que havia se mudado para Cuba e ficara amigo de Fidel Castro. Segundo Heringer, "O livro incendiou todo mundo, inclusive a Dilma".[10]

Foi nessa época que conheceu Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, cinco anos mais velho, que também defendia a luta armada. Galeno ingressara na POLOP em 1962, havia servido no Exército, participara da sublevação dos marinheiros por ocasião do golpe militar e fora preso na Ilha das Cobras. Casaram-se em 1967, apenas no civil, depois de um ano de namoro.[2][10]

Atuação no COLINASegundo companheiros de militância, Dilma teria desenvoltura e grande capacidade de liderança, impondo-se perante homens acostumados a mandar. Não teria participado diretamente das ações armadas, pois era conhecida por sua atuação pública, contatos com sindicatos, aulas de marxismo e responsabilidade pelo jornal O Piquete. Apesar disso, aprendeu a lidar com armamentos e a enfrentar a polícia.[10]

No início de 1969, o COLINA em Minas Gerais resumia-se a algumas dezenas de militantes, com pouco dinheiro e com poucas armas. Suas ações haviam-se resumido a quatro assaltos a bancos, alguns furtos de carros e dois atentados a bomba, que não fizeram vítimas. Em 14 de janeiro, com a prisão de alguns militantes após um assalto a banco, outros reuniram-se para discutir como libertá-los. Ao amanhecer, eles foram surpreendidos com a ação da polícia na casa onde estavam e reagiram, usando uma metralhadora do grupo para matar dois policiais e ferir um terceiro.[10]

Dilma e Galeno passaram a dormir cada noite em um local diferente, já que o apartamento em que moravam era também frequentado por um dos líderes da organização que fora preso. Precisaram, pois, voltar ao apartamento escondidos, para destruir documentos da organização. Permaneceram algumas semanas em Belo Horizonte, tentando reorganizar o que sobrara do grupo. Cientes de que as casas de seus pais eram vigiadas (a família não conhecia o grau de envolvimento de Dilma com essas atividades), Galeno ainda precisou passar por mudança física, pois um retrato falado seu como sendo um dos participantes do assalto ao banco (por ele negado) fora divulgado. Em março, o apartamento foi invadido, mas nenhum documento interno da organização foi encontrado. Perseguidos na cidade, a organização ordenou que fossem para o Rio de Janeiro. Dilma tinha 21 anos e concluíra o segundo ano de Economia.[10]

Há uma perda intrínseca para o país quando essa experiência de uma juventude que se jogou na luta democrática, se jogou no combate para construir um país melhor (...) [é] perdida por morte.

— Dilma Rousseff, em 2008, durante homenagem a onze ex-alunos da UFMG mortos em decorrência do combate ao regime militar.[27]

Era grande a quantidade de mineiros da organização no Rio (inclusive Fernando Pimentel, que tinha 18 anos quando a perseguição foi iniciada, e recusou-se a obedecer as ordens de seu pai para entregar-se ao Exército, entrando, pois, na clandestinidade), sem que houvesse infraestrutura para abrigar a todos. Dilma e Galeno ficaram um período na casa de uma tia de Dilma, que imaginava que o casal estava de férias. Mais tarde, ficaram num pequeno hotel e, a seguir, num apartamento, até Galeno ser enviado pela organização a Porto Alegre. Dilma permaneceu no Rio, onde ajudava a organização, participando de reuniões, bem como no transporte de armas e dinheiro. Nessas reuniões, conheceu o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, então com 31 anos, por quem se apaixonou e com quem viria a viver por cerca de 30 anos. Araújo era chefe da dissidência do Partido Comunista Brasileiro (PCB, na época também conhecido como o "Partidão"), e abrigara Galeno em Porto Alegre. A separação de Galeno e Dilma foi pacífica. Como afirmou Galeno, "naquela situação difícil, nós não tínhamos nenhuma perspectiva de formar um casal normal".[10]

Araújo era filho de um renomado advogado trabalhista e havia começado cedo na militância, no PCB. Tinha viajado pela América Latina (inclusive conhecendo Fidel Castro e Che Guevara) e já havia sido preso por alguns meses em 1964. Com a edição do AI-5, em 1968, ingressou na luta armada. No início de 1969, passou a tratar da fusão de seu grupo com o COLINA e a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), liderada por Carlos Lamarca. Dilma participou de algumas reuniões sobre a fusão, que acabou formalizada em duas conferências em Mongaguá, originando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Dilma e Araújo estiveram presentes, e Lamarca, que teria tido impressão de ser Dilma "metida a intelectual". Ela teria defendido trabalho político pelas bases, criticando a visão militarista característica da VPR.[10]

Na VAR-PalmaresCarlos Araújo foi escolhido como um dos seis dirigentes da VAR-Palmares, que se autointitulava "uma organização político-militar de caráter partidário, marxista-leninista, que se propõe a cumprir todas as tarefas da guerra revolucionária e da construção do Partido da Classe Operária, com o objetivo de tomar o poder e construir o socialismo".[10]

De acordo com Maurício Lopes Lima, um integrante de buscas da Operação Bandeirante (Oban), estrutura que integrava o serviço de inteligência das Forças Armadas (onde teriam sido realizados atos de tortura), Dilma era a grande líder da organização clandestina VAR-Palmares. Usando vários codinomes, como Estela, Luísa, Maria Lúcia, Marina, Patrícia e Wanda,[28] teria recebido epítetos superlativos dos relatórios da repressão, definindo-a como "um dos cérebros" dos esquemas revolucionários. O delegado Newton Fernandes, que investigou a organização clandestina em São Paulo e traçou o perfil de dezenas de integrantes, afirma que Dilma era uma das molas mestras dos esquemas revolucionários. O promotor que denunciou a organização chamou-a "Joana d’Arc da subversão", a chefiar greves e assessorar assaltos a bancos,[29] que Dilma contesta, dizendo nada lembrar das tantas ações que lhe atribuem.[30] O militante Darcy Rodrigues, braço direito de Carlos Lamarca, diz que ela era ligação entre os comandos nacional e regionais.[28]


Companheiro de Dilma na VAR Palmares, Carlos Minc sustenta que ela não tinha papel de destaque na organização, versão contestada por outros.A revista Veja divulgou em reportagem que Dilma teria sido a organizadora, na época, do roubo de um cofre pertencente ao ex-governador de São Paulo Ademar de Barros, reputado pela guerrilha como símbolo da corrupção[31] em 18 de junho de 1969, na cidade do Rio de Janeiro, de onde foram subtraídos 2,5 milhões de dólares[32].Carlos Minc, que foi seu colega na organização clandestina VAR-Palmares e estava entre os militantes que invadiram a casa da suposta amante do ex-governador, nega a participação de Dilma, afirmando, ainda, que é exagerada a versão de que Dilma fosse a líder da organização, sendo, então, apenas uma participante sem destaque especial. Em pelo menos três ocasiões, Dilma também negou participação no evento.[33][34] Depoimentos e relatórios policiais indicavam que coube a Dilma administrar o dinheiro, pagar salários de militantes, encontrar abrigo para o grupo e comprar um Fusca. Dilma afirma lembra-se apenas do automóvel, mas nega que tenha sido a responsável pela administração do dinheiro.[30][35]

A VAR-Palmares teria também planejado em 1969 o sequestro de Delfim Neto, símbolo do milagre econômico e, à época, o civil mais poderoso do governo federal. O suposto sequestro, que deveria ter sido em dezembro daquele ano, já havia sido referido no livro "Os Carbonários", de Alfredo Sirkis, em 1981. Antonio Roberto Espinosa, ex-comandante da Vanguarda Popular Revolucionária e da VAR-Palmares, reconheceu haver coordenado o plano, que seria de conhecimento de cinco membros da cúpula da organização, e Dilma seria um daqueles integrantes de cúpula. O sequestro não se teria consumado devido ao fato de os membros daquele grupo começarem a ser capturados semanas antes. Dilma nega peremptoriamente tivesse qualquer conhecimento do plano e duvida que alguém disso realmente se lembre, declarando que Espinosa teria fantasiado sobre o assunto.[30][35] Ao tomar conhecimento das declarações que lhe foram atribuídas, entretanto, Espinosa contestou aquela informação, dizendo que nunca afirmara que Dilma teve conhecimento do plano, o que, se ocorreu, foi em termos rápidos e vagos. Afirmou, pois, que Dilma nunca participou de ações ou de planejamento de ações militares, sempre tendo uma militância somente política.[36][37][38]

Mesmo com grande quantidade de dinheiro, a organização não conseguiu manter a unidade. Em um congresso em Teresópolis, entre agosto e setembro de 1969, teria havido grande divisão entre os "militaristas", focados na luta armada, e os "basistas", que defendiam um trabalho de massas. Dilma estava com o segundo grupo. Enquanto os primeiros se agruparam na VPR militarista, liderados por Lamarca, Dilma ficou no segundo grupo, a VAR-Palmares basista. Teria havido disputa pelo dinheiro do grande assalto e pelas armas.[10]

Após a divisão, Dilma foi enviada a São Paulo, onde esteve encarregada de manter em segurança as armas que couberam a seu grupo. Evitando mantê-las em apartamentos sem a segurança necessária, ela e a amiga Maria Celeste Martins (décadas mais tarde, sua assessora na Casa Civil) mudaram-se para uma pensão simples na zona leste urbana, com banheiro coletivo, escondendo o arsenal debaixo da cama.[10]

PrisãoUma série de prisões de militantes conseguiu capturar José Olavo Leite Ribeiro, que encontrava-se três vezes por semana com Dilma. Conforme o relato de Ribeiro, após um dia de tortura, revelou o lugar onde se encontraria com outro militante, em um bar na Rua Augusta. Em 16 de janeiro de 1970, obrigado a ir ao local acompanhado de policiais disfarçados, seu colega também foi capturado e, quando já se preparavam para deixar o local, Dilma, que não estava sendo esperada, logo chegou. Percebendo que algo estava errado, Dilma tentou sair do local sem ser notada. Desconfiados, os policiais a abordaram e encontraram-na armada. "Se não fosse a arma, é possível que conseguisse escapar", ressalta Ribeiro.[10]


Foto da ficha de Dilma Rousseff no DOPS de São Paulo, tirada em janeiro de 1970.Foi, então, levada para a Operação Bandeirante (Oban), no mesmo local onde cinco anos depois Vladimir Herzog perderia a vida. Teria sido torturada por vinte e dois dias[39] com palmatória, socos, pau-de-arara, choques elétricos. Relatou Maria Luísa Belloque, uma companheira de cela:

A Dilma levou choque até com fiação de carro, fora cadeira do dragão, pau-de-arara e choque pra todo lado.

— Maria Luísa Belloque, companheira de cela

No meio militar, há quem veja o relato de Dilma com ironia e descrédito, especialmente quanto à possibilidade de alguém sobreviver a vinte e dois dias de tortura.[40] Posteriormente, Dilma denunciou as torturas em processos judiciais, inclusive dando nome de militares que participaram dos atos, como o capitão do Exército Benoni de Arruda Albernaz, referido por diversas outras pessoas. Ainda que tenha revelado o nome de alguns militantes, conseguiu preservar Carlos Araújo (que só viria a ser preso vários meses depois) e sua ajudante no recolhimento das armas, Maria Celeste Martins[10] Seu nome estava numa lista, encontrada na casa de Carlos Lamarca, com presos a que se daria prioridade para serem trocados por sequestrados, mas nunca foi trocada e cumpriu a pena regularmente.[41]


Portal do presídio Tiradentes, onde Dilma cumpriu sua pena. Ao ser demolido, preservou-se o portal, que foi tombado "pelo valor simbólico que representa na luta contra o arbítrio e a violência institucionalizadas em nosso país em passado recente".[42]Carlos Araújo foi preso em 12 de agosto de 1970. Durante o período em que Dilma esteve presa, Araújo teve um rápido romance com a atriz e então simpatizante da organização Bete Mendes. Ao ser preso, encontrou-se com Dilma em algumas ocasiões, nos deslocamentos relativos aos processos militares que ambos respondiam. Ficaram alguns meses no mesmo presídio Tiradentes, em São Paulo, inclusive com visitas íntimas, onde se reconciliaram, planejando reatarem a vida conjugal após a prisão.[10]

Em dezembro de 2006, a Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro aprovou pedido de indenização por parte de Dilma e de outras dezoito pessoas, presas em dependências de órgãos policiais do governo estadual paulista na década de 1970.[43] Em seu processo, foi fundamental o depoimento de Vânia Abrantes, que esteve com ela na mesma viatura policial em uma viagem de São Paulo para o Rio de Janeiro (Vânia era a companheira de Carlos Araújo quando ele e Dilma começaram seu relacionamento).[10] Pediu ainda indenização nos estados de São Paulo e Minas Gerais, pois além de ter sido presa em São Paulo, fora levada a interrogatório em Juiz de Fora e no Rio de Janeiro. Também pediu indenização ao governo federal. Nos três estados, as indenizações fixadas em lei, somadas, podem chegar a 72 mil reais. Conforme a assessoria de Dilma, os pedidos tem um caráter simbólico, além do que teria solicitado que os processos só fossem julgados após seu afastamento dos cargos públicos.[44]

No dia 5 de abril de 2009, a Folha de São Paulo publicou, ao lado de uma reportagem sobre o suposto plano da VAR-Palmares para sequestrar o então ministro Antonio Delfim Netto, uma falsa ficha criminal de Dilma Rousseff, que o jornal alegou ter obtido junto ao arquivo do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS). Diante da contestação de Dilma, que apresentou inclusive perícias comprovando a fraude, o jornal admitiu, então, não ter obtido a ficha da parte do DOPS, mas via e-mail, declarando, pois, simplesmente "não poder atestar sua veracidade". A ficha está disponível no site Ternuma.[30][45][46][47][48][49]

Dilma foi condenada em primeira instância a seis anos de prisão. Havendo cumprido três anos, o Superior Tribunal Militar reduziu, então, a condenação a dois anos e um mês. Teve também seus direitos políticos cassados por dezoito anos.[44]

Eu não vou esconder o que eu fui e não tenho uma avaliação negativa. (…) Tenho uma visão bastante realista daquele período. Eu tinha 22 anos, era outro mundo, outro Brasil. Muita coisa a gente aprendeu. Não tem similaridade o que acho da vida hoje.

— Dilma, em 2005, falando sobre suas atividades durante a luta armada.[50]
Mudança para Porto AlegreDilma saiu do Presídio Tiradentes no fim de 1972, com 57 kg, dez quilos mais magra e com uma disfunção na tireoide.[51] Havia sido condenada em alguns processos e absolvida em outros. Passou um período com sua família, em Minas Gerais, para se recuperar, algum tempo com uma tia, em São Paulo, e mudou-se para Porto Alegre, onde Carlos Araújo cumpria os últimos meses de sua pena. Ficou na casa dos sogros, de onde avistava o presídio onde estava Araújo. Dilma visitava-o com frequência, levando jornais e até livros políticos, disfarçados de romances. Desativado o Presídio da ilha das Pedras Brancas, Araújo cumpriu o restante da pena no Presídio Central. O prestigiado advogado Afrânio Araújo, pai de Carlos, faleceu em junho de 1974, o que levou amigos juristas a pressionarem solução para a prisão de Carlos, que acabou libertado uma semana depois[10][51]


Foi em Porto Alegre que Dilma iniciou sua carreira pública, cidade em que se radicou para acompanhar Carlos Araújo, três vezes eleito deputado estadual.Punida por subversão, de acordo com o Decreto-lei 477 (considerado o "AI-5 das universidades"), ela havia sido expulsa da Universidade Federal de Minas Gerais e impedida de retomar seus estudos naquela universidade em 1973,[52] o que levou Dilma a prestar vestibular para Economia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Graduou-se em 1977, não tendo participado ativamente do movimento estudantil. No ano anterior, em março, nasceu sua única filha, Paula Rousseff Araújo. Sua primeira atividade remunerada, após sair da prisão, foi a de estagiária na Fundação de Economia e Estatística (FEE), vinculada ao governo do Rio Grande do Sul.[51]

A sua militância política, desta vez dentro da legalidade, foi reiniciada no Instituto de Estudos Políticos e Sociais (IEPES), ligado ao então único partido legalizado de oposição, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Mesmo não tendo se filiado ao partido, Dilma organizava debates no instituto, que recebia palestras de intelectuais como Francisco de Oliveira, Fernando Henrique Cardoso e Francisco Weffort. Em 1976, Araújo e Dilma trabalharam na campanha a vereador de Glênio Peres, pelo MDB. Embora eleito, Peres foi cassado por denunciar torturas em um discurso. Em novembro de 1977, o nome de Dilma foi divulgado no jornal O Estado de São Paulo como sendo um dos 97 subversivos infiltrados na máquina pública. A relação havia sido elaborada pelo então demissionário Ministro do Exército, Sílvio Frota, que havia resumido os antecedentes políticos dos listados. Dilma, qualificada como militante da VAR-Palmares e do COLINA e "amasiada com o subversivo" Carlos Araújo, foi, em consequência, exonerada da FEE, sendo, contudo, anistiada mais tarde.[51]

A partir de 1978, Dilma passou a frequentar a Universidade Estadual de Campinas, com intenção de cursar mestrado. Nessa época, participava de um grupo de discussão em São Paulo com outros ex-integrantes da VAR-Palmares, dentre os quais Rui Falcão, Antonio Roberto Espinosa, seu companheiro de prisão e, eventualmente, Carlos Araújo. Com reuniões trimestrais, o grupo durou cerca de dois anos, lendo obras de Marx, Poulantzas e Althusser, discutindo o melhor momento de retomar a atividade política. Sobre a polêmica a respeito de sua titulação, Dilma declarou que "Fiz o curso de mestrado, mas não o concluí e não fiz dissertação. Foi por isso que voltei à universidade para fazer o doutorado. E aí eu virei ministra e não concluí o doutorado." A universidade informa que ela nunca se matriculou oficialmente no mestrado.[51]

Titulação acadêmicaO sítio oficial da Casa Civil informava erroneamente que Dilma era mestre em teoria econômica pela Unicamp e, também, doutoranda em economia monetária e financeira pela mesma universidade. Na Plataforma Lattes, Dilma estava identificada como mestra, com título obtido em 1979, e doutoranda em ciências sociais aplicadas desde 1998. Conforme as informações da Unicamp, Dilma cumpriu os créditos (cursara as disciplinas e demais requisitos) referentes aos cursos, mas não defendeu as teses, não obtendo assim os títulos.[53] A assessoria de imprensa da Casa Civil reconheceu que havia informado errado a titulação da ministra, corrigindo-a, primeiro, para "cursou mestrado e doutorado pela Unicamp" e, após, para "foi aluna de mestrado e doutorado em ciências econômicas pela Unicamp, onde concluiu os respectivos créditos".

A assessoria de imprensa informa que Dilma foi, realmente, aluna do curso de pós-graduação stricto sensu (mestrado) em ciências econômicas naquela instituição entre março de 1978 e julho de 1983, havendo cumprido os créditos exigidos, mas não tendo defendido a dissertação, pois assumira a Secretaria Municipal da Fazenda de Porto Alegre. O doutorado também não teria sido concluído por ter ela assumido outro cargo político (ocupou a Secretaria de Minas, Energia e Comunicações do Rio Grande do Sul de 1999 a 2002 e em seguida foi nomeada Ministra de Minas e Energia).[54]

Carreira política
Dilma Rousseff e Leonel Brizola.Com o fim do bipartidarismo, participou junto com Carlos Araújo dos esforços de Leonel Brizola para a recriação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Após a perda da sigla para o grupo de Ivete Vargas, participou da fundação do Partido Democrático Trabalhista (PDT).[51] Araújo foi eleito deputado estadual em 1982, 1986 e 1990. Foi, também, por duas vezes, candidato a prefeito de Porto Alegre, perdendo para os petistas Olívio Dutra, em 1988, e Tarso Genro, em 1992. Dilma conseguiu seu segundo emprego na primeira metade dos anos 1980 como assessora da bancada do PDT na assembleia legislativa do Rio Grande do Sul.[51]

Secretária Municipal da FazendaAraújo e Dilma dedicaram-se com afinco na campanha de Alceu Collares à prefeitura de Porto Alegre, em 1985, sendo que em sua casa foi preparada grande parte da campanha e do programa de governo. Eleito prefeito, Collares a nomeou titular da Secretaria Municipal da Fazenda, seu primeiro cargo executivo. Collares reconhece a influência de Araújo na indicação, mas ressalta que, para isso, certamente também contribuiu a competência de Dilma.[51]

Na campanha do pedetista Aldo Pinto para o governo do estado em 1986, Dilma participou da assessoria. O candidato a vice na chapa era Nelson Marchezan, um dos mais destacados civis apoiadores da ditadura militar. Mesmo que tenham sido amplamente derrotados pelo candidato do PMDB, Pedro Simon, vinte anos depois, Dilma ainda assim justifica a polêmica aliança: "Marchezan foi líder da ditadura, mas nunca foi um 'enragé'. A ala Marchezan era a ala da pequena propriedade radicalizada. E ele era um cara ético".[51]

Dilma permaneceu à frente da Secretaria da Fazenda até 1988, quando se afastou para se dedicar à campanha de Araújo à prefeitura de Porto Alegre. Foi substituída por Políbio Braga, que conta que Dilma tentara convencê-lo a não assumir o cargo, aconselhando-o, então: "Não assume não, que isso pode manchar a tua biografia. Eu não consigo controlar esses loucos e estou saindo antes que manche a minha." Enquanto Collares lembra da gestão de Dilma como exemplo de competência e transparência, Políbio Braga discorda, lembrando que "ela não deixou sequer um relatório, e a secretaria era um caos".[51]

A derrota de Araújo na candidatura a prefeito alijou o PDT dos cargos executivos. Em 1989, contudo, Dilma foi nomeada diretora-geral da Câmara Municipal de Porto Alegre, mas acabou sendo demitida do cargo pelo presidente da casa, vereador Valdir Fraga, porque chegava tarde ao trabalho. Conforme Fraga, "eu a exonerei porque houve um problema com o relógio de ponto".[51]

Secretária Estadual de Energia, Minas e ComunicaçõesEm 1990, Alceu Collares foi eleito governador, indicando Dilma para presidente da Fundação de Economia e Estatística (FEE), na qual ela estagiara na década de 1970. Permaneceu ali até fim de 1993, quando foi nomeada Secretária de Energia, Minas e Comunicações, sustentada pela influência de Carlos Araújo e seu grupo político.[51] Permaneceu no cargo até final de 1994, época em que seu relacionamento com Araújo chegou ao fim, abalado pela descoberta da gravidez da mãe de Rodrigo, nascido em 1995. Depois reconciliaram-se e permaneceram juntos até 2000, quando Dilma foi morar só em um apartamento alugado.[51]

Em 1995, terminado o mandato de Alceu Collares, Dilma afastou-se dos cargos políticos e retornou à FEE, passando a ser editora da revista Indicadores Econômicos. Foi nesse intervalo que ela se matriculou oficialmente no curso de doutorado da Unicamp, em 1998.[51] Em 1998, o petista Olívio Dutra ganhou as eleições para o governo gaúcho com o apoio do PDT no segundo turno, e Dilma retornou à Secretaria de Minas e Energia. Conforme Olívio, "Eu já a conhecia e respeitava. E a nomeei também porque ela estava numa posição mais à esquerda no PDT, menos populista".[51]

O PDT ganhara alguns cargos no primeiro escalão, mas Leonel Brizola entendia que seu partido tinha pouco espaço no governo, administrando parcela ínfima do orçamento. Por não conseguirem mais espaço, os pedetistas foram pressionados a entregar seus cargos. A composição da chapa para a prefeitura de Porto Alegre nas eleições de 2000 acentuou a briga entre os dois partidos, pois o PDT indicava Alceu Collares e o PT, Tarso Genro. Dilma defendeu a manutenção da aliança que elegera Olívio Dutra e apoiou a candidatura de Tarso Genro, por não aceitar "alianças neoliberais e de direita", mesmo já tendo defendido a aliança com Marchezan, da ditadura militar, na eleição de 1986. Genro venceu Collares no segundo turno e Dilma filiou-se ao PT. Brizola acusou de traidores os egressos: "Venderam-se por um prato de lentilhas".[51]

Na sua gestão na Secretaria de Minas e Energia do governo Dutra, a capacidade de atendimento do setor elétrico subiu 46%,[51] com um programa emergencial de obras que reuniu estatais e empresas privadas. Em janeiro de 1999, Dilma viaja a Brasília e alerta as autoridades do setor elétrico de que, sem investimentos em geração e transmissão de energia, os cortes que o Rio Grande do Sul enfrentara no início de sua gestão ocorreriam no resto do país.[55] Na crise do apagão elétrico no final do governo Fernando Henrique Cardoso, os três estados da Região Sul não foram atingidos, não sendo imposto qualquer racionamento, pois não houve estiagem na região. Ainda assim, houve economia voluntária de energia e Dilma tentou obter compensação, como se concedia nas demais regiões. O governo federal não cedeu e Dilma conseguiu contemporizar junto à iniciativa privada gaúcha. Conforme Pedro Parente, chefe da Casa Civil no governo FHC, "Ela era pragmática, objetiva e demonstrou que tinha um diálogo fluido com o setor empresarial".[51]

Ministra de Minas e Energia
Dilma Rousseff concede entrevista coletiva no Palácio do Planalto, 2006.Os assuntos relacionados à área de minas e energia na plataforma do candidato Lula eram discutidos em reuniões coordenadas pelo físico e engenheiro nuclear Luiz Pinguelli Rosa. Este, como Ildo Sauer, outro destaque do grupo, era totalmente contrário às privatizações no setor, que, em sua visão, eram as responsáveis pelos problemas energéticos que o país passava. Convidada por Pinguelli a participar do grupo em junho de 2001, Dilma chegou tímida para integrar uma equipe com vários professores, mas logo se sobressaiu com sua objetividade e bom conhecimento do setor. Para todos no grupo, contudo, era evidente que Pinguelli seria o ministro de Minas e Energia, caso Lula vencesse a eleição em 2002.[51]

Foi grande a surpresa quando Lula, eleito, escolheu Dilma para titular da pasta. Declarou: "Já próximo de 2002, aparece por lá uma companheira com um computadorzinho na mão. Começamos a discutir e percebi que ela tinha um diferencial dos demais que estavam ali porque ela vinha com a praticidade do exercício da Secretaria de Minas e Energia do Rio Grande do Sul. Aí eu fiquei pensando: acho que já encontrei a minha ministra aqui."[51] Teria pesado muito a simpatia que Antonio Palocci nutria por Dilma, reconhecendo que teria trânsito muito mais fácil junto ao setor privado do que Pinguelli, além de ter apoiado a Carta aos Brasileiros, concordando com as mudanças no partido. Olívio Dutra diz que também foi consultado e elogiou os méritos técnicos de sua secretária de Minas e Energia. "Posso ter pesado um pouco na balança naquele momento, mas, da transição para frente, o mérito é todo da Dilma." Já ministra, aproximou-se muito de José Dirceu, então chefe da Casa Civil.[51]

Sua gestão no ministério foi marcada pelo respeito aos contratos da gestão anterior, como pelos esforços em evitar novo apagão e pela implantação de um modelo elétrico menos concentrado nas mãos do Estado, diferentemente do que queriam Luiz Pinguelli Rosa e Ildo Sauer. Quanto ao mercado livre de energia, Dilma não só o manteve como o ampliou. José Luiz Alquéres, presidente da Light, elogia o modelo implantado por Dilma, que está ajudando o segmento, criticando apenas a demora, que na sua visão é culpa da máquina governamental.[51] Convicta de que investimentos urgentes em geração de energia elétrica deveriam ser feitos para que o país não sofresse um apagão já em 2009, Dilma travou um sério embate com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que defendia o embargo a várias obras, preocupada com o desequilíbrio ecológico que poderiam causar. José Dirceu, então ministro-chefe da Casa Civil, teve que criar uma equipe de mediadores entre as ministras para tentar resolver as disputas.[56]

Amigo de Lula, Pinguelli foi nomeado presidente da Eletrobras e protagonizou grandes divergências com a ministra, chegando a colocar o cargo à disposição. Ironizava as oscilações de humor de Dilma: "Essa moça formata o disquete a cada semana." Pinguelli por fim deixou o governo. Mauricio Tolmasquim, que na equipe de transição tinha uma visão do setor mais próxima a de Dilma, foi convidado por ela para ser o secretário-executivo do ministério. Declarou que à medida que foram se conhecendo melhor, Dilma passou a gritar de vez em quando com ele: "É o jeito dela. Não é pessoal. E em cinco minutos fica tudo bem." Ildo Sauer também desentendeu-se com a ministra, que rechaçara suas ideias sobre um modelo estatizante. Com efeito, ao assumir a direção de gás e energia da Petrobras, divergiu, assim como o presidente da empresa, Sergio Gabrielli, várias vezes da ministra, sendo necessário até mesmo a intervenção de Lula. Sauer deixou a empresa em 2007. Ainda sobre questões de energia, também teve desentendimentos com a ministra o ex-deputado federal Luciano Zica. Para ele, "a Dilma é a pessoa mais democrática do mundo, desde que se concorde 100% com ela".[51]

Ao assumir o ministério, Dilma defendeu uma nova política industrial para o governo, fazendo com que as compras de plataformas pela Petrobras tivessem um conteúdo nacional mínimo, com o que poderiam gerar cerca de 30 mil novos empregos no país. Argumentou que não era possível que uma obra de 1 bilhão de reais não fosse feita no Brasil.[57] As licitações para as plataformas P-51 e P-52 foram, assim, as primeiras no país a exigir um conteúdo nacional mínimo.[58] Houve críticas à exigência, sob o fundamento de que isso aumentaria os custos da Petrobrás,[59] mas Dilma defendeu a capacidade do país de produzir navios e plataformas, afirmando que a nacionalização, que variava entre 15 e 18%, subira a mais de 60%.[60] Lula reconheceu que, visto apenas sob a óptica da empresa, o custo foi maior, entretanto não se deveria mirar apenas o custo imediato, mas também o fortalecimento da ciência e tecnologia nacionais.[61] Assim, em 2008, a indústria naval passou a empregar 40 mil pessoas, marca extraordinariamente superior comparada às 500 pessoas empregadas em meados da década de 1990, fato que seria decorrente da exigência de nacionalização,[61] e que levou a indústria naval à condição de sexta maior do mundo em 2009.[62]


A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresenta plano de habitação às centrais sindicais.Luz Para TodosDilma propôs acelerar as metas de universalização do acesso à energia elétrica, que tinha como prazo final 2015, de modo que mais 1,4 milhão de domicílios rurais viessem a ser iluminados até 2006. Argumentou que a universalização era uma meta de inclusão social, devendo fazer parte de programas como o Fome Zero, não sendo possível supor que seja um programa que dê retorno financeiro.[63] No governo anterior, havia sido lançado o programa "Luz no Campo", com o objetivo de incentivar o agronegócio e prevendo o custeio pelo beneficiário, sendo que o programa governamental propunha-se a financiar o custo. A meta daquele programa anterior era atender um milhão de famílias, mas, até o início de 2003, pouco mais da metade haviam sido atendidas.[64] Conforme Dilma, o programa anterior só obteve resultados nos estados onde os governos locais subsidiaram a população.[65] Defendeu, então, um programa altamente subsidiado pelo governo, que não deveria apenas financiar, mas custear e suportar efetivamente tal universalização.[66] O subsidio em questão deveria ser expressa e unicamente para o consumidor final, destinatário do programa, e não para as empresas[65] .

O programa foi lançado em novembro de 2003, com o nome "Luz Para Todos",[67] concentrado em beneficiar regiões de baixo índice de desenvolvimento humano e famílias com renda até três salários mínimos.[64] A meta do programa era atender, até 2008, dois milhões de famílias[67] . Em abril de 2008, o governo ampliou o programa para até 2010, de modo a beneficiar mais 1,17 milhão de famílias.[68] Em outubro de 2008, Dilma reconheceu que o governo não conseguiria cumprir a meta em tempo, e ainda restariam 100 mil famílias para serem atendidas em 2009.[69] A Região Nordeste concentrou 49% das ligações do programa, que representou, de janeiro de 2005 a maio de 2008, 37,8% de todas as novas ligações elétricas na região, fazendo com que o Nordeste pela primeira vez ultrapassasse a Região Sul no consumo de energia elétrica.[70]

Ministra-Chefe da Casa Civil
Luiz Inácio Lula da Silva (Presidente do Brasil), Barack Obama (Presidente dos EUA) e Dilma Vana Rousseff (Ministra-Chefe da Casa Civil) em março de 2009.
Dilma Rousseff participa da 3ª Conferência Nacional da Aquicultura e Pesca, setembro de 2009.Como ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff tinha o apoio de dois dos principais ministros do governo Lula: Antonio Palocci e José Dirceu. Quando Dirceu saiu do ministério devido ao escândalo do mensalão, ao invés de ela ficar enfraquecida, novamente Lula surpreendeu escolhendo-a para a chefia da Casa Civil. Gilberto Carvalho, secretário particular do presidente, diz que Dilma chamou a atenção de Lula pela coragem de encarar situações difíceis e pela capacidade técnica. Franklin Martins, ex-guerrilheiro a se tornar ministro, afirmou que Lula teria ficado muito impressionado com a gestão de Dilma nas Minas e Energia, evitando um outro apagão: "Lula percebeu que ela fazia as coisas andarem." E evitaria a disputa entre Palocci e Dirceu para sucedê-lo, já que Dilma não tinha essa ambição, era nova no partido e, por não pertencer a nenhuma ala, transitava por todas. Dilma revelou a Gilberto Carvalho que a indicação para a Casa Civil foi surpresa muito maior do que quando fora indicada para a pasta de Minas e Energia.[51] O senador Pedro Simon (PMDB-RS), disse que, desde que Dilma assumiu o ministério, "a seriedade está se impondo" na Casa Civil.[71]

O Consulado dos EUA em São Paulo encaminhou ao Departamento de Estado, logo após a posse de Dilma na Casa Civil, dossiê detalhado, traçando seu perfil, o passado de guerrilheira, gostos e hábitos pessoais e características profissionais, descrevendo-a como técnica prestigiada e detalhista, com fama de workaholic e com grande capacidade de ouvir, mas com falta de tato político, dirigindo-se às vezes, conforme relato de assessor graduado, diretamente aos técnicos, em lugar de aos seus superiores.[72][73]

Dossiê da Casa Civil
Dilma em entrevista em 2009, ainda como Ministra-Chefe da Casa Civil.Em virtude do escândalo dos cartões corporativos, surgido em janeiro de 2008, atingindo o governo federal e causando a demissão da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, a oposição entrou com pedido para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigações mais aprofundadas.

Em 22 de março de 2008, uma reportagem da revista Veja afirmou que o Palácio do Planalto montara dossiê detalhando gastos da família Fernando Henrique Cardoso. A matéria diz que os documentos estariam sendo usados para intimidar a oposição na CPI dos Cartões Corporativos. A Casa Civil negou a existência de um tal dossiê, apresentando, no intervalo de quinze dias, três versões diferentes sobre o assunto, todas depois desmentidas pela imprensa.[74] Em 28 de março, o jornal Folha de São Paulo publicou uma reportagem afirmando que a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Alves Guerra, dera a ordem para a organização do dossiê. Em entrevista coletiva de 4 de abril, Dilma reconheceu a feitura do banco de dados, mas descartou qualquer conotação política pertinente. Disse que o vazamento de informações e papéis federais é crime e que uma comissão de inquérito interna iria apurar o fato. Em 7 de abril, a Polícia Federal (PF) decidiu investigar o caso.

Em 7 de maio, em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado Federal, respondeu questões relativas ao "dossiê".[75]

Eu fui barbaramente torturada, senador. Qualquer pessoa que ousar falar a verdade para os torturadores, entrega seus iguais. Eu me orgulho muito de ter mentido na tortura, senador.

— Em resposta ao senador José Agripino Maia (DEM/RN). O senador sugeriu que, por ter mentido quando presa durante a ditadura, também poderia estar mentindo sobre vazamento de dados que formaram o dossiê sobre gastos de FHC.[75]

As investigações da PF concluíram que o responsável pelo vazamento foi o funcionário da Casa Civil José Aparecido Nunes, então subordinado de Erenice Guerra, então secretária-executiva de Dilma Rousseff e posteriormente sua sucessora na Casa Civil.[76] Ele enviou passagens do dossiê para o assessor do senador Álvaro Dias, André Fernandes,[77] confirmando que o dossiê existiu.

Caso VarigEm junho de 2008, a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que a Casa Civil favoreceu a venda da VarigLog e da Varig ao fundo norte-americano Matlin Patterson e aos três sócios brasileiros.[78]

Abreu, que deixou o cargo em agosto de 2007, sob acusações feitas durante a CPI do Apagão Aéreo, relatou que a ministra Dilma Rousseff e a secretária-executiva da Casa Civil, Erenice Guerra, a pressionaram a tomar decisões favoráveis à venda da VarigLog e da Varig. Segundo ela, Dilma a desestimulou a pedir documentos que comprovassem a capacidade financeira dos três sócios (Marco Antônio Audi, Luís Eduardo Gallo e Marcos Haftel) para comprar a empresa, já que a lei proíbe estrangeiros de possuir mais de 20% do capital das companhias aéreas.[79]


Dilma e Lula durante cerimônia de lançamento do PAC da Habitação.Dilma negou as acusações e Denise Abreu não apresentou nenhum documento ou prova que sustentasse suas acusações.[80]

Programa de Aceleração do CrescimentoDilma Rousseff é considerada pelo governo a gerente do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Lula também a chamou de "mãe" do PAC, designando-a responsável pelo programa em todo o país e informando que a população deve cobrar dela o andamento das obras .[81][82] Quanto ao ritmo das obras, Dilma alegou que o país não tem o elevado grau de eficiência da Suíça, mas tem conseguido acelerar os maiores projetos.[83]

Candidata às eleições de 2010Ver artigo principal: Eleição presidencial no Brasil em 2010

Dilma no início da campanha à Presidência da República em Porto Alegre, em julho de 2010.
Dilma Rousseff com seu vice Michel Temer, durante a campanha eleitoral.Em abril de 2007, Dilma já era apontada como possível candidata à presidência da República.[84] No mês seguinte, Dilma afirmou que era simpática à ideia.[85] Em outubro do mesmo ano, jornais estrangeiros, como o argentino La Nación e o espanhol El País, já indicavam que ela era um nome forte à sucessão de Lula.[86][87] Lula passou a fazer uma superexposição de Dilma para testar seu potencial como candidata.[88] Em abril de 2008, a The Economist indicava que sua candidatura não parecia ainda viável, pois era pouco conhecida, ainda que fosse a ministra mais poderosa de Lula.[89]

Em dezembro de 2008, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que jamais conversara com Dilma Rousseff sobre sua possível candidatura para as eleições presidenciais de 2010, dizendo ter apenas insinuado. Para Lula, Dilma é a "pessoa mais gabaritada" para sucedê-lo.[90] Em outubro de 2009, Dilma e Lula foram acusados pela oposição de estarem fazendo propaganda eleitoral antes do prazo[91] durante visitas feitas pelo Presidente às obras de Transposição do Rio São Francisco. O episódio ganhou mais notoriedade quando o então Presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, comentou o caso.[92]

Sua candidatura foi oficializada em 13 de junho de 2010, em convenção nacional do Partido dos Trabalhadores realizada em Brasília-DF. Foi também referendado o nome do então presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP) como seu vice. Participaram da mesa, entre outros, o ex-ministro José Dirceu, o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE), e o secretário-geral da legenda, José Eduardo Cardozo.[93] Sua candidatura foi apoiada por figuras famosas como Chico Buarque, Beth Carvalho, Alceu Valença, Elba Ramalho, Emir Sader, Oscar Niemeyer, Leonardo Boff, e Marilena Chauí.[94]

Suposto dossiêO delegado Onézimo das Graças Sousa, aposentado do Departamento de Polícia Federal, segundo reportagem da Folha de S.Paulo alega ter participado de um encontro com os coordenadores da campanha eleitoral de Dilma Rousseff para a criação de um dossiê contra o também candidato José Serra.[95] Onésimo diz que recusou-se a fazer o que lhe foi pedido e denunciou os "fatos" para a imprensa. Em depoimento no dia 17 de junho de 2010 para a Comissão de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional Brasileiro, afirmou ter sofrido ameaça de morte por revelar esse plano para a confecção do dossiê.[96]

Em uma segunda matéria publicada em 19 de junho de 2010, a Folha de S. Paulo afirmou que dados da declaração de imposto de renda do presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, oriundos do sistema da Receita Federal, haviam sido levantados por um "grupo de inteligência" da pré-campanha de Dilma Rousseff. Os papéis também integrariam o suposto dossiê supracitado que, segundo a Folha, teria sido montado com o aval de uma ala da pré-campanha presidencial petista.[97][98]


Dilma Rousseff em entrevista para o Jornal Nacional, ao lado do jornalista William Bonner, em 2011.Dois dias após a publicação da reportagem, a direção nacional do PT divulgou nota negando qualquer participação do partido no episódio. No dia 13 de julho de 2010, em depoimento à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado onde foi convocado a se explicar sobre o caso, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, confirmou o acesso aos dados fiscais protegidos por sigilo do vice-presidente nacional do PSDB, Eduardo Jorge, mas se recusou a apontar o nome dos responsáveis, mesmo se a sessão fosse transformada em secreta.[98][99] Após o depoimento de Cartaxo, o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) informou que ingressaria com representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o secretário da Receita Federal, por crime de prevaricação. O deputado acusou o PT de utilizar o aparato do governo federal para atacar a oposição – "Primeiro foi o caso do caseiro Francenildo Costa. Agora, a Receita Federal está envolvida em outro escândalo. A transparência é fundamental nessa investigação".[100]

Reportagem publicada pela revista Carta Capital em junho de 2006 afirma que o suposto dossiê seria, na verdade, um livro ainda não publicado, intitulado Os Porões da Privataria, do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, acerca de supostos escândalos envolvendo privatizações e desvio de dinheiro público em gestões do PSDB. Ainda segundo a Carta Capital, Onésimo, especialista em contraespionagem, teria oferecido ao PT serviços de vigilância e rastreamento de escutas telefônicas, mas foi descartado[101]. Amaury foi indiciado por quatro crimes pela Polícia Federal em 25 de outubro do mesmo ano[102]. Em entrevista ao programa Roda Viva, Dilma afirmou, sobre as alegações da Folha quanto à existência do suposto dossiê, que o jornal "não tem fé pública" e que enquanto o jornal não demonstrar provas, trata-se de uma "uma acusação infundada". Também afirmou que só não processou a Folha de S. Paulo porque "respeita a liberdade de imprensa". O PT entrou com ação na justiça contra José Serra, pelo fato do candidato tê-la acusado de ser responsável pelo suposto dossiê.[103]

Em 21 de julho, surgiu o nome de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva como possível responsável pelo vazamento. Antonia é analista da Receita Federal e foi exonerada do cargo em comissão que ocupava no dia oito de julho, uma semana após as denúncias surgirem na imprensa e a Receita ter aberto sindicância. Para o Fisco, foi com a senha de acesso de Antonia que os dados foram consultados e impressos sem justificativa legal. Casada com um auditor fiscal, Antonia também já participou da diretoria do sindicato dos servidores da receita na região do ABC. Segundo o sindicalista Helio Bernardes, atual presidente do Sindireceita, a servidora nega ter acessado os dados.[104][105]

Repercussão internacional
Dilma Rousseff na Convenção Nacional do Partido dos Trabalhadores.Para o britânico The Independent, em matéria publicada sobre a candidata,[106] a sua eleição "marca o desmantelamento final do 'Estado de segurança nacional', um arranjo que os governos conservadores nos Estados Unidos e na Europa já viram como seu melhor artifício para manter um status quo podre, que manteve uma vasta maioria na América Latina na pobreza, enquanto favorecia seus amigos ricos", sendo ela uma candidata que "não se constrange com o passado de guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e a temporada na prisão como prisioneira política". Disse também que, caso eleita, tornar-se-á "a mulher mais poderosa do mundo".[107]

O jornal espanhol El País caracterizou Dilma como "uma grande gestora, mulher mais de ação do que de pensamento"[108] e posteriormente, ao estimar que o candidato do PSDB José Serra pode sofrer uma "derrota humilhante" nas urnas,[109][110] pôs em questão o aparecimento de escândalos levantados por outros candidatos às vésperas das eleições: "milhares de brasileiros sonhavam com uma campanha eleitoral sem sobressaltos e centrada nas propostas dos candidatos, mas mais uma vez o jogo sujo está eclipsando o debate político".[111]

A candidata, que é descendente de búlgaros, recebeu uma reportagem de duas páginas do mais importante periódico da Bulgária, o Trud, e vários jornalistas de meios de comunicação do país comentam com empolgação a possibilidade uma filha de búlgaro ser eleita presidente do Brasil.[112] Durante sua campanha o país experimentou uma espécie de "febre" e interesse por Dilma.[113][114]

Programa de governoSegundo informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, o programa de governo de Dilma Rousseff registrado no TSE em 6 de julho de 2010, uma formalidade exigida pela legislação, contemplou duas versões em questão de algumas horas. Inicialmente o partido registrou um papelório com 19 páginas, todas rubricadas pela candidata, com temas controversos como controle da mídia, aborto e invasão de terras. Horas depois, uma segunda versão, sem os temas mais controversos – classificados como radicais por diversos meios de comunicação, como a Folha de S. Paulo, o jornal O Globo e a revista Veja,[115][116][117] – foi enviada para substituir o primeiro, esse assinado por advogados procuradores do PT.[118][119] Ainda segundo o jornal, a assessoria da candidata teria afirmado que tanto ela quanto José Eduardo Dutra (presidente do partido) assinaram a versão sem ler o que estava escrito.[120] Indagada, Dilma respondeu que "Nós não concordamos com a posição expressa (sobre controle da mídia, aborto e invasão de terras)". "Tem coisas do PT com as quais concordamos, coisas com as quais não concordamos, e assim nos outros partidos também".[118]

Multas eleitoraisDilma foi a primeira candidata a presidência a receber multa eleitoral por propaganda irregular na eleição de 2010. A primeira multa, de cinco mil reais, foi em 13 de maio de 2010, após o TSE analisar o programa partidário veiculado pelo PT em dezembro de 2009 e considerar que houve propaganda antecipada em favor de Dilma. A segunda infração ocorreu dia 10 de abril de 2010, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos.[121] A terceira multa, também no valor de cinco mil reais, foi aplicada no dia 8 de julho de 2010.[122]

No dia 13 de julho, a ministra do Tribunal Superior Eleitoral Nancy Andrighi multou mais uma vez a candidata em seis mil reais.[123] No dia 20 de julho uma representação impetrada pelo Ministério Público Eleitoral foi acatada pelo ministro Henrique Neves, e outra multa de cinco mil reais foi aplicada à presidenciável.[124] No mesmo dia, outra multa de 5 mil reais foi aplicada à candidata.[125] A sétima punição foi dada no dia 22 de julho e teve o valor de 4 mil reais.[126]

Por propaganda antecipada, Dilma já contabiliza sete multas, totalizando trinta e três mil reais de débito com a justiça.[127]

Vitória
Dilma é eleita a primeira mulher presidente do Brasil, 31 de outubro.No dia 31 de outubro de 2010, Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil, cargo a ser ocupado pela primeira vez na história do país por uma mulher. Obteve 55.752.529 votos, que contabilizaram 56,05% do total de votos válidos.[9] No seu pronunciamento, disse, nas próprias palavras:

Vou fazer um governo comprometido com a erradicação da miséria e dar oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. Mas, humildemente, faço um chamado à nação, aos empresários, trabalhadores, imprensa, pessoas de bem do país para que me ajudem.

— Em seu primeiro pronunciamento como presidente eleita do Brasil.[128]

No discurso, tratou de diversos temas, tais quais a valorização da democracia, a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa e sobretudo as mulheres. Disse ainda que seu governo iria manter a inflação sob controle, melhorar os gastos públicos, simplificar a tributação e melhorar os serviços públicos para a população.[129]

Dilma Rousseff escolheu a Rede Record para conceder sua primeira entrevista após a vitória das urnas. Ela respondeu às perguntas das jornalistas Ana Paula Padrão e Adriana Araújo em Brasília, edição que elogiou por ter sido entrevistada justamente por mulheres. A presidente também foi a primeira eleita democraticamente, desde o fim do regime militar no Brasil, a dar uma entrevista que não fosse para a Rede Globo. E, durante a conversa, Dilma ainda anunciou que a Record seria a primeira a noticiar o novo ministério escolhido pela presidente.[130]

Presidente da RepúblicaPreparativos para o cargoNo começo de novembro de 2010, Dilma iniciou sua preparação para assumir o cargo de presidente da República, reafirmando a necessidade de ampliação de programas-chave da gestão Lula, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e ProUni (Universidade para Todos), totalizando treze diretrizes de governo.[131] O gabinete de transição ganhou um orçamento de 2,8 milhões de reais e funcionou no Centro Cultural Banco do Brasil. A coordenação coube ao ministro interino da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, em conjunto com coordenadores designados pela presidente eleita.

Um decreto do presidente Lula garantiu que o gabinete tivesse acesso irrestrito a dados do atual governo relativos a contas públicas do governo federal, à estrutura organizacional da administração pública, à implementação, ao acompanhamento e ao resultado dos programas e ações de órgãos públicos e ministérios e a assuntos que requeressem adoção de providências da administração no primeiro quadrimestre do novo governo.[132]


Dilma e seu vice, Michel Temer, ao lado do presidente do Senado, José Sarney.Em nota divulgada no dia 2 de novembro, a presidente eleita disse que a coordenação política da equipe de transição ficaria a cargo do vice-presidente eleito Michel Temer, do presidente do PT, José Eduardo Dutra, e dos deputados federais Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo. Seria uma equipe de cinquenta pessoas eminentemente técnica e todos os partidos da base aliada foram ouvidos.[133]

Quanto ao anúncio dos ministros, Dilma disse em entrevista ao Jornal Nacional que isso seria feito em blocos e segundo critérios exclusivamente técnicos. Disse também que sua maior preocupação era manter a estabilidade econômica.[134] No dia 3 de novembro, ela concedeu sua primeira entrevista no Palácio do Planalto e ressaltou que os critérios políticos não eram os mais importantes para escolha de ministros. Nesse pronunciamento, ela abordou vários assuntos, declarando que pretendia um aumento do salário-mínimo para 600 reais em 2011, que ainda necessitaria da CPMF, que não pactuaria com as invasões do MST, que iria dialogar com o Irã sem abrir mão da defesa dos direitos humanos, que daria combate à guerra cambial internacional e que previa crescimento de 8 por cento da economia no ano de 2011.[135]

Na segunda semana de novembro, após uma breve folga, Dilma retornou ao trabalho com o compromisso de acompanhar o presidente Lula na reunião do G20, com os seguintes temas agendados: desenvolvimento, energia, proteção do ambiente marinho, mudança do clima e combate à corrupção. Embora ainda não fosse presidente, ela recebeu convite formal do governo da Coreia do Sul, país-sede do evento em 2010.[136]


Lula ao lado da presidenta Dilma Rousseff em 6 de dezembro de 2011 em São Bernardo do Campo.Em 10 de novembro, foram anunciados mais nomes para o gabinete de transição: Sinval Alan Ferreira da Silva, Ana Lúcia Ferreira dos Santos, Ênio Alves Vieira Filho, Georgina Fagundes, Jorge Luiz de Lima, Márcia Westphalen, Roberto França Stuckert Filho, Arílson Cavalcante Pereira, Christiane Araújo de Oliveira, Valdecir da Silva Ribeiro, Hildivan Freitas Ribeiro, Thaís Beserra de Andrade e Vanessa Rossana Vieira Maia.

Os novos nomes se integraram à equipe anunciada dias antes: Clara Levin Ant, que cuidou do banco de dados durante a campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República; Cleonice Maria Campos Dorneles, que foi assessora do gabinete da Casa Civil; Helena Maria de Freitas Chagas, ex-diretora de Jornalismo da Empresa Brasil de Comunicação (EBC); Giles Carriconde Azevedo, ex-secretário-executivo adjunto da Casa Civil; Marly Ponce Branco, ex-assessora técnica da subchefia de análise e acompanhamento de políticas governamentais da Casa Civil; Anderson Braga Dorneles, ex-assessor especial da Casa Civil; e Paulo Leonardo Martins.[137]

Em 18 de novembro, o presidente do PT José Eduardo Dutra anunciou que o único ministério a ser criado no governo Dilma seria o da micro e pequena empresa.[138] A presidente eleita se reuniu com a equipe de transição, membros do governo e representantes da sociedade civil no Centro Cultural Banco do Brasil e anunciou que iria aumentar o número de beneficiados e o valor do bolsa-família, cobrindo 750 mil famílias com a inclusão de quem não possui filhos e ganha entre 70 e 140 reais. Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas, disse que, para erradicar a pobreza, meta do governo Dilma, seriam necessários 21 bilhões de reais por ano, que deveriam ser aplicados não só em programas assistenciais, como também em saúde e educação.[139]

Em 24 de novembro, foi anunciado que a presidente eleita escolheu Guido Mantega para o Ministério da Fazenda, Miriam Belchior para o Ministério do Planejamento e Alexandre Tombini para a direção do Banco Central.[140] Durante o anúncio oficial, Mantega fez seu primeiro pronunciamento dizendo que, agora que o país cresceu, é hora de o setor privado gastar mais e o goveno economizar. Declarou também que a meta do novo governo seria manter o crescimento da economia e a geração de emprego:[141]

Miriam Belchior também se pronunciou, ela disse que a meta era melhorar os gastos públicos e que é possível fazer mais com menos. Os investimentos deveriam se concentrar nas áreas de enfrentamento da miséria, em educação e saúde de qualidade, segurança e combate às drogas e em infraestrutura.[142]

O novo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, completou a entrevista coletiva. Em seu primeiro pronunciamento, ele disse que teria total autonomia operacional e que sua meta era o controle da inflação, que não deveria ultrapassar a meta de 4,5 por cento ao ano. Para tanto, ele manteria a atual política de juros. Disse também que a missão do Banco Central seria assegurar o poder de compra da moeda.[143]

Em 3 de dezembro, mais três ministros foram anunciados: Antonio Palocci para a Casa Civil, José Eduardo Cardozo para o Ministério da Justiça e Gilberto Carvalho para a Secretaria-Geral da Presidência. O novo ministro da Justiça disse que a meta do governo seria a segurança pública e também melhorar a vigilância de fronteiras, os serviços de inteligência e a Polícia Federal. Segundo ele, é preciso unir governadores e prefeitos no enfrentamento do crime organizado.[144][145]

Em 6 de dezembro, Dilma confirmou a permanência de Nélson Jobim no Ministério da Defesa. Ele daria continuidade à Política Nacional de Defesa e ao reaparelhamento das Forças Armadas, bem como pressionaria o Congresso para aprovar a Estratégia Nacional de Defesa. Os militares foram favoráveis a Jobim porque ele se posicionou contra a revisão da Lei de Anistia.[146]

Em 8 de dezembro, o senador Garibaldi Alves Filho foi confirmado para o Ministério da Previdência Social. Ele disse que era favorável ao fim do fator previdenciário, mas que não advogava uma reforma na previdência social e que o mais importante era um choque de gestão capaz de reduzir os gastos do INSS e eliminar seu déficit.[147] No mesmo dia, a presidente Dilma escolheu outros dez ministros: o senador Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia; Wagner Rossi para o Ministério da Agricultura; o deputado Pedro Novais para o Ministério do Turismo; o ex-governador do Rio de Janeiro Moreira Franco para a Secretaria de Assuntos Estratégicos; a senadora Ideli Salvatti para o Ministério da Pesca; a deputada Maria do Rosário para a Secretaria de Direitos Humanos; Paulo Bernardo para o Ministério das Comunicações; Alfredo Nascimento para o Ministério dos Transportes; e a jornalista Helena Chagas para a Secretaria de Comunicação Social.[148]

Em 15 de dezembro, mais quatro ministros foram anunciados: Antonio Patriota para o Ministério das Relações Exteriores; Nélson Jobim, já confirmado anteriormente, para o Ministério da Defesa; Fernando Pimentel para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Aloizio Mercadante para o Ministério da Ciência e Tecnologia.[149] No dia seguinte, outros três ministros foram apresentados: Fernando Haddad para o Ministério da Educação, Carlos Lupi para o Ministério do Trabalho e Izabella Teixeira para o Ministério do Meio Ambiente.[150]

No dia 20 de dezembro, Dilma oficializou mais sete nomes: Alexandre Padilha para o Ministério da Saúde; Ana de Hollanda para o Ministério da Cultura; Tereza Campello para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Mário Negromonte para o Ministério das Cidades; Luiza Helena de Bairros para a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; Orlando Silva de Jesus Júnior para o Ministério do Esporte; e Luís Inácio Adams para a Advocacia Geral da União.[151]

No dia 21 de dezembro, mais cinco ministros foram apresentados: Fernando Bezerra Coelho para o Ministério da Integração Nacional; General José Elito Carvalho Siqueira para o Gabinete de Segurança Institucional; Luiz Sérgio para a Secretaria de Relações Institucionais; Leônidas Cristino para a Secretaria Especial de Portos; e Jorge Hage para a Controladoria-Geral da União.[152] Os dois últimos membros da equipe ministerial foram conhecidos em 22 de dezembro: Afonso Florence para o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Iriny Lopes para a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.[153]

DiplomaçãoA presidente eleita e seu vice-presidente, Michel Temer, foram diplomados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em solenidade realizada no dia 17 de dezembro de 2010, às 17 horas, na sede do TSE, em Brasília, com a presença de 250 convidados, entre parentes e políticos. Dilma disse que irá "honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis e governar para todos". Os diplomas foram confeccionados na Casa da Moeda do Brasil.[154]

Este é o teor da diplomação:[155]

Pela vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em 31 de outubro de 2010, a candidata pela coligação Para o Brasil Seguir Mudando, Dilma Vana Rousseff, foi eleita presidente da República Federativa do Brasil. Em testemunho desse fato, a Justiça Eleitoral expediu o presente diploma, que a habilita à investidura do cargo perante o Congresso Nacional no dia 1º de janeiro de 2011, nos termos da Constituição.

— Texto do diploma conferido a Dilma Rousseff pelo Tribunal Superior Eleitoral
PosseVer artigo principal: Posse de Dilma Rousseff

Dilma Rousseff recebe a faixa presidencial de Lula, no parlatório do Palácio do Planalto.
Dilma Rousseff discursa ao povo no parlatório do Palácio do Planalto, ao lado do vice-presidente Michel Temer e de sua esposa, Marcela Temer.Dilma tomou posse em 1 de janeiro de 2011, em cerimônia iniciada às 14 horas (horário local), no plenário do Congresso Nacional, em Brasília. Ela foi empossada juntamente com o vice-presidente, Michel Temer. A cerimônia foi conduzida pelo então presidente do Senado Federal, José Sarney. Ela leu o compromisso oficial de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil". O vice-presidente, Michel Temer, leu o mesmo termo de posse e em seguida foi ouvido o hino nacional na execução da banda dos fuzileiros navais.[156]

No seu discurso de posse, Dilma declarou seu compromisso de erradicar a miséria no Brasil e de criar oportunidades para todos. Ela também enfatizou a importância da eleição de uma mulher para o cargo e desejou que esse fato abrisse as portas para outras mulheres no futuro. Prosseguiu agradecendo ao ex-presidente Lula e fez menção especial a José Alencar, que não pôde comparecer à posse devido à internação hospitalar. Completou seu pronunciamento lembrando que ainda era preciso uma longa evolução do país nos aspectos político e econômico, ressaltando também a relevância do Brasil no cenário internacional.[157]

GovernoVer artigo principal: Governo Dilma Rousseff
O começo do governo foi impactado por uma alta da inflação, tendo o índice acumulado de 2011 ficado em quase seis por cento. Em resposta, Dilma restringiu o crédito no mercado, elevando a taxa de juros para um patamar final de doze e meio por cento. Entretanto, a crise na Europa forçou uma redução da taxa para doze por cento, na tentativa de evitar que a economia brasileira fosse afetada.[158][159]

Apesar da política recessiva, o PIB nacional aumentou mais de quatro por cento no primeiro trimestre de 2011. O salário-mínimo teve um aumento nominal significativo, mas seu poder de compra foi reduzido em relação aos dos anos anteriores. A política de austeridade se completou com cortes no orçamento, afetando programas sociais e concursos públicos. As reservas internacionais do país aumentaram, protegendo o país contra crises externas, mas com o efeito colateral de aumentar a dívida interna em função da compra de dólares.[160][161][162][163][164][165]

Nas relações internacionais, Dilma estreitou os laços comerciais do país com a China e obteve importantes acordos com os países do Mercosul. No campo dos direitos humanos, o governo fez restrições à política do Irã. Internamente, o governo sofreu com numerosas acusações de corrupção, que culminaram na queda dos ministros Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva Jr. e Carlos Lupi, além de trinta pessoas ligadas ao Ministério do Turismo.[166][167][168][169][170][171][172][172][173]

A popularidade da presidente não foi abalada. Atingiu o recorde de 48 por cento no primeiro trimestre, superando inclusive Lula.[174]

Incidente em setembroEm 29 de setembro de 2011, um homem armado entrou no Palácio do Planalto pedindo para falar com ela.[175][176] Antes de se entregar, o homem, identificado como Maycon Kusther Pinheiro, afirmou: "Só estou aqui porque não consegui o que eu queria por meios legais".[177] Ele levava um documento que queria entregar à presidenta, dizendo que recebeu de seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, cargo de diplomata, e "mais de um bilhão de reais, com o objetivo de executar os membros da facção criminosa que domina todas as esferas da sociedade capixaba, desde a polícia".[178] O documento também cita na mensagem a organização paramilitar Scuderie Detetive Le Cocq.[179][180] Posteriormente ele se entregou, e foi levado à superintendência da Polícia Federal, em Brasília.[181][182][183]

PopularidadePesquisa anunciada dia 19 de março de 2011 pelo Instituto Datafolha mostrou que Dilma possuia aprovação de 47% dos brasileiros no seu terceiro mês de mandato. Esta popularidade é a maior entre todos os presidentes antecessores de Lula, que obteve o récorde histórico em seu terceiro mês do segundo mandato com 48% de aprovação.[184]

Vida pessoal
Dilma Rousseff com Lula e Michel Temer durante a campanha eleitoral de 2010.O primeiro marido de Rousseff foi o jornalista mineiro Cláudio Galeno de Magalhães Linhares. No fim da década de 1970, Dilma e Cláudio se divorciaram. Dilma, então, resolveu reconstruir sua vida no Rio Grande do Sul, rumando para Porto Alegre onde conheceu seu futuro marido, o ex-guerrilheiro e ex-deputado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo, com quem teve sua única filha, Paula, nascida em 27 de março de 1976.[2] Preso em São Paulo, Araújo foi transferido para seu estado natal para completar a pena. Dilma deu aulas a presidiários para ver Araújo.[185]

Carlos Araújo e Dilma se separaram em 1994, mas em 1996 se reconciliaram e voltaram a viver juntos. Porém, depois de mais 30 anos de relacionamento, Dilma e Carlos Araújo se divorciam em 2000.

Dilma declara gostar de História e interessar-se por ópera. No início da década de 1990 matriculou-se no curso de teatro grego do dramaturgo Ivo Bender. A mitologia grega tornou-se uma obsessão para Dilma, que, influenciada por Penélope, resolveu aprender a bordar.[185] Ela é leitora assídua de Machado de Assis, Guimarães Rosa, Cecília Meireles, e Adélia Prado.[186]

Dilma havia passado a usar o sobrenome Linhares após seu casamento com Cláudio Galeno, em 1967. A separação se deu quando estavam na clandestinidade e o divórcio amigável ocorreu apenas em 1981.[2] Dilma, contudo, continuou usando o sobrenome do primeiro marido socialmente até 1999, mesmo usando oficialmente Araújo do segundo marido. Após seu segundo divórcio, parou de se apresentar como Linhares e retirou o Araújo, voltando a usar seu nome de solteira, Dilma Vana Rousseff.[2]

Paula Rousseff
Dilma Rousseff (esquerda) durante o batismo de seu neto em Porto Alegre, com a filha Paula Rousseff (centro), e Rafael Covolo – marido de Paula (direita).Nascida em 27 de março de 1976, em Porto Alegre, Paula Rousseff é a única filha de Dilma e de seu ex-marido, Carlos Araújo. Paula graduou-se em direito e é funcionária pública federal concursada ocupando o cargo de Procuradora do Trabalho em sua cidade natal.[187] Ela é casada, desde 2008, com o administrador de empresas Rafael Covolo.[188]

Em 9 de setembro de 2010, Paula deu à luz o primeiro neto de Dilma, Gabriel Rousseff Covolo, nascido em Porto Alegre, enquanto a avó já estava em campanha presidencial.[189][190] No primeiro turno, após o último debate entre os quatro principais candidatos, em 30 de setembro, na cidade do Rio de Janeiro, Dilma viajou para Porto Alegre para o batismo de Gabriel em 1º de outubro de 2010.[191]

TemperamentoConsiderada dona de um temperamento explosivo, é acusada por parte da imprensa de ter destratado colegas de sua pasta, nomeadamente o ministro Paulo Bernardo, na frente dos governadores tucanos José Serra e Aécio Neves. É acusada de "ter feito chorar" o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, depois de uma reprimenda via telefone. Segundo o jornal O Globo, o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Luiz Antonio Eira, teria pedido demissão devido a um desentendimento com ela, em que teria se sentido humilhado;[54][192] Dilma, porém, nega que o tenha destratado.[193]

Sou uma mulher dura cercada por ministros meigos.
— Dilma Rousseff.[192]

As supostas atitudes agressivas de Dilma, porém, garantiriam seu prestígio diante de Lula, que pondera que seu comportamento mais ajuda do que atrapalha: seu temperamento se convertia na eficiência para resolver problemas sem soluções, inclusive alguns vindos da gestão de José Dirceu.[192] O vice-presidente da República, José Alencar, considerava o temperamento da ministra "dedicado" e "sério", assim como "bravo". Para ele, o eleitor veria nesse temperamento qualidades "excepcionais" para o comando do país.[194]

Sobre seu temperamento, Dilma afirma: "O difícil não é meu temperamento, mas minha função. Eu tenho de resolver problemas e conflitos. Não tenho descanso. Não sou criticada porque sou dura, mas porque sou mulher. Sou uma mulher dura cercada por ministros meigos".[192]

… eu acho interessante o fato de que a mulher, quando ela exerce um cargo com alguma autoridade, sempre é tachada de dura, rígida, dama de ferro ou qualquer coisa similar. E eu acho isso, de fato, um estereótipo. É um padrão, uma camisa de força que tentam enquadrar em nós mulheres.

— Dilma, ao confirmar que já se sentiu discriminada por ser mulher[195]
SaúdeEm abril de 2009, Dilma revelou que estava se submetendo a um tratamento contra um linfoma, câncer no sistema linfático, que havia descoberto a partir de um nódulo na axila esquerda, em um exame de rotina, em fase inicial. O tratamento incluía sessões de quimioterapia. Tratava-se do tipo mais agressivo, mas as chances de cura eram de 90%.[196][197] Em meados de maio, foi internada no Hospital Sírio Libanês com fortes dores nas pernas, sendo diagnosticada uma miopatia, inflamação muscular decorrente do tratamento contra o câncer. No início de setembro do mesmo ano, revelou ter concluído tratamento de radioterapia, dizendo-se curada,[198][199] o que foi confirmado pelos médicos daquele hospital no final do mesmo mês.[200] Raspou o cabelo antes que ele começasse a cair, devido às sessões de quimioterapia, o que a fez usar peruca durante sete meses, até dezembro de 2009.[201][202]

Outras atividades profissionaisEntre 1995 e 1996, quando estava afastada de suas atividades em cargos públicos, Dilma teve uma curta experiência como micro-empresária. Vendia produtos variados a baixos preços tabelados (os populares um e noventa e nove) numa lojinha chamada Pão e Circo.[203]

Posições políticasDilma se considera pró-vida, e apoia o aborto apenas em gestações que põem em risco a vida da mãe ou são o resultado de estupro, casos em que a legislação brasileira atual permite às mulheres interromper a gravidez.[204] Seus atuais pontos de vista têm sido criticados por setores da Igreja Católica brasileira e de outros grupos religiosos, devido ao seu passado para apoiar a legalização do aborto. Foi também um dos principais alvos de críticas por parte de campanha de José Serra, bem como pela revista Veja, que destacou numa de suas reportagens a mudança das posições de Dilma em relação ao aborto.

Quando perguntada sobre o processo penal do goleiro do Flamengo Bruno Fernandes de Souza, acusado de assassinar sua ex-namorada Eliza Samudio, Rousseff declarou que era contra a pena de morte.[205] De acordo com ela, se a pena de morte fosse realmente útil, não haveria mais crimes hediondos nos Estados Unidos,[205] onde alguns estados apoiam a pena.

Dilma opõe-se ao casamento gay, mas apoia a união civil entre pessoas do mesmo sexo.[206] Segundo ela, "o casamento é uma questão religiosa. Eu, como indivídua, nunca diria o que uma religião deve fazer ou não. Temos que respeitá-los."[206] Sobre a união civil entre pessoas do mesmo sexo, Dilma Rousseff disse que a base dos direitos civis deve ser reconhecida de uma maneira civil.[206] Ela também se opõe à legalização das drogas ilegais, afirmando que "o Brasil hoje é incapaz de propor a descriminalização de qualquer droga."[207]

De origem trabalhista, como antiga militante do PDT, e no papel de atual membra do Partido dos Trabalhadores, um partido que se diz social-democrata e que se opõe à política da Terceira via, Rousseff é contra as privatizações e o neoliberalismo. Contudo, declarou que é favorável à concessão da iniciativa privada e à construção de novas usinas e estradas quando é mais barato fazê-las mediante subsídios do que por obras públicas.[208] Ela também se comprometeu a aprofundar os programas sociais popularizados ou inaugurados com o governo Lula, dizendo que, sob seu governo, "o Brasil continuará a crescer, com inclusão social e mobilidade".[208]

Resumo das posições políticas de Dilma Rousseff [206] União de pessoas do mesmo sexo [208] Privatização [209]Imprensa livre [210]Liberdade religiosa [205] Pena de morte [211] Reforma tributária
[212] Democracia [213] Cota racial [207] Liberação de drogas [214] Reforma agrária [215] Reforma política [216] Apoio ao software livre
Ver tambémGoverno Dilma
Discurso de Dilma Rousseff à Nação
Discurso de Dilma Rousseff ao Congresso Nacional
Lista de presidentes do Brasil
Mercosul
Foro de São Paulo
ALCA
UNASUL
Notasa. ^ Dilma afirmou preferir ser tratada pelo feminino da palavra presidente,[217] mas desde sua eleição não houve posicionamento oficial sobre o assunto, o que gerou certa confusão. Os meios de comunicação não estabeleceram qualquer padronização, mas, a despeito da manifestação de Dilma, a maior parte dos jornais, revistas e blogs tem preferido utilizar o termo biforme presidente,[218] aplicável a homens e mulheres.

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↑ Homem armado entra no Planalto para falar com Dilma
↑ Homem armado vai ao Palácio do Planalto reivindicar conversa com Dilma
↑ Homem armado tenta entrar no Palácio do Planalto
↑ Homem armado tenta invadir Planalto e entregar carta a Dilma, O Dia
↑ Homem armado tenta invadir gabinete de Dilma e se rende após 1 hora
↑ Homem armado entra no Planalto para falar com Dilma
↑ Homem entra armado no Palácio do Planalto para se reunir com Dilma
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↑ Dilma and Political Reform
↑ A Presidente Dilma Rousseff apoia Software Livre
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[Expandir]Dilma Rousseff
[Expandir]v • eGabinete da Presidente Dilma Rousseff (2011–)
Vice-presidente Michel Temer (2011–)
Ministérios Agricultura, Pecuária e Abastecimento Wagner Rossi (2011) • Mendes Ribeiro Filho (2011–)
Cidades Mário Negromonte (2011–2012) •
Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante (2011–2012) • Marco Antonio Raupp (2012–)
Comunicações Paulo Bernardo (2011–)
Cultura Ana de Hollanda (2011–)
Defesa Nelson Jobim (2011) • Celso Amorim (2011–)
Desenvolvimento Agrário Afonso Florence (2011–)
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel (2011–)
Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello (2011–)
Educação Fernando Haddad (2011–2012) • Aloizio Mercadante (2012–)
Esporte Orlando Silva (2011) • Aldo Rebelo (2011–)
Fazenda Guido Mantega (2011–)
Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho (2011–)
Justiça José Eduardo Cardozo (2011–)
Meio Ambiente Izabella Teixeira (2011–)
Minas e Energia Edison Lobão (2011–)
Pesca e Aquicultura Ideli Salvatti (2011) • Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira (2011–)
Planejamento, Orçamento e Gestão Miriam Belchior (2011–)
Previdência Social Garibaldi Alves Filho (2011–)
Relações Exteriores Antonio Patriota (2011–)
Saúde Alexandre Padilha (2011–)
Trabalho e Emprego Carlos Lupi (2011) • Paulo Roberto Pinto (interino) (2011–)
Transportes Alfredo Nascimento (2011) • Paulo Sérgio Passos (2011–)
Turismo Pedro Novais (2011) • Gastão Vieira (2011–)

Secretarias Assuntos Estratégicos Moreira Franco (2011–)
Comunicação Social Helena Chagas (2011–)
Direitos Humanos Maria do Rosário (2011–)
Políticas de Promoção da Igualdade Racial Luiza Helena de Bairros (2011–)
Políticas para as Mulheres Iriny Lopes (2011–)
Portos Leônidas Cristino (2011–)
Secretaria-Geral Gilberto Carvalho (2011–)
Relações Institucionais Luiz Sérgio Oliveira (2011) • Ideli Salvatti (2011–)

Órgãos Advocacia-Geral da União Luís Inácio Adams (2011–)
Banco Central Alexandre Tombini (2011–)
Casa Civil Antonio Palocci (2011) • Gleisi Hoffmann (2011–)
Controladoria-Geral da União Jorge Hage (2011–)
Gabinete de Segurança Institucional José Elito Carvalho Siqueira (2011–)

← Gabinete de Lula (2003–2010)

[Expandir]v • eGabinete do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2010)
Vice-presidente José Alencar (2003–2010)
Ministérios Agricultura, Pecuária e Abastecimento Roberto Rodrigues (2003–2006) • Luis Carlos Guedes Pinto (2006–2007) • Reinhold Stephanes (2007–2010) • Wagner Rossi (2010)
Cidades Olívio Dutra (2003–2005) • Márcio Fortes de Almeida (2005–2010)
Ciência e Tecnologia Roberto Amaral (2003–2004) • Eduardo Campos (2004–2005) • Sérgio Machado Rezende (2005–2010)
Comunicações Miro Teixeira (2003–2004) • Eunício Oliveira (2004–2005) • Hélio Costa (2005–2010) • José Artur Filardi (2010)
Cultura Gilberto Gil (2003–2008) • Juca Ferreira (2008–2010)
Defesa José Viegas Filho (2003–2004) • José Alencar (2004–2006) • Waldir Pires (2006–2007) • Nelson Jobim (2007–2010)
Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto (2003–2006) • Guilherme Cassel (2006–2010)
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan (2003–2007) • Miguel Jorge (2007–2010)
Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias (2004–2010) • Márcia Lopes (2010)
Educação Cristovam Buarque (2003–2004) • Tarso Genro (2004–2005) • Fernando Haddad (2005–2010)
Esporte Agnelo Queiroz (2003–2006) • Orlando Silva (2006–2010)
Fazenda Antonio Palocci (2003–2006) • Guido Mantega (2006–2010)
Integração Nacional Ciro Gomes (2003–2006) • Pedro Brito (2006–2007) • Geddel Vieira Lima (2007–2010) • João Santana (2010)
Justiça Márcio Thomaz Bastos (2003–2007) • Tarso Genro (2007–2010) • Luiz Paulo Barreto (2010)
Meio Ambiente Marina Silva (2003–2008) • Carlos Minc (2008–2010) • Izabella Teixeira (2010)
Minas e Energia Dilma Rousseff (2003–2005) • Silas Rondeau (2005–2007) • Nelson José Hubner Moreira (interino) (2007–2008) • Edison Lobão (2008–2010) • Márcio Zimmermann (2010)
Pesca e Aquicultura José Fritsch (2003–2006) • Altemir Gregolin (2006–2010)
Planejamento, Orçamento e Gestão Guido Mantega (2003–2004) • Nelson Machado (2004–2005) • Paulo Bernardo Silva (2005–2010)
Previdência Social Ricardo Berzoini (2003–2004) • Amir Lando (2004–2005) • Romero Jucá (2005) • Nelson Machado (2005–2007) • Luiz Marinho (2007–2008) • José Barroso Pimentel (2008–2010) • Carlos Eduardo Gabas (2010)
Relações Exteriores Celso Amorim (2003–2010)
Saúde Humberto Costa (2003–2005) • José Saraiva Felipe (2005–2006) • Agenor Álvares (2006–2007) • José Gomes Temporão (2007–2010)
Trabalho e Emprego Jaques Wagner (2003–2004) • Ricardo Berzoini (2004–2005) • Luiz Marinho (2005–2007) • Carlos Lupi (2007–2010)
Transportes Anderson Adauto Pereira (2003–2004) • Alfredo Nascimento (2004–2006) • Paulo Sérgio Passos (2006–2007) • Alfredo Nascimento (2007–2010) • Paulo Sérgio Passos (2010)
Turismo Walfrido dos Mares Guia (2003–2007) • Marta Suplicy (2007–2008) • Luiz Barretto Filho (2008–2010)

Secretarias
(ligadas à
Presidência da
República) Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger (2003–2009) • Samuel Pinheiro Guimarães Neto (2009–2010)
Comunicação Social Luiz Gushiken (2003–2005) • Luiz Tadeu Rigo (2005–2007) • Franklin Martins (2007–2010)
Direitos Humanos Nilmário de Miranda (2003–2005) • Mário Mamede Filho (2005–2006) • Paulo Vannuchi (2006–2010)
Políticas de Promoção da Igualdade Racial Matilde Ribeiro (2003–2008) • Édson Santos (2008–2010) • Eloi Ferreira Araújo (2010)
Políticas para as Mulheres Emília Fernandes (2003–2004) • Nilcéia Freire (2004–2010)
Portos Pedro Brito (2007–2010)
Secretaria-Geral Luiz Dulci (2003–2010)
Relações Institucionais Jaques Wagner (2005–2006) • Tarso Genro (2006–2007) • Walfrido dos Mares Guia (2007) • José Múcio Monteiro (2007–2009) • Alexandre Padilha (2009–2010)

Órgãos
(ligadas à
Presidência da
República) Advocacia-Geral da União Álvaro Augusto Ribeiro Costa (2003–2007) • José Antônio Dias Toffoli (2007–2009) • Luís Inácio Adams (2009–2010)
Banco Central Henrique Meirelles (2003–2010)
Casa Civil José Dirceu (2003–2005) • Dilma Rousseff (2005–2010) • Erenice Guerra (2010) • Carlos Eduardo Esteves Lima (2010)
Controladoria-Geral da União Waldir Pires (2003–2006) • Jorge Hage‎ (2006–2010)
Gabinete de
Segurança Institucional Jorge Armando Felix‎ (2003–2010)

← Gabinete de FHC (1995–2002) • Gabinete de Dilma Rousseff (2011–) →

[Expandir]v • eMinistros de Minas e Energia do Brasil (1961–2012)
4ª República João Agripino • Gabriel Passos • João Mangabeira • Eliezer Batista • Antônio Ferreira de Oliveira Brito

Regime militar (5ª República) Costa e Silva • Mauro Thibau • José Costa Cavalcanti • Antônio Dias Leite Júnior • Shigeaki Ueki • César Cals

Nova República (6ª República) Aureliano Chaves - Iris Rezende • Vicente Fialho • Marcus Vinícius Pratini de Moraes • Paulino Cícero de Vasconcellos - José Israel Vargas • Alexis Stepanenko - Delcídio do Amaral • Raimundo Mendes de Brito • Rodolpho Tourinho Neto - Hélio Vitor Ramos Filho • José Jorge de Vasconcelos Lima - Pedro Parente • Francisco Luiz Sibut Gomide • Dilma Rousseff - Mauricio Tolmasquim • Silas Rondeau - Nelson José Hubner Moreira • Edison Lobão • Márcio Zimmermann • Edison Lobão


[Expandir]v • eMinistros da Casa Civil do Brasil (1930–2012)
2ª, 3ª e 4ª
Repúblicas Gregório da Fonseca • Ronald de Carvalho • Artur Guimarães de Araújo Jorge • Otto Prazeres • Luís Fernandes Vergara • Lino Moreira • Gabriel Monteiro da Silva • José Pereira Lira • Lourival Fontes • José Monteiro de Castro • Paulo de Lira Tavares • Álvaro Lins • Victor Nunes Leal • José Sette Câmara Filho • Osvaldo Maia Penido • Francisco de Paula Quintanilha Ribeiro • Floriano Augusto Ramos • Hermes Lima • Evandro Lins e Silva • Darcy Ribeiro

Regime militar
(5ª República) Getúlio Barbosa de Moura • Luís Viana Filho • Luís Augusto Fraga Navarro de Brito • Rondon Pacheco • João Leitão de Abreu • Golbery do Couto e Silva • João de Carvalho Oliveira • João Leitão de Abreu

Nova República
(6ª República) José Hugo Castelo Branco • Marco Maciel • Ronaldo Costa Couto • Luís Roberto Andrade Ponte • Marcos Antônio de Salvo Coimbra • Henrique Hargreaves • Tarcísio Carlos de Almeida Cunha • Henrique Hargreaves • Clóvis de Barros Carvalho • Pedro Parente • José Dirceu • Dilma Rousseff • Erenice Guerra • Carlos Eduardo Esteves Lima • Antonio Palocci • Gleisi Hoffmann


[Expandir]v • eEleição presidencial no Brasil em 2010
Eleições gerais no Brasil em 2010
Eleição Debates presidenciais • Pesquisas eleitorais • Reação internacional
Candidatos Dilma Rousseff (PT) • Ivan Pinheiro (PCB) • Zé Maria (PSTU) • Eymael (PSDC) • José Serra (PSDB) • Levy Fidelix (PRTB) • Marina Silva (PV) • Plínio Sampaio (PSOL) • Rui Pimenta (PCO)
Coligações Para o Brasil seguir mudando • O Brasil pode mais
Artigos relacionados Calendário eleitoral • Processo histórico dos debates na TV • Tribunal Superior Eleitoral • Urna eletrônica
Portal:Política • Política do Brasil

[Expandir]v • ePresidentes do Brasil (1889–presente)
Presidencialismo no Brasil • Palácio do Planalto • Palácio da Alvorada • Granja do Torto
República Velha (1889–1930) Deodoro da Fonseca • Floriano Peixoto • Prudente de Morais • Manuel Vitorino • Campos Sales • Rodrigues Alves • Afonso Pena • Nilo Peçanha • Hermes da Fonseca • Venceslau Brás • Rodrigues Alves • Delfim Moreira • Epitácio Pessoa • Artur Bernardes • Washington Luís • Júlio Prestes
Era Vargas (1930–1945) Junta de 1930 • Getúlio Vargas
Período populista (1945–1964) José Linhares • Eurico Gaspar Dutra • Getúlio Vargas • Café Filho • Carlos Luz • Nereu Ramos • Juscelino Kubitschek • Jânio Quadros • Ranieri Mazzilli • João Goulart
Ditadura militar (1964–1985) Ranieri Mazzilli • Castelo Branco • Costa e Silva • Junta de 1969 • Emílio Garrastazu Médici • Ernesto Geisel • João Figueiredo
Nova República (1985–) Tancredo Neves - José Sarney • Fernando Collor de Mello • Itamar Franco • Fernando Henrique Cardoso • Luiz Inácio Lula da Silva • Dilma Rousseff


[Expandir]v • eChefes de Estado dos países da América do Sul
Cristina Kirchner · Evo Morales · Dilma Rousseff · Sebastián Piñera · Juan Manuel Santos · Rafael Correa ·
Donald Ramotar · Fernando Lugo · Ollanta Humala · Dési Bouterse · José Mujica · Hugo Chávez

Portal da América do Sul

[Expandir]v • eLíderes dos BRICS
Dilma Rousseff · Dmitri Medvedev · Manmohan Singh · Hu Jintao · Jacob Zuma


[Expandir]v • eLíderes do G20
Jacob Zuma • Angela Merkel • Abdullah • Cristina Kirchner • Julia Gillard • Dilma Rousseff • Stephen Harper •
Hu Jintao • Lee Myung-bak • Barack Obama • Nicolas Sarkozy • Manmohan Singh • Susilo Yudhoyono • Mario Monti •
Yoshihiko Noda • Felipe Calderón • David Cameron • Dmitri Medvedev • Recep Tayyip Erdoğan • Durão Barroso


[Expandir]v • eBiografias
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