domingo, 29 de abril de 2012
Visões de mundo
Depois de cumpridas suas obrigações pessoais, para com a sociedade, a família e sabe-se lá mais com o quê, chega a hora do dia (ou da madrugada) em que sua sala lhe pertence, no mais absoluto silêncio. Nessa hora, em determinada poltrona, abre-se um livro e...
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terça-feira, 19 de julho de 2011A Expedição Langsdorff
Langsdorff foi um médico alemão naturalizado russo, nomeado pelo czar Alexandre I, cônsul na cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1813.
Montou e liderou uma expedição científica, patrocinada pela Rússia, para percorrer o interior do Brasil e desbravar suas florestas. Pretendia retratar a fauna, a flora, os minerais, os aspectos geográficos, etnográficos e os costumes deste país considerado exótico que iniciava seus primeiros passos no cenário internacional.
Com o álibi de estreitar laços entre o Brasil e a Rússia, Langsdorff agiu como um verdadeiro espião de seu governo, buscando aqui produtos que pudessem ser exportados e enviados à seu país, visando os interesses econômicos russos. Diversas amostras de nossas riquezas seguiram para o exterior, dando-se a conhecer.
A expedição foi iniciada no ano de 1824, tendo como participantes não apenas cientistas mas também artistas, cujos nomes que se tornaram referência na documentação do Brasil em seus primeiros anos de império, tais como Johann Moritz Rugendas, Aimé-Adrien Taunay, Hercules Florence entre outros. Percorreram o interior de Minas Gerais e de São Paulo.
Durante o percursso, Langsdorff escrevia minuciosamente em seus diários, fartamente ilustrados, com os anexos de pinturas aquareladas. Muitas são as dificuldades encontradas para dar conta dessa missão. Enfrenta desde conflitos internos, durante os quais, Rugendas abandona a missão levando consigo todas as suas obras, além das doenças tropicais que acabam por abater a maioria dos integrantes. Taunay morre afogado em um dos rios, durante a missão. O próprio Rugendas perde sua lucidez, acometido por um mal até hoje desconhecido.
Todo o material coletado é enviado a Russia e permaneceu em segredo por aproximadamente um século, guardado à sete chaves nos porões do museu do Jardim Botânico de São Peterburgo. Tratava-se do famoso diário de bordo, bem como 120 aquarelas, além de 36 mapas.
O diário de Langsdorff foi publicado pela primeira vez no ano de 1997, pela editora Fiocruz.
Postado por Márcia Taube às 20:01 0 comentários:
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Quem sou eu
Márcia Taube
Nasci numa tapera, no meio do cerrado, em uma terra estranha que não chovia nunca. Era tanta miséria e ignorancia, que fugi de casa os onze anos, indo trabalhar na cidade de São Paulo, acolhida por uma família da comunidade japonesa. Com eles, aprendi a fazer Ikebanas e origamis e também a escrever sobre coisas que desconheço. As duras penas alfabetizei-me em português e até hoje cometo erros grosseiros de grafia. A revelia de meus pais adotivos, que trabalhavam numa pastelaria, resolvi seguir o ofício de pedreira, tijolo por tijolo. Graduei-me na Escola Federal de construção de muros e paredes em grau avançado. Trabalhei bastante e fiz belas obras, até que percebi que havia esquecido de colocar as portas e as janelas em muitas delas. Estou tentando melhorar o desempenho de meu ofício,mas tenho preferido construir pontes, ultimamente. Além da licenca poética acima, também sou cirurgiã-dentista, oficial da Marinha do Brasil, formanda em História, estagiária desesperada, viajante inveterada, mãe de quatro filhos, sendo dois cachorros e dois seres humanos maravilhosos,além de esposa nem sempre dedicada por falta de mais horas no dia...
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