sábado, 7 de maio de 2011

10523 - PETRÓPOLIS

Petrópolis no Século XX - História

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22/04/2011


Raimundo Correa: Poeta que cantou Petrópolis






Raimundo da Mota de Azevedo Correia,professor,diplomata, poeta parnasiano e magistrado, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira que tem por patrono Bernardo Guimarães, segundo Francisco de Vasconcellos em suas pesquisas ele esteve por várias vezes em Petrópolis e dedicou um poema a Petrópolis. Maranhense de São Luis (1859), faleceu em Paris em 1911. Uma rua do bairro de Araras (Petrópolis) recebeu o seu nome em homenagem.
Durante o periodo que esteve em Petrópolis foi professor e diretor do Ginásio Fluminense de Petrópolis, onde encontrava-se frequentemente com Alberto de Oliveira, também político e poeta.
Recém-formado, veio para o Rio de Janeiro, sendo logo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em fins de 1884, era juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. Em 21 de dezembro daquele ano casou-se com Mariana Sodré, de ilustre família fluminense. Em Vassouras, começou a publicar poesias e páginas de prosa no jornal O Vassourense, do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, no qual colaboravam nomes ilustres: Olavo Bilac, Coelho Neto, Alberto de Oliveira, Lúcio de Mendonça, Valentim Magalhães, Luís Murat, e outros. Em começos de 89, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro, no governo do conselheiro Carlos Afonso de Assis Figueiredo. Após a proclamação da República, foi preso. Sendo notórias as suas convicções republicanas, foi solto, logo a seguir, e nomeado juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí, no sul de Minas.
Em 22 de fevereiro de 1892, foi nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto. Na então capital mineira, foi também professor da Faculdade de Direito. No primeiro número da Revista que ali se publicava, apareceu seu trabalho “As antiguidades romanas”. Em 97, no governo de Prudente de Morais, foi nomeado segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal. Ali edita suas Poesias, em quatro edições sucessivas e aumentadas, com prefácio do escritor português D. João da Câmara. Por decreto do governo, suprimiu-se o cargo de segundo-secretário, e o poeta voltou a ser juiz de direito. Em 1899, residindo em Niterói, era diretor e professor no Ginásio Fluminense de Petrópolis.
Em 1900, voltou para o Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento. Ali veio a falecer. Seus restos mortais ficaram em Paris até 1920. Naquele ano, juntamente com os do poeta Guimarães Passos também falecido na capital francesa, para onde fora à procura de saúde foram transladados para o Brasil, por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, e depositados, em 28 de dezembro de 1920, no cemitério de São Francisco Xavier.
Raimundo Correia ocupa um dos mais altos postos na poesia brasileira. Seu livro de estreia, Primeiros sonhos (1879) insere-se ainda no Romantismo. Já em Sinfonias (1883) nota-se o feitio novo que seria definitivo em sua obra o Parnasianismo. Segundo os cânones dessa escola, que estabelecem uma estética de rigor formal, ele foi um dos mais perfeitos poetas da língua portuguesa, formando com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac a famosa trindade parnasiana. Além de poesia, deixou obras de crítica, ensaio e crônicas.

Foto da coleção da Academia Brasileira de Letras

Texto pesquisado no Anuário da Academia Brasileira de Letras e em obra de Francisco de Vasconcellos



Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 22:43
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16/03/2011


168 anos de História








Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 12:25
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05/03/2011


Clube Esportivo Vera Cruz da Mosela




Time de 1961:
(Em pé ) Deco, Nilo, Milton Kronemberger, Rubens, Paulinho e Cassinho.
(Agachados ) Tico, Dejair, Milton Costa, Careca e Douglas.
Escalação fornecida por Paulo Gondim para o nosso blog, assim como a concessão das fotos de sua coleção para a publicação.











Time de 1960:
(Em pé) Salvador, Salvador Kling, Pedro, Neném, Naldinho, Milton Kroneberger, Gaiola, Mário, Tarciso e Valdemiro.
(Agachados) Homero, Emílio, Calu, Vila, Paulinho e Douglas.

O amigo Paulo Gondim, nos apresentou o recorte de jornal onde destacava-se o clube esportivo Vera Cruz de Petrópolis que destacaremos em nossa retrospectiva do Século XX.
E.C. Vera Cruz Comemora Sexagenário
(Guerra Peixe, Jornal de Petrópolis, 1996)
“Aí por volta de 1936 ou 37 existia na Mosela um campo de futebol que pertencia ao clube local, o E.C. Vera Cruz.
E foi lá que eu fui jogar pelo E.C. Rio Branco, categoria de Juvenis. Lembro-me bem pois que o clube local tinha um ponteiro direito de apelido Pirão. Era um lourinho sardento e muito veloz. E tive a árdua função de marcar o Pirão. E como foi difícil.
Os anos passaram e o Vera Cruz teve em torno de si gente muito importante e que amava o clube com muita força. Lembro-me de José Bezerra Leite, um nortista tinhoso que acabou sendo presidente da Liga Petropolitana de Desportos.
Com o tempo o Vera Cruz perdeu seu campo mas os homens deram continuidade ao trabalho, tanto que o Clube Cruzado existe ate hoje e em casa, com campo próprio onde é uma força. Em 1996 o Vera Cruz foi campeão de Mirim com um belo time.
Com o desaparecimento do futebol o Vera Cruz se voltou para o atletismo e teve a felicidade de poder contar com um grande corredor de rua. Era ele o lendário Armando Caldeira, graças a Deus ainda vivo e correndo, só que mais devagar pela idade que vem chegando.
O Vera Cruz foi fundado em 7 de setembro de 1928.
Participou dos certames da segunda divisão em 1952. Em 1960 foi campeão dessa mesma segunda divisão. Lembro-me de um senhor que amou o Vera Cruz como ninguém. Seu sobrenome era Moken, da tradicional família da Mosela. Pode ser que tenha sido ele quem comprou o atual terreno onde se encontra o campo do clube no Moinho Preto, mas não tenho certeza.
Em 1961 foi campeão do torneio início. Em 1974 foi para a primeira divisão sendo campeão com título conquistado no campo do Corrêas. Faziam parte da diretoria, Cesar, Hilário e o presidente era o vice cônsul de Portugal, o senhor Humberto.
Em 1979 foi vice-campeão de futebol de salão. Em 1976 foi campeão estadual de futebol de salão. Em 1976 participou do Campeonato Brasileiro de Futsal interclubes e em 1996 foi campeão de Mirim.
No atletismo participou de muitas competições e foi tri-campeão municipal com o grande Armando Caldeira como o grande destaque.
Em 1956 o nosso atleta Armando Caldeira participou da Corrida de São Silvestre em São Paulo. Armando também participou da Corrida Araribóia em Niterói. Foi campeão em 1956 concorrendo com grandes equipes da cidade como Petropolitano, Dona Isabel, 3 de Niterói, Vasco, Etc.
No futebol foi ainda campeão do Torneio inicio da primeira Divisão.
A atual diretoria do Vera Cruz e que tirou o clube do ostracismo trazendo-o novamente ao esporte petropolitano, é a seguinte:
Sebastião Delfino, presidente; João Guilherme Burger, vice; José Vicente Molina; José Galdino, Nilton Muniz; Fabiano de Oliveira; Flavio Soares; José Dolir."

Segundo dados de Gabriel Fróes, o clube foi fundado em 07/09/1920, tendo L.A. Tavares como primeiro presidente.
Na mesma época foram fundados também o Luzeiro (1924), e o Oswaldo Cruz (1927)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:19
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12/02/2011


Benjamin Constant e o Projeto Urbano de Petrópolis




Em meados do século XX, mais precisamente na primeira década, a administração da Câmara Municipal, procedeu ao projeto de reurbanização das vias petropolitanas do centro, e a presença das magnólias foram sua principal caracteristica presente no paisagismo que se desenvolveu, conforme ensaio que já escrevemos pela Tribuna de Petrópolis. Esta foto apresenta uma destas importantes vias petropolitanas com a demonstração exuberante do paisagismo urbano que foi executado e do qual hoje não existe qualquer sinal de conservação pelas administrações municipais das últimas três décadas. Pelo contrário, com a presença de contratos do municipio com a Ampla, empresa de fornecimento de eletricidade, o processo de 'exterminação' deste patrimônio paisagistico se acelerou demasiadamente, comprometendo as árvores sobreviventes. Em comentários, logo abaixo, nos indique com precisão esta rua que quando de sua fundação foi confundida pelos populares da época com uma Avenida, tamanha sua projeção.

Não prezado Giovani Moebus, agradeço sua participação, mas não é a Imperatriz. Neste caso nosso amigo Mauricio Lobo tem razão, "trata-se da rua Benjamim Constant. O prédio que aparece cortado no canto superior esquerdo é o antigo Colégio Sion, atualmente pertence à UCP. No fotolog ANTIQUUS também procuro mostrar alguns aspectos da Petrópolis (e do Rio) de antigamente (http://fotolog.terra.com.br/mlobo)"
A foto pertence ao Arquivo do NUHMI da UCP, gentilmente cedida para reprodução.
Continuamos agradecendo aos amigos o envio de suas mensagens e o auxilio de muito de nossos visitantes para retificações de dados.
Um grande abraço,
Prof. Oazinguito Ferreira







Escrito por Oazinguito Ferreira às 17:08
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06/02/2011


ESCOTEIROS EM PETROPOLIS: GRUPO ESCOLAR D. PEDRO II - 1927




Movimento voluntariado fundado por Robert Baden-Powell em 1907, o escotismo tornou-se mundial tendo por base princípios morais e educacionais, com a presença de um apartidarismo político, e sem fins lucrativos. Preconizava que o jovem deveria assumir seu crescimento, assumindo a fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina, princípios morais predominantes no cotidiano social.
Chegou ao país trazido por oficiais da Marinha que foram enviados à Inglaterra em momento que se realizava o aprendizado da funcionalidade de embarcações adquiridas pelo governo brasileiro.
Estes levaram suas famílias, sendo que seus filhos entraram em contato com o movimento. O Correio Brasiliense documentou que no Rio de Janeiro, este primeiro grupo foi criado em 14 de junho de 1910, o Centro de Boys-Scouts do Brasil (Catumbi), espalhando por todas as regiões e firmando-se em 1915 com presença na maioria dos estados da federação.
Petrópolis apresentou-se na história desta instituição já em 06 de setembro de 1913, quando o primeiro grupo de "Boy-Scouts", ou como a imprensa denominou na época, "Corpo de Exploradores Brasileiros", foi fundado na Sociedade portuguesa de Beneficência no Valparaíso, sendo seu primeiro-presidente, o dr. Paulo Figueira de Melo.



Sua apresentação oficial se desenrolou em 1920 quando da visita oficial à Petrópolis do 'Rei-Herói da Primeira Grande Guerra’, Leopoldo da Bélgica e sua esposa Elisabeth, que após curta visita ao palacete de Franklim Sampaio para um descanso, seguiram ao Paço Municipal onde ocorreu um banquete oferecido pelo Epitácio Pessoa, Presidente da República e Raul Veiga, governador.
"...foram recepcionados pelas autoridades e entraram no paço municipal ao meio de uma fileira de escoteiros em continência na escadaria, sendo alvo de entusiástica manifestação popular."
(Gabriel Fróes)
Em outubro de 1922, quando foi inaugurada a arquibancada do campo de futebol do Petropolitano F.C. os Escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, se apresentaram fazendo evoluções no campo, que segundo Fróes
"agradaram plenamente, recebendo os disciplinados meninos fortes aplausos."
Neste período o movimento se popularizou, e Ernesto Gilman escreveu um artigo sobre a recente história dos escoteiros de Petrópolis no jornal O Comércio (1922) que foi amplamente divulgado pela população.
O sucesso foi imenso que o dr. Gabriel Bastos fundou em fevereiro de 1923 uma unidade de escoteiros em Corrêas sob a sua presidência.



Ainda em 1923, registra-se a presença dos escoteiros do Fluminense F.C. do Rio de janeiro, que se encontrando acampados em Corrêas visitaram o Petropolitano F.C. e
"jogaram um match com a equipe infantil do petropolitano que possuía alguns escoteiros locais, saindo a equipe do petropolitano vencedora."
A Tribuna de Petrópolis de 1923 registrou a presença dos escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, em uma marcante e histórica solenidade pública de repercussão nacional, o falecimento do Marechal Hermes da Fonseca, quando
"...os escoteiros escoltaram o coche que saía da Paróquia em direção ao cemitério municipal em marcha vagarosa, sendo que à passagem do cortejo fúnebre, as casas comerciais cerravam suas portas em sinal de pezar."
Fróes registrou em seus apontamentos que em 23 de abril de 1927, foi lançado o primeiro número de "O Escoteiro de Petrópolis", jornal que era o órgão oficial da Associação Protetora dos Escoteiros de Petrópolis.
O jornal era publicado quinzenalmente e durou apenas cinco meses, sendo dirigido por A. K. Jensen, segundo Joaquim Eloi.
Nos arquivos do Colégio Estadual D. Pedro II encontramos fotos deste antigo grupo de escoteiros que se encontram reproduzidos no blog, petropolisnoseculoxx.zip.net.
Uma curiosidade foi registrada ainda por Fróes, a denominação do Poço dos Escoteiros situado em Correas, entre o Poço dos Ferreiras e o do Imperador, onde justamente em janeiro de 1949 havia falecido as jovens Terezinha Figueiredo e Beatriz Rombauer. Neste poço os escoteiros acampavam com grande freqüência nas décadas anteriores, originando-se a denominação.



Foto de 1927, gentilmente cedida pelo estabelecimento em 2002, e que pertenceu a coleção da professora Hercília Lopes de Castro, posteriormente Segadas Viana.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 13:26
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22/01/2011


PRAÇA 14 BIS?







Logradouro atualmente denominado como Praça 14 Bis, uma pretensa homenagem ao artefato aeroespacial criado pelo grande brasileiro Alberto Santos Dumont. Durante o século XIX foi construído o sobrado, um palacete do Conde da Cruz Alta, que na passagem do século passou a propriedade de sua viúva a Condessa da Cruz Alta.
O imóvel foi vendido mais tarde ao alemão que o transformou em Hotel Majestic. Considerado insuficiente para receber os hospedes em meados do século XX, foi ampliado para mais um andar. O mesmo hotel foi alvo das manifestações de brasileiros que protestavam contra a ocupação alemã nos países europeus, sendo alvo de depredações.
Ao final dos anos 50, o prédio foi destruído e o projeto para a construção de um edifício nas imediações não recebeu autorização, transformando-se em estacionamento para os veículos da Prefeitura. Mais tarde surgiu a idéia de construir no mesmo local um hotel-escola, idéia que não avançou, sendo sucedida pela 'praça' que atualmente ocupa a área.

(foto do arquivo de J.K.Fróes, propriedade do Museu Imperial)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:25
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10/01/2011


Um Memorial para a Marechal Deodoro II




(Prédio da Padaria das Familias na Marechal Deodoro, Coleção J.K.Fróes, pertencente ao Museu Imperial)

Nas primeiras décadas do século os movimentos operários agita-vam e envolviam a cidade, principalmente os grevistas. Sua representatividade se processou por diversas associações espalhadas pela cidade, mas os têxteis conseguiram já nas primeiras décadas se fazer presente na Marechal Deodoro, no Sindicato dos Trabalhadores em Industrias Têxteis, bem mais organizado que seus congêneres, como o dos Operários da Rua Tereza, entre outros.
Deste local partiram inúmeras manifestações grevistas que atingiram as indústrias de toda cidade.
Nesta sede surgiram inúmeros outros sindicatos, até que nos anos 60 passou a ser chamado de prédio dos sindicatos por sua ampla organização.
Ainda nas palavras de nosso principal cronista, foi em reunião que se processou na casa do Coronel Antonio Antonino Condé, na mesma Marechal Deodoro, que foi fundada a segunda e mais importante casa bancária de meados do século XX, a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco de Petrópolis, cujas atividades desenvolveram-se até 1928 na Rua Paulo Barbosa, mudando-se posteriormente para o prédio da Avenida XV (atual Banco do Brasil) para iniciar sua batalha financeira contra seu rival de créditos o Banco Construtor.
Casa da Marechal Deodoro, onde Berto Antonino Condé procurou rever a representação operária de Petrópolis, lançando jornal que foi criticado por todos os políticos petropolitanos e que o acusaram de se aproveitar dos movimentos grevistas nos anos 20.



(Primeira Igreja Metodista de Petrópolis, Marechal Deodoro, idem)


A mesma Rua onde primeira diretoria eleita do Clube Petropolitano ocorreu à 20 de julho de 1920, reunidos que estiveram pela primeira vez, a 7 de agosto de 1920, em uma das salas da residência do dr. Artur de Sá Earp Fº, que localizava-se também na avenida Marechal Deodoro nº 73, visto ainda não ter o clube sede própria.É foi designada a residência para sede provisória do clube o prédio nº 73 da Rua Marechal Deodoro.
A 8 de maio de 1925, teve início em nossa cidade um estranho campeonato de dança realizado no sobrado da Casa Cosenza, que situava-se no 19 da Marechal Deodoro. Citado pela Tribuna como se tratando de ‘...competição interessante, moderna e elegante, para a qual não era mister somente o arrojo, mas também uma grande pujança física’. E, revertendo a renda dos ingressos em favor do Recolhimento dos Desvalidos (Terra Santa), ‘uma iniciativa, além do mais, humanitária’.
Foi em 1925, quando Petrópolis comemorava, o centenário do nascimento de D. Pedro de Alcântara, que às 11 horas, foi inaugurada a construção em cimento armado de duas pontes na avenida 15 de Novembro. Uma construída pela Prefeitura, fronteiriça à Marechal Deodoro, e outra pelo Banco de Petrópolis, fronteira ao Colégio Santa Isabel.
Finalmente em 1929, o ‘Petropolitano Football Club’ inau-gurou sua sede social no número 19 da Marechal Deodoro, sendo que na mesma época instalava-se na mesma rua a Escola de Música Santa Cecília.
O desenvolvimento e progresso industrial da cidade há década exigiam novos investimentos em comunicações. O último registro ocorrera com a fundação dos Correios e Telégrafos. Mas estávamos na era do telefone, rápido e importantíssimo, principalmente para as casas bancárias do centro financeiro. Assim em 1930, Companhia Telefônica Brasileira inaugura o novo edifício de sua estação, no número 39 da Marechal Deodoro (atual OI) e com ele o serviço revolucionariamente automático de ligações telefônicas.
Já citamos a presença centenária do Petropolitano, mas não devemos nos esquecer que o Serrano que havia sido fundado em 1915 também teve sua sede inaugurada em 1932 no sobrado de número 19 da mesma Marechal Deodoro.



(Prédio da Fazenda do Córrego Seco na Marechal Deodoro, que serviu a hotéis e pensões, idem)


Em 1942 ocorreu o alargamento da Rua Marechal Deodoro, com o fim das extensas calçadas com seus jardins. E pelo decreto de no. 70 do mesmo ano, o lugar resultante do alargamento da Rua na confluência com a Avenida XV de Novembro, passa a denominar-se, Praça Dr. Sá Earp Filho. A Marechal Deodoro passa a ter como limites duas praças, no outro extremo a Praça Paulo Caneiro.
Em 1955, já em prédio próprio no no. 192, na Marechal Deodoro, inaugurou-se o Teatro da Escola de Música Santa Cecília.
O tradicional prédio da Fazenda do Córrego Seco, abrigou posteriormente o Hotel Mills, e por seqüência a Pensão Macedo e a Pensão Geofroy. Sendo derrubado nos anos 40 para a construção do Edifício Pio XII. Prédios que passam a ser erguidos sucedendo os sobrados que lhe eram tradicionais.
Nos anos 50 uma ‘ilha’ de concreto foi construída para dar abrigo aos passageiros de um ponto de carros de praça que já se localizava desde os anos 40 na região, sendo que mais tarde, nesta mesma ilha foi criado um café que reunia inúmeros comerciantes e bancários da região, assim como os funcionários da Coletoria Estadual de Rendas.
Quando frisamos manifestações, estas é que por registro impresso não faltaram ao histórico da Rua. De operários; políticas nos momentos mais importantes da cidade como as integralistas e aliancistas; movimentos artísticos como os que se apresentavam nos tempos da ‘jovem guarda’ , quando shows como os de Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, eram organizados na Praça Paulo Carneiro e a concentração popular tomava toda parte alta da rua e mesmo quando do movimento político contra medidas do governo organizadas na Rua Tereza.
Marechal Deodoro que registrava desde os anos 60 a subida e descida dos passistas da 24 de maio ao inicio e final de seus desfiles vitoriosos.
Uma rua com movimentação de escolares pelos anos 70 aos 90, do Colégio Werneck e do Colégio Santa Isabel. Ou como atualmente é conhecida, a rua da maior população de sexagenários de Petrópolis, e que acusa o principal trafego de sacoleiros com passagem à Rua Tereza.
Uma rua como poucas, com uma marcante memória registrada.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:09
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Um Memorial para a Marechal Deodoro I




(Prédio do Sindicato dos Têxteis na Marechal Deodoro, foto do arquivo de J.K.Fróes pertencente ao Museu Imperial)

Mais conhecida até a fundação da povoação como caminho dos mineiros, a estrada passou a incorporar a nomenclatura urbana de Dona Tereza quando após o planejamento urbano de Koeler ganhou a denominação que a acompanharia até o final do século XIX, Rua Princesa Dona Januária.
Observamos que não existia a passagem do Alto da Serra para o Morim (atual Padre Feijó), assim sendo o trajeto pesado de carroças e tropas de muares, corria por toda a Rua de Dona Tereza até o centro do então vilarejo, passava à frente da Fa-zenda do Córrego Seco até que atravessava o citado córrego continuando sua viagem pela Estrada dos Mineiros.
Após a proclamação do sistema republicano que fecha o ciclo monárquico em nosso país, o processo branco de 'des-monarquização' por que foi atingida a cidade, conduziu a novas denominações em suas ruas, e atingiu a Dona Januária que passou a ostentar a de-nominação do chefe maior do movimento, Rua Marechal Deodoro, assim como da principal via na qual desaguava, que deixou de ser Rua do Imperador, para envergar a data do movimento, Avenida XV de Novembro.
No ano de 1857, justamente ano da elevação de Petrópolis à cidade, segundo descrições de Gabriel Fróes, um dos maiores cronistas históricos de Petrópolis, foi aberta ao trânsito a nova ponte situada em frente a Rua Princesa Dona Januária, que segundo este era o tradicional '...desembocadouro de carros e passageiros que se dirigiam a cidade'. Antes se prolongava a viagem até o encontro dos rios, onde de outra ponte de madeira se passava ao lado oposto seguindo viagem para as Minas Gerais.
A construção da referida ponte fazia parte do projeto de urbanização de Koeller para a principal via da cidade.
Não podemos dizer que as obras estivessem concluídas, pois ainda levaram mais alguns anos, mas mesmo assim a cidade se tornava passo-a-passo o 'cartão postal do Imperador', digno de registro daquele que foi o mais importante fotografo da Corte, Klumb, que fotografou em 1865 a entrada da Rua Princesa Dona Januária e de uma de sua mais importante casa comercial da época na esquina (prédio onde atualmente possuímos a Farmácia Brasil), e de alguns habitantes da mesmo região que para esta posaram.
Outro registro fotográfico se processou mais tarde a partir do 'Morro da Caixa d'Água'(atual 24 de maio) e que registrava toda a extensão da Rua Dona Januária.
Os acontecimentos e marcos desta rua não passam despercebidos aos cronistas e registra-se a presença dos imigrantes portugueses em Petrópolis nesta mesma rua, quando em 1854 (Fróes) foi criada a Padaria das Famílias, estabelecimento tradicional na história do comercio local que completou seu centenário no século passado, sendo homenageada por Tristão de Ataíde em crônica pela Tribuna de Petrópolis de 1961 cujo título era 'A Carrocinha do Padeiro'.
Muitos afirmam de forma incom-preensível a presença de uma sinagoga na Rua Aureliano Coutinho extensão da Marechal Deodoro e parte da Rua Tereza, mas compreende-se sua presença ao encontrarmos na região nesta segunda metade do século XIX o imigrante judeu Bernardo Horácio Wellisch, nascido húngaro ou germânico, estabelecido como o mais importante negociante petropolitano do seu tempo e que era proprietário de inúmeros imóveis na área, principalmente no numero 5 da Dona Januária com um armazém de secos e molhados por atacado e uma importante casa de consignações.



(Prédio do Colégio Werneck na Marechal Deodoro, reproduzida de arquivo do próprio Colégio)


Wellisch também foi importantíssimo para a expansão imobiliária de Petrópolis, incrementando o progresso da região do Vale do Paraíso (Valparaíso) onde havia adquirido grande área de terras que foi loteada em 1888, segundo o jornal O Mercantil que noticiou a venda. Wellisch faleceu em Petrópolis, aos 56 anos de idade, a 12 de março de 1894.
Dona Januária que registrava a descida dos meninos jornaleiros vendendo O Mercantil e corriam pelas ruas da cidade, oriundos da redação do jornal que ficava na Rua de Dona Tereza.
A Dona Januária passou em 05 de dezembro de 1889, portanto vinte dias após o movimento, a denominar-se segundo proposta da Câmara Municipal em Avenida Marechal Deodoro.
A presença evangélica em Petrópolis que se realizava desde a colonização avançou ao final do século XIX com a presença de diversos missionários que chegam a região para fundar os princípios de novas seitas já estabelecidas nos Estados Unidos. Assim sendo, é que vemos já em 1898, a inauguração do primeiro templo Metodista no numero 9 da então Rua Marechal Deodoro que teve sua construção finalizada em 1905 com a definitiva inaugu-ração do prédio que foi derrubado nos anos 70 para a construção do novo templo que hoje se apresenta.
Ainda segundo Gabriel, foi em meados do século XX que desenvolveram as primeiras tentativas de fundar um “football club”, com a presença de Salvador Fróes, Edgard Bartlett James, Jorge Pereira de Andrade e outros rapazes petropolitanos que se reuniram no ano de 1902, nos fundos do prédio nº 2, da Rua Marechal Deodoro e fundaram “Clube Esportivo Petropolitano”, cuja praça de esportes localizava-se em um ‘campinho’ na Terra Santa na área onde ocorreram as primeiras pelejas esportivas, 'porém o Clube morreu no nascedouro', segundo seus comentários.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:08
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17/11/2010


TRATADO DE PETRÓPOLIS: ENCERRAMENTO




Fotos pertencentes ao Arquivo do Museu Imperial do grupo de negociadores do Tratado de Petrópolis com seus auxiliares, na casa do barão de Rio Branco, situada à Avenida Rio Branco 279.
A foto foi cedida gentilmente para publicação na coleção comemorativa do centenário da Tribuna de Petrópolis em 2002.
A casa do Barão do Rio Branco situava-se à época na Rua Westfalia nº 5, que posteriormente foi transformada em AVENIDA BARÃO DO RIO BRANCO nº 279 - Prazo de terra do Quarteirão Westphalia. Serviu de residência ao Barão do Rio Branco desde fevereiro de 1903 até sua morte no Rio a 10.2.1912



No grupo,
da esquerda para a direita:
Fernando Guachalla, Ernesto Ferreira – ministros da Bolívia em missão especial; contra-almirante Cândido Guilhobel, Joaquim F. de Assis Brasil (diplomata brasileiro com a maior orientação sobre o processo de formação história e definição de fronteira - insistiu na opção de incorporação do território acreano à nação brasileira), Cláudio Pinuela, ministro da Bolívia, barão do Rio Branco, Domício da Gama, Campos Paradeda, Pecegueiro do Amaral, Paula Fonseca e Emílio Fernandes.



A foto, oficial, foi tirada no jardim tendo como fundo parte da casa e um morro e por ocasião da assinatura do texto do tratado. Petrópolis, 17/11/1903.
No grupo brasileiro, auxiliando Rio Branco encontravam-se nomes famosos, como o do contra-almirante Cândido Guilhobel,famoso estudioso e autor de um Tratado de Geodésia ao final do século XIX, que foi a primeira obra neste gênero escrita no Brasil.

Domicio da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro (1862 — 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi também secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Foi ainda embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.

Foi publicado em 1879, no Rio de Janeiro, o Tratado de Geodésia do Capitão-Tenente José Cândido Guillobel . Este tratado, que se tornou uma obra clássica, é, ao que se sabe, a primeira obra sobre geodésia escrita no Brasil por Domício da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro, (Maricá, 23 de outubro de 1862 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.



As fotos foram produzidas pelo grande fotografo 'petropolitano', Otto Hees, Capitão, que foi no periodo também politico pertencente ao grupo hermogenista, com presença em nossa Câmara como vereador e correspondente fotográfico de inúmeros jornais e revistas.





Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:24
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15/11/2010


PROMENADE HOTEL




Em 18 de janeiro deste ano, postamos um histórico sobre o Hotel Promenade em Nogueira e ilustrei com o cartão postal que foi produzido por R. Haack nos anos 50, uma preciosidade que comprova a sua vertente de produção comercial das fotos sobre Petrópolis, que encontrava-se a venda no site da MercadoLivre. Porém entre os diversos postais que me foram doados recentemente pelo maestro Ernani Aguiar encontra-se um da mesma época também nos apresenta o mesmo Promenade, sendo que este postal foi de autoria do fotógrafo carioca, Stilpen, que maravilhosas documentações apresentou em cidades turísticas de nosso país e que apresentamos nesta postagem.
Quanto a história do Hotel, basta consultar nossa postagem da data referenciada no parágrafo anterior.
Volto a reiterar meus agradecimentos sobre as contribuições enviadas e que brevemente seguirão para retificação com os devidos créditos nas informações.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:29
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05/11/2010


CORDOLINO AMBRÓSIO E SUA POSSE NA PREFEITURA




Foto do Arquivo de Silvio de Carvalho onde observamos a posse do prefeito de Petrópolis em 31 de janeiro de 1951.
Cordolino José Ambrósio, advogado nascido em Petrópolis em 1904 e falecido no Rio de Janeiro em 1979, foi um administrador público e político.
Foi prefeito da cidade de Petrópolis entre 1951 e 1955, quando passou o governo à Flavio Castrioto, e elegeu-se em 1962 deputado estadual.
Após a cassação do governador do Estado do Rio, Badger da Silveira, assumiu o governo do estado na condição de presidente da Assembléia Legislativa fluminense, em maio de 1964, quando foi empossado interventor o comandante Paulo Francisco Torres.
Cordolino também foi vice-presidente do Petropolitano em 1950 tendo como presidente Gabriel K. Fróes.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:35
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27/10/2010


CINE PETRÓPOLIS E SEU CONCORRIDO PÚBLICO




A foto acima postada nos apresenta a exibição do filme "Amar e Morrer", em 1958 no Cinema Petrópolis. Filme americano com Lieselott Pulver, Joke Mahoney e Jonh Gavin, direção de Douglas Sirk. Um melodrama com cenário na segunda grande guerra.
Enfim, "Amar e Morrer" segue a mesma linha pacifista apresentada pelo grande clássico de Lewis Milestone de 1930, "Sem Novidades No Front", filme também baseado num outro livro de Erich Maria Remarque.
Filmes como estes que possuíam como cenário a Segunda Grande Guerra eram obras concorridas nos cinemas petropolitanos. Na época, o Cine-teatro D. Pedro (atual Teatro Municipal), Cine Santa Cecília, Cine Capitólio, além do Cine Garcia no Alto da Serra. Um detalhe espcial que a foto nos apresenta é a da marcante loja que funcionou no sobrado ao lado do cinema, A Tradicional, onde atualmente temos estabelecido o MacDonald's e ao seu lado ergue-se a Galeria do Edificio Arabella. (retificamos nosso erro auxiliado por nossa visitante Adriana Avilla, a quem agradecemos)

(A foto foi entregue por um admirador do blog que se isentou de identificação, pois esta não lhe pertencia. Cabendo o impasse de autoria, solicito a nossos visitantes e admiradores que mediante reclamação de autoria retirarei imediatamente a postagem).



(foto extraída de http://www.65anosdecinema.pro.br/1957-AMAR_E_MORRER_%281958%29)

e/Tempo:

Nosso objetivo é dar voz as testemunhas da história, é por tal, faço questão de assinalar o depoimento do amigo Helio Banal em email ao nosso blog:
"Caro Oazinguito.Sobre a primeira foto ( eu estou nela em 1958 ) A galeria próxima ao antigo Cinema Petropolis, não era a do Ed. Arabella mas sim a atual Galeria Marchese. Hoje estou com 73 anos. Abs Helio Banal"
Não poderia pensar que um erro cometido por um auxiliar quando eu estava ausente e doente, promovesse tamanha discusão. Sejam bem vindos. O blog é de vcs, sou simplesmente instrumento do registro.
Um grande abraço aos que colaboraram.
Ferreira.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:55
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A NOVA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA NOS ANOS 30






Nos foi solicitada uma série sobre a ponte que cruzava a ferrovia na estação. Assim, reunimos algumas das que foram publicadas em outras postagems e oportunos detalhes das mesmas fotos revelando detalhes como o dos hoteis na Rua Dr Porciúncula e o seu palacete.















Escrito por Oazinguito Ferreira às 16:51
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BOHEMIA E SUA SEDE




A foto postada neste ensaio reproduz o prédio da Cia. Cervejaria Bohemia e data da primeira década do século XX, constituindo a realidade histórica de sua representatividade patrimonial, a original sede, hoje inexistente.
A foto foi publicada em 1984 em nosso ensaio sobre a origem das cervejarias pelo jornal Tribuna de Petrópolis.
A mesma foto pertence ao arquivo do Museu Imperial e foi cedida gentilmente para publicação em ambas as edições que abordamos a história das cervejarias em Petrópolis.
Esta foto não pode ser confundida com outra publicação onde aparece o primeiro caminhão da empresa e que data da segunda década do referido século, frequentemente reproduzida.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 14:35
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24/10/2010


RUA DR. PORCIÚNCULA NOS ANOS 30




Esta rara foto, espetacular registro do movimento automobilístico em Petrópolis nos anos de 1930, encontra-se publicada em uma raridade bibliografica que em outra postagem foi relacionada,"Petrópolis, Morada da Flora", de Synpronio de Magalhães (editora do Rio de Janeiro), que ja em 1939 encontrava-se em sua segunda edição, caracteristicamente não incluí a relação da primeira que provavelmente teria sido por volta de 1936/37, um ano muito rico em eventos políticos e publicações cariocas que citavam Petrópolis.
Frisamos o ano de 36 por um grande motivo, já não encontramos vestígios dos bondes, cujo fim havia sido decretado pelo então prefeito Yeddo Fiúza, principalmente de sua malha elétrica aérea (foto), muito comum em outras fotos, assim como também de seus trilhos. Ao que consta a área central da cidade foi a primeira a acusar a retirada dos trilhos (Tribuna de Petrópolis), pois inúmeras eram as reclamações dos proprietários de automoveis que possuíam seus pneumáticos submetidos à explosões devido aos desniveis entre o piso e os trilhos (colunas de reclamações).
A foto nos apresenta um rush na rua Dr. Porciúncula que ainda não havia sofrido quaisquer transformações em seus prédios, a não ser o da Estação que já não possuía o seu pórtico de entrada, retirado para possibilitar maior movimento de carros e lotações. A rua com seu intenso movimento à saída da Estação Ferroviária e a presença dos autos em frente aos hotéis e cafés destes, onde os recém chegados do Rio paravam para um lanche ou café com bate-papo, ou mesmo para reuniões comerciais nos restaurantes dos hotéis.
Com estes autos que já transformavam a paisagem petropolitana, encontramos também presente na foto algumas pequenas charretes de aluguel.


Detalhe da foto fronteiriça a Estação e do incessante movimento de pedestres pela rua em vários sentidos.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:51
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22/04/2011


Raimundo Correa: Poeta que cantou Petrópolis






Raimundo da Mota de Azevedo Correia,professor,diplomata, poeta parnasiano e magistrado, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira que tem por patrono Bernardo Guimarães, segundo Francisco de Vasconcellos em suas pesquisas ele esteve por várias vezes em Petrópolis e dedicou um poema a Petrópolis. Maranhense de São Luis (1859), faleceu em Paris em 1911. Uma rua do bairro de Araras (Petrópolis) recebeu o seu nome em homenagem.
Durante o periodo que esteve em Petrópolis foi professor e diretor do Ginásio Fluminense de Petrópolis, onde encontrava-se frequentemente com Alberto de Oliveira, também político e poeta.
Recém-formado, veio para o Rio de Janeiro, sendo logo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em fins de 1884, era juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. Em 21 de dezembro daquele ano casou-se com Mariana Sodré, de ilustre família fluminense. Em Vassouras, começou a publicar poesias e páginas de prosa no jornal O Vassourense, do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, no qual colaboravam nomes ilustres: Olavo Bilac, Coelho Neto, Alberto de Oliveira, Lúcio de Mendonça, Valentim Magalhães, Luís Murat, e outros. Em começos de 89, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro, no governo do conselheiro Carlos Afonso de Assis Figueiredo. Após a proclamação da República, foi preso. Sendo notórias as suas convicções republicanas, foi solto, logo a seguir, e nomeado juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí, no sul de Minas.
Em 22 de fevereiro de 1892, foi nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto. Na então capital mineira, foi também professor da Faculdade de Direito. No primeiro número da Revista que ali se publicava, apareceu seu trabalho “As antiguidades romanas”. Em 97, no governo de Prudente de Morais, foi nomeado segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal. Ali edita suas Poesias, em quatro edições sucessivas e aumentadas, com prefácio do escritor português D. João da Câmara. Por decreto do governo, suprimiu-se o cargo de segundo-secretário, e o poeta voltou a ser juiz de direito. Em 1899, residindo em Niterói, era diretor e professor no Ginásio Fluminense de Petrópolis.
Em 1900, voltou para o Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento. Ali veio a falecer. Seus restos mortais ficaram em Paris até 1920. Naquele ano, juntamente com os do poeta Guimarães Passos também falecido na capital francesa, para onde fora à procura de saúde foram transladados para o Brasil, por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, e depositados, em 28 de dezembro de 1920, no cemitério de São Francisco Xavier.
Raimundo Correia ocupa um dos mais altos postos na poesia brasileira. Seu livro de estreia, Primeiros sonhos (1879) insere-se ainda no Romantismo. Já em Sinfonias (1883) nota-se o feitio novo que seria definitivo em sua obra o Parnasianismo. Segundo os cânones dessa escola, que estabelecem uma estética de rigor formal, ele foi um dos mais perfeitos poetas da língua portuguesa, formando com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac a famosa trindade parnasiana. Além de poesia, deixou obras de crítica, ensaio e crônicas.

Foto da coleção da Academia Brasileira de Letras

Texto pesquisado no Anuário da Academia Brasileira de Letras e em obra de Francisco de Vasconcellos



Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 22:43
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16/03/2011


168 anos de História








Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 12:25
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05/03/2011


Clube Esportivo Vera Cruz da Mosela




Time de 1961:
(Em pé ) Deco, Nilo, Milton Kronemberger, Rubens, Paulinho e Cassinho.
(Agachados ) Tico, Dejair, Milton Costa, Careca e Douglas.
Escalação fornecida por Paulo Gondim para o nosso blog, assim como a concessão das fotos de sua coleção para a publicação.











Time de 1960:
(Em pé) Salvador, Salvador Kling, Pedro, Neném, Naldinho, Milton Kroneberger, Gaiola, Mário, Tarciso e Valdemiro.
(Agachados) Homero, Emílio, Calu, Vila, Paulinho e Douglas.

O amigo Paulo Gondim, nos apresentou o recorte de jornal onde destacava-se o clube esportivo Vera Cruz de Petrópolis que destacaremos em nossa retrospectiva do Século XX.
E.C. Vera Cruz Comemora Sexagenário
(Guerra Peixe, Jornal de Petrópolis, 1996)
“Aí por volta de 1936 ou 37 existia na Mosela um campo de futebol que pertencia ao clube local, o E.C. Vera Cruz.
E foi lá que eu fui jogar pelo E.C. Rio Branco, categoria de Juvenis. Lembro-me bem pois que o clube local tinha um ponteiro direito de apelido Pirão. Era um lourinho sardento e muito veloz. E tive a árdua função de marcar o Pirão. E como foi difícil.
Os anos passaram e o Vera Cruz teve em torno de si gente muito importante e que amava o clube com muita força. Lembro-me de José Bezerra Leite, um nortista tinhoso que acabou sendo presidente da Liga Petropolitana de Desportos.
Com o tempo o Vera Cruz perdeu seu campo mas os homens deram continuidade ao trabalho, tanto que o Clube Cruzado existe ate hoje e em casa, com campo próprio onde é uma força. Em 1996 o Vera Cruz foi campeão de Mirim com um belo time.
Com o desaparecimento do futebol o Vera Cruz se voltou para o atletismo e teve a felicidade de poder contar com um grande corredor de rua. Era ele o lendário Armando Caldeira, graças a Deus ainda vivo e correndo, só que mais devagar pela idade que vem chegando.
O Vera Cruz foi fundado em 7 de setembro de 1928.
Participou dos certames da segunda divisão em 1952. Em 1960 foi campeão dessa mesma segunda divisão. Lembro-me de um senhor que amou o Vera Cruz como ninguém. Seu sobrenome era Moken, da tradicional família da Mosela. Pode ser que tenha sido ele quem comprou o atual terreno onde se encontra o campo do clube no Moinho Preto, mas não tenho certeza.
Em 1961 foi campeão do torneio início. Em 1974 foi para a primeira divisão sendo campeão com título conquistado no campo do Corrêas. Faziam parte da diretoria, Cesar, Hilário e o presidente era o vice cônsul de Portugal, o senhor Humberto.
Em 1979 foi vice-campeão de futebol de salão. Em 1976 foi campeão estadual de futebol de salão. Em 1976 participou do Campeonato Brasileiro de Futsal interclubes e em 1996 foi campeão de Mirim.
No atletismo participou de muitas competições e foi tri-campeão municipal com o grande Armando Caldeira como o grande destaque.
Em 1956 o nosso atleta Armando Caldeira participou da Corrida de São Silvestre em São Paulo. Armando também participou da Corrida Araribóia em Niterói. Foi campeão em 1956 concorrendo com grandes equipes da cidade como Petropolitano, Dona Isabel, 3 de Niterói, Vasco, Etc.
No futebol foi ainda campeão do Torneio inicio da primeira Divisão.
A atual diretoria do Vera Cruz e que tirou o clube do ostracismo trazendo-o novamente ao esporte petropolitano, é a seguinte:
Sebastião Delfino, presidente; João Guilherme Burger, vice; José Vicente Molina; José Galdino, Nilton Muniz; Fabiano de Oliveira; Flavio Soares; José Dolir."

Segundo dados de Gabriel Fróes, o clube foi fundado em 07/09/1920, tendo L.A. Tavares como primeiro presidente.
Na mesma época foram fundados também o Luzeiro (1924), e o Oswaldo Cruz (1927)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:19
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12/02/2011


Benjamin Constant e o Projeto Urbano de Petrópolis




Em meados do século XX, mais precisamente na primeira década, a administração da Câmara Municipal, procedeu ao projeto de reurbanização das vias petropolitanas do centro, e a presença das magnólias foram sua principal caracteristica presente no paisagismo que se desenvolveu, conforme ensaio que já escrevemos pela Tribuna de Petrópolis. Esta foto apresenta uma destas importantes vias petropolitanas com a demonstração exuberante do paisagismo urbano que foi executado e do qual hoje não existe qualquer sinal de conservação pelas administrações municipais das últimas três décadas. Pelo contrário, com a presença de contratos do municipio com a Ampla, empresa de fornecimento de eletricidade, o processo de 'exterminação' deste patrimônio paisagistico se acelerou demasiadamente, comprometendo as árvores sobreviventes. Em comentários, logo abaixo, nos indique com precisão esta rua que quando de sua fundação foi confundida pelos populares da época com uma Avenida, tamanha sua projeção.

Não prezado Giovani Moebus, agradeço sua participação, mas não é a Imperatriz. Neste caso nosso amigo Mauricio Lobo tem razão, "trata-se da rua Benjamim Constant. O prédio que aparece cortado no canto superior esquerdo é o antigo Colégio Sion, atualmente pertence à UCP. No fotolog ANTIQUUS também procuro mostrar alguns aspectos da Petrópolis (e do Rio) de antigamente (http://fotolog.terra.com.br/mlobo)"
A foto pertence ao Arquivo do NUHMI da UCP, gentilmente cedida para reprodução.
Continuamos agradecendo aos amigos o envio de suas mensagens e o auxilio de muito de nossos visitantes para retificações de dados.
Um grande abraço,
Prof. Oazinguito Ferreira







Escrito por Oazinguito Ferreira às 17:08
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06/02/2011


ESCOTEIROS EM PETROPOLIS: GRUPO ESCOLAR D. PEDRO II - 1927




Movimento voluntariado fundado por Robert Baden-Powell em 1907, o escotismo tornou-se mundial tendo por base princípios morais e educacionais, com a presença de um apartidarismo político, e sem fins lucrativos. Preconizava que o jovem deveria assumir seu crescimento, assumindo a fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina, princípios morais predominantes no cotidiano social.
Chegou ao país trazido por oficiais da Marinha que foram enviados à Inglaterra em momento que se realizava o aprendizado da funcionalidade de embarcações adquiridas pelo governo brasileiro.
Estes levaram suas famílias, sendo que seus filhos entraram em contato com o movimento. O Correio Brasiliense documentou que no Rio de Janeiro, este primeiro grupo foi criado em 14 de junho de 1910, o Centro de Boys-Scouts do Brasil (Catumbi), espalhando por todas as regiões e firmando-se em 1915 com presença na maioria dos estados da federação.
Petrópolis apresentou-se na história desta instituição já em 06 de setembro de 1913, quando o primeiro grupo de "Boy-Scouts", ou como a imprensa denominou na época, "Corpo de Exploradores Brasileiros", foi fundado na Sociedade portuguesa de Beneficência no Valparaíso, sendo seu primeiro-presidente, o dr. Paulo Figueira de Melo.



Sua apresentação oficial se desenrolou em 1920 quando da visita oficial à Petrópolis do 'Rei-Herói da Primeira Grande Guerra’, Leopoldo da Bélgica e sua esposa Elisabeth, que após curta visita ao palacete de Franklim Sampaio para um descanso, seguiram ao Paço Municipal onde ocorreu um banquete oferecido pelo Epitácio Pessoa, Presidente da República e Raul Veiga, governador.
"...foram recepcionados pelas autoridades e entraram no paço municipal ao meio de uma fileira de escoteiros em continência na escadaria, sendo alvo de entusiástica manifestação popular."
(Gabriel Fróes)
Em outubro de 1922, quando foi inaugurada a arquibancada do campo de futebol do Petropolitano F.C. os Escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, se apresentaram fazendo evoluções no campo, que segundo Fróes
"agradaram plenamente, recebendo os disciplinados meninos fortes aplausos."
Neste período o movimento se popularizou, e Ernesto Gilman escreveu um artigo sobre a recente história dos escoteiros de Petrópolis no jornal O Comércio (1922) que foi amplamente divulgado pela população.
O sucesso foi imenso que o dr. Gabriel Bastos fundou em fevereiro de 1923 uma unidade de escoteiros em Corrêas sob a sua presidência.



Ainda em 1923, registra-se a presença dos escoteiros do Fluminense F.C. do Rio de janeiro, que se encontrando acampados em Corrêas visitaram o Petropolitano F.C. e
"jogaram um match com a equipe infantil do petropolitano que possuía alguns escoteiros locais, saindo a equipe do petropolitano vencedora."
A Tribuna de Petrópolis de 1923 registrou a presença dos escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, em uma marcante e histórica solenidade pública de repercussão nacional, o falecimento do Marechal Hermes da Fonseca, quando
"...os escoteiros escoltaram o coche que saía da Paróquia em direção ao cemitério municipal em marcha vagarosa, sendo que à passagem do cortejo fúnebre, as casas comerciais cerravam suas portas em sinal de pezar."
Fróes registrou em seus apontamentos que em 23 de abril de 1927, foi lançado o primeiro número de "O Escoteiro de Petrópolis", jornal que era o órgão oficial da Associação Protetora dos Escoteiros de Petrópolis.
O jornal era publicado quinzenalmente e durou apenas cinco meses, sendo dirigido por A. K. Jensen, segundo Joaquim Eloi.
Nos arquivos do Colégio Estadual D. Pedro II encontramos fotos deste antigo grupo de escoteiros que se encontram reproduzidos no blog, petropolisnoseculoxx.zip.net.
Uma curiosidade foi registrada ainda por Fróes, a denominação do Poço dos Escoteiros situado em Correas, entre o Poço dos Ferreiras e o do Imperador, onde justamente em janeiro de 1949 havia falecido as jovens Terezinha Figueiredo e Beatriz Rombauer. Neste poço os escoteiros acampavam com grande freqüência nas décadas anteriores, originando-se a denominação.



Foto de 1927, gentilmente cedida pelo estabelecimento em 2002, e que pertenceu a coleção da professora Hercília Lopes de Castro, posteriormente Segadas Viana.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 13:26
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22/01/2011


PRAÇA 14 BIS?







Logradouro atualmente denominado como Praça 14 Bis, uma pretensa homenagem ao artefato aeroespacial criado pelo grande brasileiro Alberto Santos Dumont. Durante o século XIX foi construído o sobrado, um palacete do Conde da Cruz Alta, que na passagem do século passou a propriedade de sua viúva a Condessa da Cruz Alta.
O imóvel foi vendido mais tarde ao alemão que o transformou em Hotel Majestic. Considerado insuficiente para receber os hospedes em meados do século XX, foi ampliado para mais um andar. O mesmo hotel foi alvo das manifestações de brasileiros que protestavam contra a ocupação alemã nos países europeus, sendo alvo de depredações.
Ao final dos anos 50, o prédio foi destruído e o projeto para a construção de um edifício nas imediações não recebeu autorização, transformando-se em estacionamento para os veículos da Prefeitura. Mais tarde surgiu a idéia de construir no mesmo local um hotel-escola, idéia que não avançou, sendo sucedida pela 'praça' que atualmente ocupa a área.

(foto do arquivo de J.K.Fróes, propriedade do Museu Imperial)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:25
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10/01/2011


Um Memorial para a Marechal Deodoro II




(Prédio da Padaria das Familias na Marechal Deodoro, Coleção J.K.Fróes, pertencente ao Museu Imperial)

Nas primeiras décadas do século os movimentos operários agita-vam e envolviam a cidade, principalmente os grevistas. Sua representatividade se processou por diversas associações espalhadas pela cidade, mas os têxteis conseguiram já nas primeiras décadas se fazer presente na Marechal Deodoro, no Sindicato dos Trabalhadores em Industrias Têxteis, bem mais organizado que seus congêneres, como o dos Operários da Rua Tereza, entre outros.
Deste local partiram inúmeras manifestações grevistas que atingiram as indústrias de toda cidade.
Nesta sede surgiram inúmeros outros sindicatos, até que nos anos 60 passou a ser chamado de prédio dos sindicatos por sua ampla organização.
Ainda nas palavras de nosso principal cronista, foi em reunião que se processou na casa do Coronel Antonio Antonino Condé, na mesma Marechal Deodoro, que foi fundada a segunda e mais importante casa bancária de meados do século XX, a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco de Petrópolis, cujas atividades desenvolveram-se até 1928 na Rua Paulo Barbosa, mudando-se posteriormente para o prédio da Avenida XV (atual Banco do Brasil) para iniciar sua batalha financeira contra seu rival de créditos o Banco Construtor.
Casa da Marechal Deodoro, onde Berto Antonino Condé procurou rever a representação operária de Petrópolis, lançando jornal que foi criticado por todos os políticos petropolitanos e que o acusaram de se aproveitar dos movimentos grevistas nos anos 20.



(Primeira Igreja Metodista de Petrópolis, Marechal Deodoro, idem)


A mesma Rua onde primeira diretoria eleita do Clube Petropolitano ocorreu à 20 de julho de 1920, reunidos que estiveram pela primeira vez, a 7 de agosto de 1920, em uma das salas da residência do dr. Artur de Sá Earp Fº, que localizava-se também na avenida Marechal Deodoro nº 73, visto ainda não ter o clube sede própria.É foi designada a residência para sede provisória do clube o prédio nº 73 da Rua Marechal Deodoro.
A 8 de maio de 1925, teve início em nossa cidade um estranho campeonato de dança realizado no sobrado da Casa Cosenza, que situava-se no 19 da Marechal Deodoro. Citado pela Tribuna como se tratando de ‘...competição interessante, moderna e elegante, para a qual não era mister somente o arrojo, mas também uma grande pujança física’. E, revertendo a renda dos ingressos em favor do Recolhimento dos Desvalidos (Terra Santa), ‘uma iniciativa, além do mais, humanitária’.
Foi em 1925, quando Petrópolis comemorava, o centenário do nascimento de D. Pedro de Alcântara, que às 11 horas, foi inaugurada a construção em cimento armado de duas pontes na avenida 15 de Novembro. Uma construída pela Prefeitura, fronteiriça à Marechal Deodoro, e outra pelo Banco de Petrópolis, fronteira ao Colégio Santa Isabel.
Finalmente em 1929, o ‘Petropolitano Football Club’ inau-gurou sua sede social no número 19 da Marechal Deodoro, sendo que na mesma época instalava-se na mesma rua a Escola de Música Santa Cecília.
O desenvolvimento e progresso industrial da cidade há década exigiam novos investimentos em comunicações. O último registro ocorrera com a fundação dos Correios e Telégrafos. Mas estávamos na era do telefone, rápido e importantíssimo, principalmente para as casas bancárias do centro financeiro. Assim em 1930, Companhia Telefônica Brasileira inaugura o novo edifício de sua estação, no número 39 da Marechal Deodoro (atual OI) e com ele o serviço revolucionariamente automático de ligações telefônicas.
Já citamos a presença centenária do Petropolitano, mas não devemos nos esquecer que o Serrano que havia sido fundado em 1915 também teve sua sede inaugurada em 1932 no sobrado de número 19 da mesma Marechal Deodoro.



(Prédio da Fazenda do Córrego Seco na Marechal Deodoro, que serviu a hotéis e pensões, idem)


Em 1942 ocorreu o alargamento da Rua Marechal Deodoro, com o fim das extensas calçadas com seus jardins. E pelo decreto de no. 70 do mesmo ano, o lugar resultante do alargamento da Rua na confluência com a Avenida XV de Novembro, passa a denominar-se, Praça Dr. Sá Earp Filho. A Marechal Deodoro passa a ter como limites duas praças, no outro extremo a Praça Paulo Caneiro.
Em 1955, já em prédio próprio no no. 192, na Marechal Deodoro, inaugurou-se o Teatro da Escola de Música Santa Cecília.
O tradicional prédio da Fazenda do Córrego Seco, abrigou posteriormente o Hotel Mills, e por seqüência a Pensão Macedo e a Pensão Geofroy. Sendo derrubado nos anos 40 para a construção do Edifício Pio XII. Prédios que passam a ser erguidos sucedendo os sobrados que lhe eram tradicionais.
Nos anos 50 uma ‘ilha’ de concreto foi construída para dar abrigo aos passageiros de um ponto de carros de praça que já se localizava desde os anos 40 na região, sendo que mais tarde, nesta mesma ilha foi criado um café que reunia inúmeros comerciantes e bancários da região, assim como os funcionários da Coletoria Estadual de Rendas.
Quando frisamos manifestações, estas é que por registro impresso não faltaram ao histórico da Rua. De operários; políticas nos momentos mais importantes da cidade como as integralistas e aliancistas; movimentos artísticos como os que se apresentavam nos tempos da ‘jovem guarda’ , quando shows como os de Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, eram organizados na Praça Paulo Carneiro e a concentração popular tomava toda parte alta da rua e mesmo quando do movimento político contra medidas do governo organizadas na Rua Tereza.
Marechal Deodoro que registrava desde os anos 60 a subida e descida dos passistas da 24 de maio ao inicio e final de seus desfiles vitoriosos.
Uma rua com movimentação de escolares pelos anos 70 aos 90, do Colégio Werneck e do Colégio Santa Isabel. Ou como atualmente é conhecida, a rua da maior população de sexagenários de Petrópolis, e que acusa o principal trafego de sacoleiros com passagem à Rua Tereza.
Uma rua como poucas, com uma marcante memória registrada.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:09
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Um Memorial para a Marechal Deodoro I




(Prédio do Sindicato dos Têxteis na Marechal Deodoro, foto do arquivo de J.K.Fróes pertencente ao Museu Imperial)

Mais conhecida até a fundação da povoação como caminho dos mineiros, a estrada passou a incorporar a nomenclatura urbana de Dona Tereza quando após o planejamento urbano de Koeler ganhou a denominação que a acompanharia até o final do século XIX, Rua Princesa Dona Januária.
Observamos que não existia a passagem do Alto da Serra para o Morim (atual Padre Feijó), assim sendo o trajeto pesado de carroças e tropas de muares, corria por toda a Rua de Dona Tereza até o centro do então vilarejo, passava à frente da Fa-zenda do Córrego Seco até que atravessava o citado córrego continuando sua viagem pela Estrada dos Mineiros.
Após a proclamação do sistema republicano que fecha o ciclo monárquico em nosso país, o processo branco de 'des-monarquização' por que foi atingida a cidade, conduziu a novas denominações em suas ruas, e atingiu a Dona Januária que passou a ostentar a de-nominação do chefe maior do movimento, Rua Marechal Deodoro, assim como da principal via na qual desaguava, que deixou de ser Rua do Imperador, para envergar a data do movimento, Avenida XV de Novembro.
No ano de 1857, justamente ano da elevação de Petrópolis à cidade, segundo descrições de Gabriel Fróes, um dos maiores cronistas históricos de Petrópolis, foi aberta ao trânsito a nova ponte situada em frente a Rua Princesa Dona Januária, que segundo este era o tradicional '...desembocadouro de carros e passageiros que se dirigiam a cidade'. Antes se prolongava a viagem até o encontro dos rios, onde de outra ponte de madeira se passava ao lado oposto seguindo viagem para as Minas Gerais.
A construção da referida ponte fazia parte do projeto de urbanização de Koeller para a principal via da cidade.
Não podemos dizer que as obras estivessem concluídas, pois ainda levaram mais alguns anos, mas mesmo assim a cidade se tornava passo-a-passo o 'cartão postal do Imperador', digno de registro daquele que foi o mais importante fotografo da Corte, Klumb, que fotografou em 1865 a entrada da Rua Princesa Dona Januária e de uma de sua mais importante casa comercial da época na esquina (prédio onde atualmente possuímos a Farmácia Brasil), e de alguns habitantes da mesmo região que para esta posaram.
Outro registro fotográfico se processou mais tarde a partir do 'Morro da Caixa d'Água'(atual 24 de maio) e que registrava toda a extensão da Rua Dona Januária.
Os acontecimentos e marcos desta rua não passam despercebidos aos cronistas e registra-se a presença dos imigrantes portugueses em Petrópolis nesta mesma rua, quando em 1854 (Fróes) foi criada a Padaria das Famílias, estabelecimento tradicional na história do comercio local que completou seu centenário no século passado, sendo homenageada por Tristão de Ataíde em crônica pela Tribuna de Petrópolis de 1961 cujo título era 'A Carrocinha do Padeiro'.
Muitos afirmam de forma incom-preensível a presença de uma sinagoga na Rua Aureliano Coutinho extensão da Marechal Deodoro e parte da Rua Tereza, mas compreende-se sua presença ao encontrarmos na região nesta segunda metade do século XIX o imigrante judeu Bernardo Horácio Wellisch, nascido húngaro ou germânico, estabelecido como o mais importante negociante petropolitano do seu tempo e que era proprietário de inúmeros imóveis na área, principalmente no numero 5 da Dona Januária com um armazém de secos e molhados por atacado e uma importante casa de consignações.



(Prédio do Colégio Werneck na Marechal Deodoro, reproduzida de arquivo do próprio Colégio)


Wellisch também foi importantíssimo para a expansão imobiliária de Petrópolis, incrementando o progresso da região do Vale do Paraíso (Valparaíso) onde havia adquirido grande área de terras que foi loteada em 1888, segundo o jornal O Mercantil que noticiou a venda. Wellisch faleceu em Petrópolis, aos 56 anos de idade, a 12 de março de 1894.
Dona Januária que registrava a descida dos meninos jornaleiros vendendo O Mercantil e corriam pelas ruas da cidade, oriundos da redação do jornal que ficava na Rua de Dona Tereza.
A Dona Januária passou em 05 de dezembro de 1889, portanto vinte dias após o movimento, a denominar-se segundo proposta da Câmara Municipal em Avenida Marechal Deodoro.
A presença evangélica em Petrópolis que se realizava desde a colonização avançou ao final do século XIX com a presença de diversos missionários que chegam a região para fundar os princípios de novas seitas já estabelecidas nos Estados Unidos. Assim sendo, é que vemos já em 1898, a inauguração do primeiro templo Metodista no numero 9 da então Rua Marechal Deodoro que teve sua construção finalizada em 1905 com a definitiva inaugu-ração do prédio que foi derrubado nos anos 70 para a construção do novo templo que hoje se apresenta.
Ainda segundo Gabriel, foi em meados do século XX que desenvolveram as primeiras tentativas de fundar um “football club”, com a presença de Salvador Fróes, Edgard Bartlett James, Jorge Pereira de Andrade e outros rapazes petropolitanos que se reuniram no ano de 1902, nos fundos do prédio nº 2, da Rua Marechal Deodoro e fundaram “Clube Esportivo Petropolitano”, cuja praça de esportes localizava-se em um ‘campinho’ na Terra Santa na área onde ocorreram as primeiras pelejas esportivas, 'porém o Clube morreu no nascedouro', segundo seus comentários.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:08
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17/11/2010


TRATADO DE PETRÓPOLIS: ENCERRAMENTO




Fotos pertencentes ao Arquivo do Museu Imperial do grupo de negociadores do Tratado de Petrópolis com seus auxiliares, na casa do barão de Rio Branco, situada à Avenida Rio Branco 279.
A foto foi cedida gentilmente para publicação na coleção comemorativa do centenário da Tribuna de Petrópolis em 2002.
A casa do Barão do Rio Branco situava-se à época na Rua Westfalia nº 5, que posteriormente foi transformada em AVENIDA BARÃO DO RIO BRANCO nº 279 - Prazo de terra do Quarteirão Westphalia. Serviu de residência ao Barão do Rio Branco desde fevereiro de 1903 até sua morte no Rio a 10.2.1912



No grupo,
da esquerda para a direita:
Fernando Guachalla, Ernesto Ferreira – ministros da Bolívia em missão especial; contra-almirante Cândido Guilhobel, Joaquim F. de Assis Brasil (diplomata brasileiro com a maior orientação sobre o processo de formação história e definição de fronteira - insistiu na opção de incorporação do território acreano à nação brasileira), Cláudio Pinuela, ministro da Bolívia, barão do Rio Branco, Domício da Gama, Campos Paradeda, Pecegueiro do Amaral, Paula Fonseca e Emílio Fernandes.



A foto, oficial, foi tirada no jardim tendo como fundo parte da casa e um morro e por ocasião da assinatura do texto do tratado. Petrópolis, 17/11/1903.
No grupo brasileiro, auxiliando Rio Branco encontravam-se nomes famosos, como o do contra-almirante Cândido Guilhobel,famoso estudioso e autor de um Tratado de Geodésia ao final do século XIX, que foi a primeira obra neste gênero escrita no Brasil.

Domicio da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro (1862 — 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi também secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Foi ainda embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.

Foi publicado em 1879, no Rio de Janeiro, o Tratado de Geodésia do Capitão-Tenente José Cândido Guillobel . Este tratado, que se tornou uma obra clássica, é, ao que se sabe, a primeira obra sobre geodésia escrita no Brasil por Domício da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro, (Maricá, 23 de outubro de 1862 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.



As fotos foram produzidas pelo grande fotografo 'petropolitano', Otto Hees, Capitão, que foi no periodo também politico pertencente ao grupo hermogenista, com presença em nossa Câmara como vereador e correspondente fotográfico de inúmeros jornais e revistas.





Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:24
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15/11/2010


PROMENADE HOTEL




Em 18 de janeiro deste ano, postamos um histórico sobre o Hotel Promenade em Nogueira e ilustrei com o cartão postal que foi produzido por R. Haack nos anos 50, uma preciosidade que comprova a sua vertente de produção comercial das fotos sobre Petrópolis, que encontrava-se a venda no site da MercadoLivre. Porém entre os diversos postais que me foram doados recentemente pelo maestro Ernani Aguiar encontra-se um da mesma época também nos apresenta o mesmo Promenade, sendo que este postal foi de autoria do fotógrafo carioca, Stilpen, que maravilhosas documentações apresentou em cidades turísticas de nosso país e que apresentamos nesta postagem.
Quanto a história do Hotel, basta consultar nossa postagem da data referenciada no parágrafo anterior.
Volto a reiterar meus agradecimentos sobre as contribuições enviadas e que brevemente seguirão para retificação com os devidos créditos nas informações.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:29
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05/11/2010


CORDOLINO AMBRÓSIO E SUA POSSE NA PREFEITURA




Foto do Arquivo de Silvio de Carvalho onde observamos a posse do prefeito de Petrópolis em 31 de janeiro de 1951.
Cordolino José Ambrósio, advogado nascido em Petrópolis em 1904 e falecido no Rio de Janeiro em 1979, foi um administrador público e político.
Foi prefeito da cidade de Petrópolis entre 1951 e 1955, quando passou o governo à Flavio Castrioto, e elegeu-se em 1962 deputado estadual.
Após a cassação do governador do Estado do Rio, Badger da Silveira, assumiu o governo do estado na condição de presidente da Assembléia Legislativa fluminense, em maio de 1964, quando foi empossado interventor o comandante Paulo Francisco Torres.
Cordolino também foi vice-presidente do Petropolitano em 1950 tendo como presidente Gabriel K. Fróes.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:35
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27/10/2010


CINE PETRÓPOLIS E SEU CONCORRIDO PÚBLICO




A foto acima postada nos apresenta a exibição do filme "Amar e Morrer", em 1958 no Cinema Petrópolis. Filme americano com Lieselott Pulver, Joke Mahoney e Jonh Gavin, direção de Douglas Sirk. Um melodrama com cenário na segunda grande guerra.
Enfim, "Amar e Morrer" segue a mesma linha pacifista apresentada pelo grande clássico de Lewis Milestone de 1930, "Sem Novidades No Front", filme também baseado num outro livro de Erich Maria Remarque.
Filmes como estes que possuíam como cenário a Segunda Grande Guerra eram obras concorridas nos cinemas petropolitanos. Na época, o Cine-teatro D. Pedro (atual Teatro Municipal), Cine Santa Cecília, Cine Capitólio, além do Cine Garcia no Alto da Serra. Um detalhe espcial que a foto nos apresenta é a da marcante loja que funcionou no sobrado ao lado do cinema, A Tradicional, onde atualmente temos estabelecido o MacDonald's e ao seu lado ergue-se a Galeria do Edificio Arabella. (retificamos nosso erro auxiliado por nossa visitante Adriana Avilla, a quem agradecemos)

(A foto foi entregue por um admirador do blog que se isentou de identificação, pois esta não lhe pertencia. Cabendo o impasse de autoria, solicito a nossos visitantes e admiradores que mediante reclamação de autoria retirarei imediatamente a postagem).



(foto extraída de http://www.65anosdecinema.pro.br/1957-AMAR_E_MORRER_%281958%29)

e/Tempo:

Nosso objetivo é dar voz as testemunhas da história, é por tal, faço questão de assinalar o depoimento do amigo Helio Banal em email ao nosso blog:
"Caro Oazinguito.Sobre a primeira foto ( eu estou nela em 1958 ) A galeria próxima ao antigo Cinema Petropolis, não era a do Ed. Arabella mas sim a atual Galeria Marchese. Hoje estou com 73 anos. Abs Helio Banal"
Não poderia pensar que um erro cometido por um auxiliar quando eu estava ausente e doente, promovesse tamanha discusão. Sejam bem vindos. O blog é de vcs, sou simplesmente instrumento do registro.
Um grande abraço aos que colaboraram.
Ferreira.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:55
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A NOVA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA NOS ANOS 30






Nos foi solicitada uma série sobre a ponte que cruzava a ferrovia na estação. Assim, reunimos algumas das que foram publicadas em outras postagems e oportunos detalhes das mesmas fotos revelando detalhes como o dos hoteis na Rua Dr Porciúncula e o seu palacete.















Escrito por Oazinguito Ferreira às 16:51
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BOHEMIA E SUA SEDE




A foto postada neste ensaio reproduz o prédio da Cia. Cervejaria Bohemia e data da primeira década do século XX, constituindo a realidade histórica de sua representatividade patrimonial, a original sede, hoje inexistente.
A foto foi publicada em 1984 em nosso ensaio sobre a origem das cervejarias pelo jornal Tribuna de Petrópolis.
A mesma foto pertence ao arquivo do Museu Imperial e foi cedida gentilmente para publicação em ambas as edições que abordamos a história das cervejarias em Petrópolis.
Esta foto não pode ser confundida com outra publicação onde aparece o primeiro caminhão da empresa e que data da segunda década do referido século, frequentemente reproduzida.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 14:35
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24/10/2010


RUA DR. PORCIÚNCULA NOS ANOS 30




Esta rara foto, espetacular registro do movimento automobilístico em Petrópolis nos anos de 1930, encontra-se publicada em uma raridade bibliografica que em outra postagem foi relacionada,"Petrópolis, Morada da Flora", de Synpronio de Magalhães (editora do Rio de Janeiro), que ja em 1939 encontrava-se em sua segunda edição, caracteristicamente não incluí a relação da primeira que provavelmente teria sido por volta de 1936/37, um ano muito rico em eventos políticos e publicações cariocas que citavam Petrópolis.
Frisamos o ano de 36 por um grande motivo, já não encontramos vestígios dos bondes, cujo fim havia sido decretado pelo então prefeito Yeddo Fiúza, principalmente de sua malha elétrica aérea (foto), muito comum em outras fotos, assim como também de seus trilhos. Ao que consta a área central da cidade foi a primeira a acusar a retirada dos trilhos (Tribuna de Petrópolis), pois inúmeras eram as reclamações dos proprietários de automoveis que possuíam seus pneumáticos submetidos à explosões devido aos desniveis entre o piso e os trilhos (colunas de reclamações).
A foto nos apresenta um rush na rua Dr. Porciúncula que ainda não havia sofrido quaisquer transformações em seus prédios, a não ser o da Estação que já não possuía o seu pórtico de entrada, retirado para possibilitar maior movimento de carros e lotações. A rua com seu intenso movimento à saída da Estação Ferroviária e a presença dos autos em frente aos hotéis e cafés destes, onde os recém chegados do Rio paravam para um lanche ou café com bate-papo, ou mesmo para reuniões comerciais nos restaurantes dos hotéis.
Com estes autos que já transformavam a paisagem petropolitana, encontramos também presente na foto algumas pequenas charretes de aluguel.


Detalhe da foto fronteiriça a Estação e do incessante movimento de pedestres pela rua em vários sentidos.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:51
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22/04/2011


Raimundo Correa: Poeta que cantou Petrópolis






Raimundo da Mota de Azevedo Correia,professor,diplomata, poeta parnasiano e magistrado, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira que tem por patrono Bernardo Guimarães, segundo Francisco de Vasconcellos em suas pesquisas ele esteve por várias vezes em Petrópolis e dedicou um poema a Petrópolis. Maranhense de São Luis (1859), faleceu em Paris em 1911. Uma rua do bairro de Araras (Petrópolis) recebeu o seu nome em homenagem.
Durante o periodo que esteve em Petrópolis foi professor e diretor do Ginásio Fluminense de Petrópolis, onde encontrava-se frequentemente com Alberto de Oliveira, também político e poeta.
Recém-formado, veio para o Rio de Janeiro, sendo logo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em fins de 1884, era juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. Em 21 de dezembro daquele ano casou-se com Mariana Sodré, de ilustre família fluminense. Em Vassouras, começou a publicar poesias e páginas de prosa no jornal O Vassourense, do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, no qual colaboravam nomes ilustres: Olavo Bilac, Coelho Neto, Alberto de Oliveira, Lúcio de Mendonça, Valentim Magalhães, Luís Murat, e outros. Em começos de 89, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro, no governo do conselheiro Carlos Afonso de Assis Figueiredo. Após a proclamação da República, foi preso. Sendo notórias as suas convicções republicanas, foi solto, logo a seguir, e nomeado juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí, no sul de Minas.
Em 22 de fevereiro de 1892, foi nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto. Na então capital mineira, foi também professor da Faculdade de Direito. No primeiro número da Revista que ali se publicava, apareceu seu trabalho “As antiguidades romanas”. Em 97, no governo de Prudente de Morais, foi nomeado segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal. Ali edita suas Poesias, em quatro edições sucessivas e aumentadas, com prefácio do escritor português D. João da Câmara. Por decreto do governo, suprimiu-se o cargo de segundo-secretário, e o poeta voltou a ser juiz de direito. Em 1899, residindo em Niterói, era diretor e professor no Ginásio Fluminense de Petrópolis.
Em 1900, voltou para o Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento. Ali veio a falecer. Seus restos mortais ficaram em Paris até 1920. Naquele ano, juntamente com os do poeta Guimarães Passos também falecido na capital francesa, para onde fora à procura de saúde foram transladados para o Brasil, por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, e depositados, em 28 de dezembro de 1920, no cemitério de São Francisco Xavier.
Raimundo Correia ocupa um dos mais altos postos na poesia brasileira. Seu livro de estreia, Primeiros sonhos (1879) insere-se ainda no Romantismo. Já em Sinfonias (1883) nota-se o feitio novo que seria definitivo em sua obra o Parnasianismo. Segundo os cânones dessa escola, que estabelecem uma estética de rigor formal, ele foi um dos mais perfeitos poetas da língua portuguesa, formando com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac a famosa trindade parnasiana. Além de poesia, deixou obras de crítica, ensaio e crônicas.

Foto da coleção da Academia Brasileira de Letras

Texto pesquisado no Anuário da Academia Brasileira de Letras e em obra de Francisco de Vasconcellos



Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 22:43
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16/03/2011


168 anos de História








Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 12:25
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05/03/2011


Clube Esportivo Vera Cruz da Mosela




Time de 1961:
(Em pé ) Deco, Nilo, Milton Kronemberger, Rubens, Paulinho e Cassinho.
(Agachados ) Tico, Dejair, Milton Costa, Careca e Douglas.
Escalação fornecida por Paulo Gondim para o nosso blog, assim como a concessão das fotos de sua coleção para a publicação.











Time de 1960:
(Em pé) Salvador, Salvador Kling, Pedro, Neném, Naldinho, Milton Kroneberger, Gaiola, Mário, Tarciso e Valdemiro.
(Agachados) Homero, Emílio, Calu, Vila, Paulinho e Douglas.

O amigo Paulo Gondim, nos apresentou o recorte de jornal onde destacava-se o clube esportivo Vera Cruz de Petrópolis que destacaremos em nossa retrospectiva do Século XX.
E.C. Vera Cruz Comemora Sexagenário
(Guerra Peixe, Jornal de Petrópolis, 1996)
“Aí por volta de 1936 ou 37 existia na Mosela um campo de futebol que pertencia ao clube local, o E.C. Vera Cruz.
E foi lá que eu fui jogar pelo E.C. Rio Branco, categoria de Juvenis. Lembro-me bem pois que o clube local tinha um ponteiro direito de apelido Pirão. Era um lourinho sardento e muito veloz. E tive a árdua função de marcar o Pirão. E como foi difícil.
Os anos passaram e o Vera Cruz teve em torno de si gente muito importante e que amava o clube com muita força. Lembro-me de José Bezerra Leite, um nortista tinhoso que acabou sendo presidente da Liga Petropolitana de Desportos.
Com o tempo o Vera Cruz perdeu seu campo mas os homens deram continuidade ao trabalho, tanto que o Clube Cruzado existe ate hoje e em casa, com campo próprio onde é uma força. Em 1996 o Vera Cruz foi campeão de Mirim com um belo time.
Com o desaparecimento do futebol o Vera Cruz se voltou para o atletismo e teve a felicidade de poder contar com um grande corredor de rua. Era ele o lendário Armando Caldeira, graças a Deus ainda vivo e correndo, só que mais devagar pela idade que vem chegando.
O Vera Cruz foi fundado em 7 de setembro de 1928.
Participou dos certames da segunda divisão em 1952. Em 1960 foi campeão dessa mesma segunda divisão. Lembro-me de um senhor que amou o Vera Cruz como ninguém. Seu sobrenome era Moken, da tradicional família da Mosela. Pode ser que tenha sido ele quem comprou o atual terreno onde se encontra o campo do clube no Moinho Preto, mas não tenho certeza.
Em 1961 foi campeão do torneio início. Em 1974 foi para a primeira divisão sendo campeão com título conquistado no campo do Corrêas. Faziam parte da diretoria, Cesar, Hilário e o presidente era o vice cônsul de Portugal, o senhor Humberto.
Em 1979 foi vice-campeão de futebol de salão. Em 1976 foi campeão estadual de futebol de salão. Em 1976 participou do Campeonato Brasileiro de Futsal interclubes e em 1996 foi campeão de Mirim.
No atletismo participou de muitas competições e foi tri-campeão municipal com o grande Armando Caldeira como o grande destaque.
Em 1956 o nosso atleta Armando Caldeira participou da Corrida de São Silvestre em São Paulo. Armando também participou da Corrida Araribóia em Niterói. Foi campeão em 1956 concorrendo com grandes equipes da cidade como Petropolitano, Dona Isabel, 3 de Niterói, Vasco, Etc.
No futebol foi ainda campeão do Torneio inicio da primeira Divisão.
A atual diretoria do Vera Cruz e que tirou o clube do ostracismo trazendo-o novamente ao esporte petropolitano, é a seguinte:
Sebastião Delfino, presidente; João Guilherme Burger, vice; José Vicente Molina; José Galdino, Nilton Muniz; Fabiano de Oliveira; Flavio Soares; José Dolir."

Segundo dados de Gabriel Fróes, o clube foi fundado em 07/09/1920, tendo L.A. Tavares como primeiro presidente.
Na mesma época foram fundados também o Luzeiro (1924), e o Oswaldo Cruz (1927)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:19
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12/02/2011


Benjamin Constant e o Projeto Urbano de Petrópolis




Em meados do século XX, mais precisamente na primeira década, a administração da Câmara Municipal, procedeu ao projeto de reurbanização das vias petropolitanas do centro, e a presença das magnólias foram sua principal caracteristica presente no paisagismo que se desenvolveu, conforme ensaio que já escrevemos pela Tribuna de Petrópolis. Esta foto apresenta uma destas importantes vias petropolitanas com a demonstração exuberante do paisagismo urbano que foi executado e do qual hoje não existe qualquer sinal de conservação pelas administrações municipais das últimas três décadas. Pelo contrário, com a presença de contratos do municipio com a Ampla, empresa de fornecimento de eletricidade, o processo de 'exterminação' deste patrimônio paisagistico se acelerou demasiadamente, comprometendo as árvores sobreviventes. Em comentários, logo abaixo, nos indique com precisão esta rua que quando de sua fundação foi confundida pelos populares da época com uma Avenida, tamanha sua projeção.

Não prezado Giovani Moebus, agradeço sua participação, mas não é a Imperatriz. Neste caso nosso amigo Mauricio Lobo tem razão, "trata-se da rua Benjamim Constant. O prédio que aparece cortado no canto superior esquerdo é o antigo Colégio Sion, atualmente pertence à UCP. No fotolog ANTIQUUS também procuro mostrar alguns aspectos da Petrópolis (e do Rio) de antigamente (http://fotolog.terra.com.br/mlobo)"
A foto pertence ao Arquivo do NUHMI da UCP, gentilmente cedida para reprodução.
Continuamos agradecendo aos amigos o envio de suas mensagens e o auxilio de muito de nossos visitantes para retificações de dados.
Um grande abraço,
Prof. Oazinguito Ferreira







Escrito por Oazinguito Ferreira às 17:08
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06/02/2011


ESCOTEIROS EM PETROPOLIS: GRUPO ESCOLAR D. PEDRO II - 1927




Movimento voluntariado fundado por Robert Baden-Powell em 1907, o escotismo tornou-se mundial tendo por base princípios morais e educacionais, com a presença de um apartidarismo político, e sem fins lucrativos. Preconizava que o jovem deveria assumir seu crescimento, assumindo a fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina, princípios morais predominantes no cotidiano social.
Chegou ao país trazido por oficiais da Marinha que foram enviados à Inglaterra em momento que se realizava o aprendizado da funcionalidade de embarcações adquiridas pelo governo brasileiro.
Estes levaram suas famílias, sendo que seus filhos entraram em contato com o movimento. O Correio Brasiliense documentou que no Rio de Janeiro, este primeiro grupo foi criado em 14 de junho de 1910, o Centro de Boys-Scouts do Brasil (Catumbi), espalhando por todas as regiões e firmando-se em 1915 com presença na maioria dos estados da federação.
Petrópolis apresentou-se na história desta instituição já em 06 de setembro de 1913, quando o primeiro grupo de "Boy-Scouts", ou como a imprensa denominou na época, "Corpo de Exploradores Brasileiros", foi fundado na Sociedade portuguesa de Beneficência no Valparaíso, sendo seu primeiro-presidente, o dr. Paulo Figueira de Melo.



Sua apresentação oficial se desenrolou em 1920 quando da visita oficial à Petrópolis do 'Rei-Herói da Primeira Grande Guerra’, Leopoldo da Bélgica e sua esposa Elisabeth, que após curta visita ao palacete de Franklim Sampaio para um descanso, seguiram ao Paço Municipal onde ocorreu um banquete oferecido pelo Epitácio Pessoa, Presidente da República e Raul Veiga, governador.
"...foram recepcionados pelas autoridades e entraram no paço municipal ao meio de uma fileira de escoteiros em continência na escadaria, sendo alvo de entusiástica manifestação popular."
(Gabriel Fróes)
Em outubro de 1922, quando foi inaugurada a arquibancada do campo de futebol do Petropolitano F.C. os Escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, se apresentaram fazendo evoluções no campo, que segundo Fróes
"agradaram plenamente, recebendo os disciplinados meninos fortes aplausos."
Neste período o movimento se popularizou, e Ernesto Gilman escreveu um artigo sobre a recente história dos escoteiros de Petrópolis no jornal O Comércio (1922) que foi amplamente divulgado pela população.
O sucesso foi imenso que o dr. Gabriel Bastos fundou em fevereiro de 1923 uma unidade de escoteiros em Corrêas sob a sua presidência.



Ainda em 1923, registra-se a presença dos escoteiros do Fluminense F.C. do Rio de janeiro, que se encontrando acampados em Corrêas visitaram o Petropolitano F.C. e
"jogaram um match com a equipe infantil do petropolitano que possuía alguns escoteiros locais, saindo a equipe do petropolitano vencedora."
A Tribuna de Petrópolis de 1923 registrou a presença dos escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, em uma marcante e histórica solenidade pública de repercussão nacional, o falecimento do Marechal Hermes da Fonseca, quando
"...os escoteiros escoltaram o coche que saía da Paróquia em direção ao cemitério municipal em marcha vagarosa, sendo que à passagem do cortejo fúnebre, as casas comerciais cerravam suas portas em sinal de pezar."
Fróes registrou em seus apontamentos que em 23 de abril de 1927, foi lançado o primeiro número de "O Escoteiro de Petrópolis", jornal que era o órgão oficial da Associação Protetora dos Escoteiros de Petrópolis.
O jornal era publicado quinzenalmente e durou apenas cinco meses, sendo dirigido por A. K. Jensen, segundo Joaquim Eloi.
Nos arquivos do Colégio Estadual D. Pedro II encontramos fotos deste antigo grupo de escoteiros que se encontram reproduzidos no blog, petropolisnoseculoxx.zip.net.
Uma curiosidade foi registrada ainda por Fróes, a denominação do Poço dos Escoteiros situado em Correas, entre o Poço dos Ferreiras e o do Imperador, onde justamente em janeiro de 1949 havia falecido as jovens Terezinha Figueiredo e Beatriz Rombauer. Neste poço os escoteiros acampavam com grande freqüência nas décadas anteriores, originando-se a denominação.



Foto de 1927, gentilmente cedida pelo estabelecimento em 2002, e que pertenceu a coleção da professora Hercília Lopes de Castro, posteriormente Segadas Viana.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 13:26
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22/01/2011


PRAÇA 14 BIS?







Logradouro atualmente denominado como Praça 14 Bis, uma pretensa homenagem ao artefato aeroespacial criado pelo grande brasileiro Alberto Santos Dumont. Durante o século XIX foi construído o sobrado, um palacete do Conde da Cruz Alta, que na passagem do século passou a propriedade de sua viúva a Condessa da Cruz Alta.
O imóvel foi vendido mais tarde ao alemão que o transformou em Hotel Majestic. Considerado insuficiente para receber os hospedes em meados do século XX, foi ampliado para mais um andar. O mesmo hotel foi alvo das manifestações de brasileiros que protestavam contra a ocupação alemã nos países europeus, sendo alvo de depredações.
Ao final dos anos 50, o prédio foi destruído e o projeto para a construção de um edifício nas imediações não recebeu autorização, transformando-se em estacionamento para os veículos da Prefeitura. Mais tarde surgiu a idéia de construir no mesmo local um hotel-escola, idéia que não avançou, sendo sucedida pela 'praça' que atualmente ocupa a área.

(foto do arquivo de J.K.Fróes, propriedade do Museu Imperial)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:25
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10/01/2011


Um Memorial para a Marechal Deodoro II




(Prédio da Padaria das Familias na Marechal Deodoro, Coleção J.K.Fróes, pertencente ao Museu Imperial)

Nas primeiras décadas do século os movimentos operários agita-vam e envolviam a cidade, principalmente os grevistas. Sua representatividade se processou por diversas associações espalhadas pela cidade, mas os têxteis conseguiram já nas primeiras décadas se fazer presente na Marechal Deodoro, no Sindicato dos Trabalhadores em Industrias Têxteis, bem mais organizado que seus congêneres, como o dos Operários da Rua Tereza, entre outros.
Deste local partiram inúmeras manifestações grevistas que atingiram as indústrias de toda cidade.
Nesta sede surgiram inúmeros outros sindicatos, até que nos anos 60 passou a ser chamado de prédio dos sindicatos por sua ampla organização.
Ainda nas palavras de nosso principal cronista, foi em reunião que se processou na casa do Coronel Antonio Antonino Condé, na mesma Marechal Deodoro, que foi fundada a segunda e mais importante casa bancária de meados do século XX, a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco de Petrópolis, cujas atividades desenvolveram-se até 1928 na Rua Paulo Barbosa, mudando-se posteriormente para o prédio da Avenida XV (atual Banco do Brasil) para iniciar sua batalha financeira contra seu rival de créditos o Banco Construtor.
Casa da Marechal Deodoro, onde Berto Antonino Condé procurou rever a representação operária de Petrópolis, lançando jornal que foi criticado por todos os políticos petropolitanos e que o acusaram de se aproveitar dos movimentos grevistas nos anos 20.



(Primeira Igreja Metodista de Petrópolis, Marechal Deodoro, idem)


A mesma Rua onde primeira diretoria eleita do Clube Petropolitano ocorreu à 20 de julho de 1920, reunidos que estiveram pela primeira vez, a 7 de agosto de 1920, em uma das salas da residência do dr. Artur de Sá Earp Fº, que localizava-se também na avenida Marechal Deodoro nº 73, visto ainda não ter o clube sede própria.É foi designada a residência para sede provisória do clube o prédio nº 73 da Rua Marechal Deodoro.
A 8 de maio de 1925, teve início em nossa cidade um estranho campeonato de dança realizado no sobrado da Casa Cosenza, que situava-se no 19 da Marechal Deodoro. Citado pela Tribuna como se tratando de ‘...competição interessante, moderna e elegante, para a qual não era mister somente o arrojo, mas também uma grande pujança física’. E, revertendo a renda dos ingressos em favor do Recolhimento dos Desvalidos (Terra Santa), ‘uma iniciativa, além do mais, humanitária’.
Foi em 1925, quando Petrópolis comemorava, o centenário do nascimento de D. Pedro de Alcântara, que às 11 horas, foi inaugurada a construção em cimento armado de duas pontes na avenida 15 de Novembro. Uma construída pela Prefeitura, fronteiriça à Marechal Deodoro, e outra pelo Banco de Petrópolis, fronteira ao Colégio Santa Isabel.
Finalmente em 1929, o ‘Petropolitano Football Club’ inau-gurou sua sede social no número 19 da Marechal Deodoro, sendo que na mesma época instalava-se na mesma rua a Escola de Música Santa Cecília.
O desenvolvimento e progresso industrial da cidade há década exigiam novos investimentos em comunicações. O último registro ocorrera com a fundação dos Correios e Telégrafos. Mas estávamos na era do telefone, rápido e importantíssimo, principalmente para as casas bancárias do centro financeiro. Assim em 1930, Companhia Telefônica Brasileira inaugura o novo edifício de sua estação, no número 39 da Marechal Deodoro (atual OI) e com ele o serviço revolucionariamente automático de ligações telefônicas.
Já citamos a presença centenária do Petropolitano, mas não devemos nos esquecer que o Serrano que havia sido fundado em 1915 também teve sua sede inaugurada em 1932 no sobrado de número 19 da mesma Marechal Deodoro.



(Prédio da Fazenda do Córrego Seco na Marechal Deodoro, que serviu a hotéis e pensões, idem)


Em 1942 ocorreu o alargamento da Rua Marechal Deodoro, com o fim das extensas calçadas com seus jardins. E pelo decreto de no. 70 do mesmo ano, o lugar resultante do alargamento da Rua na confluência com a Avenida XV de Novembro, passa a denominar-se, Praça Dr. Sá Earp Filho. A Marechal Deodoro passa a ter como limites duas praças, no outro extremo a Praça Paulo Caneiro.
Em 1955, já em prédio próprio no no. 192, na Marechal Deodoro, inaugurou-se o Teatro da Escola de Música Santa Cecília.
O tradicional prédio da Fazenda do Córrego Seco, abrigou posteriormente o Hotel Mills, e por seqüência a Pensão Macedo e a Pensão Geofroy. Sendo derrubado nos anos 40 para a construção do Edifício Pio XII. Prédios que passam a ser erguidos sucedendo os sobrados que lhe eram tradicionais.
Nos anos 50 uma ‘ilha’ de concreto foi construída para dar abrigo aos passageiros de um ponto de carros de praça que já se localizava desde os anos 40 na região, sendo que mais tarde, nesta mesma ilha foi criado um café que reunia inúmeros comerciantes e bancários da região, assim como os funcionários da Coletoria Estadual de Rendas.
Quando frisamos manifestações, estas é que por registro impresso não faltaram ao histórico da Rua. De operários; políticas nos momentos mais importantes da cidade como as integralistas e aliancistas; movimentos artísticos como os que se apresentavam nos tempos da ‘jovem guarda’ , quando shows como os de Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, eram organizados na Praça Paulo Carneiro e a concentração popular tomava toda parte alta da rua e mesmo quando do movimento político contra medidas do governo organizadas na Rua Tereza.
Marechal Deodoro que registrava desde os anos 60 a subida e descida dos passistas da 24 de maio ao inicio e final de seus desfiles vitoriosos.
Uma rua com movimentação de escolares pelos anos 70 aos 90, do Colégio Werneck e do Colégio Santa Isabel. Ou como atualmente é conhecida, a rua da maior população de sexagenários de Petrópolis, e que acusa o principal trafego de sacoleiros com passagem à Rua Tereza.
Uma rua como poucas, com uma marcante memória registrada.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:09
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Um Memorial para a Marechal Deodoro I




(Prédio do Sindicato dos Têxteis na Marechal Deodoro, foto do arquivo de J.K.Fróes pertencente ao Museu Imperial)

Mais conhecida até a fundação da povoação como caminho dos mineiros, a estrada passou a incorporar a nomenclatura urbana de Dona Tereza quando após o planejamento urbano de Koeler ganhou a denominação que a acompanharia até o final do século XIX, Rua Princesa Dona Januária.
Observamos que não existia a passagem do Alto da Serra para o Morim (atual Padre Feijó), assim sendo o trajeto pesado de carroças e tropas de muares, corria por toda a Rua de Dona Tereza até o centro do então vilarejo, passava à frente da Fa-zenda do Córrego Seco até que atravessava o citado córrego continuando sua viagem pela Estrada dos Mineiros.
Após a proclamação do sistema republicano que fecha o ciclo monárquico em nosso país, o processo branco de 'des-monarquização' por que foi atingida a cidade, conduziu a novas denominações em suas ruas, e atingiu a Dona Januária que passou a ostentar a de-nominação do chefe maior do movimento, Rua Marechal Deodoro, assim como da principal via na qual desaguava, que deixou de ser Rua do Imperador, para envergar a data do movimento, Avenida XV de Novembro.
No ano de 1857, justamente ano da elevação de Petrópolis à cidade, segundo descrições de Gabriel Fróes, um dos maiores cronistas históricos de Petrópolis, foi aberta ao trânsito a nova ponte situada em frente a Rua Princesa Dona Januária, que segundo este era o tradicional '...desembocadouro de carros e passageiros que se dirigiam a cidade'. Antes se prolongava a viagem até o encontro dos rios, onde de outra ponte de madeira se passava ao lado oposto seguindo viagem para as Minas Gerais.
A construção da referida ponte fazia parte do projeto de urbanização de Koeller para a principal via da cidade.
Não podemos dizer que as obras estivessem concluídas, pois ainda levaram mais alguns anos, mas mesmo assim a cidade se tornava passo-a-passo o 'cartão postal do Imperador', digno de registro daquele que foi o mais importante fotografo da Corte, Klumb, que fotografou em 1865 a entrada da Rua Princesa Dona Januária e de uma de sua mais importante casa comercial da época na esquina (prédio onde atualmente possuímos a Farmácia Brasil), e de alguns habitantes da mesmo região que para esta posaram.
Outro registro fotográfico se processou mais tarde a partir do 'Morro da Caixa d'Água'(atual 24 de maio) e que registrava toda a extensão da Rua Dona Januária.
Os acontecimentos e marcos desta rua não passam despercebidos aos cronistas e registra-se a presença dos imigrantes portugueses em Petrópolis nesta mesma rua, quando em 1854 (Fróes) foi criada a Padaria das Famílias, estabelecimento tradicional na história do comercio local que completou seu centenário no século passado, sendo homenageada por Tristão de Ataíde em crônica pela Tribuna de Petrópolis de 1961 cujo título era 'A Carrocinha do Padeiro'.
Muitos afirmam de forma incom-preensível a presença de uma sinagoga na Rua Aureliano Coutinho extensão da Marechal Deodoro e parte da Rua Tereza, mas compreende-se sua presença ao encontrarmos na região nesta segunda metade do século XIX o imigrante judeu Bernardo Horácio Wellisch, nascido húngaro ou germânico, estabelecido como o mais importante negociante petropolitano do seu tempo e que era proprietário de inúmeros imóveis na área, principalmente no numero 5 da Dona Januária com um armazém de secos e molhados por atacado e uma importante casa de consignações.



(Prédio do Colégio Werneck na Marechal Deodoro, reproduzida de arquivo do próprio Colégio)


Wellisch também foi importantíssimo para a expansão imobiliária de Petrópolis, incrementando o progresso da região do Vale do Paraíso (Valparaíso) onde havia adquirido grande área de terras que foi loteada em 1888, segundo o jornal O Mercantil que noticiou a venda. Wellisch faleceu em Petrópolis, aos 56 anos de idade, a 12 de março de 1894.
Dona Januária que registrava a descida dos meninos jornaleiros vendendo O Mercantil e corriam pelas ruas da cidade, oriundos da redação do jornal que ficava na Rua de Dona Tereza.
A Dona Januária passou em 05 de dezembro de 1889, portanto vinte dias após o movimento, a denominar-se segundo proposta da Câmara Municipal em Avenida Marechal Deodoro.
A presença evangélica em Petrópolis que se realizava desde a colonização avançou ao final do século XIX com a presença de diversos missionários que chegam a região para fundar os princípios de novas seitas já estabelecidas nos Estados Unidos. Assim sendo, é que vemos já em 1898, a inauguração do primeiro templo Metodista no numero 9 da então Rua Marechal Deodoro que teve sua construção finalizada em 1905 com a definitiva inaugu-ração do prédio que foi derrubado nos anos 70 para a construção do novo templo que hoje se apresenta.
Ainda segundo Gabriel, foi em meados do século XX que desenvolveram as primeiras tentativas de fundar um “football club”, com a presença de Salvador Fróes, Edgard Bartlett James, Jorge Pereira de Andrade e outros rapazes petropolitanos que se reuniram no ano de 1902, nos fundos do prédio nº 2, da Rua Marechal Deodoro e fundaram “Clube Esportivo Petropolitano”, cuja praça de esportes localizava-se em um ‘campinho’ na Terra Santa na área onde ocorreram as primeiras pelejas esportivas, 'porém o Clube morreu no nascedouro', segundo seus comentários.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:08
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17/11/2010


TRATADO DE PETRÓPOLIS: ENCERRAMENTO




Fotos pertencentes ao Arquivo do Museu Imperial do grupo de negociadores do Tratado de Petrópolis com seus auxiliares, na casa do barão de Rio Branco, situada à Avenida Rio Branco 279.
A foto foi cedida gentilmente para publicação na coleção comemorativa do centenário da Tribuna de Petrópolis em 2002.
A casa do Barão do Rio Branco situava-se à época na Rua Westfalia nº 5, que posteriormente foi transformada em AVENIDA BARÃO DO RIO BRANCO nº 279 - Prazo de terra do Quarteirão Westphalia. Serviu de residência ao Barão do Rio Branco desde fevereiro de 1903 até sua morte no Rio a 10.2.1912



No grupo,
da esquerda para a direita:
Fernando Guachalla, Ernesto Ferreira – ministros da Bolívia em missão especial; contra-almirante Cândido Guilhobel, Joaquim F. de Assis Brasil (diplomata brasileiro com a maior orientação sobre o processo de formação história e definição de fronteira - insistiu na opção de incorporação do território acreano à nação brasileira), Cláudio Pinuela, ministro da Bolívia, barão do Rio Branco, Domício da Gama, Campos Paradeda, Pecegueiro do Amaral, Paula Fonseca e Emílio Fernandes.



A foto, oficial, foi tirada no jardim tendo como fundo parte da casa e um morro e por ocasião da assinatura do texto do tratado. Petrópolis, 17/11/1903.
No grupo brasileiro, auxiliando Rio Branco encontravam-se nomes famosos, como o do contra-almirante Cândido Guilhobel,famoso estudioso e autor de um Tratado de Geodésia ao final do século XIX, que foi a primeira obra neste gênero escrita no Brasil.

Domicio da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro (1862 — 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi também secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Foi ainda embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.

Foi publicado em 1879, no Rio de Janeiro, o Tratado de Geodésia do Capitão-Tenente José Cândido Guillobel . Este tratado, que se tornou uma obra clássica, é, ao que se sabe, a primeira obra sobre geodésia escrita no Brasil por Domício da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro, (Maricá, 23 de outubro de 1862 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.



As fotos foram produzidas pelo grande fotografo 'petropolitano', Otto Hees, Capitão, que foi no periodo também politico pertencente ao grupo hermogenista, com presença em nossa Câmara como vereador e correspondente fotográfico de inúmeros jornais e revistas.





Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:24
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15/11/2010


PROMENADE HOTEL




Em 18 de janeiro deste ano, postamos um histórico sobre o Hotel Promenade em Nogueira e ilustrei com o cartão postal que foi produzido por R. Haack nos anos 50, uma preciosidade que comprova a sua vertente de produção comercial das fotos sobre Petrópolis, que encontrava-se a venda no site da MercadoLivre. Porém entre os diversos postais que me foram doados recentemente pelo maestro Ernani Aguiar encontra-se um da mesma época também nos apresenta o mesmo Promenade, sendo que este postal foi de autoria do fotógrafo carioca, Stilpen, que maravilhosas documentações apresentou em cidades turísticas de nosso país e que apresentamos nesta postagem.
Quanto a história do Hotel, basta consultar nossa postagem da data referenciada no parágrafo anterior.
Volto a reiterar meus agradecimentos sobre as contribuições enviadas e que brevemente seguirão para retificação com os devidos créditos nas informações.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:29
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05/11/2010


CORDOLINO AMBRÓSIO E SUA POSSE NA PREFEITURA




Foto do Arquivo de Silvio de Carvalho onde observamos a posse do prefeito de Petrópolis em 31 de janeiro de 1951.
Cordolino José Ambrósio, advogado nascido em Petrópolis em 1904 e falecido no Rio de Janeiro em 1979, foi um administrador público e político.
Foi prefeito da cidade de Petrópolis entre 1951 e 1955, quando passou o governo à Flavio Castrioto, e elegeu-se em 1962 deputado estadual.
Após a cassação do governador do Estado do Rio, Badger da Silveira, assumiu o governo do estado na condição de presidente da Assembléia Legislativa fluminense, em maio de 1964, quando foi empossado interventor o comandante Paulo Francisco Torres.
Cordolino também foi vice-presidente do Petropolitano em 1950 tendo como presidente Gabriel K. Fróes.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:35
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27/10/2010


CINE PETRÓPOLIS E SEU CONCORRIDO PÚBLICO




A foto acima postada nos apresenta a exibição do filme "Amar e Morrer", em 1958 no Cinema Petrópolis. Filme americano com Lieselott Pulver, Joke Mahoney e Jonh Gavin, direção de Douglas Sirk. Um melodrama com cenário na segunda grande guerra.
Enfim, "Amar e Morrer" segue a mesma linha pacifista apresentada pelo grande clássico de Lewis Milestone de 1930, "Sem Novidades No Front", filme também baseado num outro livro de Erich Maria Remarque.
Filmes como estes que possuíam como cenário a Segunda Grande Guerra eram obras concorridas nos cinemas petropolitanos. Na época, o Cine-teatro D. Pedro (atual Teatro Municipal), Cine Santa Cecília, Cine Capitólio, além do Cine Garcia no Alto da Serra. Um detalhe espcial que a foto nos apresenta é a da marcante loja que funcionou no sobrado ao lado do cinema, A Tradicional, onde atualmente temos estabelecido o MacDonald's e ao seu lado ergue-se a Galeria do Edificio Arabella. (retificamos nosso erro auxiliado por nossa visitante Adriana Avilla, a quem agradecemos)

(A foto foi entregue por um admirador do blog que se isentou de identificação, pois esta não lhe pertencia. Cabendo o impasse de autoria, solicito a nossos visitantes e admiradores que mediante reclamação de autoria retirarei imediatamente a postagem).



(foto extraída de http://www.65anosdecinema.pro.br/1957-AMAR_E_MORRER_%281958%29)

e/Tempo:

Nosso objetivo é dar voz as testemunhas da história, é por tal, faço questão de assinalar o depoimento do amigo Helio Banal em email ao nosso blog:
"Caro Oazinguito.Sobre a primeira foto ( eu estou nela em 1958 ) A galeria próxima ao antigo Cinema Petropolis, não era a do Ed. Arabella mas sim a atual Galeria Marchese. Hoje estou com 73 anos. Abs Helio Banal"
Não poderia pensar que um erro cometido por um auxiliar quando eu estava ausente e doente, promovesse tamanha discusão. Sejam bem vindos. O blog é de vcs, sou simplesmente instrumento do registro.
Um grande abraço aos que colaboraram.
Ferreira.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:55
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A NOVA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA NOS ANOS 30






Nos foi solicitada uma série sobre a ponte que cruzava a ferrovia na estação. Assim, reunimos algumas das que foram publicadas em outras postagems e oportunos detalhes das mesmas fotos revelando detalhes como o dos hoteis na Rua Dr Porciúncula e o seu palacete.















Escrito por Oazinguito Ferreira às 16:51
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BOHEMIA E SUA SEDE




A foto postada neste ensaio reproduz o prédio da Cia. Cervejaria Bohemia e data da primeira década do século XX, constituindo a realidade histórica de sua representatividade patrimonial, a original sede, hoje inexistente.
A foto foi publicada em 1984 em nosso ensaio sobre a origem das cervejarias pelo jornal Tribuna de Petrópolis.
A mesma foto pertence ao arquivo do Museu Imperial e foi cedida gentilmente para publicação em ambas as edições que abordamos a história das cervejarias em Petrópolis.
Esta foto não pode ser confundida com outra publicação onde aparece o primeiro caminhão da empresa e que data da segunda década do referido século, frequentemente reproduzida.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 14:35
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24/10/2010


RUA DR. PORCIÚNCULA NOS ANOS 30




Esta rara foto, espetacular registro do movimento automobilístico em Petrópolis nos anos de 1930, encontra-se publicada em uma raridade bibliografica que em outra postagem foi relacionada,"Petrópolis, Morada da Flora", de Synpronio de Magalhães (editora do Rio de Janeiro), que ja em 1939 encontrava-se em sua segunda edição, caracteristicamente não incluí a relação da primeira que provavelmente teria sido por volta de 1936/37, um ano muito rico em eventos políticos e publicações cariocas que citavam Petrópolis.
Frisamos o ano de 36 por um grande motivo, já não encontramos vestígios dos bondes, cujo fim havia sido decretado pelo então prefeito Yeddo Fiúza, principalmente de sua malha elétrica aérea (foto), muito comum em outras fotos, assim como também de seus trilhos. Ao que consta a área central da cidade foi a primeira a acusar a retirada dos trilhos (Tribuna de Petrópolis), pois inúmeras eram as reclamações dos proprietários de automoveis que possuíam seus pneumáticos submetidos à explosões devido aos desniveis entre o piso e os trilhos (colunas de reclamações).
A foto nos apresenta um rush na rua Dr. Porciúncula que ainda não havia sofrido quaisquer transformações em seus prédios, a não ser o da Estação que já não possuía o seu pórtico de entrada, retirado para possibilitar maior movimento de carros e lotações. A rua com seu intenso movimento à saída da Estação Ferroviária e a presença dos autos em frente aos hotéis e cafés destes, onde os recém chegados do Rio paravam para um lanche ou café com bate-papo, ou mesmo para reuniões comerciais nos restaurantes dos hotéis.
Com estes autos que já transformavam a paisagem petropolitana, encontramos também presente na foto algumas pequenas charretes de aluguel.


Detalhe da foto fronteiriça a Estação e do incessante movimento de pedestres pela rua em vários sentidos.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:51
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22/04/2011


Raimundo Correa: Poeta que cantou Petrópolis






Raimundo da Mota de Azevedo Correia,professor,diplomata, poeta parnasiano e magistrado, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira que tem por patrono Bernardo Guimarães, segundo Francisco de Vasconcellos em suas pesquisas ele esteve por várias vezes em Petrópolis e dedicou um poema a Petrópolis. Maranhense de São Luis (1859), faleceu em Paris em 1911. Uma rua do bairro de Araras (Petrópolis) recebeu o seu nome em homenagem.
Durante o periodo que esteve em Petrópolis foi professor e diretor do Ginásio Fluminense de Petrópolis, onde encontrava-se frequentemente com Alberto de Oliveira, também político e poeta.
Recém-formado, veio para o Rio de Janeiro, sendo logo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em fins de 1884, era juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. Em 21 de dezembro daquele ano casou-se com Mariana Sodré, de ilustre família fluminense. Em Vassouras, começou a publicar poesias e páginas de prosa no jornal O Vassourense, do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, no qual colaboravam nomes ilustres: Olavo Bilac, Coelho Neto, Alberto de Oliveira, Lúcio de Mendonça, Valentim Magalhães, Luís Murat, e outros. Em começos de 89, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro, no governo do conselheiro Carlos Afonso de Assis Figueiredo. Após a proclamação da República, foi preso. Sendo notórias as suas convicções republicanas, foi solto, logo a seguir, e nomeado juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí, no sul de Minas.
Em 22 de fevereiro de 1892, foi nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto. Na então capital mineira, foi também professor da Faculdade de Direito. No primeiro número da Revista que ali se publicava, apareceu seu trabalho “As antiguidades romanas”. Em 97, no governo de Prudente de Morais, foi nomeado segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal. Ali edita suas Poesias, em quatro edições sucessivas e aumentadas, com prefácio do escritor português D. João da Câmara. Por decreto do governo, suprimiu-se o cargo de segundo-secretário, e o poeta voltou a ser juiz de direito. Em 1899, residindo em Niterói, era diretor e professor no Ginásio Fluminense de Petrópolis.
Em 1900, voltou para o Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento. Ali veio a falecer. Seus restos mortais ficaram em Paris até 1920. Naquele ano, juntamente com os do poeta Guimarães Passos também falecido na capital francesa, para onde fora à procura de saúde foram transladados para o Brasil, por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, e depositados, em 28 de dezembro de 1920, no cemitério de São Francisco Xavier.
Raimundo Correia ocupa um dos mais altos postos na poesia brasileira. Seu livro de estreia, Primeiros sonhos (1879) insere-se ainda no Romantismo. Já em Sinfonias (1883) nota-se o feitio novo que seria definitivo em sua obra o Parnasianismo. Segundo os cânones dessa escola, que estabelecem uma estética de rigor formal, ele foi um dos mais perfeitos poetas da língua portuguesa, formando com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac a famosa trindade parnasiana. Além de poesia, deixou obras de crítica, ensaio e crônicas.

Foto da coleção da Academia Brasileira de Letras

Texto pesquisado no Anuário da Academia Brasileira de Letras e em obra de Francisco de Vasconcellos



Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 22:43
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16/03/2011


168 anos de História








Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 12:25
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05/03/2011


Clube Esportivo Vera Cruz da Mosela




Time de 1961:
(Em pé ) Deco, Nilo, Milton Kronemberger, Rubens, Paulinho e Cassinho.
(Agachados ) Tico, Dejair, Milton Costa, Careca e Douglas.
Escalação fornecida por Paulo Gondim para o nosso blog, assim como a concessão das fotos de sua coleção para a publicação.











Time de 1960:
(Em pé) Salvador, Salvador Kling, Pedro, Neném, Naldinho, Milton Kroneberger, Gaiola, Mário, Tarciso e Valdemiro.
(Agachados) Homero, Emílio, Calu, Vila, Paulinho e Douglas.

O amigo Paulo Gondim, nos apresentou o recorte de jornal onde destacava-se o clube esportivo Vera Cruz de Petrópolis que destacaremos em nossa retrospectiva do Século XX.
E.C. Vera Cruz Comemora Sexagenário
(Guerra Peixe, Jornal de Petrópolis, 1996)
“Aí por volta de 1936 ou 37 existia na Mosela um campo de futebol que pertencia ao clube local, o E.C. Vera Cruz.
E foi lá que eu fui jogar pelo E.C. Rio Branco, categoria de Juvenis. Lembro-me bem pois que o clube local tinha um ponteiro direito de apelido Pirão. Era um lourinho sardento e muito veloz. E tive a árdua função de marcar o Pirão. E como foi difícil.
Os anos passaram e o Vera Cruz teve em torno de si gente muito importante e que amava o clube com muita força. Lembro-me de José Bezerra Leite, um nortista tinhoso que acabou sendo presidente da Liga Petropolitana de Desportos.
Com o tempo o Vera Cruz perdeu seu campo mas os homens deram continuidade ao trabalho, tanto que o Clube Cruzado existe ate hoje e em casa, com campo próprio onde é uma força. Em 1996 o Vera Cruz foi campeão de Mirim com um belo time.
Com o desaparecimento do futebol o Vera Cruz se voltou para o atletismo e teve a felicidade de poder contar com um grande corredor de rua. Era ele o lendário Armando Caldeira, graças a Deus ainda vivo e correndo, só que mais devagar pela idade que vem chegando.
O Vera Cruz foi fundado em 7 de setembro de 1928.
Participou dos certames da segunda divisão em 1952. Em 1960 foi campeão dessa mesma segunda divisão. Lembro-me de um senhor que amou o Vera Cruz como ninguém. Seu sobrenome era Moken, da tradicional família da Mosela. Pode ser que tenha sido ele quem comprou o atual terreno onde se encontra o campo do clube no Moinho Preto, mas não tenho certeza.
Em 1961 foi campeão do torneio início. Em 1974 foi para a primeira divisão sendo campeão com título conquistado no campo do Corrêas. Faziam parte da diretoria, Cesar, Hilário e o presidente era o vice cônsul de Portugal, o senhor Humberto.
Em 1979 foi vice-campeão de futebol de salão. Em 1976 foi campeão estadual de futebol de salão. Em 1976 participou do Campeonato Brasileiro de Futsal interclubes e em 1996 foi campeão de Mirim.
No atletismo participou de muitas competições e foi tri-campeão municipal com o grande Armando Caldeira como o grande destaque.
Em 1956 o nosso atleta Armando Caldeira participou da Corrida de São Silvestre em São Paulo. Armando também participou da Corrida Araribóia em Niterói. Foi campeão em 1956 concorrendo com grandes equipes da cidade como Petropolitano, Dona Isabel, 3 de Niterói, Vasco, Etc.
No futebol foi ainda campeão do Torneio inicio da primeira Divisão.
A atual diretoria do Vera Cruz e que tirou o clube do ostracismo trazendo-o novamente ao esporte petropolitano, é a seguinte:
Sebastião Delfino, presidente; João Guilherme Burger, vice; José Vicente Molina; José Galdino, Nilton Muniz; Fabiano de Oliveira; Flavio Soares; José Dolir."

Segundo dados de Gabriel Fróes, o clube foi fundado em 07/09/1920, tendo L.A. Tavares como primeiro presidente.
Na mesma época foram fundados também o Luzeiro (1924), e o Oswaldo Cruz (1927)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:19
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12/02/2011


Benjamin Constant e o Projeto Urbano de Petrópolis




Em meados do século XX, mais precisamente na primeira década, a administração da Câmara Municipal, procedeu ao projeto de reurbanização das vias petropolitanas do centro, e a presença das magnólias foram sua principal caracteristica presente no paisagismo que se desenvolveu, conforme ensaio que já escrevemos pela Tribuna de Petrópolis. Esta foto apresenta uma destas importantes vias petropolitanas com a demonstração exuberante do paisagismo urbano que foi executado e do qual hoje não existe qualquer sinal de conservação pelas administrações municipais das últimas três décadas. Pelo contrário, com a presença de contratos do municipio com a Ampla, empresa de fornecimento de eletricidade, o processo de 'exterminação' deste patrimônio paisagistico se acelerou demasiadamente, comprometendo as árvores sobreviventes. Em comentários, logo abaixo, nos indique com precisão esta rua que quando de sua fundação foi confundida pelos populares da época com uma Avenida, tamanha sua projeção.

Não prezado Giovani Moebus, agradeço sua participação, mas não é a Imperatriz. Neste caso nosso amigo Mauricio Lobo tem razão, "trata-se da rua Benjamim Constant. O prédio que aparece cortado no canto superior esquerdo é o antigo Colégio Sion, atualmente pertence à UCP. No fotolog ANTIQUUS também procuro mostrar alguns aspectos da Petrópolis (e do Rio) de antigamente (http://fotolog.terra.com.br/mlobo)"
A foto pertence ao Arquivo do NUHMI da UCP, gentilmente cedida para reprodução.
Continuamos agradecendo aos amigos o envio de suas mensagens e o auxilio de muito de nossos visitantes para retificações de dados.
Um grande abraço,
Prof. Oazinguito Ferreira







Escrito por Oazinguito Ferreira às 17:08
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06/02/2011


ESCOTEIROS EM PETROPOLIS: GRUPO ESCOLAR D. PEDRO II - 1927




Movimento voluntariado fundado por Robert Baden-Powell em 1907, o escotismo tornou-se mundial tendo por base princípios morais e educacionais, com a presença de um apartidarismo político, e sem fins lucrativos. Preconizava que o jovem deveria assumir seu crescimento, assumindo a fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina, princípios morais predominantes no cotidiano social.
Chegou ao país trazido por oficiais da Marinha que foram enviados à Inglaterra em momento que se realizava o aprendizado da funcionalidade de embarcações adquiridas pelo governo brasileiro.
Estes levaram suas famílias, sendo que seus filhos entraram em contato com o movimento. O Correio Brasiliense documentou que no Rio de Janeiro, este primeiro grupo foi criado em 14 de junho de 1910, o Centro de Boys-Scouts do Brasil (Catumbi), espalhando por todas as regiões e firmando-se em 1915 com presença na maioria dos estados da federação.
Petrópolis apresentou-se na história desta instituição já em 06 de setembro de 1913, quando o primeiro grupo de "Boy-Scouts", ou como a imprensa denominou na época, "Corpo de Exploradores Brasileiros", foi fundado na Sociedade portuguesa de Beneficência no Valparaíso, sendo seu primeiro-presidente, o dr. Paulo Figueira de Melo.



Sua apresentação oficial se desenrolou em 1920 quando da visita oficial à Petrópolis do 'Rei-Herói da Primeira Grande Guerra’, Leopoldo da Bélgica e sua esposa Elisabeth, que após curta visita ao palacete de Franklim Sampaio para um descanso, seguiram ao Paço Municipal onde ocorreu um banquete oferecido pelo Epitácio Pessoa, Presidente da República e Raul Veiga, governador.
"...foram recepcionados pelas autoridades e entraram no paço municipal ao meio de uma fileira de escoteiros em continência na escadaria, sendo alvo de entusiástica manifestação popular."
(Gabriel Fróes)
Em outubro de 1922, quando foi inaugurada a arquibancada do campo de futebol do Petropolitano F.C. os Escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, se apresentaram fazendo evoluções no campo, que segundo Fróes
"agradaram plenamente, recebendo os disciplinados meninos fortes aplausos."
Neste período o movimento se popularizou, e Ernesto Gilman escreveu um artigo sobre a recente história dos escoteiros de Petrópolis no jornal O Comércio (1922) que foi amplamente divulgado pela população.
O sucesso foi imenso que o dr. Gabriel Bastos fundou em fevereiro de 1923 uma unidade de escoteiros em Corrêas sob a sua presidência.



Ainda em 1923, registra-se a presença dos escoteiros do Fluminense F.C. do Rio de janeiro, que se encontrando acampados em Corrêas visitaram o Petropolitano F.C. e
"jogaram um match com a equipe infantil do petropolitano que possuía alguns escoteiros locais, saindo a equipe do petropolitano vencedora."
A Tribuna de Petrópolis de 1923 registrou a presença dos escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, em uma marcante e histórica solenidade pública de repercussão nacional, o falecimento do Marechal Hermes da Fonseca, quando
"...os escoteiros escoltaram o coche que saía da Paróquia em direção ao cemitério municipal em marcha vagarosa, sendo que à passagem do cortejo fúnebre, as casas comerciais cerravam suas portas em sinal de pezar."
Fróes registrou em seus apontamentos que em 23 de abril de 1927, foi lançado o primeiro número de "O Escoteiro de Petrópolis", jornal que era o órgão oficial da Associação Protetora dos Escoteiros de Petrópolis.
O jornal era publicado quinzenalmente e durou apenas cinco meses, sendo dirigido por A. K. Jensen, segundo Joaquim Eloi.
Nos arquivos do Colégio Estadual D. Pedro II encontramos fotos deste antigo grupo de escoteiros que se encontram reproduzidos no blog, petropolisnoseculoxx.zip.net.
Uma curiosidade foi registrada ainda por Fróes, a denominação do Poço dos Escoteiros situado em Correas, entre o Poço dos Ferreiras e o do Imperador, onde justamente em janeiro de 1949 havia falecido as jovens Terezinha Figueiredo e Beatriz Rombauer. Neste poço os escoteiros acampavam com grande freqüência nas décadas anteriores, originando-se a denominação.



Foto de 1927, gentilmente cedida pelo estabelecimento em 2002, e que pertenceu a coleção da professora Hercília Lopes de Castro, posteriormente Segadas Viana.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 13:26
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22/01/2011


PRAÇA 14 BIS?







Logradouro atualmente denominado como Praça 14 Bis, uma pretensa homenagem ao artefato aeroespacial criado pelo grande brasileiro Alberto Santos Dumont. Durante o século XIX foi construído o sobrado, um palacete do Conde da Cruz Alta, que na passagem do século passou a propriedade de sua viúva a Condessa da Cruz Alta.
O imóvel foi vendido mais tarde ao alemão que o transformou em Hotel Majestic. Considerado insuficiente para receber os hospedes em meados do século XX, foi ampliado para mais um andar. O mesmo hotel foi alvo das manifestações de brasileiros que protestavam contra a ocupação alemã nos países europeus, sendo alvo de depredações.
Ao final dos anos 50, o prédio foi destruído e o projeto para a construção de um edifício nas imediações não recebeu autorização, transformando-se em estacionamento para os veículos da Prefeitura. Mais tarde surgiu a idéia de construir no mesmo local um hotel-escola, idéia que não avançou, sendo sucedida pela 'praça' que atualmente ocupa a área.

(foto do arquivo de J.K.Fróes, propriedade do Museu Imperial)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:25
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10/01/2011


Um Memorial para a Marechal Deodoro II




(Prédio da Padaria das Familias na Marechal Deodoro, Coleção J.K.Fróes, pertencente ao Museu Imperial)

Nas primeiras décadas do século os movimentos operários agita-vam e envolviam a cidade, principalmente os grevistas. Sua representatividade se processou por diversas associações espalhadas pela cidade, mas os têxteis conseguiram já nas primeiras décadas se fazer presente na Marechal Deodoro, no Sindicato dos Trabalhadores em Industrias Têxteis, bem mais organizado que seus congêneres, como o dos Operários da Rua Tereza, entre outros.
Deste local partiram inúmeras manifestações grevistas que atingiram as indústrias de toda cidade.
Nesta sede surgiram inúmeros outros sindicatos, até que nos anos 60 passou a ser chamado de prédio dos sindicatos por sua ampla organização.
Ainda nas palavras de nosso principal cronista, foi em reunião que se processou na casa do Coronel Antonio Antonino Condé, na mesma Marechal Deodoro, que foi fundada a segunda e mais importante casa bancária de meados do século XX, a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco de Petrópolis, cujas atividades desenvolveram-se até 1928 na Rua Paulo Barbosa, mudando-se posteriormente para o prédio da Avenida XV (atual Banco do Brasil) para iniciar sua batalha financeira contra seu rival de créditos o Banco Construtor.
Casa da Marechal Deodoro, onde Berto Antonino Condé procurou rever a representação operária de Petrópolis, lançando jornal que foi criticado por todos os políticos petropolitanos e que o acusaram de se aproveitar dos movimentos grevistas nos anos 20.



(Primeira Igreja Metodista de Petrópolis, Marechal Deodoro, idem)


A mesma Rua onde primeira diretoria eleita do Clube Petropolitano ocorreu à 20 de julho de 1920, reunidos que estiveram pela primeira vez, a 7 de agosto de 1920, em uma das salas da residência do dr. Artur de Sá Earp Fº, que localizava-se também na avenida Marechal Deodoro nº 73, visto ainda não ter o clube sede própria.É foi designada a residência para sede provisória do clube o prédio nº 73 da Rua Marechal Deodoro.
A 8 de maio de 1925, teve início em nossa cidade um estranho campeonato de dança realizado no sobrado da Casa Cosenza, que situava-se no 19 da Marechal Deodoro. Citado pela Tribuna como se tratando de ‘...competição interessante, moderna e elegante, para a qual não era mister somente o arrojo, mas também uma grande pujança física’. E, revertendo a renda dos ingressos em favor do Recolhimento dos Desvalidos (Terra Santa), ‘uma iniciativa, além do mais, humanitária’.
Foi em 1925, quando Petrópolis comemorava, o centenário do nascimento de D. Pedro de Alcântara, que às 11 horas, foi inaugurada a construção em cimento armado de duas pontes na avenida 15 de Novembro. Uma construída pela Prefeitura, fronteiriça à Marechal Deodoro, e outra pelo Banco de Petrópolis, fronteira ao Colégio Santa Isabel.
Finalmente em 1929, o ‘Petropolitano Football Club’ inau-gurou sua sede social no número 19 da Marechal Deodoro, sendo que na mesma época instalava-se na mesma rua a Escola de Música Santa Cecília.
O desenvolvimento e progresso industrial da cidade há década exigiam novos investimentos em comunicações. O último registro ocorrera com a fundação dos Correios e Telégrafos. Mas estávamos na era do telefone, rápido e importantíssimo, principalmente para as casas bancárias do centro financeiro. Assim em 1930, Companhia Telefônica Brasileira inaugura o novo edifício de sua estação, no número 39 da Marechal Deodoro (atual OI) e com ele o serviço revolucionariamente automático de ligações telefônicas.
Já citamos a presença centenária do Petropolitano, mas não devemos nos esquecer que o Serrano que havia sido fundado em 1915 também teve sua sede inaugurada em 1932 no sobrado de número 19 da mesma Marechal Deodoro.



(Prédio da Fazenda do Córrego Seco na Marechal Deodoro, que serviu a hotéis e pensões, idem)


Em 1942 ocorreu o alargamento da Rua Marechal Deodoro, com o fim das extensas calçadas com seus jardins. E pelo decreto de no. 70 do mesmo ano, o lugar resultante do alargamento da Rua na confluência com a Avenida XV de Novembro, passa a denominar-se, Praça Dr. Sá Earp Filho. A Marechal Deodoro passa a ter como limites duas praças, no outro extremo a Praça Paulo Caneiro.
Em 1955, já em prédio próprio no no. 192, na Marechal Deodoro, inaugurou-se o Teatro da Escola de Música Santa Cecília.
O tradicional prédio da Fazenda do Córrego Seco, abrigou posteriormente o Hotel Mills, e por seqüência a Pensão Macedo e a Pensão Geofroy. Sendo derrubado nos anos 40 para a construção do Edifício Pio XII. Prédios que passam a ser erguidos sucedendo os sobrados que lhe eram tradicionais.
Nos anos 50 uma ‘ilha’ de concreto foi construída para dar abrigo aos passageiros de um ponto de carros de praça que já se localizava desde os anos 40 na região, sendo que mais tarde, nesta mesma ilha foi criado um café que reunia inúmeros comerciantes e bancários da região, assim como os funcionários da Coletoria Estadual de Rendas.
Quando frisamos manifestações, estas é que por registro impresso não faltaram ao histórico da Rua. De operários; políticas nos momentos mais importantes da cidade como as integralistas e aliancistas; movimentos artísticos como os que se apresentavam nos tempos da ‘jovem guarda’ , quando shows como os de Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, eram organizados na Praça Paulo Carneiro e a concentração popular tomava toda parte alta da rua e mesmo quando do movimento político contra medidas do governo organizadas na Rua Tereza.
Marechal Deodoro que registrava desde os anos 60 a subida e descida dos passistas da 24 de maio ao inicio e final de seus desfiles vitoriosos.
Uma rua com movimentação de escolares pelos anos 70 aos 90, do Colégio Werneck e do Colégio Santa Isabel. Ou como atualmente é conhecida, a rua da maior população de sexagenários de Petrópolis, e que acusa o principal trafego de sacoleiros com passagem à Rua Tereza.
Uma rua como poucas, com uma marcante memória registrada.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:09
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Um Memorial para a Marechal Deodoro I




(Prédio do Sindicato dos Têxteis na Marechal Deodoro, foto do arquivo de J.K.Fróes pertencente ao Museu Imperial)

Mais conhecida até a fundação da povoação como caminho dos mineiros, a estrada passou a incorporar a nomenclatura urbana de Dona Tereza quando após o planejamento urbano de Koeler ganhou a denominação que a acompanharia até o final do século XIX, Rua Princesa Dona Januária.
Observamos que não existia a passagem do Alto da Serra para o Morim (atual Padre Feijó), assim sendo o trajeto pesado de carroças e tropas de muares, corria por toda a Rua de Dona Tereza até o centro do então vilarejo, passava à frente da Fa-zenda do Córrego Seco até que atravessava o citado córrego continuando sua viagem pela Estrada dos Mineiros.
Após a proclamação do sistema republicano que fecha o ciclo monárquico em nosso país, o processo branco de 'des-monarquização' por que foi atingida a cidade, conduziu a novas denominações em suas ruas, e atingiu a Dona Januária que passou a ostentar a de-nominação do chefe maior do movimento, Rua Marechal Deodoro, assim como da principal via na qual desaguava, que deixou de ser Rua do Imperador, para envergar a data do movimento, Avenida XV de Novembro.
No ano de 1857, justamente ano da elevação de Petrópolis à cidade, segundo descrições de Gabriel Fróes, um dos maiores cronistas históricos de Petrópolis, foi aberta ao trânsito a nova ponte situada em frente a Rua Princesa Dona Januária, que segundo este era o tradicional '...desembocadouro de carros e passageiros que se dirigiam a cidade'. Antes se prolongava a viagem até o encontro dos rios, onde de outra ponte de madeira se passava ao lado oposto seguindo viagem para as Minas Gerais.
A construção da referida ponte fazia parte do projeto de urbanização de Koeller para a principal via da cidade.
Não podemos dizer que as obras estivessem concluídas, pois ainda levaram mais alguns anos, mas mesmo assim a cidade se tornava passo-a-passo o 'cartão postal do Imperador', digno de registro daquele que foi o mais importante fotografo da Corte, Klumb, que fotografou em 1865 a entrada da Rua Princesa Dona Januária e de uma de sua mais importante casa comercial da época na esquina (prédio onde atualmente possuímos a Farmácia Brasil), e de alguns habitantes da mesmo região que para esta posaram.
Outro registro fotográfico se processou mais tarde a partir do 'Morro da Caixa d'Água'(atual 24 de maio) e que registrava toda a extensão da Rua Dona Januária.
Os acontecimentos e marcos desta rua não passam despercebidos aos cronistas e registra-se a presença dos imigrantes portugueses em Petrópolis nesta mesma rua, quando em 1854 (Fróes) foi criada a Padaria das Famílias, estabelecimento tradicional na história do comercio local que completou seu centenário no século passado, sendo homenageada por Tristão de Ataíde em crônica pela Tribuna de Petrópolis de 1961 cujo título era 'A Carrocinha do Padeiro'.
Muitos afirmam de forma incom-preensível a presença de uma sinagoga na Rua Aureliano Coutinho extensão da Marechal Deodoro e parte da Rua Tereza, mas compreende-se sua presença ao encontrarmos na região nesta segunda metade do século XIX o imigrante judeu Bernardo Horácio Wellisch, nascido húngaro ou germânico, estabelecido como o mais importante negociante petropolitano do seu tempo e que era proprietário de inúmeros imóveis na área, principalmente no numero 5 da Dona Januária com um armazém de secos e molhados por atacado e uma importante casa de consignações.



(Prédio do Colégio Werneck na Marechal Deodoro, reproduzida de arquivo do próprio Colégio)


Wellisch também foi importantíssimo para a expansão imobiliária de Petrópolis, incrementando o progresso da região do Vale do Paraíso (Valparaíso) onde havia adquirido grande área de terras que foi loteada em 1888, segundo o jornal O Mercantil que noticiou a venda. Wellisch faleceu em Petrópolis, aos 56 anos de idade, a 12 de março de 1894.
Dona Januária que registrava a descida dos meninos jornaleiros vendendo O Mercantil e corriam pelas ruas da cidade, oriundos da redação do jornal que ficava na Rua de Dona Tereza.
A Dona Januária passou em 05 de dezembro de 1889, portanto vinte dias após o movimento, a denominar-se segundo proposta da Câmara Municipal em Avenida Marechal Deodoro.
A presença evangélica em Petrópolis que se realizava desde a colonização avançou ao final do século XIX com a presença de diversos missionários que chegam a região para fundar os princípios de novas seitas já estabelecidas nos Estados Unidos. Assim sendo, é que vemos já em 1898, a inauguração do primeiro templo Metodista no numero 9 da então Rua Marechal Deodoro que teve sua construção finalizada em 1905 com a definitiva inaugu-ração do prédio que foi derrubado nos anos 70 para a construção do novo templo que hoje se apresenta.
Ainda segundo Gabriel, foi em meados do século XX que desenvolveram as primeiras tentativas de fundar um “football club”, com a presença de Salvador Fróes, Edgard Bartlett James, Jorge Pereira de Andrade e outros rapazes petropolitanos que se reuniram no ano de 1902, nos fundos do prédio nº 2, da Rua Marechal Deodoro e fundaram “Clube Esportivo Petropolitano”, cuja praça de esportes localizava-se em um ‘campinho’ na Terra Santa na área onde ocorreram as primeiras pelejas esportivas, 'porém o Clube morreu no nascedouro', segundo seus comentários.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:08
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17/11/2010


TRATADO DE PETRÓPOLIS: ENCERRAMENTO




Fotos pertencentes ao Arquivo do Museu Imperial do grupo de negociadores do Tratado de Petrópolis com seus auxiliares, na casa do barão de Rio Branco, situada à Avenida Rio Branco 279.
A foto foi cedida gentilmente para publicação na coleção comemorativa do centenário da Tribuna de Petrópolis em 2002.
A casa do Barão do Rio Branco situava-se à época na Rua Westfalia nº 5, que posteriormente foi transformada em AVENIDA BARÃO DO RIO BRANCO nº 279 - Prazo de terra do Quarteirão Westphalia. Serviu de residência ao Barão do Rio Branco desde fevereiro de 1903 até sua morte no Rio a 10.2.1912



No grupo,
da esquerda para a direita:
Fernando Guachalla, Ernesto Ferreira – ministros da Bolívia em missão especial; contra-almirante Cândido Guilhobel, Joaquim F. de Assis Brasil (diplomata brasileiro com a maior orientação sobre o processo de formação história e definição de fronteira - insistiu na opção de incorporação do território acreano à nação brasileira), Cláudio Pinuela, ministro da Bolívia, barão do Rio Branco, Domício da Gama, Campos Paradeda, Pecegueiro do Amaral, Paula Fonseca e Emílio Fernandes.



A foto, oficial, foi tirada no jardim tendo como fundo parte da casa e um morro e por ocasião da assinatura do texto do tratado. Petrópolis, 17/11/1903.
No grupo brasileiro, auxiliando Rio Branco encontravam-se nomes famosos, como o do contra-almirante Cândido Guilhobel,famoso estudioso e autor de um Tratado de Geodésia ao final do século XIX, que foi a primeira obra neste gênero escrita no Brasil.

Domicio da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro (1862 — 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi também secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Foi ainda embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.

Foi publicado em 1879, no Rio de Janeiro, o Tratado de Geodésia do Capitão-Tenente José Cândido Guillobel . Este tratado, que se tornou uma obra clássica, é, ao que se sabe, a primeira obra sobre geodésia escrita no Brasil por Domício da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro, (Maricá, 23 de outubro de 1862 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.



As fotos foram produzidas pelo grande fotografo 'petropolitano', Otto Hees, Capitão, que foi no periodo também politico pertencente ao grupo hermogenista, com presença em nossa Câmara como vereador e correspondente fotográfico de inúmeros jornais e revistas.





Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:24
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15/11/2010


PROMENADE HOTEL




Em 18 de janeiro deste ano, postamos um histórico sobre o Hotel Promenade em Nogueira e ilustrei com o cartão postal que foi produzido por R. Haack nos anos 50, uma preciosidade que comprova a sua vertente de produção comercial das fotos sobre Petrópolis, que encontrava-se a venda no site da MercadoLivre. Porém entre os diversos postais que me foram doados recentemente pelo maestro Ernani Aguiar encontra-se um da mesma época também nos apresenta o mesmo Promenade, sendo que este postal foi de autoria do fotógrafo carioca, Stilpen, que maravilhosas documentações apresentou em cidades turísticas de nosso país e que apresentamos nesta postagem.
Quanto a história do Hotel, basta consultar nossa postagem da data referenciada no parágrafo anterior.
Volto a reiterar meus agradecimentos sobre as contribuições enviadas e que brevemente seguirão para retificação com os devidos créditos nas informações.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:29
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05/11/2010


CORDOLINO AMBRÓSIO E SUA POSSE NA PREFEITURA




Foto do Arquivo de Silvio de Carvalho onde observamos a posse do prefeito de Petrópolis em 31 de janeiro de 1951.
Cordolino José Ambrósio, advogado nascido em Petrópolis em 1904 e falecido no Rio de Janeiro em 1979, foi um administrador público e político.
Foi prefeito da cidade de Petrópolis entre 1951 e 1955, quando passou o governo à Flavio Castrioto, e elegeu-se em 1962 deputado estadual.
Após a cassação do governador do Estado do Rio, Badger da Silveira, assumiu o governo do estado na condição de presidente da Assembléia Legislativa fluminense, em maio de 1964, quando foi empossado interventor o comandante Paulo Francisco Torres.
Cordolino também foi vice-presidente do Petropolitano em 1950 tendo como presidente Gabriel K. Fróes.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:35
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27/10/2010


CINE PETRÓPOLIS E SEU CONCORRIDO PÚBLICO




A foto acima postada nos apresenta a exibição do filme "Amar e Morrer", em 1958 no Cinema Petrópolis. Filme americano com Lieselott Pulver, Joke Mahoney e Jonh Gavin, direção de Douglas Sirk. Um melodrama com cenário na segunda grande guerra.
Enfim, "Amar e Morrer" segue a mesma linha pacifista apresentada pelo grande clássico de Lewis Milestone de 1930, "Sem Novidades No Front", filme também baseado num outro livro de Erich Maria Remarque.
Filmes como estes que possuíam como cenário a Segunda Grande Guerra eram obras concorridas nos cinemas petropolitanos. Na época, o Cine-teatro D. Pedro (atual Teatro Municipal), Cine Santa Cecília, Cine Capitólio, além do Cine Garcia no Alto da Serra. Um detalhe espcial que a foto nos apresenta é a da marcante loja que funcionou no sobrado ao lado do cinema, A Tradicional, onde atualmente temos estabelecido o MacDonald's e ao seu lado ergue-se a Galeria do Edificio Arabella. (retificamos nosso erro auxiliado por nossa visitante Adriana Avilla, a quem agradecemos)

(A foto foi entregue por um admirador do blog que se isentou de identificação, pois esta não lhe pertencia. Cabendo o impasse de autoria, solicito a nossos visitantes e admiradores que mediante reclamação de autoria retirarei imediatamente a postagem).



(foto extraída de http://www.65anosdecinema.pro.br/1957-AMAR_E_MORRER_%281958%29)

e/Tempo:

Nosso objetivo é dar voz as testemunhas da história, é por tal, faço questão de assinalar o depoimento do amigo Helio Banal em email ao nosso blog:
"Caro Oazinguito.Sobre a primeira foto ( eu estou nela em 1958 ) A galeria próxima ao antigo Cinema Petropolis, não era a do Ed. Arabella mas sim a atual Galeria Marchese. Hoje estou com 73 anos. Abs Helio Banal"
Não poderia pensar que um erro cometido por um auxiliar quando eu estava ausente e doente, promovesse tamanha discusão. Sejam bem vindos. O blog é de vcs, sou simplesmente instrumento do registro.
Um grande abraço aos que colaboraram.
Ferreira.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:55
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A NOVA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA NOS ANOS 30






Nos foi solicitada uma série sobre a ponte que cruzava a ferrovia na estação. Assim, reunimos algumas das que foram publicadas em outras postagems e oportunos detalhes das mesmas fotos revelando detalhes como o dos hoteis na Rua Dr Porciúncula e o seu palacete.















Escrito por Oazinguito Ferreira às 16:51
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BOHEMIA E SUA SEDE




A foto postada neste ensaio reproduz o prédio da Cia. Cervejaria Bohemia e data da primeira década do século XX, constituindo a realidade histórica de sua representatividade patrimonial, a original sede, hoje inexistente.
A foto foi publicada em 1984 em nosso ensaio sobre a origem das cervejarias pelo jornal Tribuna de Petrópolis.
A mesma foto pertence ao arquivo do Museu Imperial e foi cedida gentilmente para publicação em ambas as edições que abordamos a história das cervejarias em Petrópolis.
Esta foto não pode ser confundida com outra publicação onde aparece o primeiro caminhão da empresa e que data da segunda década do referido século, frequentemente reproduzida.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 14:35
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24/10/2010


RUA DR. PORCIÚNCULA NOS ANOS 30




Esta rara foto, espetacular registro do movimento automobilístico em Petrópolis nos anos de 1930, encontra-se publicada em uma raridade bibliografica que em outra postagem foi relacionada,"Petrópolis, Morada da Flora", de Synpronio de Magalhães (editora do Rio de Janeiro), que ja em 1939 encontrava-se em sua segunda edição, caracteristicamente não incluí a relação da primeira que provavelmente teria sido por volta de 1936/37, um ano muito rico em eventos políticos e publicações cariocas que citavam Petrópolis.
Frisamos o ano de 36 por um grande motivo, já não encontramos vestígios dos bondes, cujo fim havia sido decretado pelo então prefeito Yeddo Fiúza, principalmente de sua malha elétrica aérea (foto), muito comum em outras fotos, assim como também de seus trilhos. Ao que consta a área central da cidade foi a primeira a acusar a retirada dos trilhos (Tribuna de Petrópolis), pois inúmeras eram as reclamações dos proprietários de automoveis que possuíam seus pneumáticos submetidos à explosões devido aos desniveis entre o piso e os trilhos (colunas de reclamações).
A foto nos apresenta um rush na rua Dr. Porciúncula que ainda não havia sofrido quaisquer transformações em seus prédios, a não ser o da Estação que já não possuía o seu pórtico de entrada, retirado para possibilitar maior movimento de carros e lotações. A rua com seu intenso movimento à saída da Estação Ferroviária e a presença dos autos em frente aos hotéis e cafés destes, onde os recém chegados do Rio paravam para um lanche ou café com bate-papo, ou mesmo para reuniões comerciais nos restaurantes dos hotéis.
Com estes autos que já transformavam a paisagem petropolitana, encontramos também presente na foto algumas pequenas charretes de aluguel.


Detalhe da foto fronteiriça a Estação e do incessante movimento de pedestres pela rua em vários sentidos.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:51
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22/04/2011


Raimundo Correa: Poeta que cantou Petrópolis






Raimundo da Mota de Azevedo Correia,professor,diplomata, poeta parnasiano e magistrado, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira que tem por patrono Bernardo Guimarães, segundo Francisco de Vasconcellos em suas pesquisas ele esteve por várias vezes em Petrópolis e dedicou um poema a Petrópolis. Maranhense de São Luis (1859), faleceu em Paris em 1911. Uma rua do bairro de Araras (Petrópolis) recebeu o seu nome em homenagem.
Durante o periodo que esteve em Petrópolis foi professor e diretor do Ginásio Fluminense de Petrópolis, onde encontrava-se frequentemente com Alberto de Oliveira, também político e poeta.
Recém-formado, veio para o Rio de Janeiro, sendo logo nomeado promotor de justiça de São João da Barra e, em fins de 1884, era juiz municipal e de órfãos e ausentes em Vassouras. Em 21 de dezembro daquele ano casou-se com Mariana Sodré, de ilustre família fluminense. Em Vassouras, começou a publicar poesias e páginas de prosa no jornal O Vassourense, do poeta, humanista e músico Lucindo Filho, no qual colaboravam nomes ilustres: Olavo Bilac, Coelho Neto, Alberto de Oliveira, Lúcio de Mendonça, Valentim Magalhães, Luís Murat, e outros. Em começos de 89, foi nomeado secretário da presidência da província do Rio de Janeiro, no governo do conselheiro Carlos Afonso de Assis Figueiredo. Após a proclamação da República, foi preso. Sendo notórias as suas convicções republicanas, foi solto, logo a seguir, e nomeado juiz de direito em São Gonçalo de Sapucaí, no sul de Minas.
Em 22 de fevereiro de 1892, foi nomeado diretor da Secretaria de Finanças de Ouro Preto. Na então capital mineira, foi também professor da Faculdade de Direito. No primeiro número da Revista que ali se publicava, apareceu seu trabalho “As antiguidades romanas”. Em 97, no governo de Prudente de Morais, foi nomeado segundo secretário da Legação do Brasil em Portugal. Ali edita suas Poesias, em quatro edições sucessivas e aumentadas, com prefácio do escritor português D. João da Câmara. Por decreto do governo, suprimiu-se o cargo de segundo-secretário, e o poeta voltou a ser juiz de direito. Em 1899, residindo em Niterói, era diretor e professor no Ginásio Fluminense de Petrópolis.
Em 1900, voltou para o Rio de Janeiro, como juiz de vara cível, cargo em que permaneceu até 1911. Por motivos de saúde, partiu para Paris em busca de tratamento. Ali veio a falecer. Seus restos mortais ficaram em Paris até 1920. Naquele ano, juntamente com os do poeta Guimarães Passos também falecido na capital francesa, para onde fora à procura de saúde foram transladados para o Brasil, por iniciativa da Academia Brasileira de Letras, e depositados, em 28 de dezembro de 1920, no cemitério de São Francisco Xavier.
Raimundo Correia ocupa um dos mais altos postos na poesia brasileira. Seu livro de estreia, Primeiros sonhos (1879) insere-se ainda no Romantismo. Já em Sinfonias (1883) nota-se o feitio novo que seria definitivo em sua obra o Parnasianismo. Segundo os cânones dessa escola, que estabelecem uma estética de rigor formal, ele foi um dos mais perfeitos poetas da língua portuguesa, formando com Alberto de Oliveira e Olavo Bilac a famosa trindade parnasiana. Além de poesia, deixou obras de crítica, ensaio e crônicas.

Foto da coleção da Academia Brasileira de Letras

Texto pesquisado no Anuário da Academia Brasileira de Letras e em obra de Francisco de Vasconcellos



Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 22:43
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16/03/2011


168 anos de História








Escrito por prof. Oazinguito Ferreira às 12:25
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05/03/2011


Clube Esportivo Vera Cruz da Mosela




Time de 1961:
(Em pé ) Deco, Nilo, Milton Kronemberger, Rubens, Paulinho e Cassinho.
(Agachados ) Tico, Dejair, Milton Costa, Careca e Douglas.
Escalação fornecida por Paulo Gondim para o nosso blog, assim como a concessão das fotos de sua coleção para a publicação.











Time de 1960:
(Em pé) Salvador, Salvador Kling, Pedro, Neném, Naldinho, Milton Kroneberger, Gaiola, Mário, Tarciso e Valdemiro.
(Agachados) Homero, Emílio, Calu, Vila, Paulinho e Douglas.

O amigo Paulo Gondim, nos apresentou o recorte de jornal onde destacava-se o clube esportivo Vera Cruz de Petrópolis que destacaremos em nossa retrospectiva do Século XX.
E.C. Vera Cruz Comemora Sexagenário
(Guerra Peixe, Jornal de Petrópolis, 1996)
“Aí por volta de 1936 ou 37 existia na Mosela um campo de futebol que pertencia ao clube local, o E.C. Vera Cruz.
E foi lá que eu fui jogar pelo E.C. Rio Branco, categoria de Juvenis. Lembro-me bem pois que o clube local tinha um ponteiro direito de apelido Pirão. Era um lourinho sardento e muito veloz. E tive a árdua função de marcar o Pirão. E como foi difícil.
Os anos passaram e o Vera Cruz teve em torno de si gente muito importante e que amava o clube com muita força. Lembro-me de José Bezerra Leite, um nortista tinhoso que acabou sendo presidente da Liga Petropolitana de Desportos.
Com o tempo o Vera Cruz perdeu seu campo mas os homens deram continuidade ao trabalho, tanto que o Clube Cruzado existe ate hoje e em casa, com campo próprio onde é uma força. Em 1996 o Vera Cruz foi campeão de Mirim com um belo time.
Com o desaparecimento do futebol o Vera Cruz se voltou para o atletismo e teve a felicidade de poder contar com um grande corredor de rua. Era ele o lendário Armando Caldeira, graças a Deus ainda vivo e correndo, só que mais devagar pela idade que vem chegando.
O Vera Cruz foi fundado em 7 de setembro de 1928.
Participou dos certames da segunda divisão em 1952. Em 1960 foi campeão dessa mesma segunda divisão. Lembro-me de um senhor que amou o Vera Cruz como ninguém. Seu sobrenome era Moken, da tradicional família da Mosela. Pode ser que tenha sido ele quem comprou o atual terreno onde se encontra o campo do clube no Moinho Preto, mas não tenho certeza.
Em 1961 foi campeão do torneio início. Em 1974 foi para a primeira divisão sendo campeão com título conquistado no campo do Corrêas. Faziam parte da diretoria, Cesar, Hilário e o presidente era o vice cônsul de Portugal, o senhor Humberto.
Em 1979 foi vice-campeão de futebol de salão. Em 1976 foi campeão estadual de futebol de salão. Em 1976 participou do Campeonato Brasileiro de Futsal interclubes e em 1996 foi campeão de Mirim.
No atletismo participou de muitas competições e foi tri-campeão municipal com o grande Armando Caldeira como o grande destaque.
Em 1956 o nosso atleta Armando Caldeira participou da Corrida de São Silvestre em São Paulo. Armando também participou da Corrida Araribóia em Niterói. Foi campeão em 1956 concorrendo com grandes equipes da cidade como Petropolitano, Dona Isabel, 3 de Niterói, Vasco, Etc.
No futebol foi ainda campeão do Torneio inicio da primeira Divisão.
A atual diretoria do Vera Cruz e que tirou o clube do ostracismo trazendo-o novamente ao esporte petropolitano, é a seguinte:
Sebastião Delfino, presidente; João Guilherme Burger, vice; José Vicente Molina; José Galdino, Nilton Muniz; Fabiano de Oliveira; Flavio Soares; José Dolir."

Segundo dados de Gabriel Fróes, o clube foi fundado em 07/09/1920, tendo L.A. Tavares como primeiro presidente.
Na mesma época foram fundados também o Luzeiro (1924), e o Oswaldo Cruz (1927)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:19
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12/02/2011


Benjamin Constant e o Projeto Urbano de Petrópolis




Em meados do século XX, mais precisamente na primeira década, a administração da Câmara Municipal, procedeu ao projeto de reurbanização das vias petropolitanas do centro, e a presença das magnólias foram sua principal caracteristica presente no paisagismo que se desenvolveu, conforme ensaio que já escrevemos pela Tribuna de Petrópolis. Esta foto apresenta uma destas importantes vias petropolitanas com a demonstração exuberante do paisagismo urbano que foi executado e do qual hoje não existe qualquer sinal de conservação pelas administrações municipais das últimas três décadas. Pelo contrário, com a presença de contratos do municipio com a Ampla, empresa de fornecimento de eletricidade, o processo de 'exterminação' deste patrimônio paisagistico se acelerou demasiadamente, comprometendo as árvores sobreviventes. Em comentários, logo abaixo, nos indique com precisão esta rua que quando de sua fundação foi confundida pelos populares da época com uma Avenida, tamanha sua projeção.

Não prezado Giovani Moebus, agradeço sua participação, mas não é a Imperatriz. Neste caso nosso amigo Mauricio Lobo tem razão, "trata-se da rua Benjamim Constant. O prédio que aparece cortado no canto superior esquerdo é o antigo Colégio Sion, atualmente pertence à UCP. No fotolog ANTIQUUS também procuro mostrar alguns aspectos da Petrópolis (e do Rio) de antigamente (http://fotolog.terra.com.br/mlobo)"
A foto pertence ao Arquivo do NUHMI da UCP, gentilmente cedida para reprodução.
Continuamos agradecendo aos amigos o envio de suas mensagens e o auxilio de muito de nossos visitantes para retificações de dados.
Um grande abraço,
Prof. Oazinguito Ferreira







Escrito por Oazinguito Ferreira às 17:08
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06/02/2011


ESCOTEIROS EM PETROPOLIS: GRUPO ESCOLAR D. PEDRO II - 1927




Movimento voluntariado fundado por Robert Baden-Powell em 1907, o escotismo tornou-se mundial tendo por base princípios morais e educacionais, com a presença de um apartidarismo político, e sem fins lucrativos. Preconizava que o jovem deveria assumir seu crescimento, assumindo a fraternidade, lealdade, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina, princípios morais predominantes no cotidiano social.
Chegou ao país trazido por oficiais da Marinha que foram enviados à Inglaterra em momento que se realizava o aprendizado da funcionalidade de embarcações adquiridas pelo governo brasileiro.
Estes levaram suas famílias, sendo que seus filhos entraram em contato com o movimento. O Correio Brasiliense documentou que no Rio de Janeiro, este primeiro grupo foi criado em 14 de junho de 1910, o Centro de Boys-Scouts do Brasil (Catumbi), espalhando por todas as regiões e firmando-se em 1915 com presença na maioria dos estados da federação.
Petrópolis apresentou-se na história desta instituição já em 06 de setembro de 1913, quando o primeiro grupo de "Boy-Scouts", ou como a imprensa denominou na época, "Corpo de Exploradores Brasileiros", foi fundado na Sociedade portuguesa de Beneficência no Valparaíso, sendo seu primeiro-presidente, o dr. Paulo Figueira de Melo.



Sua apresentação oficial se desenrolou em 1920 quando da visita oficial à Petrópolis do 'Rei-Herói da Primeira Grande Guerra’, Leopoldo da Bélgica e sua esposa Elisabeth, que após curta visita ao palacete de Franklim Sampaio para um descanso, seguiram ao Paço Municipal onde ocorreu um banquete oferecido pelo Epitácio Pessoa, Presidente da República e Raul Veiga, governador.
"...foram recepcionados pelas autoridades e entraram no paço municipal ao meio de uma fileira de escoteiros em continência na escadaria, sendo alvo de entusiástica manifestação popular."
(Gabriel Fróes)
Em outubro de 1922, quando foi inaugurada a arquibancada do campo de futebol do Petropolitano F.C. os Escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, se apresentaram fazendo evoluções no campo, que segundo Fróes
"agradaram plenamente, recebendo os disciplinados meninos fortes aplausos."
Neste período o movimento se popularizou, e Ernesto Gilman escreveu um artigo sobre a recente história dos escoteiros de Petrópolis no jornal O Comércio (1922) que foi amplamente divulgado pela população.
O sucesso foi imenso que o dr. Gabriel Bastos fundou em fevereiro de 1923 uma unidade de escoteiros em Corrêas sob a sua presidência.



Ainda em 1923, registra-se a presença dos escoteiros do Fluminense F.C. do Rio de janeiro, que se encontrando acampados em Corrêas visitaram o Petropolitano F.C. e
"jogaram um match com a equipe infantil do petropolitano que possuía alguns escoteiros locais, saindo a equipe do petropolitano vencedora."
A Tribuna de Petrópolis de 1923 registrou a presença dos escoteiros do Grupo Escolar Pedro II, em uma marcante e histórica solenidade pública de repercussão nacional, o falecimento do Marechal Hermes da Fonseca, quando
"...os escoteiros escoltaram o coche que saía da Paróquia em direção ao cemitério municipal em marcha vagarosa, sendo que à passagem do cortejo fúnebre, as casas comerciais cerravam suas portas em sinal de pezar."
Fróes registrou em seus apontamentos que em 23 de abril de 1927, foi lançado o primeiro número de "O Escoteiro de Petrópolis", jornal que era o órgão oficial da Associação Protetora dos Escoteiros de Petrópolis.
O jornal era publicado quinzenalmente e durou apenas cinco meses, sendo dirigido por A. K. Jensen, segundo Joaquim Eloi.
Nos arquivos do Colégio Estadual D. Pedro II encontramos fotos deste antigo grupo de escoteiros que se encontram reproduzidos no blog, petropolisnoseculoxx.zip.net.
Uma curiosidade foi registrada ainda por Fróes, a denominação do Poço dos Escoteiros situado em Correas, entre o Poço dos Ferreiras e o do Imperador, onde justamente em janeiro de 1949 havia falecido as jovens Terezinha Figueiredo e Beatriz Rombauer. Neste poço os escoteiros acampavam com grande freqüência nas décadas anteriores, originando-se a denominação.



Foto de 1927, gentilmente cedida pelo estabelecimento em 2002, e que pertenceu a coleção da professora Hercília Lopes de Castro, posteriormente Segadas Viana.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 13:26
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22/01/2011


PRAÇA 14 BIS?







Logradouro atualmente denominado como Praça 14 Bis, uma pretensa homenagem ao artefato aeroespacial criado pelo grande brasileiro Alberto Santos Dumont. Durante o século XIX foi construído o sobrado, um palacete do Conde da Cruz Alta, que na passagem do século passou a propriedade de sua viúva a Condessa da Cruz Alta.
O imóvel foi vendido mais tarde ao alemão que o transformou em Hotel Majestic. Considerado insuficiente para receber os hospedes em meados do século XX, foi ampliado para mais um andar. O mesmo hotel foi alvo das manifestações de brasileiros que protestavam contra a ocupação alemã nos países europeus, sendo alvo de depredações.
Ao final dos anos 50, o prédio foi destruído e o projeto para a construção de um edifício nas imediações não recebeu autorização, transformando-se em estacionamento para os veículos da Prefeitura. Mais tarde surgiu a idéia de construir no mesmo local um hotel-escola, idéia que não avançou, sendo sucedida pela 'praça' que atualmente ocupa a área.

(foto do arquivo de J.K.Fróes, propriedade do Museu Imperial)



Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:25
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10/01/2011


Um Memorial para a Marechal Deodoro II




(Prédio da Padaria das Familias na Marechal Deodoro, Coleção J.K.Fróes, pertencente ao Museu Imperial)

Nas primeiras décadas do século os movimentos operários agita-vam e envolviam a cidade, principalmente os grevistas. Sua representatividade se processou por diversas associações espalhadas pela cidade, mas os têxteis conseguiram já nas primeiras décadas se fazer presente na Marechal Deodoro, no Sindicato dos Trabalhadores em Industrias Têxteis, bem mais organizado que seus congêneres, como o dos Operários da Rua Tereza, entre outros.
Deste local partiram inúmeras manifestações grevistas que atingiram as indústrias de toda cidade.
Nesta sede surgiram inúmeros outros sindicatos, até que nos anos 60 passou a ser chamado de prédio dos sindicatos por sua ampla organização.
Ainda nas palavras de nosso principal cronista, foi em reunião que se processou na casa do Coronel Antonio Antonino Condé, na mesma Marechal Deodoro, que foi fundada a segunda e mais importante casa bancária de meados do século XX, a Sociedade Cooperativa de Responsabilidade Limitada Banco de Petrópolis, cujas atividades desenvolveram-se até 1928 na Rua Paulo Barbosa, mudando-se posteriormente para o prédio da Avenida XV (atual Banco do Brasil) para iniciar sua batalha financeira contra seu rival de créditos o Banco Construtor.
Casa da Marechal Deodoro, onde Berto Antonino Condé procurou rever a representação operária de Petrópolis, lançando jornal que foi criticado por todos os políticos petropolitanos e que o acusaram de se aproveitar dos movimentos grevistas nos anos 20.



(Primeira Igreja Metodista de Petrópolis, Marechal Deodoro, idem)


A mesma Rua onde primeira diretoria eleita do Clube Petropolitano ocorreu à 20 de julho de 1920, reunidos que estiveram pela primeira vez, a 7 de agosto de 1920, em uma das salas da residência do dr. Artur de Sá Earp Fº, que localizava-se também na avenida Marechal Deodoro nº 73, visto ainda não ter o clube sede própria.É foi designada a residência para sede provisória do clube o prédio nº 73 da Rua Marechal Deodoro.
A 8 de maio de 1925, teve início em nossa cidade um estranho campeonato de dança realizado no sobrado da Casa Cosenza, que situava-se no 19 da Marechal Deodoro. Citado pela Tribuna como se tratando de ‘...competição interessante, moderna e elegante, para a qual não era mister somente o arrojo, mas também uma grande pujança física’. E, revertendo a renda dos ingressos em favor do Recolhimento dos Desvalidos (Terra Santa), ‘uma iniciativa, além do mais, humanitária’.
Foi em 1925, quando Petrópolis comemorava, o centenário do nascimento de D. Pedro de Alcântara, que às 11 horas, foi inaugurada a construção em cimento armado de duas pontes na avenida 15 de Novembro. Uma construída pela Prefeitura, fronteiriça à Marechal Deodoro, e outra pelo Banco de Petrópolis, fronteira ao Colégio Santa Isabel.
Finalmente em 1929, o ‘Petropolitano Football Club’ inau-gurou sua sede social no número 19 da Marechal Deodoro, sendo que na mesma época instalava-se na mesma rua a Escola de Música Santa Cecília.
O desenvolvimento e progresso industrial da cidade há década exigiam novos investimentos em comunicações. O último registro ocorrera com a fundação dos Correios e Telégrafos. Mas estávamos na era do telefone, rápido e importantíssimo, principalmente para as casas bancárias do centro financeiro. Assim em 1930, Companhia Telefônica Brasileira inaugura o novo edifício de sua estação, no número 39 da Marechal Deodoro (atual OI) e com ele o serviço revolucionariamente automático de ligações telefônicas.
Já citamos a presença centenária do Petropolitano, mas não devemos nos esquecer que o Serrano que havia sido fundado em 1915 também teve sua sede inaugurada em 1932 no sobrado de número 19 da mesma Marechal Deodoro.



(Prédio da Fazenda do Córrego Seco na Marechal Deodoro, que serviu a hotéis e pensões, idem)


Em 1942 ocorreu o alargamento da Rua Marechal Deodoro, com o fim das extensas calçadas com seus jardins. E pelo decreto de no. 70 do mesmo ano, o lugar resultante do alargamento da Rua na confluência com a Avenida XV de Novembro, passa a denominar-se, Praça Dr. Sá Earp Filho. A Marechal Deodoro passa a ter como limites duas praças, no outro extremo a Praça Paulo Caneiro.
Em 1955, já em prédio próprio no no. 192, na Marechal Deodoro, inaugurou-se o Teatro da Escola de Música Santa Cecília.
O tradicional prédio da Fazenda do Córrego Seco, abrigou posteriormente o Hotel Mills, e por seqüência a Pensão Macedo e a Pensão Geofroy. Sendo derrubado nos anos 40 para a construção do Edifício Pio XII. Prédios que passam a ser erguidos sucedendo os sobrados que lhe eram tradicionais.
Nos anos 50 uma ‘ilha’ de concreto foi construída para dar abrigo aos passageiros de um ponto de carros de praça que já se localizava desde os anos 40 na região, sendo que mais tarde, nesta mesma ilha foi criado um café que reunia inúmeros comerciantes e bancários da região, assim como os funcionários da Coletoria Estadual de Rendas.
Quando frisamos manifestações, estas é que por registro impresso não faltaram ao histórico da Rua. De operários; políticas nos momentos mais importantes da cidade como as integralistas e aliancistas; movimentos artísticos como os que se apresentavam nos tempos da ‘jovem guarda’ , quando shows como os de Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, eram organizados na Praça Paulo Carneiro e a concentração popular tomava toda parte alta da rua e mesmo quando do movimento político contra medidas do governo organizadas na Rua Tereza.
Marechal Deodoro que registrava desde os anos 60 a subida e descida dos passistas da 24 de maio ao inicio e final de seus desfiles vitoriosos.
Uma rua com movimentação de escolares pelos anos 70 aos 90, do Colégio Werneck e do Colégio Santa Isabel. Ou como atualmente é conhecida, a rua da maior população de sexagenários de Petrópolis, e que acusa o principal trafego de sacoleiros com passagem à Rua Tereza.
Uma rua como poucas, com uma marcante memória registrada.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:09
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Um Memorial para a Marechal Deodoro I




(Prédio do Sindicato dos Têxteis na Marechal Deodoro, foto do arquivo de J.K.Fróes pertencente ao Museu Imperial)

Mais conhecida até a fundação da povoação como caminho dos mineiros, a estrada passou a incorporar a nomenclatura urbana de Dona Tereza quando após o planejamento urbano de Koeler ganhou a denominação que a acompanharia até o final do século XIX, Rua Princesa Dona Januária.
Observamos que não existia a passagem do Alto da Serra para o Morim (atual Padre Feijó), assim sendo o trajeto pesado de carroças e tropas de muares, corria por toda a Rua de Dona Tereza até o centro do então vilarejo, passava à frente da Fa-zenda do Córrego Seco até que atravessava o citado córrego continuando sua viagem pela Estrada dos Mineiros.
Após a proclamação do sistema republicano que fecha o ciclo monárquico em nosso país, o processo branco de 'des-monarquização' por que foi atingida a cidade, conduziu a novas denominações em suas ruas, e atingiu a Dona Januária que passou a ostentar a de-nominação do chefe maior do movimento, Rua Marechal Deodoro, assim como da principal via na qual desaguava, que deixou de ser Rua do Imperador, para envergar a data do movimento, Avenida XV de Novembro.
No ano de 1857, justamente ano da elevação de Petrópolis à cidade, segundo descrições de Gabriel Fróes, um dos maiores cronistas históricos de Petrópolis, foi aberta ao trânsito a nova ponte situada em frente a Rua Princesa Dona Januária, que segundo este era o tradicional '...desembocadouro de carros e passageiros que se dirigiam a cidade'. Antes se prolongava a viagem até o encontro dos rios, onde de outra ponte de madeira se passava ao lado oposto seguindo viagem para as Minas Gerais.
A construção da referida ponte fazia parte do projeto de urbanização de Koeller para a principal via da cidade.
Não podemos dizer que as obras estivessem concluídas, pois ainda levaram mais alguns anos, mas mesmo assim a cidade se tornava passo-a-passo o 'cartão postal do Imperador', digno de registro daquele que foi o mais importante fotografo da Corte, Klumb, que fotografou em 1865 a entrada da Rua Princesa Dona Januária e de uma de sua mais importante casa comercial da época na esquina (prédio onde atualmente possuímos a Farmácia Brasil), e de alguns habitantes da mesmo região que para esta posaram.
Outro registro fotográfico se processou mais tarde a partir do 'Morro da Caixa d'Água'(atual 24 de maio) e que registrava toda a extensão da Rua Dona Januária.
Os acontecimentos e marcos desta rua não passam despercebidos aos cronistas e registra-se a presença dos imigrantes portugueses em Petrópolis nesta mesma rua, quando em 1854 (Fróes) foi criada a Padaria das Famílias, estabelecimento tradicional na história do comercio local que completou seu centenário no século passado, sendo homenageada por Tristão de Ataíde em crônica pela Tribuna de Petrópolis de 1961 cujo título era 'A Carrocinha do Padeiro'.
Muitos afirmam de forma incom-preensível a presença de uma sinagoga na Rua Aureliano Coutinho extensão da Marechal Deodoro e parte da Rua Tereza, mas compreende-se sua presença ao encontrarmos na região nesta segunda metade do século XIX o imigrante judeu Bernardo Horácio Wellisch, nascido húngaro ou germânico, estabelecido como o mais importante negociante petropolitano do seu tempo e que era proprietário de inúmeros imóveis na área, principalmente no numero 5 da Dona Januária com um armazém de secos e molhados por atacado e uma importante casa de consignações.



(Prédio do Colégio Werneck na Marechal Deodoro, reproduzida de arquivo do próprio Colégio)


Wellisch também foi importantíssimo para a expansão imobiliária de Petrópolis, incrementando o progresso da região do Vale do Paraíso (Valparaíso) onde havia adquirido grande área de terras que foi loteada em 1888, segundo o jornal O Mercantil que noticiou a venda. Wellisch faleceu em Petrópolis, aos 56 anos de idade, a 12 de março de 1894.
Dona Januária que registrava a descida dos meninos jornaleiros vendendo O Mercantil e corriam pelas ruas da cidade, oriundos da redação do jornal que ficava na Rua de Dona Tereza.
A Dona Januária passou em 05 de dezembro de 1889, portanto vinte dias após o movimento, a denominar-se segundo proposta da Câmara Municipal em Avenida Marechal Deodoro.
A presença evangélica em Petrópolis que se realizava desde a colonização avançou ao final do século XIX com a presença de diversos missionários que chegam a região para fundar os princípios de novas seitas já estabelecidas nos Estados Unidos. Assim sendo, é que vemos já em 1898, a inauguração do primeiro templo Metodista no numero 9 da então Rua Marechal Deodoro que teve sua construção finalizada em 1905 com a definitiva inaugu-ração do prédio que foi derrubado nos anos 70 para a construção do novo templo que hoje se apresenta.
Ainda segundo Gabriel, foi em meados do século XX que desenvolveram as primeiras tentativas de fundar um “football club”, com a presença de Salvador Fróes, Edgard Bartlett James, Jorge Pereira de Andrade e outros rapazes petropolitanos que se reuniram no ano de 1902, nos fundos do prédio nº 2, da Rua Marechal Deodoro e fundaram “Clube Esportivo Petropolitano”, cuja praça de esportes localizava-se em um ‘campinho’ na Terra Santa na área onde ocorreram as primeiras pelejas esportivas, 'porém o Clube morreu no nascedouro', segundo seus comentários.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 12:08
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17/11/2010


TRATADO DE PETRÓPOLIS: ENCERRAMENTO




Fotos pertencentes ao Arquivo do Museu Imperial do grupo de negociadores do Tratado de Petrópolis com seus auxiliares, na casa do barão de Rio Branco, situada à Avenida Rio Branco 279.
A foto foi cedida gentilmente para publicação na coleção comemorativa do centenário da Tribuna de Petrópolis em 2002.
A casa do Barão do Rio Branco situava-se à época na Rua Westfalia nº 5, que posteriormente foi transformada em AVENIDA BARÃO DO RIO BRANCO nº 279 - Prazo de terra do Quarteirão Westphalia. Serviu de residência ao Barão do Rio Branco desde fevereiro de 1903 até sua morte no Rio a 10.2.1912



No grupo,
da esquerda para a direita:
Fernando Guachalla, Ernesto Ferreira – ministros da Bolívia em missão especial; contra-almirante Cândido Guilhobel, Joaquim F. de Assis Brasil (diplomata brasileiro com a maior orientação sobre o processo de formação história e definição de fronteira - insistiu na opção de incorporação do território acreano à nação brasileira), Cláudio Pinuela, ministro da Bolívia, barão do Rio Branco, Domício da Gama, Campos Paradeda, Pecegueiro do Amaral, Paula Fonseca e Emílio Fernandes.



A foto, oficial, foi tirada no jardim tendo como fundo parte da casa e um morro e por ocasião da assinatura do texto do tratado. Petrópolis, 17/11/1903.
No grupo brasileiro, auxiliando Rio Branco encontravam-se nomes famosos, como o do contra-almirante Cândido Guilhobel,famoso estudioso e autor de um Tratado de Geodésia ao final do século XIX, que foi a primeira obra neste gênero escrita no Brasil.

Domicio da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro (1862 — 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi também secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Foi ainda embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.

Foi publicado em 1879, no Rio de Janeiro, o Tratado de Geodésia do Capitão-Tenente José Cândido Guillobel . Este tratado, que se tornou uma obra clássica, é, ao que se sabe, a primeira obra sobre geodésia escrita no Brasil por Domício da Gama, pseudônimo de Domício Afonso Forneiro, (Maricá, 23 de outubro de 1862 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1925) foi um jornalista, diplomata e escritor brasileiro.
Fez estudos preparatórios no Rio de Janeiro e ingressou na Escola Politécnica, mas não chegou a terminar o curso. Seguiu para o estrangeiro em missões diplomáticas. A sua primeira comissão foi a de secretário do Serviço de Imigração, e o contato, nessa época, com o barão do Rio Branco, valeu-lhe ser nomeado secretário da missão Rio Branco para a questão de limites Brasil-Argentina (1893-1895) e de limites com a Guiana Francesa (1895-1900) e com a Guiana Inglesa (1900-1901).
Foi secretário de Legação na Santa Sé, em 1900 e ministro em Lima, em 1906, onde desenvolveu grande e notável atividade, preparatória da política de Rio Branco, coroada pelo Tratado de Petrópolis. Embaixador em missão especial, em 1910, representou o Brasil no centenário da independência da Argentina e nas festas centenárias do Chile.



As fotos foram produzidas pelo grande fotografo 'petropolitano', Otto Hees, Capitão, que foi no periodo também politico pertencente ao grupo hermogenista, com presença em nossa Câmara como vereador e correspondente fotográfico de inúmeros jornais e revistas.





Escrito por Oazinguito Ferreira às 22:24
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15/11/2010


PROMENADE HOTEL




Em 18 de janeiro deste ano, postamos um histórico sobre o Hotel Promenade em Nogueira e ilustrei com o cartão postal que foi produzido por R. Haack nos anos 50, uma preciosidade que comprova a sua vertente de produção comercial das fotos sobre Petrópolis, que encontrava-se a venda no site da MercadoLivre. Porém entre os diversos postais que me foram doados recentemente pelo maestro Ernani Aguiar encontra-se um da mesma época também nos apresenta o mesmo Promenade, sendo que este postal foi de autoria do fotógrafo carioca, Stilpen, que maravilhosas documentações apresentou em cidades turísticas de nosso país e que apresentamos nesta postagem.
Quanto a história do Hotel, basta consultar nossa postagem da data referenciada no parágrafo anterior.
Volto a reiterar meus agradecimentos sobre as contribuições enviadas e que brevemente seguirão para retificação com os devidos créditos nas informações.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 23:29
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05/11/2010


CORDOLINO AMBRÓSIO E SUA POSSE NA PREFEITURA




Foto do Arquivo de Silvio de Carvalho onde observamos a posse do prefeito de Petrópolis em 31 de janeiro de 1951.
Cordolino José Ambrósio, advogado nascido em Petrópolis em 1904 e falecido no Rio de Janeiro em 1979, foi um administrador público e político.
Foi prefeito da cidade de Petrópolis entre 1951 e 1955, quando passou o governo à Flavio Castrioto, e elegeu-se em 1962 deputado estadual.
Após a cassação do governador do Estado do Rio, Badger da Silveira, assumiu o governo do estado na condição de presidente da Assembléia Legislativa fluminense, em maio de 1964, quando foi empossado interventor o comandante Paulo Francisco Torres.
Cordolino também foi vice-presidente do Petropolitano em 1950 tendo como presidente Gabriel K. Fróes.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:35
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27/10/2010


CINE PETRÓPOLIS E SEU CONCORRIDO PÚBLICO




A foto acima postada nos apresenta a exibição do filme "Amar e Morrer", em 1958 no Cinema Petrópolis. Filme americano com Lieselott Pulver, Joke Mahoney e Jonh Gavin, direção de Douglas Sirk. Um melodrama com cenário na segunda grande guerra.
Enfim, "Amar e Morrer" segue a mesma linha pacifista apresentada pelo grande clássico de Lewis Milestone de 1930, "Sem Novidades No Front", filme também baseado num outro livro de Erich Maria Remarque.
Filmes como estes que possuíam como cenário a Segunda Grande Guerra eram obras concorridas nos cinemas petropolitanos. Na época, o Cine-teatro D. Pedro (atual Teatro Municipal), Cine Santa Cecília, Cine Capitólio, além do Cine Garcia no Alto da Serra. Um detalhe espcial que a foto nos apresenta é a da marcante loja que funcionou no sobrado ao lado do cinema, A Tradicional, onde atualmente temos estabelecido o MacDonald's e ao seu lado ergue-se a Galeria do Edificio Arabella. (retificamos nosso erro auxiliado por nossa visitante Adriana Avilla, a quem agradecemos)

(A foto foi entregue por um admirador do blog que se isentou de identificação, pois esta não lhe pertencia. Cabendo o impasse de autoria, solicito a nossos visitantes e admiradores que mediante reclamação de autoria retirarei imediatamente a postagem).



(foto extraída de http://www.65anosdecinema.pro.br/1957-AMAR_E_MORRER_%281958%29)

e/Tempo:

Nosso objetivo é dar voz as testemunhas da história, é por tal, faço questão de assinalar o depoimento do amigo Helio Banal em email ao nosso blog:
"Caro Oazinguito.Sobre a primeira foto ( eu estou nela em 1958 ) A galeria próxima ao antigo Cinema Petropolis, não era a do Ed. Arabella mas sim a atual Galeria Marchese. Hoje estou com 73 anos. Abs Helio Banal"
Não poderia pensar que um erro cometido por um auxiliar quando eu estava ausente e doente, promovesse tamanha discusão. Sejam bem vindos. O blog é de vcs, sou simplesmente instrumento do registro.
Um grande abraço aos que colaboraram.
Ferreira.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:55
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A NOVA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA NOS ANOS 30






Nos foi solicitada uma série sobre a ponte que cruzava a ferrovia na estação. Assim, reunimos algumas das que foram publicadas em outras postagems e oportunos detalhes das mesmas fotos revelando detalhes como o dos hoteis na Rua Dr Porciúncula e o seu palacete.















Escrito por Oazinguito Ferreira às 16:51
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BOHEMIA E SUA SEDE




A foto postada neste ensaio reproduz o prédio da Cia. Cervejaria Bohemia e data da primeira década do século XX, constituindo a realidade histórica de sua representatividade patrimonial, a original sede, hoje inexistente.
A foto foi publicada em 1984 em nosso ensaio sobre a origem das cervejarias pelo jornal Tribuna de Petrópolis.
A mesma foto pertence ao arquivo do Museu Imperial e foi cedida gentilmente para publicação em ambas as edições que abordamos a história das cervejarias em Petrópolis.
Esta foto não pode ser confundida com outra publicação onde aparece o primeiro caminhão da empresa e que data da segunda década do referido século, frequentemente reproduzida.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 14:35
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24/10/2010


RUA DR. PORCIÚNCULA NOS ANOS 30




Esta rara foto, espetacular registro do movimento automobilístico em Petrópolis nos anos de 1930, encontra-se publicada em uma raridade bibliografica que em outra postagem foi relacionada,"Petrópolis, Morada da Flora", de Synpronio de Magalhães (editora do Rio de Janeiro), que ja em 1939 encontrava-se em sua segunda edição, caracteristicamente não incluí a relação da primeira que provavelmente teria sido por volta de 1936/37, um ano muito rico em eventos políticos e publicações cariocas que citavam Petrópolis.
Frisamos o ano de 36 por um grande motivo, já não encontramos vestígios dos bondes, cujo fim havia sido decretado pelo então prefeito Yeddo Fiúza, principalmente de sua malha elétrica aérea (foto), muito comum em outras fotos, assim como também de seus trilhos. Ao que consta a área central da cidade foi a primeira a acusar a retirada dos trilhos (Tribuna de Petrópolis), pois inúmeras eram as reclamações dos proprietários de automoveis que possuíam seus pneumáticos submetidos à explosões devido aos desniveis entre o piso e os trilhos (colunas de reclamações).
A foto nos apresenta um rush na rua Dr. Porciúncula que ainda não havia sofrido quaisquer transformações em seus prédios, a não ser o da Estação que já não possuía o seu pórtico de entrada, retirado para possibilitar maior movimento de carros e lotações. A rua com seu intenso movimento à saída da Estação Ferroviária e a presença dos autos em frente aos hotéis e cafés destes, onde os recém chegados do Rio paravam para um lanche ou café com bate-papo, ou mesmo para reuniões comerciais nos restaurantes dos hotéis.
Com estes autos que já transformavam a paisagem petropolitana, encontramos também presente na foto algumas pequenas charretes de aluguel.


Detalhe da foto fronteiriça a Estação e do incessante movimento de pedestres pela rua em vários sentidos.



Escrito por Oazinguito Ferreira às 19:51
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