sábado, 25 de fevereiro de 2012

LITERATURA ITALIANA

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ItáliaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Coordenadas: 43° N 12° E
Nota: Para outros significados, veja Itália (desambiguação).
Repubblica Italiana
República Italiana

Bandeira Brasão de Armas

Hino nacional: Il canto degli Italiani (italiano)
Também conhecido como Fratelli d'Italia ou Inno di Mameli.
O canto dos italianos

Gentílico: Italiano


Localização da Itália (em verde)
No continente europeu (em cinzento e verde-claro)
Na União Europeia (em verde-claro)

Capital Roma
41º51' N 12º29' E
Cidade mais populosa Roma
Língua oficial Italiano¹
Governo República parlamentarista
- Presidente Giorgio Napolitano
- Primeiro-ministro Mario Monti
Formação
- Unificação 17 de março de 1861 (150 anos)
- República 2 de junho de 1946 (65 anos)
Área
- Total 301 230 km² (69.º)
- Água (%) 2,4
População
- Estimativa de 2009 60 303 800 hab. (23.º)
- Censo 2001 57 110 144 hab.
- Densidade 200,12 hab./km² (39.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2011
- Total US$ 1,828 trilhão* USD[1] (10.º)
- Per capita US$ 30.165 dólares[1] (30.º)
PIB (nominal) Estimativa de 2011
- Total US$ 2,245 trilhões* USD[1] (8.º)
- Per capita US$ 37.046 USD[1] (24.º)
Indicadores sociais
- Gini (2006) 32[2]
- IDH (2011) 0,874 (24.º) – muito elevado[3]
- Esper. de vida 80,5 anos (12.º)
- Mort. infantil 5,0/mil nasc. (25.º)
- Alfabetização 98,9% (43.º)
Moeda Euro² (EUR)
Fuso horário CET (UTC+1)
- Verão (DST) CEST (UTC+2)
Clima Mediterrânico, alpino e continental
Org. internacionais ONU, UE, CE, OCDE, UEO, G8
Cód. ISO ITA
Cód. Internet .it ³
Cód. telef. +39
Website governamental www.italia.gov.it



¹ alemão e ladino no Tirol do Sul, esloveno no Friuli-Venezia Giulia e francês no Vale de Aosta.
² Antes de 1999: Lira italiana
³ o domínio .eu também é utilizado juntamente com os outros Estados Membros da União Europeia.
Itália (em italiano: Italia), oficialmente República Italiana (em italiano: Repubblica Italiana), é uma república parlamentar unitária localizada no centro-sul da Europa. Ao norte, faz fronteira com França, Suíça, Áustria e Eslovênia ao longo dos Alpes. Ao sul, que consiste na totalidade da Península Itálica, Sicília, Sardenha, as duas maiores ilhas no Mar Mediterrâneo, e muitas outras ilhas menores ficam no entorno do território italiano. Os Estados independentes de San Marino e do Vaticano são enclaves no interior de Itália, enquanto Campione d'Italia é um enclave italiano na Suíça. O território do país abrange cerca de 301 338 km² e é influenciado por um clima temperado sazonal. Com 60,6 milhões de habitantes, é a quinta nação mais populosa da Europa e a 23ª do mundo.

Roma, a capital italiana, foi durante séculos o centro político e religioso da civilização ocidental como a capital do Império Romano e como sede da Santa Sé. Após o declínio dos romanos, a Itália sofreu inúmeras invasões de povos estrangeiros, desde tribos germânicas, como os lombardos e ostrogodos, aos bizantinos e, mais tarde, os normandos, entre outros. Séculos mais tarde, Itália tornou-se o berço das repúblicas marítimas e do Renascimento,[4] um movimento intelectual extremamente frutífero que viria a ser parte integrante na formação subsequente do pensamento europeu.

Durante grande parte de sua história pós-romana, a Itália foi fragmentada em vários reinos (tais como o Reino da Sardenha; o Reino das Duas Sicílias e o Ducado de Milão) e cidades-estado, mas foi unificada em 1861,[5] após um período tumultuado da história conhecido como "Il Risorgimento" ("O Ressurgimento"). No final do século XIX, através da Primeira e Segunda Guerra Mundial, a Itália possuiu um império colonial que estendia seu domínio até a Líbia, Eritreia, Somália, Etiópia, Albânia, Dodecaneso e uma concessão em Tianjin, na China.[6]

A Itália moderna é uma república democrática, classificada como o 24º país mais desenvolvido do mundo[3] e com índice de qualidade de vida entre os dez primeiros do planeta.[7] O país goza de um alto padrão de vida e tem um elevado PIB nominal per capita.[8][9] É um membro fundador da União Europeia e parte da zona euro, além de ser membro do G8, G20, OTAN, OCDE, Organização Mundial do Comércio (OMC), Conselho da Europa, União da Europa Ocidental e as Nações Unidas. A Itália tem a terceira maior reserva de ouro, o oitavo maior PIB nominal, o décimo maior PIB (PPC)[10] e o sexto maior orçamento público do mundo.[11] A República Italiana tem o nono maior orçamento de defesa do mundo, acesso às armas nucleares da OTAN e um papel proeminente nos assuntos militares, culturais e diplomáticos europeus e mundiais, o que a torna grande potência regional.[12][13] O país tem um elevado nível de escolaridade pública e é uma nação altamente globalizada.[14]

Índice
1 Etimologia
2 História
2.1 Pré-história e Roma antiga
2.2 Idade média
2.3 Renascença
2.4 Unificação
2.5 Regime fascista
2.6 Itália Republicana
3 Geografia
3.1 Clima
4 Demografia
4.1 Migração e etnicidade
4.2 Religião
4.3 Idioma
5 Política
5.1 Relações exteriores
5.2 Forças armadas
6 Divisões administrativas
7 Economia
7.1 Turismo
8 Infraestrutura
8.1 Transportes
9 Cultura
9.1 Arquitetura
9.2 Artes
9.3 Literatura
9.4 Música
9.5 Cinema
9.6 Desportos
9.7 Culinária
9.8 Feriados
10 Ver também
11 Referências
12 Ligações externas

[editar] EtimologiaQuando a hegemonia etrusca ia chegando a seu ocaso com a expansão dos latinos, os povos do Sul, em particular os oscos, úmbrios e outros povos do centro e Sul da Península Itálica possuíam um numeroso rebanho bovino. Na língua dos oscos, o acusativo ‘vitluf’ (aos bezerros) deu lugar em latim a ‘vitellus’ (bezerrinho), palavra proveniente de vitulos (bezerro de entre um e dois anos). Estas palavras se derivaram do indo-europeu ‘wet-olo’ (de um ano cumprido), formada por sua vez a partir de ‘wet-‘ (ano), também presente em veterano e veterinário.

O gado vacum era tão importante para esses povos que adotaram como emblema a imagem de um touro jovem, que aparece em algumas moedas da época, com o nome de vitalos, que em pouco tempo converteu-se em ‘italos’, nome com que se denominou as tribos do Sul e que com o tempo incluiu também os latinos.

Até meados do século I, Itália era usado em latim para designar a Península, e ‘itali – orum’ para seus habitantes.

[editar] HistóriaVer artigo principal: História da Itália, História da Itália fascista e Itália republicana
A história da Itália influenciou fortemente a cultura e o desenvolvimento social, tanto na Europa como no resto do mundo. Tendo sido o berço da grande civilização romana e do fascismo, com Mussolini.

[editar] Pré-história e Roma antigaVer artigo principal: Roma antiga

O Coliseu, em Roma, um dos maiores símbolos do poder do Império Romano, construído ca. 70-80 dC.A população da Itália remonta aos tempos pré-históricos, época da qual foram encontrados importantes vestígios arqueológicos.

Durante a Idade do Ferro existiram várias culturas que podem ser diferenciadas em três grandes núcleos geográficos, a do Lácio Antigo, a da Magna Grécia e a de Etruria. Uma destas culturas, os ligures, foram um enigmático povo que habitava o norte de Italia, Suíça o sul de França.[15]

Entre os diversos povos da Antiguidade são dignos de menção, em particular, os Lígures, os Vênetos e os Celtas no norte, os latinos e os etruscos Samnitas no centro, enquanto no sul prosperaram colônias Gregas (Magna Grécia), e na Sardenha desde o segundo milênio a.C. floresceu a antiga civilização dos Sardos.

Uma das mais importantes culturas antigas desenvolvidas em solo italiano foi a Etrusca (a partir do século VIII a.C.), que influenciou profundamente Roma e sua civilização, na qual muitas tradições importantes de origem Mediterrânea e Eurasiática encontraram a mais original e duradoura síntese política, econômica e cultural. Nascida na Península Itálica, desde sempre terra de origem e de encontro entre diversos povos e culturas, a civilização romana foi capaz de explorar as contribuições provenientes dos etruscos e de outros povos itálicos, da Grécia e de outras regiões do Mediterrâneo Oriental (Palestina - o berço do Cristianismo - Síria, Fenícia e Egito). Graças ao seu império, Roma difundiu a cultura Heleno-romana pela Europa e pelo Norte de África que foram os limites de sua civilização.

[editar] Idade média
Bandeiras das repúblicas marítimas. Do topo, em sentido horário: Veneza, Gênova, Pisa e Amalfi.Após a queda do Império Romano do Ocidente, o território da península se dividiu em vários estados, alguns independentes, alguns parte de estados maiores (inclusive fora da península Itálica). O mais duradouro entre eles foram os Estados Pontifícios, que resistiram até a tomada italiana de Roma em 1870 e que foi mais tarde reconstituído como o Vaticano, no coração da capital italiana. Depois da queda do último imperador romano do Ocidente, seguiu-se a o domínio dos Hérulos e, em seguida, dos Ostrogodos. A reanexação da Itália ao Império Romano do Oriente realizado por Justiniano, em virtude das Guerras Góticas, na metade do século VI d.C., foi curta, uma vez que, já entre 568 e 570, os lombardos, povos germânicos provenientes da Hungria, ocuparam parte do país, mas representaram uma formidável continuidade política e cultural e a garantia da prosperidade económica da península e de toda a Europa por muitos anos.

Depois a área sob domínio romano-bizantino foi sujeita a fragmentações territoriais, mas conseguiu resistir até o final do século XI, enquanto os lombardos tiveram que se submeter aos Francos comandados por Carlos Magno a partir da segunda metade do século VIII. No ano 800, a Itália central tornou-se parte do Sacro Império Romano-Germânico, embora pouco depois a Sicília tenha passado ao domínio árabe. O desenvolvimento de cidades-estado (a partir do século XI) deu novo impulso à vida econômica e cultural do norte e centro da Itália, enquanto no Sul, com a invasão normanda, formou o Reino da Sicília um dos mais modernos, tolerantes e mais bem administrados da Europa naquela época. Dos municípios formaram-se as repúblicas marítimas e mais tarde, as signorias.

[editar] RenascençaVer artigo principal: Renascença italiana
Durante a época das cidades-estado começou o Humanismo e o Renascimento, caracterizado por um grande renascimento das artes, que teve grande influência no resto da Europa. A ocupação estrangeira e as diversas transformações dos estados que tinham se formado continuaram até a primeira metade do século XIX, quando se desenvolveu, influenciados pela Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas, uma série de movimentos a favor da criação de uma Itália independente e unificada; este período é chamado de Risorgimento.

[editar] UnificaçãoVer artigo principal: Risorgimento

Garibaldi e Vítor Emanuel II.A Itália contemporânea nasceu como um estado unitário, quando em 17 de março de 1861, a maioria dos estados da península e as duas principais ilhas foram unidas sob o comando do Rei da Sardenha Vittorio Emanuele II da casa de Sabóia. O arquiteto da unificação da Itália era o primeiro-ministro da Sardenha, conde Camillo Benso de Cavour, que apoiou (embora não reconhecendo diretamente) Giuseppe Garibaldi, permitindo a anexação do Reino das Duas Sicílias ao Reino da Sardenha-Piemonte.

O processo de unificação teve a ajuda da França, que - juntamente com o Reino Unido - tinha um interesse em criar um estado anti-Habsburgo comandado por uma dinastia amiga (Sabóia) e capaz de impedir o surgimento de um estado republicano e democrático na Itália (desejada por alguns "patriotas", como Mazzini e como já tinha acontecido em parte, em Roma, Milão, Florença e Veneza durante o movimento revolucionário de 1848).


Giuseppe Garibaldi, líder da Expedição dos Mil.A primeira capital foi Turim, a antiga capital do Reino de Sardenha e ponto de partida do processo de unificação da Itália. Depois da Convenção de setembro de 1864, a capital foi transferida para Florença.

Em 1866, a Itália adquiriu do Império Austríaco o Vêneto, após a guerra, na qual a Itália era aliada à Prússia de Bismarck. Na unificação, permaneceram excluídos a Córsega e a região de Nice, cidade natal de Garibaldi, assim como Roma e os territórios vizinhos que estavam sob o controle do Papa e protegido por Napoleão III. Graças à derrota da França pelos Prussianos, após uma rápida ação militar em 20 de setembro de 1870, também fora anexada Roma e proclamada a capital do reino. Mais tarde, com o Tratado de Latrão em 1929, o Papa obteve a soberania da Cidade do Vaticano. Outra entidade autônoma dentro das fronteiras italianas é a República de San Marino.

Mas mesmo após a conquista de Roma em 1870, a Unificação da Itália ainda não estava completa, pois faltavam ainda as chamadas "terras irredentas": O Trentino, Trieste, a Ístria e a Dalmácia que os nacionalistas clamavam como pertencentes à Itália. O Trentino, Trieste, a Ístria e Fiume foram anexados depois dos tratados de paz, após a Primeira Guerra Mundial, impostos pela França, Inglaterra e Estados Unidos aos Impérios Centrais, perdedores da guerra.

[editar] Regime fascistaVer artigo principal: Itália fascista

Benito Mussolini em 1938.A turbulência que se seguiu à devastação da Primeira Guerra Mundial, inspirado pela Revolução Russa de 1917, levou à turbulência e anarquia. O governo liberal, temendo uma revolução socialista, começou a endossar o pequeno Partido Nacional Fascista, liderada por Benito Mussolini. Em outubro de 1922, os fascistas tentaram um golpe de Estado (a "Marcha sobre Roma"), apoiado pelo rei Victor Emmanuel III. Nos anos seguintes, Mussolini proibiu todos os partidos políticos e liberdades pessoais, formando assim uma ditadura. Em 1935, Mussolini invadiu a Etiópia, resultando em uma alienação internacional e levando à retirada da Itália da Liga das Nações. Consequentemente, a Itália aliada com a Alemanha nazista e o Império do Japão e dando forte apoio à Francisco Franco na Guerra Civil Espanhola. Em 1939, a Itália ocupou a Albânia, um protetorado de facto durante décadas, e entrou na Segunda Guerra Mundial em junho de 1940 ao lado das potências do Eixo. Mussolini, querendo uma vitória rápida como a blitzkriegs de Hitler na Polônia e na França, invadiu a Grécia em outubro de 1940, mas foi forçado a aceitar um empate humilhante depois de alguns meses. Ao mesmo tempo, a Itália, depois de inicialmente conquistar a Somalilândia Britânica e partes do Egito, sofreu um contra-ataque Aliado que acabou com todas as suas possessões no Corno de África e no Norte da África.

Itália foi então invadida pelos Aliados em julho de 1943, levando ao colapso do regime fascista e à queda de Mussolini. Em setembro de 1943, a Itália se rendeu. O país manteve-se em campo de batalha durante o resto da guerra, enquanto os aliados estavam se movendo a partir do sul e o norte era a base para italiano leais ao regime fascista e forças nazistas alemães, lutando também através do movimento de resistência italiano. As hostilidades terminaram em 2 de maio de 1945. Quase meio milhão de italianos (incluindo civis) morreram no conflito[16] e a economia italiana tinha sido completamente destruída; a renda per capita em 1944 estava em seu ponto mais baixo desde o início do século XX.[17]

[editar] Itália RepublicanaVer artigo principal: Itália republicana

A Constituição da Itália entrou em vigor 1948.A Itália se tornou uma república, após um referendo realizado em 2 de junho de 1946, um dia comemorado desde então como o Dia da República. Esta foi também a primeira vez que as mulheres italianas tiveram direito ao voto.[18] O filho Vítor Emmanuel III, Humberto II, foi forçado a abdicar e foi exilado. A Constituição Republicana foi aprovada em 1 de janeiro de 1948. Nos termos dos Tratados de Paz de Paris de 1947, a área da fronteira oriental foi perdida para a Iugoslávia e, mais tarde, o Território Livre de Trieste foi dividido entre os dois Estados. O medo no eleitorado italiano de uma possível tomada comunista provou ser crucial para o resultado da primeira eleição com sufrágio universal em 18 de abril de 1948, quando os democratas-cristãos, sob a liderança de Alcide De Gasperi, obtiveram uma vitória esmagadora. Consequentemente, em 1949, a Itália tornou-se membro da OTAN. O Plano Marshall ajudou a reavivar a economia italiana, que, até final dos anos 1960, desfrutou de um período de crescimento econômico sustentado, o que foi comumente chamado de "Milagre Econômico". Em 1957, a Itália foi um membro fundador da Comunidade Econômica Europeia (CEE), que posteriormente se tornou a União Europeia (UE) em 1993.


Cerimônia de assinatura do Tratado de Roma em 1957. A Itália é um membro fundador da União Europeia.Do final dos anos 1960 até o início dos anos 1980, o país experimentou os "Anos de Chumbo", um período caracterizado pela crise econômica (especialmente após a crise do petróleo de 1973), generalizados conflitos sociais e massacres terroristas realizados por grupos extremistas opostos, com o suposto envolvimento da inteligência dos Estados Unidos.[19][20][21] Os Anos de Chumbo culminaram com o assassinato do líder democrata-cristão Aldo Moro em 1978, um evento que afetou profundamente todo o país. Na década de 1980, pela primeira vez desde 1945, dois governos foram conduzidos por primeiros-ministros que não eram democratas-cristãos: um liberal (Giovanni Spadolini) e um socialista (Bettino Craxi), o Partido Democrata Cristão permaneceu, no entanto, como o principal partido do governo. Durante o governo Craxi, a economia se recuperou e a Itália se tornou a quinta maior nação industrial do mundo, ganhando ingresso no G7. No entanto, como resultado de suas políticas de gastos, a dívida nacional italiana disparou durante a era Craxi, logo passando de 100% do PIB.

No início de 1990, a Itália enfrentou desafios significativos, com eleitores - desencantados com a paralisia política, a dívida pública enorme e extensa corrupção do sistema (conhecida como Tangentopoli) descoberto pela "Operação Mãos Limpas" - exigindo reformas radicais. Os escândalos envolveram todos os principais partidos, mas especialmente os da coalizão de governo: os democratas-cristãos, que governaram o país por quase 50 anos, sofreram uma grave crise e, eventualmente dissolvidos, dividiram-se em várias facções. Os comunistas reorganizam-se como uma força social-democrata. Durante os anos 1990 e 2000, a centro-direita (dominada pelo magnata da mídia Silvio Berlusconi) e coalizões de centro-esquerda alternativamente governaram o país, que entrou em um período prolongado de estagnação econômica.

[editar] GeografiaVer artigo principal: Geografia da Itália

Mapa topográfico da Itália.A Itália está localizada no sul da Europa e compreende a península itálica e uma série de ilhas, incluindo as duas maiores, Sicília e Sardenha. Situa-se entre as latitudes 35° e 47° N e longitude 6° e 19° E. Embora o país compreenda a totalidade península e a maior parte da bacia sul alpina, alguns do território da Itália se estendem além da bacia alpina e algumas ilhas estão localizadas fora da plataforma continental da Eurásia. Esses territórios são as comunas de Livigno, Sesto, Innichen, Dobbiaco (em parte), Chiusaforte, Tarvisio, Curon Venosta (em parte), que fazem parte da bacia do rio Danúbio, enquanto o Val di Lei constitui parte do bacia do Reno e as ilhas de Lampedusa e Lampione estão na plataforma continental africano.

A área total do país é de 301 230 km², dos quais 294 020 km² são terra e 7 210 km² água. Incluindo as ilhas, a Itália tem um litoral e uma fronteira de 7.600 km nos mares Adriático, Jônico e Tirreno (740 km) e as fronteiras comuns com a França (488 km), Áustria (430 km), Eslovênia (232 km) e Suíça; San Marino (39 km) e Cidade do Vaticano (3,2 km), ambos enclaves, também entram como fronteiras.


Monte Branco é o ponto mais alto da Itália e da União Europeia.Os Apeninos formam a espinha dorsal da península e os Alpes formam a sua fronteira norte, onde está o ponto mais alto da Itália, o Monte Branco (4.810 m). O Pó, maior rio da Itália (652 km), flui dos Alpes na fronteira oeste com a França e atravessa a planície da padânia em seu caminho para o mar Adriático. Os cinco maiores lagos são (em ordem de tamanho decrescente):[22] Garda (367,94 km²), Maggiore (212,51 km²), Como (145,9 km²), Trasimeno (124,29 km²) e Bolsena (113,55 km2/44 sq mi).

O país está situado no ponto de encontro da placas da eurasiática e africana, levando a uma atividade sísmica e vulcânica considerável. Existem 14 vulcões na Itália, três dos quais estão ativos: Etna (o tradicional local de forja de Vulcano), Stromboli e Vesúvio. O Vesúvio é o único vulcão ativo da Europa continental e é o mais famoso pela destruição de Pompeia e Herculano. Várias ilhas e colinas foram criadas pela atividade vulcânica e ainda há uma grande caldeira ativa, o Campi Flegrei, no noroeste de Nápoles.

[editar] Clima
A costa da Ligúria tem um clima mediterrâneo.O clima da Itália varia de região para região. O norte da Itália (Milão, Turim e Bolonha) tem um clima continental, quando ao sul de Florença apresenta o clima mediterrânico, com verões tipicamente secos e ensolarados. O clima das áreas litorâneas da península é muito diferente do interior, particularmente nos meses de inverno. As áreas mais elevadas são frias, úmidas e frequentemente recebem a precipitação de neve. As regiões litorâneas têm um clima mediterrâneo típico com invernos amenos e verões quentes, geralmente secos. Há diferenças notáveis nas temperaturas, sobretudo durante o inverno: em certos dias em Dezembro ou Janeiro pode nevar em Milão a -2 °C, enquanto em Nápoles as temperaturas estão em +12 °C. Certas manhãs, Turim pode amanhecer com -12 °C, quando ao mesmo tempo Roma se encontra com +6 °C e Reggio Calabria +10 °C. No verão a diferença é mais clara, a costa leste não está tão úmida como a costa ocidental, mas no inverno está geralmente mais fria.

Também a altitude influencia fortemente o clima e as temperaturas médias. Cidades meridionais como Potenza (na Basilicata), Campobasso (no Molise) ou Enna (na Sicília) têm invernos rigorosos e temperaturas médias bastante inferiores a outras localidades costeiras das mesmas regiões. Nos Apeninos neva regularmente durante o inverno. Geralmente o mês mais quente é agosto no sul, e julho no norte. Nesses meses os termômetros podem marcar 42 °C no sul e 33 °C no norte. O mês mais frio é janeiro, com médias no Vale do Rio Pó de 0 °C, Florença 5 °C, Roma 8 °C. Mas as mínimas podem chegar a -14 °C no Vale do Rio Pó, -5 °C em Florença, -4 °C em Roma, -2° em Nápoles e em Palermo +1 °C.

[editar] DemografiaVer artigo principal: Demografia da Itália
Em Janeiro de 2009, a população italiana passou de 60 milhões,[23] a quarta maior da União Europeia, e a 23ª maior do mundo. A densidade populacional é de 199,3 habitantes por km², o quinto maior da União Europeia, sendo o norte a parte mais densa; um terço do país contém quase a metade da população.

Depois da II Guerra Mundial, a Itália passou por um grande crescimento econômico que levou a população rural a mover-se para as cidades, e ao mesmo tempo passou de uma nação caracterizada por massiva emigração a um país receptor de imigrantes. A alta fertilidade persistiu até a década de 1970, e depois passou para abaixo da taxa de reposição como em 2007, um em cada cinco italianos é aposentado. Apesar disso, graças principalmente a imigração das décadas de 80 e 90, nos anos 2000 a Itália viu um acréscimo populacional natural pela primeira vez em anos.[24]

ver • editarCidades mais populosas da Itália
Estimativas do ISTAT para 31 de dezembro de 2010

Roma

Milão
Posição Cidade Região Pop. Posição Cidade Região Pop.
Nápoles

Turim
1 Roma Lácio 2 761 477 11 Veneza Vêneto 270 884
2 Milão Lombardia 1 324 110 12 Verona Vêneto 263 964
3 Nápoles Campânia 959 574 13 Messina Sicília 242 503
4 Turim Piemonte 907 563 14 Pádua Vêneto 214 198
5 Palermo Sicília 655 875 15 Trieste Friul-Veneza Júlia 205 535
6 Gênova Ligúria 607 906 16 Bréscia Lombardia 193 879
7 Bolonha Emília-Romanha 380 181 17 Tarento Apúlia 191 810
8 Florença Toscana 371 282 18 Prato Toscana 188 011
9 Bari Apúlia 320 475 19 Parma Emília-Romanha 186 690
10 Catânia Sicília 293 458 20 Reggio di Calabria Calábria 186 547
[editar] Migração e etnicidadeVer artigo principal: Povo italiano, Emigração italiana e Imigração italiana no Brasil

Número de imigrantes residentes na Itália, por país, em 2006. (Clique para ampliar).Cerca de 95% da população italiana tem origem na península. Os italianos são descendentes de uma grande quantidade de povos que se estabeleceram na península itálica durante os séculos. Os italianos são uma mistura de povos que já viviam na região, incluindo, dentre vários,

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