quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

LUIS, O JOVEM - SACRO IMPÉRIO ROMANO-GERMÃNICO

Luís II da GermâniaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Luís II
Sacro Imperador Romano-Germânico

Rei Luís II, em guerra com os árabes na tomada de Bari, em 871. Desenho de 1850
Governo
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Luís II chamado ainda o Jovem (825 – 875), Sacro Imperador Romano (governante sozinho em 855 – 875), primogênito do imperador Lotário I, tornou-se rei designado da Itália em 839, e passou a residir ali, sendo coroado rei em Roma pelo papa Sérgio II em 15 de junho de 854.

Neto de Carlos Magno. Foi o primogênito de Lotário I, imperador. Não se sabe bem se nasceu em 822 ou 825. Foi associado pelo pai ao reino da Itália desde 844. Seus títulos serão: rei da Itália em 844, Imperador do Ocidente de 855-875. Enviado pelo pai a Roma no mesmo ano para fazer lá respeitar a autoridade imperial, foi coroado pelo Papa Sérgio II e imediatamente a seguir passou a defender seu reino contra as invasões sarracenas.

Índice [esconder]
1 Casamento
2 Co-Imperador
3 Imperador sozinho
4 Rei da Provença
5 No sul da Itália
6 Bibliografia em língua inglesa e alemã
7 Ver também

[editar] CasamentoEm 851 ou 855 teria se casado com a lombarda Engelburge, Angelberge ou Engelberga de Espoleto (morta entre 882 e 890), filha do duque de Espoleto, Guido I.

[editar] Co-ImperadorFoi coroado em 850 imperador conjunto em Roma pelo papa Leão IV.

Pouco depois de casar passou a governar a Itália de modo independente.

As guerras civis dos filhos de Luís o Débonnaire haviam aberto todas as regiões do Império aos bárbaros. Os Sarracenos, introduzidos no ducado de Benevento por dois príncipes rivais, faziam ali progressos e avançavam. Venceram as tropas de Luís em 845, perto de Gaeta. Luis em 848 saiu vitorioso contra eles, perto de Benevento, e ao mesmo tempo restabeleceu a paz no grande ducado, dividindo-o entre os competidores. Marchou para o sul da Itália e obrigou os duques e príncipes de Benevento, rivais, Radelchis I e Siconulfo, a fazerem paz. Com sua mediação o ducado da Lombardia ficou dividido, uma parte, com Benevento como capital, coube a Radelchis e Salerno como principado independente sendo dado a Siconulfo. Radelchis, pacificado, já não necessitava mais de seus mercenários sarracenos e os traiu, entregando-os ao Imperador, que os fez massacrar.

Luís conseguiu então reunir acusações contra o papa Leão, reuniu uma Dieta em Pavia. Confirmou a regência usurpadora de Pedro de Salerno como príncipe de Salerno em dezembro de 853, deslocando a dinastia que ele próprio instalara no trono três anos antes.

[editar] Imperador sozinhoMorto seu pai, em setembro de 855, tornou-se imperador sozinho. A divisão dos territórios de Lotário, pela qual Luís não conseguiu terras fora da Itália, provocou seu descontentamento. Só teve por herança a Itália.Em 857 se aliou a Luís o Germânico contra seu próprio irmão Lotário, rei da Lotaríngia, e o rei Carlos o Calvo. Mas depois que Luís assegurou a eleição do Papa Nicolau I em 858, reconciliou-se com o irmão e recebeu algumas terras ao sul do Jura; em troca prometeu ajudar Lotário em seus esforços para obter um divórcio de sua esposa Teutberga. Como Carlos morreu sem filhos em 863, obteve a região entre as montanhas do Jura e os Alpes. Carlos não tinha herdeiros, de modo que a Provença, sua herança, foi dividida com o rei da Lorena, seu outro irmão.

As disputas de Luís II com seus irmãos, porém, deram aos sarracenos tempo para se fortificarem no ducado de Benevento e ameaçar toda a Itália. Em 866, por um Edito, Luís mandou reunir as forças de seu reino para os repelir.

[editar] Rei da ProvençaEm 864 Luís entrou em rota de colisão com o Papa Nicolau I a respeito do divórcio do irmão. O arcebispo que o para depôs por ter proclamado o casamento inválido obteve o apoio do imperador, que chegou a Roma em fevereiro de 864 comandando seu exército. mas, tendo adoecido com altas febres, reconciliou-se com o papa e abandonou a cidade.

Em seus esforços para restaurar certa ordem na Itália, Luís teve sucesso bastante contra os turbulentos príncipes italianos e contra os sarracenos, que devastavam o sul da Itália. Em 866 derrotou os invasores, mas não pode persegui-los pois não tinha frota. Em 869 fez por isso uma aliança com o imperador bizantino Basílio I, que lhe enviou ajuda para a captura de Bari, principal cidade dominada pelos sarracenos, que caiu em 871.

[editar] No sul da ItáliaEm junho de 866, Luís penetrou pela Campanha com sua mulher e fez reconhecer sua autoridade pelos três príncipes de Benevento, Salerno e Capua, que tinham pretensões de independência. Em 867, foi atacar os sarracenos na Apúlia e sofreu grande derrota diante de Bari. Sem renunciar a sua intenção de expulsar os inimigos da província, em 868 tomou deles Matera, Venosa, Canosa.

Seu irmão Lotário II morreu em 869. Retido no sul da Itália, Luís não conseguiu evitar a partilha da Lotaríngia (uma verdadeira usurpação) por seus tios Luís o Germânico, rei da Frância oriental, e Carlos o Calvo, rei da Frância ocidental.

Em 870 venceu diversas vezes bancos de sarracenos que devastavam a Calábria. Em 871 obrigou os infiéis que ocupavam a cidade de Bari a capitular. Houve muito ciúme entre Luís e Basílio, após a queda de Bari. Em resposta a insultos dos basileus, que o ajudaram, Luís tentou justificar seu direito ao título de Imperador dos Romanos.

Tais êxitos militares só foram obtidos porque passara cinco anos no ducado de Benevento com um exército bárbaro, indisciplinado. As violências dos soldados, a autoridade arbitrária do Imperador, o orgulho e a avareza de sua mulher Angelberga tinham-se tornado insuportáveis ao povo e aos príncipes. Finalmente, Adalgiso (que em outras línguas se diz Adelchis), príncipe de Benevento, teve a enorme audácia de prender em seu palácio o imperador Luís II em 23 de agosto de 871. Todo o império se ergueu, horrorizado, com tal notícia. Adalgiso, temendo ser atacado por todos os príncipes carolíngios, libertou o imperador depois de o obrigar a jurar que não buscaria vingança da afronta nem entraria em Benevento à testa de tropas. Parece que somente o desembarque de novos bandos de sarracenos obrigou Adalgiso a soltar o prisioneiro um mês mais tarde, e Luís foi obrigado a jurar que jamais tomaria vingança pelo insulto. Retornando a Roma, porém, foi rapidamente liberado de seu juramento, sendo coroado uma segunda vez como imperador pelo Papa Adriano II em 18 de maio de 872.

Mandou logo contra Adalgiso um exército comandado, dizem, por sua esposa Angelberga, mas sem êxito. Luís obteve vitórias sucessivas contra os sarracenos, expulsos de Cápua, mas suas tentativas de castigar Adalgiso não tiveram sucesso em 873. O Papa João VIII como mediador obteve a paz entre os dois.

Retornando à Lombardia, no norte da Itália, morreu. Não se sabe bem em que aldeia ou cidade, mas foi na província de Brescia, em 12 de agosto de 875, sendo sepultado na igreja de Santo Ambrósio em Milão. Tinha fundado, às margens do rio Pescara, o convento de Casauria, ao qual fez grandes doações. Foi sucedido pelo tio, Carlos o Calvo, pois apesar de ter tido quatro filhos, vivia apenas uma filha Ermengarda (nascida entre 852 e 855 e morta em 22 de junho de 896) casada em março de 876 com Boso ou Boson da Provença (842-887), fundador do reino de Arles, Provença ou Baixa Borgonha, sendo pais do imperador Luís III.

Havia nomeado sucessor na Itália seu primo Carlomano, filho de Luís o Germânico.

[editar] Bibliografia em língua inglesa e alemãAnnales Bertiniani e Chronica S. Benedicti Casinensis, em Monumenta Germaniae Historica. Scriptores, Bände i. and iii. (Hanover e Berlim, 1826 fol.)
E. Muhlbacher, Die Regesten des Kaiserreichs unter den Karolingern (Innsbruck, 1881)
Th. Sickel, Acta regum et imperatorum Karolinorum, digesta et enarrata (Viena, 1867—1868)
E. Dummler, Geschichte des ostfrankischen Reiches (Leipzig, 1887—1888).
Charles Oman|Oman, Charles. The Dark Ages 476-918. Londres, 1914.
[editar] Ver tambémVer artigo principal: Lista de imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
Precedido por:
Lotário I Rei da Itália
844 - 12 de agosto de 875 Sucedido por:
Carlos II
Imperador de Roma
(com Lotário I: 850-855)
abril de 850 - 12 de agosto de 875

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