quinta-feira, 3 de março de 2011

9603 - POLONESES DO BRASIL

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2. IMIGRAÇÃO POLONESA PARA O BRASIL
3. IMIGRAÇÃO POLONESA PARA O RGS
4. IMIGRAÇAO POLONESA PARA PORTO ALEGRE
5. EVENTOS
6. FUNDAPOL
7. BRASPOL
8. LINKS


1. Cultura Polonesa

Caracterizada como variada, atraente e alegre, a cultura polonesa é muito mais do que folclore. Em verdade, a moderna cultura polonesa acompanha as tendências do mundo ocidental, na busca do novo e do surpreendente.

Pirâmide Zwierzat - 1993
A arte de Katarzyna Kozyra no século XX
Aidê Campello Dill, Historiadora

Katarzyna Kozyra realiza um trabalho artístico em situação específica. Sua arte tem provocado muitas reações nas pessoas ligadas ao processo de criação de objetos artísticos. O ponto de partida da artista é a elaboração de uma pirâmide de animais para ser exposta ao público, obra ligada ao domínio visual e conceptual. O material para a realização da obra está pronto - é o animal vivo. A idéia do monumento sob a forma de pirâmide simboliza estratos sociais, crenças, cultura e religião.
A artista escolheu para a realização da escultura os animais: cavalo, cão, gato e galinha. Acredita-se que esta escultura traz uma mensagem simbólica, pois poderia ser realizada com argila. Esses animais, a princípio são destinados à morte e à consumição. O fato de eles servirem de modelo para uma obra de arte expõe, aparentemente, um problema ético. Todavia, o objetivo final dessa pirâmide é o estético. Não contém nada de macabro; é apenas uma escultura para se olhar e admirar. O efeito final é mais importante "aos meus olhos do que o procedimento para sua realização".
Foi graças à colaboração de J. Lenkowski que se pôs em prática a idéia do monumento piramidal composto de animais.
A preparação dos corpos dos animais se reveste do saber-fazer e tem o mérito de ser chamado de ARTE.




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2. Imigração Polonesa para o Brasil

Panorama da história da imigração polonesa para o Brasil

O marco da imigração polonesa para o Brasil é o ano de 1869, no atual município de Brusque-SC

A imigração polonesa para o Brasil teve início em agosto de 1869, quando um grupo de 16 famílias fixou-se numa área de terras da Colônia Príncipe Dom Pedro, próxima à Colônia Itajaí, atual município de Brusque-SC. Esse grupo era proveniente da localidade de Siolkowice, região de Opole, província da Silésia, então sob ocupação prussa, e era formado por aproximadamente 80 pessoas, entre adultos e crianças. Antes disso, poloneses já vinham para o Brasil, misturados a outras correntes imigratórias, ou então isoladamente, com o objetivo de cumprir contratos de obras, por engenheiros, ou então militares. O grupo de Brusque é tido como o primeiro que veio com o objetivo de imigrar, composto por famílias e com o propósito de se radicar em definitivo no Brasil.

Por motivos diversos, sobretudo a inadaptação ao clima, dois anos após, em 1871, esse grupo, quase todo, reemigrou para o Paraná, fixando-se na localidade de Pilarzinho, nos arredores de Curitiba, onde o clima era mais ameno, as terras mais férteis e havia um mercado comprador dos seus produtos. Destaca-se nessa reemigração a liderança de Sebastião Edmundo Wós Saporski, cognominado “Patrono da Imigração Polonesa”, e do padre Antonio Zielinski.

Seguiram-se outras levas de imigrantes, sempre em pequenos grupos, tendo como destino as três províncias do sul, mais S. Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. A partir de 1890, entrementes, a imigração cresceu muito, tendo passado a chegar massivos contingentes. Dados estatísticos dão uma idéia do fenômeno: somando-se os imigrantes chegados nas duas décadas anteriores, de 1870 e 1880, tem-se o número aproximado de 4.500 imigrantes; apenas no ano de 1890 aportaram ao Brasil aproximadamente 30.000 poloneses! Esse ano e os seguintes ficaram conhecidos como o período da “febre imigratória brasileira”. Evidentemente, esse acúmulo de imigrantes provocou muitos problemas, devido à desorganização do serviço, sobretudo a falta de acomodações, o atraso na medição dos lotes, agravados por doenças, que causaram muitas mortes, sobretudo de crianças.

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3. Imigração Polonesa para o RGS

Os primeiros imigrantes poloneses chegaram ao Rio Grande do Sul há 130 anos
por Wilson Rodycz

O primeiro grupo de imigrantes poloneses chegou ao Rio Grande do Sul no ano de 1875, fixando-se na Colônia Conde D’Eu, Linha Azevedo Castro, atual município de Carlos Barbosa. Conquanto não se conheça a história detalhada dessa epopéia, pelos documentos e relatos que existem, se sabe que esse grupo era composto por aproximadamente 26 famílias, oriundas do norte da Polônia, território então sob domínio da Prússia. Essa origem ensejou muitos equívocos. Por que traziam passaporte prussiano, ou por que no seu linguajar havia palavras do idioma alemão, muitos pesquisadores catalogaram-nos como prussianos. No entanto, eram poloneses, o que se conclui pelos seus sobrenomes, tipicamente polacos, assim como por seus testemunhos: todos se identificavam como poloneses.

Dentre os pioneiros, destacam-se os seguintes:


Babinski Danielski Langowski Remus
Bielski Donajewski Lewinski Schiglinski
Biesek Habowski Merchel Sikorski
Bruski Kolasa Miszewski Szczepanski
Cichocki Kraszewski Mokwa Szczer
Czarnowski Kuffel Odya Sztormowski
Czerwienski Kurek Osowski Zyglinski


A data exata da chegada dos pioneiros ainda pende de certificação. Não obstante, pelos documentos acessíveis, e segundo a tradição oral, é certo que chegaram durante o ano de 1875. Quando os primeiros imigrantes italianos foram assentados no local, nesse ano, ali já estavam instalados imigrantes suíço-franceses, tudo indicando que os poloneses foram seus contemporâneos. Correspondências da Diretoria da Colônia, pleiteando providências para a abertura de caminhos, solicitando pagamento de mão-de-obra, etc., permitem concluir que os primeiros imigrantes poloneses se estabeleceram na Linha Azevedo Castro em meados de 1875 – possivelmente no mês de agosto.

Posteriormente, outros grupos foram chegando, estabelecendo-se por todo o Estado. Também houve muita re-emigração, estando os colonos sempre em busca de melhores terras para plantar. Na década de 1890, a imigração aumentou sobremaneira, tendo sido povoadas extensas áreas do Estado, a região Central, o Alto Uruguai e as Missões, com destaque para Dom Feliciano, Erechim e Guarani das Missões, etc.


Quantos são os poloneses no Estado

Um levantamento de 1923 indica que a população polonesa do Estado, assim considerados os imigrantes e seus descendentes, era em torno de 61.200 indivíduos (Gluchowski), ou seja, aproximadamente 2,8% da população gaúcha, a segunda maior concentração de imigrantes da etnia no Brasil, perdendo apenas para o Paraná. Atualmente, é difícil saber quantos são, em face da grande miscigenação havida. Mas, se se aplicar a mesma proporção, estima-se que haja no Estado aproximadamente 294.000 brasileiros de origem polonesa.

Durante o século XIX os poloneses emigraram para o Brasil e para outros países, notadamente os Estados Unidos, o Canadá e a Argentina, em razão das dificuldades por que passavam na pátria, em decorrência de guerras, epidemias, frustração de safras, desemprego, etc. No Brasil, inicialmente se dedicaram principalmente à agricultura, mas também ao comércio e à indústria manufatureira. Nunca esqueceram as suas tradições religiosas, tendo-se preocupado desde cedo com a educação dos filhos, construindo capelas e escolas. Com o tempo, adaptaram-se às atividades brasileiras, ingressando nas mais diversas profissões técnicas, científicas, liberais, etc. Hoje, estão perfeitamente integrados, contribuindo para a riqueza do Estado e do País.


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4. Imigração Polonesa para Porto Alegre

Os Poloneses em Porto Alegre

Conforme pesquisas de Estácio Nievinski Filho, na última década do século XIX, dentre os poloneses que vinham para o Estado do Rio Grande do Sul, optavam por permanecer na capital principalmente aqueles que tinham uma profissão, como mecânicos, tecelões, etc., radicando-se no Quarto Distrito. Posteriormente, após a I Guerra Mundial, também vieram muitos imigrantes que não se conformavam com a condução do processo político da "Polônia Restaurada", optando por emigrar para outros países. Esses imigrantes possuíam bom nível cultural, elevando o padrão da mão-de-obra da comunidade polonesa na cidade. Mais tarde, houve o afluxo de muitos imigrantes e descendentes de imigrantes do interior que buscavam na capital melhores oportunidades de formação e também de trabalho.

Dentre os sobrenomes poloneses desses tempos pioneiros incluem-se: Mendelski, Jarzinski, Majewski, Zórawski, Paluszkiewicz, Zdanowski, etc.

Sociedades
Desde cedo os poloneses porto-alegrenses fundaram associações para lutar por suas reivindicações, confraternizar, encaminhar a educação dos filhos e manter atividades culturais e folclóricas. Dentre essas, impõe-se citar a Sociedade Wladyslaw Jagello, registrada como Sociedade Zgoda (Concórdia), que seria a mais antiga. Criada em 1896, existiu até 1904, quando se fusionou com a recém criada Sociedade Águia Branca. A Sociedade Polônia de Porto Alegre nasceu da fusão das sociedades Zgoda, Águia Branca e Tadeusz Kosciuszko. Outra importante sociedade foi criada em 1927, a Sociedade Kultura, que, na década de 1960, foi absorvida pela Sociedade Polônia, que incorporou o seu precioso acervo à sua biblioteca.

População
O Calendário Polonês de 1898 informa que nessa época a colônia polonesa de Porto Alegre compunha-se de cerca de 400 famílias, residindo a maioria no 4º Distrito.

Escolas
Antes do surgimento das primeiras sociedades, as crianças polonesas da capital estudavam em casas que comportassem uma rudimentar sala de aula, atendidas por professores selecionados dentro da própria comunidade. Em 1897, foi criada a primeira escola polono-brasileira, mantida pela Sociedade Concórdia (Zgoda). Em 1900, a Sociedade Tadeusz Kosciuszko também abriu a sua escola. A partir da fusão das Sociedades Águia Branca e Tadeusz Kosciuszko, em 1930, surgiu o Colégio Polonês. Com muito esforço, foi construído no local onde hoje é a sede social da Sociedade Polônia o Colégio Marechal Pilsudski. Entretanto, em 1938, as suas portas foram fechadas pelas leis do “Estado Novo”, encerrando-se o ciclo das escolas polono-brasileiras na cidade.

Igrejas
Por volta de 1900 começaram a chegar padres que entendiam a língua polonesa. A paróquia dos poloneses é a Igreja Nossa Senhora do Monte Claro, sita na Av. Presidente Roosevelt, vinculada, desde a sua fundação, à congregação dos Padres Vicentinos.

Desenvolvimento
Os descendentes de poloneses estão plenamente inseridos na sociedade porto-alegrense e brasileira, trabalhando nas mais diversas atividades, desde professores, comerciantes e industriais, etc. Todos passaram por dissabores mas souberam perseverar e triunfaram. Uma marca dos polônicos foi a fé em Deus, que serviu de apoio para muitas gerações nos momentos difíceis. O trabalho e a luta cotidiana foram as outras ferramentas que alicerçaram o seu progresso. Até hoje, o 4º Distrito é seu reduto mais representativo na capital gaúcha.


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5. Eventos

Novos eventos
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6. FUNDAPOL - Fundação Polônica


Visando a contribuir para a o registro, a pesquisa e divulgação da história da imigração polonesa para o Brasil, e da cultura polonesa em geral, um grupo de pessoas ligado à etnia está trabalhando para criar uma FUNDAÇÃO, que terá por objetivos a edição de livros e a promoção de atividades culturais afins. Segue um esboço de estatuto, elaborado pelos polônicos do Rio Grande do Sul, sujeito a críticas e melhoramentos. Contudo, a concretização desse projeto depende da reunião de fundos para servir de patrimônio inicial, na conformidade das leis que regem a espécie.

Propósitos

Um dos artigos do Estatuto estabelecerá os objetivos da Fundação, que serão os seguintes:
Art. 4º A FUNDAPOL tem por finalidade promover ações visando ao fomento, o registro e a divulgação da cultura polonesa no Brasil, dentre as quais:
I – Promover a edição de livros de pesquisa histórica, de ficção ou qualquer outro gênero literário, que versem sobre a imigração polonesa para o Brasil, seus costumes, crenças, cultura e adaptação ao País;
II – Promover seminários e outras formas de discussão da questão;
III – Promover a pesquisa, a divulgação e a exibição de outras manifestações culturais polonesas no Brasil;
IV – Incentivar os pesquisadores da cultura polônica, apoiando-os pessoal e materialmente;
V – Promover a circulação de bens culturais, através da sua compra, venda, doação, empréstimo, etc., diretamente ou através de representantes;
VI – Promover a divulgação da cultura polonesa no Brasil através dos meios de comunicação de massa.
Trata-se de uma semente, que produzirá frutos dependendo dos cuidados que receber. Convidamos a todos os interessados, que possam contribuir, a se somar a esse grupo.


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7. Braspol



A BRASPOL – Representação Central da Comunidade Brasileiro-Polonesa no Brasil foi criada em 27 de janeiro de 1990 com o objetivo de estabelecer e estreitar laços de solidariedade entre as comunidades polônicas do País, preservar a cultura, as tradições e os costumes, incentivar o intercâmbio cultural e científico com a Polônia e promover a valorização dos descendentes poloneses por todas as formas.

Sempre houve tentativas de se criarem instituições que congregassem os poloneses, com escasso sucesso, contudo. A elevação de Karol Woityla ao papado e a redemocratização da Polônia deram ânimo novo aos descendentes de poloneses. A criação da BRASPOL é fruto das iniciativas desses novos tempos.

Na sua missão de congregar pessoas e instituições, a BRASPOL vem fundando Núcleos representativos onde isso é possível. Esses núcleos já se alastram por todo o Sul do Brasil e ainda pelos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Rio de Janeiro; já somam mais de três centenas.

Alguns dos projetos para o futuro são: a implantação de um banco de dados dos imigrantes; o estabelecimento de árvores genealógicas; o resgate e a exposição de fotos, músicas e outras expressões de arte e cultura; a recuperação de dados concernentes à arquitetura, etc.

Estatuto
1. Representar em todas as oportunidades a comunidade oriunda da etnia polonesa no Brasil, perante as autoridades, instituições públicas e privadas;
2. Interpretar o pensamento, as aspirações e os reclamos da Comunidade brasileiro-polonesa, reivindicando através de todos os meios legais os interessados dessa comunidade;
3. Congregar as Associações, Clubes, Sociedades ou outras Organizações legalmente constituídas cujas as origens procedem da Comunidade brasileiro-polonesa e, ou, que se propõem a estimular e cumprir as finalidades previstas neste estatuto;
4. Incentivar a permuta de conhecimentos ou atividades culturais, artísticas, científicas e desportivas entre o Brasil e a Polônia, bem como, proporcionar o intercâmbio com as Organizações similares de outros países, obedecendo a legislação brasileira;
5. Estabelecer normas, fixar condições e coordenar a participação das entidades associadas e da própria comunidade nas festividades e promoções da comunidade polono-brasileira;
6. Incrementar e promover eventos artísticos-culturais, científicos, deportivos e tudo o mais que possa constituir documentário ou integração da Cultura e tradições;
7. Incentivar e favorecer com meios a seu alcance a pesquisa e a publicaçãode trabalhos técnicos-científicos e sócio-históricos;
8. Promover eventos que venham a dignificar as datas e fatos históricos conjunturais no processo civilizatório nacional;
9. Utilizar todos os meios da Comunicação para alcançar os objetivos de divulgação das atividades e do acervo da Comunidade;
10. Realizar e manter toda e qualquer atividade ou promoção que venha desenvolver, organizar ou aprimorar a comunidade.

Para saber mais, acesse: www.braspol.com.br

8. Links

BRASPOL www.braspol.com.br
Embaixada da República da Polônia no Brasil www.polonia.org.br
Grupo JUPEM www.jupem.com.br
Conjunto Folclórico Jovem Polônia - JOPOL www.jopol.com.br
Comemorativo da imigração polonesa ao RGS: www.130anos.com


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