terça-feira, 31 de agosto de 2010

2954 - ESPAÇO INTERPLANETÁRIO

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Terça-feira 22 de setembro de 2009 15:06

Navegar, Velejar ou Surfar pelo espaço interplanetário?
Renato Las Casas - Colunista do Portal Uai



Navegar, velejar e surfar entre os planetas e as estrelas. Tudo isso é possível. Apesar do fato que até hoje as nossas incursões espaciais tenham sido realizadas quase que exclusivamente por naves motorizadas, já estamos desenvolvendo projetos de naves movidas pela luz emanada do Sol (velejar pelo espaço) e desenvolvendo estudos de trajetórias onde a nave estará sempre 'em queda' em virtude das mudanças do campo gravitacional que ocorrem devido aos movimentos contínuos dos planetas e estrelas (surfar pelo espaço).

A idéia de velejar pelo cosmos já é bastante antiga. Há 400 anos, o grande astrônomo alemão Johannes Kepler explicou a orientação das caudas dos cometas, sempre opostas ao Sol, pela ação do que ele chamou de 'vento solar' e, a partir daí, foi o primeiro a preconizar os veleiros espaciais. Em 1873 o físico James Clerk Maxwell demonstrou que a luz do Sol exerce uma pequena pressão ao refletir sobre uma superfície. Essa pressão sobre grandes painéis ou 'velas' é a responsável pela impulsão dos veleiros espaciais projetados na atualidade.

Em 1960, a Nasa colocou em órbita o seu primeiro satélite de comunicações; o Echo 1. Seu desenho era de um grande balão (30,5 metros de diâmetro) feito de um material especialmente desenvolvido para refletir ondas eletromagnéticas (luz) na faixa do espectro conhecida como microondas. Devido à grande área e pequena massa desse satélite, foi possível medir com relativa precisão a pressão exercida pela luz solar sobre ele.

Em 1974 durante a missão Mariner 10, a Nasa fez uma primeira, precária, porém bem sucedida experimentação de velejar no espaço. Quando essa nave se encaminhava para Mercúrio, sob forte radiação solar, seus controladores resolveram testar a possibilidade real desse tipo de navegação. Para isso improvisaram os painéis solares da Mariner 10 como velas. À medida que alteravam as angulações desses painéis em relação aos raios de luz vindos do Sol, observavam as mudanças que ocorriam no movimento da nave. Verificaram que dessa maneira era possível aumentar ou diminuir a velocidade da nave, assim como alterar a sua rota. A Mariner 10 não foi desenhada para velejar impulsionada pela luz do Sol, mas mesmo assim respondeu incrivelmente bem a esses comandos, não deixando mais dúvidas: Velejar pelo espaço é possível!

Nos anos setenta teve início na Nasa o desenvolvimento de um ousado e romântico projeto que pretendia enviar um veleiro espacial ao encontro do cometa Halley quando da sua próxima passagem pelas proximidades de nosso planeta, o que aconteceria na década seguinte. Infelizmente o projeto não obteve recursos financeiros suficientes, mesmo com o trabalho inicial realizado apontando ser essa técnica de navegação promissora.

Os Estados Unidos da América não tem tido sorte no lançamento de seus veleiros espaciais. Foi assim em 2005 com o Cosmos 1; projeto da 'Planetary Society' em parceria com a Rússia. Aquela que poderia ser a primeira nave a navegar sob controle único da pressão da luz do Sol não chegou ao espaço, sendo destruída pouco após seu lançamento, devido a falha do foguete impulsor. Algo semelhante aconteceu ano passado com a tão esperada NanoSail-D. Em seu site oficial ainda encontramos o seguinte comunicado da Nasa: 'A missão NanoSail-D se encerrou no dia 2 de agosto de 2008, dois minutos após o lançamento, quando o veículo lançador apresentou problemas durante processo de separação de estágios e foi incapaz de entrar em órbita.'





Até hoje nenhuma nave enviada com sucesso ao espaço seria exatamente o que poderíamos chamar de veleiro espacial. Entretanto merece citação a Znamya 2, lançada pela Agência Espacial Russa em 1993. Mesmo sem ser exatamente um veleiro espacial, essa nave possuía um grande espelho (20 metros de diâmetro) que foi aberto no espaço e funcionou como uma vela. Não foi possível o controle da Znamya 2 por muito tempo. Após ser vista nos céus cruzando a Europa, desde a França, passando por toda a Rússia, se incendiou quando, incontrolada, entrou na atmosfera, sobre o Canadá.

No início do mês passado, teve grande repercussão na imprensa de todo o mundo a afirmativa feita por Shane Ross, físico da Universidade de Virginia (EUA), durante o Festival de Ciências Britânico. Ross apresentou a possibilidade de se estabelecerem rotas interplanetárias que barateariam enormemente os custos das viagens espaciais. Essas rotas, chamadas por ele de corredores gravitacionais, aproveitariam as mudanças provocadas no campo gravitacional devido aos movimentos dos planetas e suas luas e funcionariam como 'correntes marinhas', permitindo às naves 'surfar' pelo espaço.

Os engenheiros de navegação do projeto NEAR (Near Earth Asteroid Rendezvous) já haviam feito algo semelhante quando em dezembro de 1998 viram frustradas as tentativas programadas de colocarem a NEAR em órbita do asteróide Eros. Para não perder a missão a NEAR seguiu o Eros por uma dessas rotas, dentro do princípio apresentado por Ross, até fevereiro de 2000, quando então encontrou meios de orbitá-lo.




Acho extremamente excitante imaginar o futuro. Prevejo naves interplanetárias do tipo 'flex', que levarão motores e também terão velas. Em alguns momentos seus motores serão ligados; em outros navegarão somente ao sabor da luz do Sol e em outros surfarão em rotas pré-estabelecidas. É possível que as naves de passageiros, programadas para realizarem viagens em intervalos de tempo mais curtos, dependam mais de seus motores que as naves de carga. Acredito que serão essas ultimas que predominantemente explorarão os quase sempre longos e lentos corredores gravitacionais.



Leia outros artigos de astronomia na coluna Olhar Longe




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