segunda-feira, 31 de maio de 2010

75 - OS ASSÍRIOS

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A Assíria foi uma entidade política da Antiguidade, centrada na região do alto rio Tigre, na Mesopotâmia (atual Iraque), e que acabou por dominar impérios regionais por diversas vezes ao longo da história, iniciando esse longo processo na tomada da Babilônia e terminando na reconquista. Recebeu o seu nome a partir de sua capital original, a antiga cidade de Assur (em acádio: Aššur; em árabe: أشور, transl. Aššûr; em hebraico: אַשּׁוּר, transl. Aššûr; em aramaico: ܐܫܘܪ, transl. Ašur, ou ܐܬܘܪ, transl. Atur). O termo Assíria também pode se referir à região geográfica mais ampla onde estes impérios estavam centrados.

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ARQUEOLOGIA BÍBLICA



Herodium onde se localiza a Tumba de Herodes
Arqueologia
Arqueologia bíblica | Arqueologia de Israel
Ciência social | Civilização | Egiptologia | Escavação
Datação radiométrica | História Antiga | Sítios
Metodologia arqueológica | Teoria arqueológica

Períodos[Esconder]
Idade Antiga | Idade do Bronze
Idade do Ferro | Idade Média

Regiões Abrangidas[Esconder]
Israel | Palestina | Jordânia | Egito
Assíria | Mesopotâmia | Império medo-persa | Pérsia
Ásia Menor | Macedônia | Grécia | Roma
Terra Santa | Síria | Anatólia

Descobertas Documentadas[Esconder]
Papiro P52| Papiro Chester Beatty | Rolos do Mar Morto
Cilindro de Nabonido | Crônica de Nabonido
Cilindro de Ciro | Muralhas Jericó
Estela de Merenptah | Inscrição de Pilatos | Pim de peso
Sargão II da Assíria | Tiglat-Piléser III | Pedra de Roseta
Pedra Moabita | Césares | Papiros de Elefantina
Alexandre, o Grande | Segundo Templo
Pedra de Zayit | Tumba de Herodes | Inscrição de Siloé
Tabuleta de Nebo-Sarsequim

Sítios Arqueológicos[Esconder]
Herodium | Santo Sepulcro | Qumrán | Mispá
Túnel de Ezequias | Fonte de Giom | Piscina de Siloé
Ur | Ebla | Vale do Cédron
Jerusalém | Museu Israel | Ecrom | Ofel
Persépolis | Nínive | Megido | Tessalônica | Laquis

Museus[Esconder]
Museu da Arte e História do Judaísmo (Paris)
Museu Britânico | Museu Egípcio | Museu Israel
Museu do Louvre | Museu de Luxor | Museu Pergamon
Museu do Vaticano

Objetos Relacionados[Esconder]
Bula | Cerâmica | Estela | Obelisco | Ostraca
Pergaminho | Manuscrito | Papiro | Papirologia
Pim | Selo | Túmulos
Hieróglifo | Copta | Pictograma

Origem Discutida ou Reprovada[Esconder]
Arca da Aliança | Arca de Noé | Santo Sudário
Manto de Santa Veronica | Túmulo de Absalão

Arqueólogos Renomados[Esconder]
Kathleen Kenyon | Yohanan Aharoni
George E Wright | Rudolf K Bultmann
William F Albright | Bryant G. Wood | William Dever
Georg Ebers | Ron Wyatt | Jan Assmann
Howard Carter | T. Young Lord Elgin | August Mau
Zahi Hawass | Karl R Lepsius | H Schubart
Jacques Champollion | Salomon Reinach
Ernest Wallis Budge | Rodolphe Kasser
Jean-François Champollion | Ippolito Rosellini

Durante o Antigo Período Assírio (do século XX ao XV a.C.), Assur controlou a maior parte da Alta Mesopotâmia. No Período Assírio Médio (do século XV ao X a.C.) a sua influência declinou, e só foi reconquistado posteriormente, após uma série de conquistas. O Império Neo-Assírio do início da Idade do Ferro (911-612 a.C.) expandiu-se ainda mais, e sob Assurbanipal (c. 668-627 a.C.) controlou, por algumas décadas, todo o Crescente Fértil, bem como o Egito, antes de sucumbir à expansão neo-babilônia e, posteriormente, persa.

Índice [esconder]
1 Civilização Assíria
2 História antiga
3 Antigos reinos e cidades-Estado assírias
3.1 Cidade-Estado de Assur
4 Evolução política
4.1 O Império Assírio
4.2 A Queda
5 Organização econômica e cultural
6 Ver também
7 Referências
8 Ligações externas


[editar] Civilização Assíria
A Assíria é o antigo reino de Assur (Ashur), país da Ásia, localizado ao norte da Mesopotâmia a partir da fronteira norte do atual Iraque, que surge juntamente com Elam e Mari no alto Tigre, quando obtêm, em 1950 a.e.c., a independência de Ur III.

O grande Império Assírio vem logo após o enfraquecimento do antigo império da Babilônia. Vindos do Norte, conquistaram toda a região da Mesopotâmia por volta do século XII a.e.c. Estima-se que existia desde o século IX a.e.c. Era um povo guerreiro com um exército forte e muito bem organizado, o que o ajudou a manter o poder do reino unificado. Sua capital era a cidade de Nínive. Devido às revoltas internas e à pressão externa o Império caiu, mais exatamente quando a capital foi devastada, alguns historiadores afirmam que em 606 a.e.c. e outros dizem em 612 a.e.c.

Localizado na região leste da Alta Mesopotâmia, entre o rio Tigre e as montanhas Zagros, seus domínios se estenderam de Elam até as fronteiras do Egito. Seu ápice foi com o rei Sargão II (722-705 a.e.c.). Com seu forte exército dominaram os israelitas, babilônios e egípcios, mas não resistiram à pressão de um levante em Elam, juntamente com um na Babilônia, dando a oportunidade para os egípcios recuperarem sua liberdade. Logo em seguida, os medos, povo aliado aos caldeus e aos citas, tomaram a capital Nínive e a destruíram, alguns dizem em 612 e outros em 606 a.e.c. Os assírios formaram o maior império, até então criado, antes do Império Romano.

Os reis assírios eram seminômades, semitas do noroeste. Suas conquistas se estenderam aos vales dos rios Tigre e Eufrates. O início do século XVIII a.e.c. é marcado por alguns acontecimentos políticos: queda de Ur III e a derrocada do Médio Império, no Egito. É quando surgem duas potências emergentes, Mari e Assíria. Nesse período, um rei de origem amorrita, Shamshi-Adad I (1815-1782 a.e.c.) expandiu os domínios assírios por toda a Mesopotâmia.

Curiosamente, Shamshi-Adad se intitulou Sar-kissat (rei do mundo). Os assírios foram derrotados em 1779 a.e.c. por Hammurabi, rei caldeu, tomando-se como que um protetorado do grande império babilônio que surgia. Mais tarde, Assurbanipal II re-conquistou a terra de seus vizinhos estendendo a influência assíria do Irã até a cidade egpcia de Tebas. Assur-nazirpal II (884-859 a.e.c.) transformou Nimrud (Khalcu) em sua capital militar, onde ficavam estacionadas suas tropas. Salmanassar III (859-824 a.e.c.) dominou a alta Mesopotâmia. É curioso observar que Assur é o nome do país do principal deus e também de um rei. Muitos reis usavam Assur o título da divindade, como prefixo de seus nomes.

Suas principais cidades-estado foram Assur, Nínive e Nimrud. Revoltas internas e invasões de nômades da Ásia Central (os medos da Pérsia e os caldeus) colocam fim ao império em 612 a.e.c. A parte ocidental do país era uma estepe adequada apenas a uma população nômade. Entretanto, a parte oriental era apropriada para a agricultura, com colinas cobertas de bosques e férteis vales banhados por pequenos rios.

A leste da Assíria se encontram os montes Zagros; ao norte, um escalão de platôs conduz ao maciço armênio; a oeste se estende a planície da Mesopotâmia. Ao sul se encontrava o país conhecido como Shumer, e Acádia e mais tarde Babilônia.

As cidades mais importantes da Assíria, todas situadas no território do atual Iraque, eram Assur, atualmente Sharqat; Nínive, da qual os únicos vestígios que indicam sua localização são dois grandes tells, Quyunyik e Nabi Yunas; Khalcu (Nimrud) e Dur Sharrukan, atualmente Jursabad. Nínive, às margens do Tigre, foi a capital assíria durante o apogeu (705-612 a.e.c.). No entanto, escavações indicam um inicio de aldeamento e povoação no período calcolítico, por volta de 6000 a.e.c. Outra cidade-estado da Assíria de enorme importância política e econômica foi Kárkemis, antiga capital do reino hitita do século XII a.e.c.

Os militares assírios formaram o primeiro exército organizado e o mais poderoso até então. Desenvolveram armas de ferro e carros de combate puxados por cavalos, além de cavalaria pesada individual. O controle das áreas conquistadas era mantido pelas tropas e por práticas cruéis, como a deportação e a mutilação dos vencidos. Os guerreiros e sacerdotes desfrutavam de grandes privilégios: não pagavam tributos e eram grandes proprietários de terra. A população comum, formada por camponeses e artesãos, ficava sujeita a altos tributos e serviços forçados na construção de imensos palácios e estradas. Os assírios desenvolveram a horticultura e aperfeiçoaram o arado.

A literatura Assíria era praticamente idêntica a babilônia, e os reis assírios mais cultos, principalmente Assurbanipal II, se gabavam de armazenar em suas bibliotecas cópias de documentos literários das culturas que os antecederam, bem como dos países vencidos. A vida social ou familiar, os costumes matrimoniais e as leis de propriedade de assírios e babilônicos também eram muito parecidos. Suas práticas e crenças religiosas eram semelhantes.

A raça dos assírios resulta da mestiçagem entre as tribos de semitas chegadas da Samaria (região da Palestina) e os povos do norte do rio Tigre, por volta de 1000 a.e.c. A principal contribuição cultural assíria ocorreu no campo da arte e da arquitetura, especialmente no período neo-assírio (1117 a 612 a.e.c.). Sargão II, que reinou entre 722 - 705 a.e.c., ergueu palácios, templos e residência de alto luxo e esmerado padrão artístico. Os grandes zigurates foram a principal forma de arquitetura religiosa assíria, com tijolos coloridos e vitrificados. Posteriormente, Sennakerib, filho de Assurbanipal, que reinou de 705 a 681 a.e.c., mudou a capital para Nínive em 701 a.e.c.

Segundo alguns importantes descobrimentos arqueológicos, a Suméria, posteriormente Assíria, foi habitada desde o inicio da era paleolítica. Apesar disso, a vida sedentária não teve origem nessa região até cerca de 6500 a.e.c. O fim do Império Assírio ocorreu no ano de 612 a.e.c., quando o exército, comandado por seu último rei, Assur-uballit II (612-609 a.e.c.), foi derrotado pelos medos em Haran.

Ao longo de sua história, o poder da Assíria dependeu quase que inteiramente de sua força militar. O rei era o comandante-chefe do exército e dirigia suas campanhas. Embora em teoria fosse monarca absoluto, na realidade os nobres e cortesãos que o rodeavam, assim como os governadores que nomeava para administrar as terras conquistadas, tomavam frequentemente decisões em seu nome. As ambições e intrigas foram uma ameaça constante para a vida do governante assírio. Essa debilidade central na organização e na administração do Império Assírio foi uma das responsáveis por sua desintegração e colapso.

[editar] História antiga

O Império assírio em 824 a.C. (verde escuro) e 671 a.C. (verde claro).O primeiro sítio neolítico na Assíria é o de Tell Hassuna, centro da cultura Hassuna, no atual Iraque. Da história arcaica do reino da Assíria pouco se sabe com segurança. De acordo com algumas tradições judaico-cristãs, a cidade de Ashur (também Assur ou Aššur) teria sido fundada por Assur, filho de Sem, que foi deificado por gerações posteriores como o deus padroeiro da cidade. O vale do alto rio Tigre parece ter sido dominado pela Suméria, pela Acádia e pela Babilônia, em seus estágios iniciais. O Império Acádio de Sargão, o Grande alegava abranger os "quatro quartos"; as regiões ao norte da terra de origem acádia eram conhecidos como Subartu. Foi destruída por bárbaros gútios durante o chamado período Gútio, depois foi reconstruída e acabou sendo governada como parte do império da 3ª Dinastia de Ur.

[editar] Antigos reinos e cidades-Estado assírias
As primeiras inscrições de soberanos assírios surgem depois de 2000 a.C.. A Assíria consistia então de diversas cidades-Estado e pequenos reinos semíticos. A fundação da monarquia assíria é creditada tradicionalmente a Zulilu, que teria vivido depois de Bel-kap-kapu (Bel-kapkapi ou Belkabi, c. 1900 a.C.), ancestral de Shalmaneser I.

[editar] Cidade-Estado de Assur
A cidade-Estado de Assur teve grande contato com as cidades do planato da Anatólia. Os assírios fundaram "colônias mercantis" na Capadócia, como por exemplo em Kanesh (atual Kültepe), de 1920 a.C. a 1840 a.C. e de 1798 a.C. a 1740 a.C.. Estas colônias, chamadas karum ("porto", em acádio), eram ligadas a cidades anatólias, embora estivessem separadas fisicamente, e mantivessem um status especial de impostos. Especula-se que teriam surgido com uma tradição comercial longe entre Assur e as cidades anatólias, porém não existem registros arqueológicos ou epigráficos que comprovem este fato. O comércio consistia de metal (talvez chumbo ou estanho, a terminologia usada não é clara) e produtos têxteis da Assíria, que eram trocados por metais preciosos na Anatólia.

Como muitas cidades-Estado comerciais ao longo da história, Assur era, até certo ponto, uma oligarquia, e não uma monarquia. A autoridade era tida como estando com "a Cidade", e a politeia tinha três centros principais de poder - uma assembleia de anciãos, um soberano hereditário e um epônimo. O soberano presidia sobre a assembleia, e executava suas decisões; não era descrito com o termo acádio costumeiramente usado para "rei", šarrum, que era reservado para a divindade padroeira da cidade, Assur, de quem o soberano era o alto sacerdote. O próprio soberano era indicado apenas como o "criado de Assur" (iššiak Assur), onde o termo iššiak, "criado", "camareiro", é por sua vez um empréstimo do sumério ensi(k). O terceiro centro de poder era o epônimo (limmum), que dava seu nome ao ano, de maneira semelhante ao que ocorreria posteriormente com os arcontes atenienses e os cônsules romanos da Antiguidade Clássica. O epônimo era eleito anualmente através de sorteio, e era responsável pela administração econômica da cidade, que incluia a prerrogativa de aprisionar pessoas e confiscar propriedade. A instituição do epônimo, bem como a fórmula iššiak Assur perdurou na forma de vestígios cerimoniais, por toda a história da monarquia assíria.[1]

[editar] Evolução política
Segundo as teorias bíblicas, os assírios seriam descendentes de Assur, o segundo filho de Sem e neto de Noé. Entretanto, tal teoria carece de maiores elementos confirmadores, de modo que a origem desse povo da Antiguidade tem sido explicada pela arqueologia.

Por volta de 2000 a.C., em meio a um grande movimento de indo-europeus vindos do Cáucaso, os assírios estabeleceram-se na região do alto Tigre. Foram invadidos pelos bárbaros semitas denominados amoritas. Por volta de 1000 a.C., um rei amorita dos assírios estabeleceu controle da maior parte do norte da Mesopotâmia. Seu poder durou pouco por causa da ascensão da Babilônia sob Hamurábi e dos mitanos, povo do oeste, na moderna Síria.

Durante o segundo milênio a.C., os assírios foram dominados seguidamente pelos mitanos e pelos amoritas da Babilônia.

O período de 1363 a 1000 a.C. foi o Médio Império Assírio. Vários reis fortes reconquistaram a independência assíria e, então, começaram a invadir os impérios vizinhos. Os assírios evitaram destruição durante a catástrofe de 1200 a.C., talvez porque já estivessem adotando novas técnicas militares e armas que os velhos reinos não utilizavam. No vácuo político da Idade das Trevas da Antiguidade, os assírios prosperaram. Em 1076 a.C., Tiglatfalasar I alcançou o Mediterrâneo, à oeste.

Já no século XIII a.C., os assírios, sob Tukulti-Ninurta I (1242 a.C. - 1206 a.C.), libertaram-se da Babilônia.


Relevo assírio representando o transporte de cedro libanês (século VIII a.C.).Por volta de 1200 a.C., ocorreu um novo grande movimento migratório de indo-europeus. No Egito, foram contidos pelos faraós Meneptah (1235 a.C. - 1224 a.C.) e Ramsés III (1198 a.C. - 1166 a.C.). Na Grécia, geraram um grande processo de dispersão. Na Ásia Menor, causaram o declínio dos hititas. Na Mesopotâmia, geraram a agitação dos arameus, que terminaram por invadir a Babilônia e a Assíria por volta de 1047 a.C.. Relatos da época dizem-nos que os assírios refugiavam-se em "terras inimigas" escapando "da míngua, da fome e da miséria". Os templos ficaram em ruínas, e a interminável guerrilha contra os nômades teria alterado o caráter da Assíria, transformou-a em uma nação de guerreiros cruéis e bem adestrados, com um poderoso exército, que, em pouco tempo, abalou todo o Oriente Médio.

O Novo Império Assírio, de 1000 a.C. a 600 a.C., representou o auge das suas conquistas. O império ia da ponta do Golfo Pérsico, passando ao redor do Crescente Fértil por Damasco, Fenícia, Palestina, e entrava no Egito até Tebas. Sua fronteira norte eram os Montes Tauros da atual Turquia. Com exceção do que tinha sido as culturas minóica (Creta), micênica (Grécia) e hitita (Turquia), todas as áreas de civilizações pré-catastrofe ao Oeste foram governadas pelos assírios.

Por volta de 830 a.C., no reinado de Salmanasar III, os arameus foram subjugados e a eles foi imposta uma cobrança tributária.

[editar] O Império Assírio
Em 729 a.C., no reinado de Tiglath-Pileser III ou Teglatefalasar III (746 a.C. - 727 a.C.), os assírios conquistaram a Babilônia. Teglatefalasar III também conteve a expansão da Média no oriente e tentou sem sucesso conquistar o reino de Urartu, situado no Ararat.

Israel foi conquistada no primeiro ano do reinado de Sargão II (721 a.C. - 705 a.C.). Cerca de 27.000 israelitas foram deportados. Em 715 a.C., foi a vez da Média ser conquistada. Sargão II ainda conquistou a Síria.

Seu sucessor, Senaquerib (705 a.C. - 681 a.C.), transferiu a capital de Assur para Nínive. De acordo com os livros bíblicos de II Reis, II Crônicas e do profeta Isaías, admitido no cânon do Antigo Testamento, Senaquerib teria buscado conquistar Judá, cercando a cidade de Jerusalém. No entanto, a Bíblia relata que Senaquerib fracassou em sua tentativa militar e, ao retornar para Nínive, foi assassinado por dois de seus filhos.

Então, Senaquerib, rei da Assíria, partiu, e foi; e voltou e ficou em Nínive. E sucedeu que, estando ele protado na casa de Nisroque, seu deus, Adrameleque e Serezer, seus filhos, o feriram à espada; porém eles escaparam para a terra de Ararate; e Esar-Hadom, seu filho, reinou em seu lugar. (II Reis 19:36-37)

O filho e sucessor de Senaquerib foi Esarhaddon, também conhecido por Assaradon (681 a.C. - 669 a.C.), que expandiu seus domínios ao Nilo, estabelecendo sobre o Egito uma dominação inicialmente precária, tendo também reconstruído a Babilônia que fora destruída por seu pai, a qual pode ter se tornado a nova capital do Império Assírio durante algum período.

[editar] A Queda
Assurbanipal (669 a.C. - 631 a.C.), não conseguiu evitar que o Egito, em 653 a.C., efetivasse sua emancipação. À independência do Egito, seguiram-se rebeliões na Fenícia, na Babilônia e no Elam.

No entanto, sabe-se que Assurbanipal foi o rei que mandou criar a biblioteca a Biblioteca Real de Assurbaníbal, com obras escritas em cuneiforme, em que, tendo muitas delas sido preservadas até os dias atuais, permitiram aos arqueólogos descobrir muitos aspectos da vida política, militar e intelectual desta grande civilização e na investigação dos textos bíblicos.

Em 625 a.C., os caldeus tomaram a Babilônia e conquistaram sua independência. Ciáxares, rei da Média, em aliança com o rei dos caldeus, invadiu Assur em 615 a.C. e, em 612 a.C., tomou Nínive, pondo fim ao Estado assírio.

[editar] Organização econômica e cultural

Um touro alado assírio.Formou-se na Assíria, ao longo do tempo, um corpo burocrático bastante eficiente. Muitos deles eram epônimos, e, portanto, davam nome ao ano. O rei era, em geral, o epônimo do primeiro ano. Seguia-se a ele, assim, uma série de epônimos, em critério de hierarquia. Tal sistema constitui um elemento de grande importância para os historiadores no processo de datação.

A política externa assíria era conhecida por sua brutalidade para com os inimigos. Em muitos casos, atos de selvageria por parte do império assírio foram empregados com o fim de persuadir seus inimigos a se entregarem sem luta. Registros escritos da época demonstram o temor dos povos adjacentes ao terror assírio. Os governantes assírios caracterizaram-se também pelo tratamento despendido aos povos conquistados. Para evitar movimentos rebeldes nas regiões conquistadas, os povos vencidos eram capturados, removidos de suas terras, e distribuídos entre as cidades do império, diluindo seu poder. Nativos assírios e inimigos capturados de outras regiões eram encorajados a ocupar as áreas conquistadas. Esta prática mostrou-se particularmente eficiente, e foi mantida pelos babilônicos no período subsequente.

Assim, como na maioria dos Estados que se desenvolveram no Crescente Fértil, os reis assírios exerciam um poder autocrático, sendo considerados inclusive intermediários entre os deuses e o povo. A partir do reinado de Teglatefalasar III, foram instaladas guarnições permanentes nos países dominados.

A religião seguia as bases dos cultos realizados pelos sumérios. Cada cidade era devota de um deus específico (ao qual se associava a sua criação e proteção), e os deuses mais importantes do panteão assírio dependiam do grau de influência de suas cidades na política interna. Assur era o principal deus assírio. Os zigurates permaneceram como o centro cultural, religioso e político das cidades assírias.

[editar] Ver também
Jerusalem
Hebreus
Referências
↑ Larsen, Mogens Trolle (2000): "The old Assyrian city-state". In Hansen, Mogens Herman, A comparative study of thirty city-state cultures : an investigation / conducted by the Copenhagen Polis Centre. P.77-89
[editar] Ligações externas
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Um artigo sobre a Assíria[ligação inativa]



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