AS MAIS FASCINANTES IMAGENS OBTIDAS PELO TELESCÓPIO ESPACIAL "HUBBLE"
Supernova 1987A
Misteriosos anéis
Esta
imagem mostra três anéis de gás incandescente em torno da Supernova
1987A que
se originou da explosão em fevereiro de 1987, de uma estrela
da Grande Nuvem de
Magalhães. Esses anéis, resultado da liberação a alta
velocidade de gás incandescente durante a explosão da estrela, estão em
expansão. Apesar da altíssima velocidade de expansão, esta não
é perceptível diretamente em intervalos de poucos anos, mesmo com os
instrumentos mais sensíveis. Devido à grande distância deste objeto a
nós, são necessárias mudanças de milhares de kilometros nos raios destes
anéis, para se fazerem notar.
Esses anéis, que parecem
inclinados em relação a nosso ângulo de visão e parecem
se interceptar, provavelmente se encontram em diferentes
planos. O anel menor e
mais brilhante está no plano que contém a supernova e os
outros dois em planos anterior eposterior a ela. A fonte de radiação
responsável pela energia que emana deste
sistema provavelmente é oriunda de uma estrela remanescente
desconhecida, companheira da
estrela que explodiu.
Nebulosa de Orion
Nascimento de Estrelas
Esta
nebulosa é uma nuvem gigante (diagonal da imagem: 1,6 anos-luz)
composta de
poeira, gases e ions, iluminada pelo brilho de estrelas
jovens. Nela, uma imensa coluna de
gases incandescentes dá origem a dezenas de novas estrelas,
muitas das quais têm discos de poeira em sua volta - conforme revelado
pelo Hubble - que possivelmente são sistemas
planetários embrionários.
Nesta imagem a luz vermelha indica emissão por nitrogênio, a luz verde indica emissão
por hidrogênio e a luz azul emissão por oxigênio.
A Galáxia "Roda de Carruagem"
Colisão entre Galáxias
Esta
é uma imagem rara e espetacular da colisão entre duas galáxias. A
estrutura
de anel da "Roda de Carruagem" (a maior dentre as galáxias
desta imagem),
anteriormente uma galáxia espiral como a nossa, é o resultado
da colisão desta com uma das duas menores que ainda se encontram em sua
vizinhança, muito possivelmente a azul, que além de estar rompida
apresenta região bem característica de formação de novas estrelas.
Como
uma pedra atirada em um lago esta colisão liberou grande quantidade de
energia no
espaço, espalhando gases e poeira à velocidade de 320.000
km/h, carregando consigo uma "tempestade"de criação de novas estrelas. O
anel da "Roda de Carruagem" contém no mínimo vários
bilhões de estrelas recém-nascidas e é imenso. Dentro dele
caberia a nossa Galáxia.
Júpiter Bombardeado pelo Cometa S-L 9
Dentre
várias imagens espetaculares da colisão do Cometa Shoemaker-Levi 9 com
Júpiter, selecionamos uma obtida no ultra-violeta. As manchas
causadas pelas colisões dos diversos fragmentos do Cometa com Jupiter
são realçadas nessa faixa do espectro, devido à
grande quantidade de poeira que se depositou na alta
estratosfera deste planeta. O
monitoramento de ventos nessa estratosfera vem sendo feito
observando-se a evolução destas manchas.
Esta imagem foi feita 2,5 horas após o impacto do fragmento R.
Galáxia Espiral M100
Esta
imagem mostra a resolução espetacular de estrelas individuais nos
braços espirais
de M100. O alto poder de resolução do Hubble permitiu a
identificação em M100 de uma
classe rara de estrelas pulsantes chamadas variáveis Cefeidas.
Essas estrelas são indicadores muito precisos de distâncias, uma vez
que apresentam uma relação bem definida entre
o intervalo de tempo que levam para completar um pulso e seu
brilho intrínseco.
Chegamos assim ao conhecimento muito preciso da distância de
M100 a nós: 56 milhões de anos-luz.
Tormenta em Saturno
Esta
imagem de Saturno mostra uma grande mancha perto do equador do planeta
que se
estende de leste para oeste por 13.000 km (aproximadamente o
diâmetro da Terra) e indica uma
grande tempestade similar aos vendavais terrestres. As nuvens
brancas observadas na mancha são pedras de gelo de cristais de amônia.
Este parece ser um fenômeno cíclico com período aproximado de 57 anos (~2 anos
saturninos) que ocorre em geral quando é verão no hemisfério norte de Saturno.
Anel Rodeando Possível Buraco Negro
Vemos
aqui o núcleo da galaxia NGC4261 que se encontra a 45.000.000 anos-luz
de
nós (na imagem ampliada você verá também esta galaxia por
inteiro). Já há vários anos
foi detectado um par de jatos de gases quentes emanando do
núcleo desta galaxia e
se estendendo a uma distância de 88.000 anos-luz. A imagem
obtida pelo Hubble mostra
o núcleo como um disco gigante de poeira e gás frio com um
possível buraco negro no centro. O disco que se estende por 300 anos-luz
está inclinado o suficiente para nos
permitir visualizar o centro brilhante que é provavelmente o
ancoradouro do buraco negro.
O disco escuro de poeira
representa uma região fria externa circundada por um disco
de acreção ultra quente com centenas de milhões de Km além do
possível buraco negro.
Esse disco lança matéria para dentro do buraco negro onde a
gravidade comprime e aquece
o material. Gases quentes saem da vizinhança do buraco negro
criando jatos observados em rádio. Esses jatos estão alinhados
perpendicularmente ao disco como um eixo através de uma
roda. Esta é uma forte evidência da existência de um buraco
negro central em NGC4261.
Nebulosa Planetária NGC 6543
Envoltório Gasoso em torno de uma estrela que morre
Durante o período de contração de uma estrela no término de seu estágio de Gigante
Vermelha material é ejetado do núcleo desta estrela dando origem a uma casca esférica de gás
ionizado em expansão. Este gás recebe radiação ultra-violeta da estrela central e a reemite como
luz visível. Isto é conhecido como uma Nebulosa Planetária. Esta imagem do Hubble mostra uma
das mais complexas Nebulosas Planetárias jamais vista.Uma interpretação preliminar sugere que
a estrela central deva ser um sistema binário, o que explicaria a existência em seu
envoltório de toda a complexidade observada: vários anéis concêntricos de gás; jatos de gás em
alta velocidade; etc.
"Loop de Cignus"
A Expansão de uma Onda de Pressão pela Galáxia.
Esta imagem mostra uma pequena parte da nebulosa "Loop de Cignus". Se estendendo por
uma região do céu seis vezes maior que a lua cheia, esta nebulosa é acompanhada por uma
onda de pressão em expansão, que se originou da explosão de uma super nova ocorrida a cerca de 15.000 anos
atrás. Na região fotografada pelo Hubble esta onda de pressão atingiu uma
densa nuvem de gás interestelar, aquecendo este gás e provocando sua incandescência.
Assim como o microscópio revolucionou o estudo do corpo humano, revelando detalhes
das células, o Hubble está oferecendo aos astrônomos uma visão sem precedentes da
estrutura fina dessas frentes de choque, já estudadas a mais de 20 anos, porém só agora
observadas com riqueza de detalhes.
Marte - Detalhes Reveladores
O Hubble efetuou várias imagens de Marte; as mais claras já efetuadas, bem melhores que
as feitas da superfície da Terra, perdendo apenas, em alguns aspectos, para imagens obtidas
por sondas que visitaram este planeta.
A
abundância de nuvens brancas delgadas em Marte indica que sua atmosfera é
mais fria que
a indicada pelas sondas espaciais enviadas a este planeta nos
anos 70. Também as áreas
escuras, antes erroneamente interpretadas como regiões de
vegetação, são, na verdade, áreas de areia mais grossa que é menos
reflectiva que a poeira laranja. À medida que os ventos movem esta
poeira
e esta areia, a aparência da superfície do planeta vai se
modificando.
Parede de Galáxias
Essa é a imagem de algumas centenas de galáxias nunca vistas. Muitas dessas galáxias
se formaram há menos de um bilhão de anos após a grande explosão que deu origem ao
Universo (a idade do Universo é estimada em 12 bilhões de anos).
Olhar para essa imagem é como viajar em uma "máquina do tempo", pois estamos olhando
na verdade para galáxias em processo de formação há mais de 10 bilhões de anos atrás.
Objetos azuis contêm estrelas jovens e/ou relativamente mais próximas. Objetos
vermelhos contêm populações mais velhas e/ou mais distantes.
Região de Formação de Estrelas
na Galáxia M33
Esta é a imagem de uma extensa nebulosa (NGC 604) que se encontra na galáxia espiral
M33 localizada a 2,7 milhões de anos-luz de nós na direção da constelação do Triângulo.
Esta nebulosa se encontra em um dos braços espirais de M33 e é uma região de intensa
formação de estrelas.
Embora tais nebulosas sejam comuns, nas mais variadas galáxias, esta em especial
é particularmente extensa, medindo cerca de 1.500 anos-luz, podendo inclusive
ser facilmente observada em imagens tomadas por telescópios terrestres.
Galáxias que Possivelmente
Contêm Buracos Negros
Estas imagens anunciam a descoberta de buracos negros em galáxias conhecidas.
Resultados preliminares sugerem, dentre outras coisas que:
1 - Buracos negros supermassivos são comuns (na maioria das galáxias deve existir
pelo menos um).
2 - A massa do buraco negro é proporcional à massa da galáxia hospedeira o que indica
que a história de um buraco negro está ligada à formação da galáxia em que está localizado.
Nebulosa da Lagoa
Esta
imagem revela um par de "tornados" interestelares de aproximadamente
0,5 AL de
extensão (alto à esquerda) no coração da Nebulosa da Lagoa que
se encontra a 5000 AL de nós na
direção da constelação de Sargitário. Semelhantes ao
espetacular fenômeno dos tornados terrestres,
a grande diferença entre as altas temperaturas na superfície e
as baixas temperaturas no
interior das nuvens, combinadas com a pressão de radiação
estelar, produzem resultantes capazes de"torcer" as nuvens dando origem à
aparência análoga aos nossos tornados em
escala cósmica.
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