sábado, 5 de novembro de 2011
1615 - O TERREMOTO DE LISBOA
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Terça-feira, 1 de Novembro de 2005
Terramoto de Lisboa de 1755
Faz hoje 250 anos !...
Gravura em cobre alusiva ao terramoto
O Terramoto de 1755, como ficou conhecido, aconteceu no dia 1 de Novembro de 1755, às 9h20m da manhã, resultando na quase destruição da cidade de Lisboa e de grande parte do litoral do Algarve. O sismo foi seguido de um tsunami que se crê terá atingido a altura de 20 metros e múltiplos incêndios, tendo feito mais de 100 mil vítimas mortais. Foi um dos mais mortíferos terramotos da história.
O terramoto teve um enorme impacto na sociedade do Século XVIII, em especial na estrutura política em Portugal e tornou-se o primeiro estudo cientifico do efeito de um terramoto numa área alargada.
Os geólogos modernos estimam que o sismo de 1755 atingiu 9 graus na escala Richter.
Na prática, a escala é graduada de 1 a 9 mas teoricamente é ilimitada, fala-se assim de uma escala aberta.
1. Sentido apenas por instrumentos científicos.
2. Sentido por algumas pessoas e animais.
3. Sentido por muitas pessoas.
4. Sentido por todas as pessoas.
5. Destrói algumas construções
6. Estruturas balançam e paredes começam a cair.
7. Destrói muitas construções e mata pessoas.
8. Um desastre.
9. Destruição total.
O Terramoto
O terramoto fez-se sentir na manhã de 1 de Novembro, no feriado católico do dia de Todos-os-Santos. Relatos contemporâneos afirmam que o terramoto durou, consoante o local, entre seis minutos e 2 horas e meia, causando fissuras gigantescas de cinco metros que cortaram o centro da cidade de Lisboa. Com os vários desmoronamentos os sobreviventes procuraram refúgio na zona portuária e assistiram ao abaixamento das águas, revelando o fundo do mar, cheio de destroços de navios e cargas perdidas. Dezenas de minutos depois um enorme tsunami de 20 metros fez submergir o porto e o centro da cidade. Nas áreas que não foram afectadas pelo tsunami, o fogo logo se alastrou, e os incêndios duraram pelo menos 5 dias.
Lisboa não foi a única cidade portuguesa afectada pela catástrofe. Todo o sul de Portugal, nomeadamente o Algarve, foi atingido e a destruição foi generalizada. As ondas de choque do terramoto foram sentidas por toda a Europa e norte da África. Os tsunamis originados por este terramoto varreram desde a África do norte até ao norte da Europa, nomeadamente até à Finlândia e através do Atlântico, afectando locais como Martinica e Barbados.
De uma população de 275 mil habitantes em Lisboa, 90 mil foram mortos. Outros 10 mil foram vitimados em Marrocos. Cerca de 85% das construções de Lisboa foram destruídas, incluindo palácios famosos e bibliotecas, igrejas, hospitais e todas as estruturas. Várias construções que sofreram pouco danos pelo terramoto foram destruídas pelo fogo que se seguiu ao abalo sísmico.
A recém construída Casa da Ópera, aberta apenas seis meses antes, foi totalmente consumida pelo fogo. O Palácio Real, que se situava na margem do Tejo, onde hoje existe o Terreiro do Paço foi destruído pelo terramoto e pelo tsunami. Dentro, a biblioteca de 70 mil volumes e centenas de obras de arte, incluindo pinturas de Ticiano, Rubens e Correggio, foram perdidas. O precioso Arquivo Real com documentos relativos à exploração oceânica e outros documentos antigos também foram perdidos. O terramoto destruiu ainda as maiores igrejas de Lisboa, especialmente a Catedral de Santa Maria, e as Basílicas de São Paulo, Santa Catarina, São Vicente de Fora, e a da Misericórdia. As ruínas do Convento do Carmo ainda hoje podem ser visitadas no centro da cidade. O hospital Real de Todos os Santos foi consumido pelos fogos e centenas de pacientes morreram queimados. Registos históricos das viagens de Vasco da Gama e Cristóvão Colombo foram perdidos, e incontáveis construções foram arrasadas (incluindo muitos exemplares da arquitectura do período Manuelino em Portugal). A sepultura do herói nacional Nuno Álvares Pereira também foi perdida
Ruinas do Convento do Carmo
A destruição da cidade de Lisboa, colocou em causa as ambições do Império Português de então. Os europeus do século XVIII tentaram explicar o cataclismo através de sistemas religiosos e racionais. Os filósofos do Iluminismo, especialmente Voltaire escreveram acerca do desastre. O próprio conceito de sublime avançado por Immanuel Kant teve em parte inspiração na tentativa para compreender a catástrofe.
O dia seguinte
Quase por milagre, a família real escapou ilesa à catástrofe. O rei D. José I e a corte tinham deixado a cidade depois de assistir a uma missa ao amanhecer, encontrando-se em Santa Maria de Belém na altura do terramoto. A ausência do rei na capital deveu-se à vontade das princesas de passar o feriado fora da cidade. Depois da catástrofe, D. José I ganhou uma fobia a recintos fechados e viveu o resto da sua vida num complexo luxuoso de tendas no Alto da Ajuda em Lisboa.
Tal como o rei, o Marquês do Pombal, primeiro-ministro de D. José, sobreviveu ao terramoto. Com o pragmatismo que caracterizou a sua governação, iniciou imediatamente a reconstrução de Lisboa. A sua rápida resolução levou a organizar equipas de bombeiros para combater os incêndios e recolher os milhares de cadáveres para evitar epidemias.
O ministro e o rei, contrataram arquitectos e engenheiros, e em menos de um ano depois do terramoto, já não se encontravam em Lisboa ruínas e os trabalhos de reconstrução iam adiantados. O rei desejava uma cidade nova e ordenada e grandes praças e avenidas largas e rectilíneas marcaram a planta da nova cidade. Na altura alguém perguntou ao Marquês de Pombal para que serviam ruas tão largas, ao que este respondeu que um dias elas serão pequenas... o que se reflecte hoje no trânsito caótico de Lisboa.
O novo centro da cidade, hoje conhecido por baixa pombalina é uma das atracções turísticas da cidade. São os primeiros edifícios mundiais a serem construídos com protecções anti-sismo, que foram testados em modelos de madeiras à medida que as tropas marchavam ao seu redor.
Implicações Sociais
O terramoto abalou muito mais que a cidade e os seus edifícios. Lisboa era a capital de um país católico, com muita tradição de edificação de igrejas e evangelização das suas colónias. O facto de o terramoto ocorrer num feriado religioso e destruir várias igrejas importantes levantou muitas questões religiosas por toda a Europa. Para a mentalidade religiosa do século XVIII esta manifestação da ira divina, era de difícil explicação.
Na política, o terramoto foi também devastador. O ministro Marquês do Pombal era o favorito do Rei mas não era do agrado da alta nobreza, que competia pelo poder e favores do Rei. Depois de 1 de Novembro, a resposta competente do Marquês do Pombal (cujo titulo lhe é atribuído em 1770), garante-lhe um maior poder e influência perante o rei, que também aproveita para reforçar o seu poder e aprofundar no Absolutismo o seu reinado. Isto leva a um descontentamento da aristocracia que iria culminar na tentativa de regicídio e na subsequente eliminação dos Távoras.
O nascimento da
sismologia
A competência do ministro não se limitou à acção de reconstrução da cidade. O Marquês do Pombal ordenou um inquérito, enviado a todas as paróquias do país para apurar a ocorrência e efeitos do terramoto.
O questionário incluía:
quanto tempo durou o terramoto?
quantas réplicas se sentiram?
que tipo de danos causou o terramoto?
os animais tiveram comportamentos estranhos?
que aconteceu nos poços?
... entre outras questões. As respostas estão ainda arquivadas na Torre do Tombo. Através das respostas do inquérito foi possível aos cientistas actuais recolherem dados fiáveis e reconstituírem o fenómeno de uma perspectiva científica. O inquérito do Marquês do Pombal foi a primeira iniciativa de descrição objectiva no campo da sismologia, razão pela qual o Marquês do Pombal é considerado um percursor da ciência da sismologia.
As causas geológicas do terramoto e da actividade sísmica na região de Lisboa são ainda causa de debate científico. Apesar de existirem indícios geológicos da ocorrência de grandes abalos sísmicos com a periodicidade de aproximadamente 300 anos, Lisboa encontra-se no centro de uma placa tectónica, não existindo assim justificação para um terramoto tão intenso. Alguns geólogos portugueses avançam que o terramoto estará relacionado com a zona de subducção do Oceano Atlântico.
Uma zona de subducção é uma área de convergência de placas tectónicas, onde uma das placas desliza debaixo da outra. As zonas de subducção são áreas onde o alastramento oceânico iniciado dos rifts encontra compensação, isto é, onde as placas desaparecem. Este movimento descendente provoca a fusão do manto subjacente e induz vulcanismo.
As maiores zonas de subducção encontram-se no Oceano Pacífico, ao largo da costa Oeste da América do Sul e América do Norte. A cordilheira dos Andes e os seus vulcões é o maior exemplo de vulcanismo associado a zonas de subducção.
As zonas de subducção são potenciais focos sísmicos. Os terramotos de consequências mais devastadoras estão normalmente associados a este enquadramento geológico. A fricção das duas placas pode provocar a libertação repentina de enormes quantidades de energia, que resulta no terramoto.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Temas: acidentes, história de portugal, lisboa
Publicado por: Praia da Claridade às 00:11
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8 comentários:
De Anónimo a 1 de Novembro de 2005 às 19:34
Fiquei aqui a saber mais ao promonor os circunstancionalismos que envolveram o Terramoto de Lisboa no ano de 1755. Beijinhos. Maria do Céu Costa
(http://www.maisquepalavras.blogs.sapo.pt)
(mailto:mariaceucosta@sapo.pt)
responder a este comentário | discussão
De Anónimo a 22 de Outubro de 2007 às 16:33
devias dizer + coisas sobre o terramoto de 1755 e não copiar de outra página web
responder a este comentário | início da discussão
De Gil a 21 de Setembro de 2006 às 12:32
Olá
"100 000 mortos": não se vê logo que não pode ser?!
Bom, serve este comentário para renovar cumprimentos e aconselhar o máximo de cuidado com tudo o que envolva números. É uma desgraça generalizada!
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Olá
"100 000 mortos": não se vê logo que não pode ser?!
Bom, serve este comentário para renovar cumprimentos e aconselhar o máximo de cuidado com tudo o que envolva números. É uma desgraça generalizada!
link :
Between the earthquake and the fires and tsunami that followed which
were probably more damaging than the actual earthquake ) 10 000-15 000
people died . The population of Lisbon in 1755 was approximately 275 000 Kendrick
34). "
in : http :/ water.stanford.edu nur GP50 allison.pdf#search =%22lisbon%20earthquake%201755%20deads%22
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De Praia da Claridade a 23 de Setembro de 2006 às 02:48
Há muitas "fontes" onde retirar elementos !....
Mas como saber quem diz a Verdade ?
Há muitas teorias e em 250 anos muitas coisas se alteram.........
responder a este comentário | início da discussão
De maria a 8 de Maio de 2007 às 16:43
vc é u homem mais extupidu k eu ja alguma vez li.
responder a este comentário
De Anónimo a 11 de Junho de 2007 às 11:35
fico estupefacta com tal acontecimento . fico fula por nao haver informaçao suficiente . andamos aqi a' procura para um trabalho q a stora (origem du terramoto) pediu para fazer . i nada . niente^ . zero . e' como a nova coca cola.
responder a este comentário
De maria santos a 16 de Outubro de 2007 às 08:56
Como podem saber tantas coisas se ninguem esta vivo nesta altura!!!!!!!!!!
parvos!!!!!!lol
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De beaytriz a 19 de Outubro de 2007 às 21:42
tu é que és parva eles sabem pork é o que a estrória diz parava !!!!!!lol!!!!
hahaha pois a unioca ordinária és tu ó maria santos
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