quinta-feira, 3 de março de 2011

9606 - JUDEUS NO BRASIL

Judaísmo no BrasilOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Judeus brasileiros יהודים הברזילאי





Notáveis Judeus brasileiros:
Henry Sobel • Marcelo Gleiser • Moacyr Scliar

Silvio Santos • Dan Stulbach • Natália Thimberg
Roberto Justus • Serginho Groisman • Juca Chaves


Bussunda • Arnaldo Niskier • Carlos Minc
População total
91.795 (1980)[1]

Regiões com população significativa
São Paulo 44.569
Rio de Janeiro 29.157
Rio Grande do Sul 8.330
Paraná 2.408
Minas Gerais 1.656
Pernambuco 1.276
Pará 899
Bahia 855

Línguas
Português, Hebraico, Yidish, Alemão, Polaco, Russo, Ladino.
Religiões
Judaísmo
Grupos étnicos relacionados
Ashkenazim, Sefaradim, Mizrahim e outras divisões étnicas do Judaísmo.
O Brasil conta hoje com uma população de 96.000 judeus,[2] sendo a segunda maior comunidade judaica da América Latina e a décima primeira a nível mundial.

A imigração judaica no Brasil foi um movimento migratório do início do século XIX até a primeira metade do século XX, especialmente nas regiões Sul, Sudeste e Norte. Somam hoje mais de 90 mil praticantes do Judaísmo no Brasil, sendo o número de ascendentes não muito exato. O judeu brasileiro é um brasileiro que possui ascendentes e/ou crença judaica. Também são consideradas judeus brasileiros as pessoas nascidas no exterior mas radicadas no Brasil.

Índice [esconder]
1 Os judeus no Brasil colônia
2 A imigração a partir do século XIX
3 Origem dos judeus brasileiros
4 Ver também
5 Referências
6 Ligações externas

[editar] Os judeus no Brasil colôniaO Brasil foi palco para a primeira comunidade judaica estabelecida nas Américas. Com a expulsão dos judeus de Portugal, logo após a sua descoberta, judeus convertidos ao catolicismo (cristãos-novos) já haviam se estabelecido na nova colônia. Ao menos dois pisaram na terra quando Pedro Álvares Cabral chegou em 1500, fazendo parte de sua tripulação: Mestre João, médico particular da Coroa Portuguesa e astrônomo; e Gaspar da Gama, intérprete (ajudara Vasco da Gama nas Índias, onde vivia) e comandante da nau que trazia mantimentos.

Nos dez anos seguintes, outros dois judeus naufragaram perto da costa brasileira e integraram-se aos indígenas: João Ramalho e Diogo Álvares Correia, o "Caramuru", que serviriam de intérpretes para novos portugueses que foram chegando. No mesmo período, Fernão de Noronha extraía pau-brasil da costa atlântica; as árvores ficariam conhecidas como "madeira judaica". Muitos judeus portugueses, procurando fugir da intolerância católica em Portugal, viam no "novo mundo" a oportunidade de praticar livremente seu culto, incluindo-se aí os cristianizados que praticavam o judaísmo em segredo - os cristãos-novos. Martim Afonso de Sousa era um dos cristãos-novos que chegaram ao Brasil no século XVI, como governante de uma das capitanias hereditárias.

Mais judeus pioneiros chegaram ao país na época das invasões holandesas do Brasil, em 1630, uma vez que compunham na Holanda uma comunidade tolerada, razão pela qual os holandeses foram bem recebidos pela comunidade judaica já estabelecida no Brasil. O Nordeste brasileiro ficou sob o domínio holandês por vinte e quatro anos e, neste período, muitos sefarditas se estabeleceram no país, principalmente em Recife, onde tornaram-se prósperos comerciantes e fundaram a primeira sinagoga das Américas. Com a expulsão dos holandeses, a maioria dos judeus estabelecidos no Brasil fugiram para os Países Baixos ou outras possessões holandesas, como as Antilhas e Nova Amsterdã, que posteriormente seria renomeada como Nova York após ser cedidas aos ingleses. Ali fundaram a primeira comunidade judaica dos Estados Unidos.

As últimas informações sobre a presença destes judeus ibéricos no Brasil datam de meados do século XVIII. Nessa época, com o desenvolvimento da mineração na colônia, milhares de portugueses se deslocaram para a região das Minas Gerais, entre eles, um número considerável de cristãos-novos. Através da Inquisição, muitos desses sefarditas foram julgados, enviados à Portugal e condenados à prisão. De fato, muitos desses cristãos-novos não mais mantinham ligações com o judaísmo, mas, por serem ricos comerciantes e mineiros, eram acusados de praticar judaísmo por seus inimigos e dificilmente se livravam das condenações da Inquisição.

No final do século XVIII, já não havia mais relatos sobre judeus no Brasil. Todos haviam saído da colônia ou se convertido ao Cristianismo, o que faz com que muitos brasileiros possuam, mesmo sem saber, origens em judeus portugueses.

[editar] A imigração a partir do século XIXUma nova onda de imigrantes judeus, sefarditas, começou a chegar ao Brasil em 1810, vindos principalmente do Marrocos, estabelecendo-se na Amazônia, principalmente em Belém, onde fundaram em 1824 a mais antiga sinagoga em funcionamento no Brasil e, em 1848, o primeiro cemitério israelita do país; e em Manaus, onde chegaram em 1880. Boa parte dos que chegaram no final do século vinham em função da época dourada da borracha, e sua vinda foi financiada pelos que já estavam na região. Cametá, no interior do Pará, chegou a ter metade de sua população branca constituída de sefarditas.

As famílias mais ricas mudaram-se para o Rio de Janeiro com o declínio da borracha. Ainda assim, a grande assimilação que tiveram na região, envolvendo também sincretismo religioso, fez com que a proporção de descendentes de judeus entre a população branca da Região Norte (amplamente de sefarditas) seja a maior do país. A saga dos judeus amazônidas foi levantada no livro Eretz Amazônia, de Samuel Benchimol.

Em fins do século XIX, uma outra onda de imigração judaica já se fazia presente no sul do Brasil, inserida dentro do fenômeno da grande imigração no Brasil, que ocorreu principalmente entre 1870 e 1920. Neste período, cerca de 5,5 milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil, sendo o número de judeus não muito expressivo, pois estes preferiam imigrar para os Estados Unidos.


Sinagoga Beth-El, localizada no centro de São Paulo.Com a Proclamação da República do Brasil, uma Constituição foi promulgada, garantindo liberdade religiosa no Brasil, o que facilitou a vinda de imigrantes judeus, desta vez um grande número de asquenazes: a maior parte era proveniente do Leste europeu, regiões da atual Polônia, Rússia e Ucrânia. A maioria desembarcava no porto de Santos e rumava para a cidade de São Paulo onde rapidamente constituiu-se uma próspera comunidade de comerciantes judeus. Com a ascensão do nazismo na Alemanha na década de 1930, formou-se um maior contingente de imigrantes judeus (asquenazes em sua maioria) rumando para o Brasil. Além de São Paulo (principalmente no Bom Retiro), os judeus marcaram presença no Rio de Janeiro, no Sul do Brasil e em outras partes do país. No Rio Grande do Sul possui a fazenda Philipson, fundada no ano de 1904. Ela é considerada como a formadora da primeira escola judaica no Brasil e está localizada no município de Itaara ao lado da BR-158. Posteriormente os imigrantes e descendentes migraram do Bom Retiro para regiões nobres da cidade de São Paulo, como Higienópolis e Jardins.[3]

No Brasil, os imigrantes judeus praticamente não encontraram resistência religiosa e ficaram isentos de preconceito por parte da população local, o que tornou sua adaptação muito mais fácil que as comunidades judaicas norte-americana e argentina, por exemplo. Hoje em dia, a comunidade judaica brasileira participa ativamente na sociedade e estão bastante integrados no país.

[editar] Origem dos judeus brasileirosPerguntados sobre sua origem étnica, os judeus brasileiros responderam:[4]

Brasileira (39,11%)
Judaica (16,73%)
Polonesa (6,46%)
Italiana (6,05%)
Indígena (5,83%)
Alemã (5,64%)
Portuguesa (4,0%)
Árabe (2,11%)
Libanesa (1,62%)
Negra (1,46%)
Africana (0,81%)
Outra (10,18%)
[editar] Ver também A Wikipédia possui o

Portal do Brasil

Lista de judeus do Brasil
Sinagoga Kahal Zur Israel
Referências↑ IX Recenseamento Geral do Brasil, IBGE, 1980.
↑ História da imigração judaica no Brasil
↑ A nova ortodoxia judaica em São Paulo
↑ [1]
[editar] Ligações externasOs judeus no Rio de Janeiro A contribuição dos judeus na formação da sociedade carioca - 1998
Os judeus em São Paulo A saga dos imigrantes em sua integração à comunidade paulista - 1996/97
Os judeus na Amazônia A presença judaica na Amazônia é o tema de um pequeno ensaio escrito por Henrique Veltman sob encomenda da Universidade de Tel Aviv - 1983
"Amazônia, terra prometida" - matéria da Revista Veja
OS HEBRAICOS DA AMAZÔNIA
[Esconder]v • eDemografia do Brasil
Econômica e social Apartheid • Atrações • Direito Civil • Criminalidade • Educação • Produto Interno Bruto • Saúde • Desenvolvimento humano • Direitos humanos (Direitos LGBT) • Imigração • Migração • Idiomas • Pessoas • Política • Pobreza • Etnias • Tradições • Riqueza
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Brasileiros norte-americanos Estadunidense
Brasileiros mestiços Pardo (Mulato • Caboclo • Cafuzo • Mestiço)
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Brasileiros asiáticos Chinês • Coreano • Japonês • Taiwanês
Brasileiros nativos Povos indígenas
Brasileiros caraíbas Caraíbas

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