sexta-feira, 26 de outubro de 2012
POVOSD PRIMITIVOS DA PENÍNSULA IBÉRICA
A História do Cacém
No local onde se encontra situada a cidade de Agualva-Cacém, existem vestígios pré-históricos de ocupação humana.
Estão identificadas neste momento seis estações ou jazidas da época paleolítica.
Existe no pequeno planalto de Colaride, há muitos milénios uma cavidade natural a que os espeleólogos designam de Gruta de Colaride.
Nela foram encontradas ossadas humanas e um anel de ouro. O arqueólogo Leite de Vasconcelos explorou a gruta e recolheu alguns objectos de bronze da época romana. Nela existem galerias e corredores de grandes dimensões. Existem ainda duas ribeiras subterrâneas, uma cascata de 15 metros e um lago.
Existe também uma anta - Anta de Agualva - , construída há ceca de cinco mil anos, para servir de túmulo colectivo.
Foi explorada e nela foram encontrados fragmentos de sílex e vasos de barro, dentes e fragmentos de pequenos ossos humanos.
Ainda em Agualva foi encontrado em 1951 um tipo de monumento funerário, em geral colectivo, de câmara circular e cobertura abobadada a que chamaram - A Tholos de Agualva. Dela foram recolhidos materiais em pedra e em osso.
Durante séculos Agualva-Cacém foi um território em que as pessoas se dedicaram essencialmente aos trabalhos agrícolas. Os proprietários das terras não eram, em grande parte os camponeses que nelas labutavam, mas sim as ordens religiosas e nobres. Foram construídos moínhos, azenhas e quintas que progressivamente foram entrando e decadência.
A ligação ferroviária de Lisboa a Sintra em 1887 deu um grande desenvolvimento a Agualva - Cacém, pois os lugares que hoje integram a cidade nunca mais pararam na sua evolução urbana e demográfica. Foi, no entanto, a partir dos anos 60 do século XX, que o seu desenvolvimento se tornou mais intenso, tornando-se hoje uma urbe com perto de 100 mil habitantes. As actividades da população de Agualva-Cacém incidem actualmente no comércio e serviços.
Ao longo dos tempos houve personagens que se destacaram.
O bispo D. Domingos Anes Jardo foi fundador das Escolas Gerais em Portugal, foi bispo de Évora e de Lisboa e Chanceler-mor do rei D. Dinis. Faleceu em Lisbos em 1293.
Matias Aires foi um espírito inquieto, aventureiro, individualista e multifacetado. Foi bem um homem do seu tempo. Viveu no século XVIII e foi sepultado na Quinta da Fidalga.
Joaquim Ribeiro de Carvalho foi um político, jornalista, dramaturgo, poeta, historiador, romancista e autor de crónicas e monografias. O seu nome ficou ligado à Quinta da Bela Vista. Faleceu em 1942.
Ao longo do trabalho efectuado pelos alunos do Clube de História foram feitas visitas de estudo ao Museu da Marinha e ao Mosteiro dos Jerónimos.
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