Jardins Botânicos: MAURÍCIO. Revista BRASIL-EUROPA 123. ACADEMIA BRASIL-EUROPA. Bispo, A.A. (Ed.) e Conselho Especializado. Organização de estudos culturais em relações internacionais
O conceito de cultura, na sua acepção terminológica, está estreitamente vinculado com o de cultivo e, correspondentemente, com a terra e o mundo vegetal. Também a tradição da linguagem simbólica e a antiga mitologia o testemunham. Ainda que se tenha procurado desenvolver outras interpretações do termo nas últimas décadas, permanece tal concepção em muitos casos, sobretudo no seu emprêgo quotidiano, ou mantém a sua vigência de forma subjacente. Tal situação de incoerência indica a necessidade de reconsiderações das colocações que têm guiado os estudos culturais.
Para além do debate teórico de cunho especulativo, surge como de atualidade uma maior atenção à inserção da história do cultivo de plantas na história cultural em geral, à história do interrelacionamento entre Botânica e Cultura, dos processos de difusão e aclimação de espécies e processos culturais, e de transformações do mundo vegetal das diferentes regiões do mundo nos seus elos recíprocos com as configurações sócio-culturais e suas mudanças.
Essa atualidade é determinada sobretudo pelo estado crítico em que se encontra a relação entre o homem e a natureza, manifestada na destruição pouco refletida do patrimônio vegetal em muitos países, de graves consequências para as respectivas comunidades e para a humanidade em geral. Uma intensificação do trabalho cooperativo entre botânicos e pesquisadores da cultura surge como necessária e promissora. Essa cooperação exige porém uma orientação dos estudos culturais que superem referenciações bi-laterais, uma vez que nos processos atuaram diferentes nações no decorrer da história. Essa orientação vem de encontro, assim, às novas condições colocadas pela União Européia e vem sendo representada pela Academia Brasil-Europa. Os contextos bi-laterais passam aqui a ser desenvolvidos à luz de sua inserção em complexos culturais mais amplos.
Essa visão mais ampla inclui necessariamente um direcionamento da atenção a regiões de expansão cultural do Ocidente, intensificada desde a época dos Descobrimentos. O relacionamento entre a difusão recíproca de plantas e as viagens de descobrimento e de exploração sob a perspectiva da França foi tema de exposição realizada no castelo de La Roche-Jagu, em 2008. As reflexões então encetadas tiveram prosseguimento durante o ano de 2009, dedicado de maneira especial aos estudos culturais nas relações França-Brasil pelos 40 anos dos trabalhos de atualização desses estudos desenvolvidos pela Academia Brasil-Europa (Veja número anterior desta revista).
Como então salientado, os estudos culturais França-Brasil no sentido da presença da França no Brasil não se resumem á "Missão Artística Francesa" de 1816 e às suas consequências, ainda que esse empreendimento tenha sido da mais alta relevância. Mesmo, porém, relativamente à época dessa Missão, os estudos culturais dessas relações não podem resumir-se às artes plásticas, à pintura, à arquitetura e à música, mas devem incluir também outras áreas dos conhecimentos e, em particular, também a Botânica aplicada. Pode-se até mesmo esperar que dessa consideração surjam novas perspectivas para a interpretação de concepções intrínsecas a desenvolvimentos nas artes e outras esferas da cultura.
O mais significativo testemunho das relações entre contextos mundo francês e o mundo luso-brasileiro com relação ao cultivo de plantas é o Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Ao mesmo, representa o mais importante elo entre o Brasil e a área do Índico, tendo, em particular, as Ilhas Maurício como referencial. Os estudos histórico-interculturais que focalizam relações entre o Oriente, a Índia, a África e o Brasil no início do século XIX passam a incluir, assim, a antiga Île de France como importante elemento. Um projeto colonial aqui desenvolvido pela França teve repercussões no Brasil, levando a transplantes de espécies que marcaram de forma significante não apenas a vida econômico-agrícola, mas sim também a paisagem e a imagem do país.
Bertrand François Mahé de La Bourdonnais (1699-1753)
A história da ação francesa na difusão e no cultivo das plantas no Índico, de consequências para o Brasil, vincula-se sob diferentes aspectos com a Bretanha. Originário de Saint-Malo foi um dos grandes vultos da história marítima e colonial francesa, o Admiral B. F. Mahé de la Bourdonnais.
O seu nome ficou estreitamente vinculado à história da presença francesa no Índico. Já era capitão da marinha da Companhia das Índias Orientais francesas em 1723, e, no ano seguinte, já se distinguia com a tomada de região na Costa do Malabar, na Índia, passando a designar-se com este nome: Mahé. A partir de 1734, tornou-se governador da Île de France e Île de Bourbon, dedicando-se ao desenvolvimento colonial e como ponto de apoio para a expansão da esfera francesa no Oriente, assumindo o comando das armadas. A sua vida foi marcada pelo conflito de interesses entre as Companhias das Índias Orientais da França e da Grã-Bretanha. Desempenhou importante papel na derrota dos inglêses em Madras, em 1746. Entretanto, por não ter feito conquistas no subcontinente, foi prêso e reenviado à França, onde viria a falecer. Em 1750, escreveu as suas Memórias.
Com a sua citação no romance Paul et Virginie de Jacques-Henri Bernardin de Saint-Pierre (veja artigo nesta edição), o nome de Mahé de La Bourdonnais tornou-se mundialmente conhecido, também no Brasil. O seu busto encontra-se, significativamente, nas proximidades das estátuas de Paul e Virginie no jardim da igreja de Pampelmousses, em Maurício. Também a capital do país possui estátua do antigo governador, erigida em 1859, e há uma cidade denominada segundo o seu nome, Mahébourg.
Sob o governador Mahé de Labourdonnais, criou-se uma horta ou um jardim de plantas úteis em 1735. Pretendia-se transformar as ilhas nuim centro do cultivo de especiariais, quebrando assim o monopólio holandês do gênero. Desse jardim pensava-se em exportar produtos, frutos e plantas em todo o mundo. Também orquídeas e outros tipos de flores foram aqui cultivadas para fins de exportação. O jardim transformou-se numa importante instituição de cultivo de plantas tropicais.
Pierre Poivre (1719-1786)
Outro vulto de particular significado na história do cultivo de plantas nas suas relações com processos interculturais é Pierre Poivre, um especialista em jardinagem nascido em Lyon, França.
Foi um dos religiosos católicos franceses que, no século XVIII, atuaram não apenas na ação missionária de expansão do Cristianismo, mas também no da difusão de plantas. A sua ação poderia ser estudada sob a perspectiva da antiga concepção - hoje ainda vigente - de que o trabalho missionário, a evangelização, corresponde metaforicamente à plantação de uma semente na terra, o que exige a preparação do terreno adequado, do humus, e que a catequese e a educação cristã equivale ao cultivo e que deverá, tal qual uma planta, dar frutos.
Tais imagens influenciaram-se reciprocamente, o que pode explicar a razão pela a plantação e a transplantação de sementes e o cultivo de plantas surgem em estreito relacionamento com a história cultural marcada pela ação de missionários, sobretudo quando estes chegaram a ocupar postos de influência na administração.
Poivre pertenceu à Congregação do Espírito Santo, Espiritanos (CSSP). Essa Congregação, organizada em 1734, remontava ao Seminário do Espírito Santo para estudantes pobres fundado em 1703 em Paris por Claude-François Poullart-des-Places (1679-1709), proveniente de antiga família nobre da Bretanha. A Congregação viria a desempenhar, sobretudo a partir do início do século XIX, importante papel nas missões das colonias francêsas. Significativamente, na linguagem simbóilica, a plantação da semente na terra, que deverá dar frutos, é estreitamente relacionada com a teologia do Espírito Santo, uma vez que é o Espírito que tudo vivifica, também a terra.
Pierre Poivre atuou na missão do Extremo Oriente, na China e na Cochinchina, sobretudo em Guangzhou e Macao. Em Macao, centro do Catolicismo e do interrelacionamento de esferas culturais nessa região do mundo, entrou em contato com os esforços portugueses no cultivo de plantas da China e da aclimatação de plantas da Europa. Em 1745, como membro da Companhia das Indias Orientais francesa, dirigiu-se à Índia. Em conflito entre inglêses e franceses preocupados pela expansão de esferas de influência, foi gravemente ferido.
Para a história da Botânica, o significado de Poivre iniciou com a sua nomeação a administrador da Île de France e da Île Bourbon, hoje Reunião, além das Seychellas. Sob a sua ação, ali foram introduzidas plantas provenientes da Índia e d Ásia, entre elas o cravo-da-Índia e a noz moscada. Com essa medida, agiu em interesse francês, procurando superar a supremacia holandesa no comércio de especiarias. Para tal, consta ter apoiado, em 1769/70 empreendimentos de contrabando e de roubo de sementes da Índia. Na sua época fundou-se, na Île de France, o viveiro que se tornaria o importante Jardim Botânico de Pampelmousses.
Cravo e Noz-moscada
O cravo (Syzigium aromatium), originário do arquipélago das Molucas, de amplo uso no Oriente desde as mais remotas épocas, era utilizado, entre outros objetivos, com função antisséptica e a de melhorar o mau hálito através de sua mastigação, ou seja no sentido do cultivo social. Foi ambicionado pelos portugueses já em 1511, que para as ilhas das especiarias das Molucas enviaram naus. Passou a ser uma das especiarias mais valiosas daquelas que vinham para a Europa, sendo a sua rota, a partir das Molucas, Malaca e Goa.
Desde cedo, porém, os portugueses, que procuraram tomar a si o comércio do cravo, perceberam-se dos riscos a que este estava sujeito pela ação dos espanhóis e outros europeus. Por essa razão, destruíram todas as plantas das diversas ilhas, concentrando-as numa só, de melhor defesa. O monopólio terminou, porém, com a chegada dos holandeses, em 1605.
A próxima fase da difusão do cravo deu-se sob a ação francesa vinculada ao nome de Pierre Poivre. O cravo chegou às Ílhas Maurício em 1770 e, logo depois, em 1773, atingiu continente americano, em Caiana. Discute-se se o cravo já tivesse sido introduzido no Brasil à época em que os portugueses concentraram a sua produção, ou se já existia uma planta similar no Leste da África. Há, porém, uma referência que indica que, em 1797, o cravo da Índia era, no Brasil, "uma nova cultura". (J. E. Mendes Ferrão, A Aventura das Plantas e os Descobrimentos Portugueses. Lisboa: Instituto de Investigação Científica Tropical, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1992, pág. 199-200)
A noz-moscada (Myristica fragans Hout.), originária das Ilhas Banda e Amboina, possui uma história similar à do cravo. Também para o objetivo de alcançar as ilhas de sua produção e apoderar-se do comércio, os portugueses, sob Afonso de Albuquerque, enviou às ilhas duas naus e uma caravela. Era planta utilizada para fins farmacêuticos e para a preparação de doces e geléias, influenciando posteriormente a cultura culinária de diversos países. Devido à sua rota, passou a ser conhecida na Europa como noz da Índia. Também aqui o monopólio português foi perdido, difundindo-se a planta.
A questão da sua introdução na África, nas Antilhas e no Brasil não está suficientemente esclarecida. Como o cravo, era uma "nova cultura" no Brasil em fins do século XVIII. Haveria, nessa época, uma Muscadeira no jardim do Convento do Carmo no Rio de Janeiro. Tudo indica, porém, que não foi levada em consideração à altura a que faz jus o papel desempenhado pelos franceses com o seu cultivo em Maurício. (op.cit. 204-206)
O Real Horto do Rio de Janeiro e Maurício
A fundação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro apenas pode ser considerada no contexto amplo das relações internacionais à época napoleônica da expansão francêsa. Essa situação européia, causando a transferência da família real portuguesa ao Brasil, teve implicações globais. Os problemas criados e/ou intensificados no relacionamento entre as esferas de interesse no comércio de especiarias trouxeram à consciência a conveniência do cultivo de plantas do Oriente na América portuguesa, uma medida que possibilitaria a superação da situação de dependência do comércio dos Índicos.
Se o predomínio português havia sido prejudicado nos séculos anteriores pela ação de outros europeus, em particular holandeses e posteriormente franceses, abria-se agora a oportunidade de, com a presença da Côrte portuguesa em país tropical, tentar-se aqui o estabelecimento de centro de cultivo dos valiosos vegetais.
O intuito de transplantação e cultivo de plantas do Oriente no Brasil relacionou-se, assim, estreitamente com a situação bélica internacional. Significativamente, o projeto de aclimação de plantas no Rio de Janeiro apresenta-se em proximidade com o da fundação da Fábrica da Pólvora, construída no local do Engenho da Cana de Açúcar de Rodrigo de Freitas. Conta-se que, as condições luxuriantes da natureza da região levaram ao Príncipe Regente D. João (1767-1826) a ali instalar o Jardim de Aclimação a 13 de junho de 1808, elevando-o pouco depois, a 11 de outubro, a Real Horto.
As circunstâncias que possibilitaram a vinda de plantas das Índias Orientais para o Brasil, determinadas pela repercussão do conflito europeu no mundo extra-europeu, foram causadas pelo naufrágio da nave "Princesa do Brasil", nas proximidades de Goa, em 1808. Dentre os portuguêses aprisionados, encontrava-se o oficial Luís de Abreu Vieira e Silva, transferido pelos franceses para a Île de France. Com a tomada da ilha pelos inglêses, que na Europa lutavam contra Napoleão, os portugueses puderam sair para o Brasil, viajando a bordo da nave La Ville d'Autun. Trouxeram consigo 20 caixões com sementes do jardim local, ou seja, do viveiro que havia sido de tanta importância para a estrategia de criação de um posto de especiarias dos franceses no Índico. Dentre as sementes, haviam aquelas de plantas de cânfora, de abacate, de lechia, de mangueira, de palmeira, além dos já citados cravo da Índia e nóz moscada. Entregues a D. João em junho de 1809, representaram assim um ato que deve ser compreendido à luz da política internacional e da estrategia econômica da época.
O Jardim Botânico do Rio de Janeiro segundo Ferdinand Denis (1767-1826)
Como os próprios franceses viram o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, sob o pano de fundo da vinda de sementes da Île de France? Importante subsídio para o tratamento dessa questão oferece Ferdinand Denis na sua História e Descrição do Brasil. (Ferdinand Denys, Geschichte und Beschreibung von Brasilien und Guyana, trad. alemã,Stuttgart 1839)
Denis salienta a localização privilegiada do Jardim Botânico, então também conhecido como Viveiro da Lagoa Rodrigo de Freitas. Encontrando-se a 45 minutos da cidade, seria indescritível é a beleza da paisagem ao longo do caminho. As águas tranquilas da baía, o lago, em cujas margens se levantam residências aprazíveis, as montanhas com picos de granito e densa vegetação, tudo indicava o que poderia vir a ser uma vegetação fomentada pela indústria no Brasil. Impressionou-se sobretudo com as colinas com florestas, sobre as quais o olhar descansaria com tanto prazer, origem de tantas riquezas, e constituiam parede divisória para ventos mais fortes. Tudo ofereceria ao observador visões do futuro, de desenvolvimento da cultura agrícola que já ocupavam intensamente os responsáveis da administração.
Uma simples visita do jardim permitiria imaginar o que o Brasil poderia vir a ser em alguns anos. Apesar do renome do professor que se encontrava à testa da instituição, viajantes teriam constatado uma falta de ordem nas classificações e uma disposição não-sistemática das culturas. Com algum cuidado, esses problemas poderiam ser superados facilmente. O florescimento de certos vegetais seria importante, pois permitia prever o desenvolvimento futuro do comércio exterior do Brasil.
Entretanto, Denis salienta que seria desejável que também as preciosas e variadas plantas nativas das diferentes províncias do país fossem ali cultivadas. O jardim, reunindo-as, tornar-se-ia assim uma verdadeira escola, também para estudiosos estrangeiros. Uma tal melhoria, porém, seria algo ainda que apenas o futuro poderia trazer e que certamente não se faria esperar.
À época de sua visita, desenvolviam-se de forma satisfatória a canela, os cravos-da-Índia, a nóz moscada, o louro-cânfora. Tais sucessos testemunhavam que acabara o monopólio das especiarias dos portos índicos. Salientou a Riana, que já se aclimatizara nas regiões quentes do norte, e a nogueira sumada, que formava longas alamedas. Na sua memória ficaram gravados os galhos que se entrelaçavam e o fato de ter colhido frutas americanas, chinesas, javanesas e européias, e esse espetáculo poder-se-ia ter no futuro em todos os jardins.
Denis salienta o fato de o Jardim Botânico dever algo à influência francesa, como a maioria das instituições científicas do Rio. Menciona que, no ano de 1809, um navio, que transportava alguns portugueses da Île de France, trouxera 20 caixões com mudas de países orientais que haviam sido transplantadas para Maurício e que haviam enriquecido a nova instituição. Da mesma fora, em 1810, introduzira-se um grande número de plantas úteis dos magníficos jardins Gabrielle de Cayenne, tomada pelos brasileiros.
A seguir, o autor francês menciona a introdução do chá, provindo de Macao. Para o seu cultivo, lembra da vinda de 200 chineses; esses com exceção de poucos, tendo-se dispersados, levaram quase ao insucesso da iniciativa. Apesar disso, as plantas se desenvolveram. Outros chineses imigraram para o Brasil e as plantações puderam ser ampliadas. Embora a preparação das folhas pudesse vir a ser melhor, não haveria dúvidas que a sua introdução teria tido sucesso.
O Jardim Botânico necessitaria ser ampliado. Uma prova do que a jardinagem poderia alcançar através da diligência e de conhecimentos positivos isso o demonstraria a residência de um francês, a quinta onde o antigo consul geral de Gestas cultivava frutas dos jardins de sua pátria. (Ferdinand Denys, op.cit. 113-114)
História intercontinental das plantas
Um exame mais pormenorizado do contexto histórico nas suas relações globais demonstra, assim, a necessidade de uma visão abrangente da história cultural e da superação de perspectivas bi-laterais. Os estudos dedicados às "viagens das plantas" em língua portuguesa têm naturalmente salientado a ação portuguesa e a posição intermediária de seus postos nas várias partes do mundo, em particular nas ilhas atlânticas.
O papel desempenhado pela Île de France e por outras possessões francesas não é considerado à altura a que faz jus. Por outro lado, a introdução de sementes provindas de Maurício ou da Guiana no Brasil não pode ser designada como ato de roubo ou contrabando, por dois motivos. Em primeiro lugar, devido à situação beligerante entre as nações, sendo que a Île de France passara à Grã-Bretanha. Em segundo lugar, por terem as plantas do Oriente introduzidas em Maurício uma origem proveniente de uma esfera comercial inicialmente dominada pelos portugueses e posteriormente pelos holandeses, aqui sim por caminhos questionáveis. A introdução das plantas no Rio de Janeiro significaria sob essa perspectiva não um roubo, mas sim uma tentativa de recuperação de uma posição de supremacia perdida e vista como legítima pelos portugueses.
(...)
S. A. Lang e grupo redatorial sob a direção de A.A.Bispo
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Fotos H. Hülskath
Revista Brasil-Europa - Correspondência Euro-Brasileira 123/4 (2010:1)
Prof. Dr. A.A.Bispo, Dr. H. Hülskath (editores) e Conselho científico
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ISSN 1866-203X - urn:nbn:de:0161-2008020501
Doc. N° 2538
©
História botânico-cultural das relações entre o Índico e o Brasil. Pamplemousses I
Do Oriente ao Brasil pela Île de France: Cravo, Noz moscada
Encerramento do ano França-Brasil/Brasil-França 2009 da Academia Brasil-Europa
no contextodo seu programa de estudos dedicado ao complexo temático Cultura e Natureza
Jardim de Pamplemousses, Sir Seewoosagur Ramgoolam Botanical Garden, Ilhas Maurício, 2009
sob a direção-geral de A.A.Bispo
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