segunda-feira, 9 de maio de 2011

10565 - VANGUARDAS EUROPEIAS

OS MOVIMENTOS DE VANGUARDA NA PINTURA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX


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No último quartel do século XIX, o gosto artístico dominante entendia a obra de arte como uma cópia fiel da realidade, de características realistas e naturalistas herdadas da época do Renascimento, e com uma tridimensionalidade que lhe dava a sensação de volume.

Ao iniciarem-se os anos de 1900, a Europa suporta a herança do final do século XIX, caracterizada por duas situações antagónicas mas complementares: uma Europa exagerada diante do progresso industrial e dos avanços técnicos e científicos como a electricidade, por exemplo, e, por outro lado, as consequências desse avanço do processo burguês e industrial - uma disputa cada vez mais acirrada pelos mercados fornecedores e consumidores, o que resultaria na Primeira Guerra Mundial. É assim que, contrastando com o clima eufórico da burguesia, vamos encontrar todo o pessimismo característico do fim do século, representado pelo decadentismo simbolista.

Essa contradição gera um clima de efervescência artística, resultando no aparecimento de várias tendências preocupadas com uma nova interpretação da realidade. A essa multiplicidade de tendências, os vários ismos - Fauvismo, Cubismo, Abstraccionismo, Expressionismo, Futurismo, Dadaísmo, Surrealismo - convencionou-se chamar Vanguardas Europeias.

Nas primeiras décadas do século XX, jovens artistas afluem a Paris, rejeitando a arte tradicional e o seu academismo e propondo uma série de objectivos e caminhos que nunca antes tinham sido tentados.

Cativados pelo turbilhão de inovações tecnológicas que caracterizam os inícios do século, marcados pela massificação da vida urbana ou pela catastrófica Guerra Mundial, os artistas deste período procuram um corte absoluto com o passado, com a moral burguesa, com a tradição academista, burguesa e conservadora da arte.

Dá-se uma autêntica explosão de movimentos de vanguarda, em que a obra de arte ganha autonomia face à realidade. Liberta da sua função de representar a realidade, papel que passa a ser desempenhado pela fotografia, a pintura liberta-se e torna-se a expressão dos sentimentos do artista, que cria arte pelo puro prazer estético ou como forma de intervenção social.
De características puramente racionais ou emotivas, estas correntes de vanguarda caracterizam-se:


- Pelo pendor antitradicionalista e antiacademista;
- Pela libertação em relação à realidade;
- Pela criatividade e subjectividade;
- Pelo fim da perspectiva tridimensional herdada do Renascimento e pela criação de um espaço intelectualizado, regressando-se à bidimensionalidade;
- Pela união entre todas as artes, incluindo as consideradas, até então, menores, conduzindo ao design;
- Pela independência em relação ao gosto do público, sendo, por isso, apanágio de uma elite de intelectuais.



Fauvismo Cubismo Abstraccionismo Expressionismo Futurismo Dadaísmo Surrealismo


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