Ianomâmis Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Nota: Se procura pela família lingüística constituída pelas línguas ianam, ianomam, ianomamo e sanumá, veja família lingüística ianomâmi.
Nota: Se procura pela língua falada pelo subgrupo ianomam, veja Língua ianomam.
Índio Ianomami - Foto: Agência BrasilOs Ianomâmis são índios que habitam o Brasil e a Venezuela. No Brasil somam 15 mil pessoas distribuídas em 255 aldeias relacionadas entre si em maior ou menor grau. A noroeste de Roraima estão situadas 197 aldeias que somam 9.506 pessoas e a norte do Amazonas estão situadas 58 aldeias que somam 6.510 pessoas (Fundação Nacional de Saúde, setembro de 2006). Na Venezuela somam cerca de 12.000 pessoas residentes no sul dos Estados Bolívar e Amazonas.
No Brasil as aldeias ianomâmis ocupam a grande região montanhosa da fronteira com a Venezuela, numa área contínua de 9.419.108 hectares. Uma grande invasão garimpeira do território ianomâmi se deu no período de 1987 a 1992 em que estima-se a ocorrência de 1.500 mortes entre aquela população indígena. A Terra indígena ianomâmi foi homologada pelo presidente Fernando Collor em 25 de maio de 1992. Em sua maior parte, o território está coberto por densa floresta tropical úmida. O território é bastante acidentado, principalmente nas áreas próximas às serras Parima e Pacaraíma onde se tem a maior concentração da população ianomâmi no Brasil. Os solos são, em sua grande maioria, extremamente pobres e inadequados à agricultura intensiva. As aldeias, que podem ser constituídas por uma ou várias casas (“malocas”), mantêm entre si vários níveis de comunicação, desenvolvendo-se relações econômicas, matrimoniais, rituais ou de rivalidade, percorrendo distâncias que podem atingir um raio de 150 km.[1]
A palavra ianomâmi significa ser humano, enquanto que napë é a designação geral para o estrangeiro, o não ianomâmi.
O Pico da Neblina está localizado dentro da Terra Indígena Ianomâmi e do Parque Nacional do Pico da Neblina, na fronteira do Brasil com a Venezuela. Essa área tem sido invadida desde o fim dos anos 1980 por garimpeiros atraídos pelas reservas de ouro, cassiterita e tantalita.[2]
[editar] Referências↑ Magalhães, Edgard. O Estado e a saúde indígena: a experiência do Distrito Sanitário Yanomami. Orientador Vicente de Paula Faleiros. Brasília: UnB, 2001. 187p. Dissertação (Mestrado em Política Social).
↑ Macmillan, Gordon. At the End of the Raibow? Gold, People, and Land in the Brazilian Amazon. New York : Columbia University Press, 1995.
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Os Ianomâmis acreditam em um universo formado por três camadas de terra, finas e sobrepostas – a de cima sempre frágil e prestes a ruir. A situação atual deste povo é como este solo, constantemente ameaçado por multidões de garimpeiros ávidos pela riqueza possivelmente oculta sob o território indígena. Eles residem em terras que abrangem o Brasil e a Venezuela. Em nosso país há pelo menos quinze mil habitantes, ao longo de 255 aldeias. Alguns estudiosos acreditam que esta nação descende de índios que, durante muito tempo, não tiveram contato algum com o mundo exterior. Outros crêem que esta etnia foi fabricada por uma Ong suíça na década de 70, com o objetivo de manter isolado um território que contém sob a terra reservas preciosas de nióbio, ouro e urânio, objetos do desejo de vários países. Já na Venezuela eles perfazem cerca de doze mil indígenas.
Uma intensa onda de invasão das terras ianomâmis por garimpeiros ocorreu de 1987 a 1992. O sangue deste povo manchou para sempre o sagrado território destes índios, atingido por um verdadeiro massacre, no qual se consumiu a vida de pelo menos 1500 integrantes desta nação. Em agosto de 1993 houve um ato de desagravo na Catedral da Sé, a qual ficou repleta de membros da sociedade civil e de representantes indígenas, reunidos em um apelo incisivo contra essas mortes; mais que isso, contra esta situação de abandono das aldeias indígenas no geral.
O território pertencente a esta tribo foi oficializado pelo então Presidente Fernando Collor de Mello, no dia 25 de maio de 1992. Trata-se de um terreno com altos e baixos, sob um teto constituído por espessa floresta tropical úmida, perto das serras Parima e Pacaraíma. Infelizmente eles não podem aproveitar este solo para atividades agrícolas intensivas, pois ele é muito carente de recursos. Mas o povo mantém uma interação avançada entre os membros das aldeias, organizando-se economicamente sem dificuldades. Além disso, preservam ligações matrimoniais, rituais ou de adversidade.
De acordo com as histórias ianomâmis e textos muito antigos sobre este povo, o núcleo histórico de sua morada localiza-se na Serra Parima, a mais intensamente povoada. A atual disposição geográfica destes índios nasceu dos vários trajetos migratórios que eles desenvolveram a partir do início do século XIX. Estão situados no interior das terras ianomâmis o Pico da Neblina e o Parque Nacional do Pico da Neblina, bem na fronteira entre o Brasil e a Venezuela, área mais visada pelos garimpeiros.
A expressão ‘ianomâmi’ tem o sentido de ‘ser humano’, ao passo que a palavra utilizada para indicar os estrangeiros é napë, ‘o não ianomâmi’. Para este povo, a terra-floresta, ou urihi, não é apenas um ponto a ser economicamente aproveitado, mas sim um organismo vivo, pulsante, integrado a uma rede de relações cósmicas entre Homens e seres não humanos. Atualmente, porém, ela se encontra sob a ameaça da ambição humana, destrutiva e predadora. Mas, apesar de tudo, a população Ianomâmi resiste e volta a crescer, embora ainda sob um risco constante.
[editar] Ligações externasA origem dos Yanomami
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Categorias: Povos indígenas do BrasilPovos indígenas da Venezuela
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