terça-feira, 3 de maio de 2011

10451 - HISTÓRIA DA LÍBIA

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Templo de Apolo em Cirene. No século I antes da era cristã, os romanos ocuparam parte do território que depois pertenceria à Líbia.Antigo assentamento de povos tão díspares quanto os fenícios, os romanos e os turcos, a Líbia recebeu seu nome dos colonos gregos, no século II antes da era cristã.

Durante grande parte de sua história, a Líbia foi povoada por árabes e nômades berberes, e somente na costa e nos oásis estabeleceram-se colônias. No século XIII a.C., os habitantes da região, participaram das invasões dos povos do mar no Egito. Fenícios e gregos chegaram ao país no século VII a.C. e estabeleceram colônias e cidades. Os fenícios fixaram-se na Tripolitânia e os gregos, na Cirenaica, onde fundaram as cinco colônias da Pentápole. Os cartagineses, herdeiros das colônias fenícias, fundaram na Tripolitânia uma província, e no século I a.C. o Império Romano se impôs em toda a região, deixando monumentos admiráveis (Leptis Magna).

A Líbia permaneceu como província romana até ser conquistada pelos vândalos em 455 d.C. Após ser reconquistada pelo Império bizantino, continuador do romano, a região passou a ser dominada pelos árabes em 643. Os árabes estenderam a área cultivada em direção ao interior do deserto.

Durante pouco mais de três séculos, os berberes almôadas mantiveram o domínio sobre a região tripolitana, enquanto a Cirenaica esteve sob o controle egípcio.


Regiões da Líbia.Em 1517, os otomanos conquistaram a Cirenaica. Em 1551, Solimão I, o Magnífico, incorporou a região da Tripolitânia ao Império Otomano[1] [2], estabelecendo o poder central em Trípoli. A autoridade do regime turco da Porta Sublime, entretanto, mal passava da região para além da costa.

Dois séculos mais tarde, o reinado da dinastia Karamanli, que dominou Trípoli durante 120 anos, contribuiu para assentar mais solidamente as regiões de Fezã (ou Fezânia), Cirenaica e Tripolitânia, e conquistou maior autonomia, sendo apenas nominalmente pertencia ao Império Otomano, a região servia de base para corsários, o que motivou inclusive uma intervenção norte-americana, a primeira Guerra Berbere ocorreu entre 1801 e 1805.

Em 1835, o Império Otomano restabeleceu o controle sobre a Líbia, embora a confraria muçulmana dos sanusis tenha conseguido, em meados do século, dominar os territórios da Cirenaica e de Fezã (interior do país).

Índice [esconder]
1 A Era Sanusi
2 A Era Khaddafi
2.1 Política Interna
2.2 Política Externa
2.3 Conflito com o Ocidente
2.4 Questão Lockerbie
3 Guerra Civil
4 Referências

[editar] A Era Sanusi
zepelins italianos bombardeando posições turcas em terrítório líbio durante a Guerra ítalo-turca (1911-1912).Em 1837, Mohamed al-Sanusi fundou uma organização islâmica clandestina, conhecida como Sanusiya, que promoveu a resistência contra os turcos, tal organização atuava também no Egito[1] [2].

Em 1911, com o declínio do Império Otomano, a Itália declarou guerra à Turquia e invadiu a Líbia sob o pretexto de defender seus colonos estabelecidos na Tripolitânia, desencadeando a Guerra ítalo-turca, como resultado, a Itália ocupou a costa da Líbia em 1911, que era a última possessão turca no Norte de África. A Turquia renunciou a seus direitos sobre a Líbia em favor da Itália no Tratado de Lausanne ou Tratado de Ouchy (1912).

A partir da vitória italiana, a seita puritana islâmica dos sanusis liderou na Cirenaica a resistência armada à conquista italiana, dificultando a penetração do Exército italiano no interior.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, os italianos ocuparam os portos de Trípoli e de Homs (Al-Khums)[1] [2], no entanto, como os turcos antes deles, nunca conseguiram afirmar sua autoridade plena sobre as tribos sanusi do interior do deserto.

Após a guerra, a Itália teve de enfrentar a resistência liderada por Sidi Omar al-Mukhtar, que só terminou em 1931 quando o líder da rebelião foi capturado e enforcado[1] [2] e em 1939, a Líbia foi incorporada ao reino da Itália.

A colonização não alterou a estrutura econômica do país, mas contribuiu para melhorar a infra-estrutura, como a rede de estradas e o fornecimento de água às cidades.


Emir Sayyid Idris al-Sanusi, coroadro como Idris I (1951-1969).A Sanusiya se mantinha ativa com bases no Egito e na Tunísia e colaborou com os aliados na Segunda Guerra Mundial[1] [2].

Durante a Segunda Guerra Mundial, o território líbio foi cenário de combates decisivos. Entre 1940 e 1943 houve a campanha da Líbia entre o Afrikakorps do general alemão Rommel e as tropas inglesas. Findas as hostilidades, com o encerramento da Campanha da Líbia, o Reino Unido encarregou-se do governo da Cirenaica e da Tripolitânia, e a França passou a administrar Fezã. Essa nações mantiveram a Líbia sobre forte governo militar até que a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou a independência do país em 1º de janeiro de 1952, reunindo os territórios num único Estado federal, com o nome de Reino Unido da Líbia. O líder religioso dos sanusis, o emir Sayyid Idris al-Sanusi, foi coroado rei com o nome de Idris I (1951-1969). A jovem monarquia estabelecida, de cunho autoritário e destituída de representatividade popular, entretanto, teria curta duração.

Idris baseou o seu poder sobre na autoridade religiosa e teve apoio das famílias líbio-turcas residentes nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha[1] [2].

Depois de sua admissão na Liga Árabe, em 1953, a Líbia firmou acordos para a implantação de bases estrangeiras em seu território. Em 1954, houve a concessão de bases militares e aéreas aos norte-americanos. A influência econômica dos Estados Unidos e do Reino Unido, autorizados a manter tropas no país, tornou-se cada vez mais poderosa.

A descoberta, em 1961, de jazidas de petróleo, do qual a Líbia detém a nona maior reserva mundial, constituiu, no entanto, fator decisivo para que o governo líbio exigisse a retirada das forças estrangeiras, o que provocou graves conflitos políticos com aquelas duas potências e com o Egito. Em 1963, aboliu-se a organização federativa.

[editar] A Era Khaddafi[editar] Política Interna
O coronel Muammar Khadafi participou ativamente das questões de interesse árabe.Em 1966, Muammar al-Khaddafi, filho de beduínos nômades, que havia se incorporado ao exército, enquanto estudava em Londres, fundou a União dos Oficiais Livres, e, após o retorno à sua terra natal, continuou o trabalho de conspiração política dentro do exército, e, em 01 de setembro de 1969, teve início em Sabha uma insurreição que derrubou a monarquia rapidamente[1] [2] sem derramamento de sangue.

Os "oficiais livres" eram um grupo de oficiais radicais islâmicos, que após a tomada do poder em um golpe de Estado, criaram um governo militarizado exercido por meio do Conselho da Revolução que era presidido pelo coronel Muammar al-Khadafi, então com 27 anos de idade, proclamou-se islâmico, nasserista e socialista, encerrou as bases militares norte-americanas e britânicas, e impôs severos controles sobre a atividade de empresas transnacionais petrolíferas instaladas na década de 60[1] [2].

O regime de Muammar Khadafi, chefe de Estado a partir de 1970, decretou a nacionalização das empresas, dos bancos e dos recursos petrolíferos do país. A exploração das riquezas do petróleo deu meios ao governo líbio para melhorar as condições de vida da população do país, ainda que a custo de alianças empresariais sombrias e de privilégios para a família do líder nacional [3].

Khaddafi lançou um projeto ambicioso de desenvolvimento, com ênfase na agricultura. Cada família rural recebeu aproximadamente dez hectares de terra, um trator, habitação, ferramentas e irrigação. Foram perfurados mais de 1.500 poços artesianos e 2 milhões de hectares do deserto começaram a receber irrigação artificial.

Devido ao rápido crescimento, a Líbia recebeu imigrantes de outros países árabes e trabalhadores qualificados de todo o mundo. Nas cidades, Khaddafi criou um sistema de previdência social, assistência médica gratuita e incentivos às famílias numerosas. Os trabalhadores da indústria tiveram direito à participação de 25% nos lucros das empresas. A Líbia, em cinco anos, deixou de ser o país mais pobre do norte da África e passou a ter a maior renda per capita do continente: US$ 4 000 por ano.

Em 1973, Kadhafi publica o Livro Verde no qual expõe os ideias éticas e políticas, que rejeitam o capitalismo e o marxismo e criou uma peculiar estrutura de participação popular na política por meio de comitês populares e do Congresso Geral do Povo.

Em 1977, a Líbia passou a se chamar Jamahiriya Árabe Popular e Socialista ("Jamahiriya" é um neologismo que significa Estado das Massas)[1] [2].

Em 1989 teve início uma liberalização econômica[4].

Em 1996 foi inaugurada uma etapa de um grande rede de aquedutos projetada para fornecer água para populações isoladas no deserto[1].

O regime líbio tem enfrentado uma crescente resistência de parte de grupos religiosos islâmicos, e em 1997 seis oficiais do exército foram fuzilados, acusados de espionagem.

Em 2000, foi decretada uma radicalização da política de descentralização do Estado, posta em prática no início da década de 1990.

Em janeiro de 2005, após quatro décadas, ocorreu o primeiro leilão de licenças de exploração de gás e petróleo, as maiores beneficiárias foram as empresas americanas, que retornaram ao país após mais de 20 anos, em outubro do mesmo ano, ocorreu um novo leilão, no qual as maiores arrematantes foram empresas asiáticas e europeias.

Em fevereiro de 2006, as manifestações contra as caricaturas que satirizavam o profeta Maomé publicadas em um jornal dinamarquês resultaram em atos de violência que foram objeto de severa repressão policial, com um saldo de pelo menos 10 mortos.

Em 2007, o governo anunciou que em poucos anos, dispensaria mais de 400 000 funcionários públicos e do exército, mas, em contrapartida, se comprometeu a pagar três anos de salários como forma de compensação. Na época a Líbia tinha mais de um milhão de funcionários públicos, o que exigia mais de 3,5 bilhões de dólares por ano em salários. O objetivo da medida era aliviar o fardo sobre o estado e incentivar o investimento do setor privado.[1].

[editar] Política ExternaOs resultados amplamente positivos no campo interno, não ocorrem na política externa. Fracassam tentativas de integração com a Síria, com o Egito e com a Tunísia[1] [2].

Em 1972, a Líbia e o Egito uniram-se numa Confederação de Repúblicas Árabes, que se dissolveu em 1979.

A partir de 1983, a Líbia tentou uma aproximação com o Marrocos, que culminou com a assinatura de um tratado em 1984[2], que previa uma união formal, tendo sido o tratado extinto em 1986.

Khaddafi se opôs à política de reconciliação entre o Egito e Israel, o teve atritos com a monarquia da Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e do Marrocos[1] [2].

Khadafi, procurando desencadear uma revolução cultural, social e econômica, lançou, em 1973, a revolução cultural islâmica, que provocou graves tensões políticas com os Estados Unidos, Reino Unido e países árabes moderados, com o Egito e o Sudão.

Apoiado pelo partido único, a União Socialista Árabe, aproveitou-se da riqueza gerada pela exploração das grandes reservas de petróleo do país para construir seu poderio militar e interferir nos assuntos dos países vizinhos, como o Sudão e o Chade (Tchad), este último invadido pela Líbia em 1980.

A partir de 1980, a diplomacia líbia voltou-se para a África e para América Latina, apoiou a guerrilha que lutava pela independência do Saara Ocidental em relação ao Marrocos (Frente Polisário) e participou diretamente na guerra civil no Chade, em defesa do Governo Transitório de União Nacional (GUNT), dirigido por Goukouni Oueddei[1] [2].

No final da década de 1980 o chefe líbio dispôs-se a melhorar o relacionamento com as nações vizinhas. Em 1988, restabeleceu relações diplomáticas com o Tchad. Em 1989, a Líbia associou-se à União do Magrebe Árabe, um acordo comercial dos países do Magrebe, no norte da África.

Em 1993 a Líbia rompeu relações com o Irã, reagindo contra o crescimento do fundamentalismo islâmico.

Em 1994, os líbios retiram-se da Faixa de Aozu (Chade), que ocupavam desde 1973, em cumprimento de uma decisão da Corte Internacional de Justiça em Haia, apesar do descontentamento da população na região meridional de Fezzan[4].

As relações de Khadafi com os palestinos se deterioraram, à medida que estes se mostraram dispostos a negociar uma paz com Israel, e em setembro de 1995, o dirigente líbio anunciou a expulsão de 30 mil palestinos que trabalhavam na Líbia. A medida foi suspensa depois da deportação de 1.500 pessoas, e em outubro de 1996 Khadafi anunciou que estas seriam indenizadas.

Em setembro de 1999, mais de 20 líderes de países árabes e africanos. entre eles os presidentes da África do Sul, Palestina, Argélia e Zâmbia, compareceram à Trípoli para o trigésimo aniversário da revolução.

Em dezembro de 1999, o Reino Unido enviou um novo embaixador à Trípoli, após 15 anos de ruptura diplomática.

A Líbia aproveitou a virada para lançar uma ofensiva diplomática na região, oferecendo-se como mediador no conflito no Sudão e retomar o diálogo com o Chade.

Em março de 2000, os EUA enviaram uma delegação para estudar o levantamento as restrições a investimentos e a viagens para a Líbia, que existiam desde desde 1981[1] [4].

Em abril de 2002, seis enfermeiras búlgaras e um palestino foram acusados ​​de terem infectado deliberadamente 400 crianças com AIDS em 1999 como parte de uma conspiração da CIA contra a Líbia, os acusados relataram que haviam confessado sob tortura. Em dezembro de 2005, a Suprema Corte líbia cancelou a pena de morte decretada contra aqueles acusados, levando a realização de um novo julgamento.

Em março de 2004, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, chegou ao país, na primeira visita deste tipo desde 1943.

Em maio de 2006, o ministro das Relações Exteriores da Líbia, Abdel Rahman Shalgham, declarou que a normalização das relações com os EUA serviria os interesses bilaterais e também para a estabilidade política internacional.[1].


Mapa da Líbia.[editar] Conflito com o OcidenteDepois da Guerra do Yom Kippur, a Líbia levou seus parceiros árabes a não exportar petróleo para os Estados que apoiaram Israel. Opôs-se à iniciativa do presidente egípcio Anwar al-Sadat, de restabelecer a paz com Israel, e participou ativamente, junto com a Síria, da chamada "frente de resistência" em 1978. Seu apoio à Organização para a Libertação da Palestina (OLP) se intensificou, e a cooperação com os palestinos se estendeu a outros grupos revolucionários de países não árabes, que receberam ajuda econômica líbia.

A rejeição a Israel, as manifestações antiamericanas e a aproximação com a União Soviética, por parte da Líbia, geraram sérios conflitos na década de 1980.

Por meio de uma ampla campanha publicitária internacional, Ronald Reagan, então Presidente dos Estados Unidos, vinculou Khaddafi ao terrorismo internacional, e, em agosto de 1981, a Sexta Frota dos Estados Unidos abateu dois aviões líbios no Golfo de Sidra. Khaddafi evitou uma resposta violenta e recebeu o apoio político dos regimes árabes conservadores, antes hostil à Trípoli[1] [2].

As relações da Líbia com os Estados Unidos continuara a se deteriorar, e, em 1982, os Estados Unidos impuseram um embargo às importações de petróleo líbio.

Alegando envolvimento líbio em vários atentados contra soldados americanos na Europa acusando o governo líbio de patrocinar ou estimular o terrorismo internacional, os Estados Unidos, em janeiro de 1986, impuseram um bloqueio econômico total àquele país[2], e, em abril daquele ano, realizaram um bombardeio contra vários alvos militares em Trípoli e Bengazi, causando a morte de 130 pessoas. Kadhafi, que, segundo alguns indícios, seria o principal alvo dos ataques[2], perdeu uma filha adotiva quando sua casa foi atingida, manteve-se como chefe político, mas sua imagem internacional deteriorou-se rapidamente.

Em 1991, durante a Guerra do Golfo Pérsico, a Líbia adotou uma posição moderada, opondo-se tanto à invasão do Kuwait quanto ao posterior uso da força contra o Iraque. Apesar de sua neutralidade no conflito, a Líbia se manteve sob crescente isolamento internacional até meados da década.

[editar] Questão LockerbieEm novembro de 1991, os tribunais norte-americanos e britânicos responsabilizaram a Líbia pelo (Atentado de Lockerbie), na Escócia, em 1988, que derrubou um avião da Pan Am, resultando em 270 mortos, dos quais 189 eram norte-americanos, e também pelo atentado contra um avião da UTA, na Nigéria, que causou 170 vítimas. A Interpol emitiu uma ordem de captura internacional contra dois agentes líbios.

Em janeiro de 1992, a Líbia se declarou disposta a cooperar com a ONU para o esclarecimento dos dois atentados. Khaddafi, no entanto, rejeitou aquele pedido de extradição, como foi exigido pela ONU, e sugeriu, sem sucesso, a realização do julgamento, em Trípoli.

Entre fevereiro e março de 1992, a ONU deu um ultimato, com o prazo de 15 de abril de 1992, para a extradição como meio de afirmar uma renúncia explícita ao terrorismo. Após esse prazo, a Comunidade Econômica Europeia e os sete países mais industrializados aprovaram sanções econômicas, contra as quais Khaddafi recorreu, sem sucesso, ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia.

Khadafi abria brechas no bloqueio aéreo militar viajando para a Nigéria e para o Níger, bem como enviando peregrinos à Meca em aviões de bandeira líbia.

Em agosto de 1992 Kadhafi nomeou um chanceler moderado para tentar encontrar uma solução para a crise[4].

Em 1994, as Nações Unidas intensificaram o embargo[1] [2], sem afetar muito a popularidade de Kadhafi que responsabilizava os EUA pelas dificuldades.

Em 1997, três representantes africanos no Conselho de Segurança das Nações Unidas (Egito, Guiné-Bissau e Quênia), pediram o envio de uma missão à Trípoli.

Em outubro de 1997, a África do Sul, após uma visita do presidente Nelson Mandela, pediu o fim do embargo à ONU.

Em março de 1998, a Corte Internacional de Justiça se declarou competente para analisar o recurso de revogação do embargo econômico apresentado por Trípoli, decisão que abriu uma crise daquele Tribunal com o Conselho de Segurança das Nações Unidas[4].

Em 1998, o Movimento dos Países Não-Alinhados e a Organização da Unidade Africana, apoiaram uma moção para que os suspeitos fossem julgados em um país neutro, por sua vez, o Reino Unido e os Estados Unidos propuseram que eles fossem julgados em Haia de acordo com a lei escocesa e por juízes escoceses[1], proposta que foi aceita em março de 1999, o que permitiu a suspensão das sanções em abril daquele ano.

Em fevereiro de 2001, depois de nove meses de julgamento, um dos agentes secretos líbios foi condenado à prisão perpétua[4].

Em agosto de 2002, o governo líbio concordou em pagar uma indenização de 2,7 bilhões de dólares para distribuir entre as famílias das vítimas[1].

Em 2003, o Conselho de Segurança da ONU retirou o embargo internacional, suspenso desde 1999.

Em dezembro de 2003[1], Kadhafi comprometeu-se a desmantelar as armas de destruição em massa e a permitir a supervisão de suas instalações nucleares. A partir de então, aumentaram suas vendas internacionais de petróleo, particularmente para a Europa.

Em janeiro de 2004, a Líbia concordou em indenizar as vítimas de um avião francês que fora abatido sobre o deserto em 1989.

Em agosto de 2004, a Líbia concordou em pagar, 35 milhões de dólares como compensação às vítimas de um ataque a bomba em uma discoteca que ocorrera em Berlim, em 1986[1].

[editar] Guerra CivilEm fevereiro de 2011, após a Tunísia e o Egito, a Líbia é atingida por manifestações em Trípoli e Benghazi, que pedem a saída de Kadhafi e seus filhos.

Em 17 de março de 2011 foi aprovada a Resolução 1973 do Conselho de Segurança da ONU que autoriza o uso da força na Líbia com base no Capítulo VII da Carta da ONU. A Resolução foi aprovada por 10 votos a favor, nenhum contra e 5 abstenções - da Alemanha, Brasil, China, Índia e Rússia. Esta Resolução tem cinco itens: proteção aos civis; uma zona aérea de exclusão; reforço no embargo de armas; proibição de voos; e congelamento de bens. No dia 19 de março um avião de combate francês efetuou o primeiro disparo na Líbia às 16h45 GMT (13h45 de Brasília) contra um "veículo militar indeterminado", dando início às determinações da Resolução 1973.

Referências↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v Guia del Mundo 2007, acessado em 24 de abril de 2011
↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, 3ª Ed. rev e atualizada - São Paulo Publifolha, Rio de Janeiro: Editora Terceiro Milênio, 2002, p 384
↑ http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/colunas/A+LIBIA+EM+CRISE_63945.shtml
↑ a b c d e f Enciclopédia do Mundo Contemporâneo, cit., p 385
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