quarta-feira, 29 de setembro de 2010

5556 - LINGUAS DO PERU

ASPECTOS DA HISTÓRIA DAS LÍNGUAS INDÍGENAS DA AMAZÔNIA
Aryon Dall’Igna Rodrigues
(Laboratório de Línguas Indígenas, Instituto de Letras, Universidade de Brasília)
Publicado em Simões, M. do S., org ., Sob o signo do Xingu. Belém : IFNOPAP/UFPA.
Pp. 37-51
1. Língua, cultura e constituição física. É fato bem estabelecido e facilmente
demonstrável que língua, cultura e constituição física, embora com freqüência
historicamente associadas, são propriedades independentes nos seres humanos (veja-se, p.
ex., F. Boas, Race, language, and culture, New York: Macmillan, 1940). Na Amazônia um
bom exemplo é o povo Kamayurá: suas características físicas externamente observáveis são
as mesmas de outros povos do Alto Xingu como os Waurá ou os Kuikúru, e sua cultura está
completamente integrada no complexo cultural alto-xinguano, mas sua língua é a única
representante, nesse complexo, da família lingüística Tupi-Guaraní, que inclui um grande
número de povos amazônicos de línguas estreitamente aparentadas, porém física e
culturalmente distintos dos Kamayurá.
2. As línguas amazônicas hoje: quantidade e diversidade. Hoje são faladas na Amazônia
cerca de 250 línguas indígenas, sendo que cerca de 150 em território brasileiro. Embora
aparentemente altos, esses números são o resultado de um processo histórico – a
colonização européia da Amazônia – que reduziu drasticamente a população indígena nos
últimos 400 anos. Estima-se que, só na Amazônia brasileira, o número de línguas e de
povos teria sido de uns 700 imediatamente antes da penetração dos portugueses (cf.
Rodrigues 2001). Apesar da extraordinária redução quantitativa, as línguas ainda existentes
apresentam considerável diversidade, caracterizando a Amazônia como uma das regiões de
maior diferenciação lingüística do mundo, com mais de 50 famílias lingüísticas.
3. O estudo comparativo e classificatório das línguas: as famílias lingüísticas e os
troncos lingüísticos. O conhecimento científico das línguas é adquirido basicamente pela
lingüística descritiva, cujo objetivo é documentar, analisar e descrever as línguas, de modo
a torná-las objetos comparáveis, tanto para estudos classificatórios, como para estudos
teóricos. As classificações lingüísticas podem ser tipológicas ou genéticas. Estas últimas
consistem em agrupar as línguas em conjuntos para os quais se pode estabelecer uma bem
fundada hipótese de comum origem no passado. Esses agrupamentos genéticos são
chamados famílias lingüísticas e sua identificação fornece um critério classificatório de
natureza histórica, que é utilizado não só pelos lingüistas, mas também pelos antropólogos
como indicativo de relações históricas entre os povos. O número de línguas numa família
pode variar de muitas dezenas a apenas uma. Famílias com apenas uma língua são
freqüentemente chamadas de “línguas isoladas” ou “isolados lingüísticos”. Na Amazônia,
como em toda a América do Sul, é provável que a maioria dos isolados lingüísticos
representem sobreviventes de famílias maiores, reduzidas durante o processo de
colonização européia. A constituição de uma família com diversas línguas, o que é o caso
mais comum, implica em que houve em algum tempo do passado uma língua ancestral, da
qual as línguas atuais são modificações diferenciadas. A essa língua ancestral, inferida e
reconstruída a partir da comparação das línguas atuais, é dado o nome de proto-língua.
Uma vez estabelecidas diversas famílias lingüísticas, pode surgir evidência de que algumas
delas e suas respectivas línguas ancestrais provêm de outra língua ancestral, outra protolíngua,
mais antiga. A um conjunto de famílias nessa situação tem-se chamado de tronco
lingüístico. Como todo procedimento classificatório, a classificação das línguas em famílias
e troncos genéticos organiza nosso conhecimento sobre elas e sobre os povos que as falam.
4. A reconstrução de traços culturais do passado. São reconstruíveis para as protolínguas
as palavras e outros elementos lingüísticos que se encontram preservados em todas
ou na maioria das línguas de uma família – ou das famílias de um tronco – com forma e
significado regularmente deriváveis de uma só forma mais antiga. A comparação da palavra
para ‘faca’ nas línguas da família Tupi-Guaraní, p. ex., Tupinambá kysé, Guaraní antigo
kytsé, Mbyá kytxé, Ka’apór kyhé, etc., leva à reconstrução para o Proto-Tupí-Guaraní da
forma *kytxé com o mesmo significado de ‘faca’. Por aí podemos concluir que os falantes
pré-históricos da proto-língua da família Tupí-Guaraní utilizavam facas como instrumentos
cortantes, embora nada possamos dizer sobre a natureza de tais facas (é possível que se
tratasse de facas feitas de taquara, já que nas línguas da família Tuparí – aparentada com a
família Tupí-Guaraní dentro do tronco Tupí – a forma correspondente, kyté na língua
Tuparí, significa ‘taquara’). A presença não ambígua de um conceito numa proto-língua
implica a existência da coisa correspondente, de modo que, ao reconstruir formas
lingüísticas, estamos reconstruindo também fragmentos de cultura pré-histórica. Na
Amazônia, um caso particularmente interessante é o da reconstrução de palavras
relacionadas à agricultura na proto-língua do tronco Tupi. A comparação das línguas das
dez famílias que constituem esse tronco permite a reconstrução das palavras para ‘roça’,
‘cavador de cova’, ‘mandioca’, ‘batata doce’, ‘cará’, ‘abóbora’, ‘cabaça’, ‘socar’ e outras
que indicam claramente que o povo pré-histórico que falava aquela língua já era agricultor
como seus descendentes modernos. Note-se que a idade estimada para o Proto-Tupí é de
cerca de 5.000 anos. Se essa estimativa estiver correta, temos um dado que reforça outras
informações, menos claras do que essa, da antigüidade da agricultura na Amazônia e,
particularmente, entre os povos Tupí.
5. A família Tupí-Guaraní e o tronco Tupi. A família Tupí-Guaraní, com mais de trinta
línguas, é uma das maiores da América do Sul e tem a maioria de seus povos na Amazônia.
Seu reconhecimento como família genética data já do século XIX (Martius 1867, Steinen
1882, Adam 1896), mas só em meados do século XX é que se reconheceu que ela faz parte
de um conjunto de dez famílias amazônicas, bastante diferenciadas entre si, mas cuja
remota origem comum pode ser demonstrada (Rodrigues 1955). Esse conjunto recebeu o
nome de tronco Tupí (Rodrigues 1958a, 1958b, 1964) e as outras nove famílias que o
integram são a Awetí no Alto Xingu, a Jurúna no médio e baixo Xingu, a Mawé e a
Mundurukú no Tapajós, a Mondé, a Ramaráma, a Puruborá, a Arikém e a Tuparí na bacia
do Madeira, especialmente entre seus afluentes Aripuanã e Guaporé. Como se vê, todas
essas nove famílias estão na Amazônia e, como aqui está também a maioria das línguas da
Tupí-Guaraní, o tronco Tupí é essencialmente amazônico.
6. Possíveis conexões entre troncos lingüísticos. Os troncos lingüísticos, enquanto
conjuntos de famílias oriundas de uma mesma proto-língua mais remota, podem ainda
mostrar relações genéticas com outros troncos ou com famílias não classificadas em
nenhum tronco, as quais podem no fundo ser consideradas como troncos com uma só
família. Dado o maior distanciamento genético, os indícios dessas relações são muito mais
raros e mais difíceis de perceber. Assim mesmo, no que toca ao tronco Tupí, foram
detectados sinais de parentesco com a família Karíb e com o tronco Macro-Jê (Rodrigues
1985, 2000a). A família Karíb é também essencialmente amazônica, estendendo-se do Alto
Xingu à costa do Mar Caribe, e a hipótese de uma origem comum com o tronco Tupí não
nos afasta da Amazônia. Já do tronco Macro-Jê pode-se dizer que, ao contrário, é
tipicamente não amazônico, pois das doze famílias nele incluídas, apenas duas, Rikbaktsá e
Jê, têm línguas dentro da Amazônia, mas esta última, cujos povos são habitantes típicos dos
campos cerrados e dos campos do sul do Brasil, está representada na Amazônia por apenas
três povos e as respectivas línguas (Suyá, Panará e Kayapó), que aí penetraram em épocas
relativamente recentes. Sendo as línguas do tronco Macro-Jê faladas por povos tipicamente
não amazônicos, parentesco genético entre elas e línguas amazônicas como as do tronco
Tupi, se confirmado, é indicativo de movimentos populacionais para dentro ou para fora da
Amazônia em tempos muito mais antigos que o da diversificação do tronco Tupí.
7. As línguas não amazônicas da família Tupi-Guaraní. A constatação de que o tronco
Tupí é essencialmente amazônico dá lugar a uma outra questão interessante: e as línguas da
família Tupí-Guaraní situadas fora da Amazônia, na bacia dos rios Paraná e Paraguai, como
a Guarani, e na costa leste do Brasil, como a Tupí e a Tupinambá? Na primeira metade do
século XX pensava-se que a família Tupí-Guaraní fosse toda oriunda da bacia platina, do
espaço entre os rios Paraná e Paraguai, e que daí tivesse penetrado na Amazônia. Essa
concepção mudou com o avanço dos conhecimentos lingüísticos e dos estudos
arqueológicos. Lingüistas e arqueólogos concordam agora em que os antepassados dos
Guarani devem ter passado dos formadores dos rios Tapajós e Madeira para o alto rio
Paraguai e daí para o sul. Entretanto, não há ainda consenso entre arqueólogos e lingüistas
quanto à rota seguida pelos antepassados dos Tupí e Tupinambá da costa atlântica. A
hipótese levantada por alguns arqueólogos (Lathrap 1980, Brochado 1984, Noelli 1996) é a
de que esses povos teriam deixado a Amazônia migrando para leste a partir do médio
Amazonas, passando para a costa do Pará e do Maranhão e ocupando o litoral atlântico até
à altura do atual Estado de São Paulo. Entretanto, uma hipótese baseada em evidências
lingüísticas (Rodrigues 2000) indica um caminho quase inverso: os antepassados dos Tupí
e dos Tupinambá teriam deixado a Amazônia migrando para o sul, tal como os
antepassados dos Guarani – não juntamente com estes, mas provavelmente um pouco antes
deles – e teriam passado para o alto rio Paraná, a partir do qual teriam tomado um ou mais
de seus grandes afluentes orientais, como o rio Grande e o Tietê, que teriam subido até
chegar à Serra do Mar e ao litoral sueste. Os Tupi teriam ficado no alto Tietê, na região de
Piratininga e de São Vicente, ao passo que os Tupinambá teriam alcançado, pelo Paraíba do
Sul, o litoral do Rio de Janeiro, expandindo-se daí para o nordeste e o norte, até penetrar de
novo na Amazônia pela costa do Maranhão e do Pará. Independentemente dos Guaraní e
dos Tupí e Tupinambá, um terceiro povo Tupí-Guaraní, provavelmente mais próximo
destes do que daqueles, migrou para o sul, mas na altura do rio São Miguel, afluente do rio
Mamoré, encaminhou-se para noroeste e reentrou na Amazônia, em sua parte sudoeste, na
atual Bolívia. Descendentes dessa migração são os Guarayo.
8. As línguas tupi-guarani do nordeste da Amazônia. A região, que se estende do baixo
Xingu para leste, passando pelo Tocantins e indo até além do Gurupi, até o Pindaré no
Maranhão, e que alcança para o norte o Amapá e a Guiana Francesa, é a que estou
chamando aqui de nordeste da Amazônia. Essa é uma região que foi habitada por muitos
povos de línguas da família Tupi-Guaraní, os quais sofreram fortes conseqüências da
colonização européia a partir do início do século XVII. Vários desses povos desapareceram
no decorrer desses 400 anos e de outros sobreviveram apenas poucas famílias. Além das
epidemias de novas doenças, os principais fatores de destruição dos povos e de apagamento
de suas línguas foram os aldeamentos forçados para a doutrinação religiosa e para a
utilização de sua força de trabalho, o recrutamento para as tropas e as obras do governo
colonial e a venda para o trabalho escravo nas propriedades rurais e nos incipientes
estabelecimentos urbanos. Alguns conseguiram escapar da ação colonialista em certos
momentos, para serem novamente alcançados após poucos ou muitos anos. Um ou outro
desses caíram de novo sob o controle dos não índios só na segunda metade do século XX,
como os Araweté e os Asuriní do baixo Xingu, os Parakanã e os Asuriní do Tocantins, os
Guajá do Maranhão ou os Jo’é ou Zo’é do Cuminapanema, no norte do Pará. É pela
documentação atual das línguas destes sobreviventes da hecatombe colonial e pós-colonial
e pelos registros lingüísticos, ainda que limitados, de viajantes e pesquisadores do século
XIX e da primeira metade do século XX, que sabemos não só que tal povo falava ou fala
uma língua da família Tupi-Guaraní, mas ainda a que ramo mais particular desta essa
língua pertence, isto é, com que outras línguas ela compartilha mais traços de herança
comum.
É pelo estudo comparativo sistemático e minucioso desses dados que também é
possível para o lingüista assegurar que os povos indígenas desta região não são
descendentes dos Tupinambá do Maranhão e do Pará, como havia sido suposto por diversos
antropólogos em virtude de analogias culturais e do simples fato de que uns e outros são
lingüisticamente tupi-guaranis. A língua Tupinambá, da qual havia falantes aqui no Pará
ainda em meados do século XVIII, pertence a um daqueles ramos da família Tupi-Guaraní
(o sub-conjunto III) que deixaram a Amazônia migrando para o sul em tempos préhistóricos
e depois voltaram para o norte pela costa atlântica.
Embora não seja raro um povo mudar de língua – com exceção dos Fulniô, os povos
indígenas do nordeste brasileiro falam hoje só a língua portuguesa – as línguas
normalmente ficam ligadas aos povos por muitos séculos, de modo que a história das
línguas reflete a história dos respectivos povos. Anteriormente (seção 4 acima) dei a idéia
de que a reconstrução de palavras de uma proto-língua leva à reconstrução de elementos da
cultura pré-histórica dos que falavam essa, mas, além disso, o estudo comparativo das
línguas permite obter mais informações históricas sobre contactos havidos entre povos de
diferentes línguas e sobre as migrações que levaram um povo a entrar em contacto com
outros. O estado atual de nosso conhecimento sobre as línguas tupí-guaraní revela, por
exemplo, que tanto os povos dessa filiação hoje estabelecidos no Amapá, como os
Wayampí, e os que agora vivem no Maranhão, como os Urubu-Ka’apór, os Guajajára e os
Guajá, são oriundos do Pará, os primeiros do baixo rio Xingu, os últimos do Tocantins. Em
ambos os casos as evidências lingüísticas corroboram indicações etnográficas e históricas.
Indicadores lingüísticos da história recente dos povos tupí-guaraní no nordeste da
Amazônia são palavras provenientes da Língua Geral Amazônica, as quais denunciam o
contacto desses povos com essa língua nos séculos XVII e XVIII, seja junto aos
mamelucos, cafusos e brancos que a falavam mais que a portuguesa, seja em conseqüência
da ação de missionários católicos que também a utilizavam.
9. A Língua Geral Amazônica. Um aspecto histórico importante da Amazônia brasileira é
o desenvolvimento da Língua Geral Amazônica como produto da interação entre os
Portugueses e os Tupinambá no século XVII. Os filhos de mestiços de homens portugueses
e mulheres tupinambá, que logo passaram a constituir a maior parte da população não
indígena da nova colônia, falavam a língua de suas mães, a qual, fora do contexto social e
cultural indígena, foi-se diferençando mais e mais do Tupinambá falado pelos índios e no
século XVIII já se distinguia nitidamente como uma nova língua. Como língua dos
mamelucos, tornou-se a língua comum à população mestiça e não mestiça tanto nos
incipientes núcleos urbanos como nos estabelecimentos do interior amazônico, de modo
que também passou a ser a língua das missões religosas, onde eram reunidos índios
originalmente falantes de muitas outras línguas. Por essa razão passou a ser tratada como
língua geral. Hoje nós a chamamos Língua Geral Amazônica para distingui-la de outra,
surgida em situação análoga, na Província de São Paulo, a Língua Geral Paulista. No final
do século XIX foi introduzido o nome Nheengatu, com o qual se designa alternativamente a
Língua Geral Amazônica. A partir da segunda metade do século XVII esta língua passou a
ser o idioma dominante na conquista portuguesa da Amazônia, levada a todas as partes
atingidas pelas tropas, pelos colonos e comerciantes e pelos missionários. Como língua dos
colonizadores ela foi aprendida como segunda língua pelos índios contactados ao sul e ao
norte do rio Amazonas, e seu uso se estendeu pelo Solimões até a Amazônia peruana e pelo
Rio Negro até a Venezuela e a Colômbia. Ela foi, portanto, a língua predominante do que
foi o Estado do Maranhão e Grão Pará, em detrimento da portuguesa, que só tardiamente
veio a substituí-la. A situação de franco predomínio da Língua Geral Amazônica provocou
fortes medidas em favor da língua portuguesa na administração do Marquês do Pombal em
Portugal e de seu irmão Mendonça Furtado aqui na Amazônia. Entretanto, os fatores sociais
que mais favoreceram a penetração e generalização da língua portuguesa na Amazônia,
como a temos hoje, foram o genocídio da população falantes de língua geral durante a
repressão à revolta da Cabanagem e, alguns anos depois, a importação maciça para os
seringais amazônicos de trabalhadores nordestinos, falantes exclusivos da língua
portuguesa. Mais recentemente, sobretudo no século XX, um outro fator terá sido a
crescente escolarização unicamente em Português.
A presença extensiva da Língua Geral Amazônica durante mais de duzentos anos
influenciou não só o Português amazônico, mas também muitas línguas indígenas de outras
famílias, do tronco Tupí e de outras filiações genéticas, como o Jurúna do rio Xingu, o
Mawé e o Mundurukú do rio Tapajós, o Pirahã (Múra) do rio Madeira, o Tikúna do rio
Solimões e línguas da família Karíb ao norte do rio Amazonas. Na bacia do rio Negro
várias línguas indígenas foram inteiramente substituídas pela Língua Geral Amazônica,
como é o caso da língua dos Baré, no município de São Gabriel da Cachoeira.
Realmente, a Língua Geral Amazônica foi a principal língua da colonização da
Amazônia nos séculos XVII e XVIII, tendo se estendido para oeste até o limite com o Peru
e para noroeste até as fronteiras com a Venezuela e a Colômbia. A constituição e a
expansão dessa língua geral caracterizam um dos capítulos mais importantes e mais
interessantes da história lingüística da Amazônia brasileira, uma história cujo estudo está
apenas iniciado (Freire 1983, Rodrigues 1986, 1996, Cabral 2000, Felix 2002).
Referências
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Felix, M. I. de S. 2002. A Língua Geral Amazônica: contribuição para o estudo de suas
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Freire, J. B. 1983. Da “fala boa” ao português na Amazônia brasileira. Ameríndia, revue
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