domingo, 3 de outubro de 2010

5642- HISTÓRIA DA BOLÍVIA

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História da Bolívia até a crise de hoje
numa só página da web
América Latina · 19/09/2008 - 05h22 - 74 Comentários

Para quem chegou atrasado, uma aula sobre a Bolívia – sua história toda até o momento da crise atual. Apenas um trecho:

As lideranças indigenistas se dividiram na eleição de 2002, mas começam a ver em Evo Morales uma expressão das maiorias indígenas. Goni Sánchez enfrenta uma onda de reivindicações populares, principalmente do Altiplano, renuncia, vai embora. Assume o vice dele, Carlos Mesa. Carlos Mesa não consegue governar e assume o presidente da Suprema Corte de Justiça, Eduardo Rodríguez, que funciona em Sucre. A reivindicação de levar de volta a capital para Sucre ganha consistência. Isso tudo prenunciando a eleição que ocorreu no final de 2005 e, como era de se prever, deu uma vitória esmagadora a Evo Morales. Ali não havia o que discutir, não foram 25% dos votos, foi maioria absoluta. Houve uma certa correspondência entre o voto e a estratificação étnica. A Bolívia tem 60%, 61% de índios. Não de cholos, mas de índios. E realmente foi essa a votação de Evo Morales. Não quer dizer que estatisticamente seja correto, tem muita gente que votou nele e não é indígena, e alguns indígenas que não votaram nele. Nessas eleições, pela primeira vez as maiorias indígenas do Altiplano e os grupos indígenas de outras áreas encontram um candidato que consideram como sendo deles. Não se trata mais de apoiar candidatos de outros partidos, de outras filiações. Agora nós vamos com tudo. E elegem Evo Morales.

No mesmo ano, os nove departamentos passam a ter o direito de eleger seus governadores. Os governos departamentais estão interessados em ampliar sua faixa de autonomia. Mas Evo Morales significa o contrário. Ele vê a autonomia com desconfiança. Ele não diz isso, mas, sem dúvida alguma, gostaria de governar dentro de um quadro de poder centralizado. Ou seja, um governo unitário em La Paz, até porque as grandes bases eleitorais dele estão no Altiplano. As lideranças das bases eleitorais e o próprio Evo Morales não gostam da autonomia. Ela é percebida, no quadro político boliviano, como um risco para o governo central.

Evo Morales, por outro lado, assusta os governos regionais. Porque eles sabem que ele é o porta-voz, é a grande liderança de um grupo compactamente organizado, mas que é uma maioria étnica. E eles têm medo, obviamente, por serem a minoria demográfica e a minoria eleitoral, também, porque foram derrotados em 2005. Eles têm medo do modo como Evo Morales vai lidar com a autonomia regional. Esse é o pano de fundo.

A entrevista é do mestre jornalista Mauro Malin. O entrevistado é o professor Antonio Carlos Peixoto, do Departamento de História da Uerj.

Ainda sobre o assunto:

Fogo na crise da Bolívia ou
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74 Comentários até agora
1ROFL 9/19/2008 - 05h34
Fuso horario eh uma merda… ninguem pra bater aquele papinho sobre o Evito :(

2josef mario 9/19/2008 - 06h18
Companheiro rofl
Eu, josef mario, devo dizer que o companheiro evo morales eh uma das grandes liderancas que nos bolivarianos e comunistas de esquerda temos na america, enquanto do sul e latina. Portanto, eu, josef mario, devo dizer que, alem desse negocio de bater papinho ser coisa de viado, o fato do companheiro se referir de forma preconceituosa e menosprezante ao companheiro evo morales, ja sepulta qualquer possibilidade de dialogo com o companheiro.
Muito obrigado

3HRP Old & Looser 9/19/2008 - 07h51
Alguns torcem o nariz para o fato de que , as vezes, a pratica politica e a opção politica saem para fora do espectro dos partidos……Evo é isso, e se ele falhar será MUITO TRISTE.
A divida social da Bolivia e sua casta plutocrata é gigantesca.

4Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 08h01
Longo demais, publique o link — PD

5Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 08h02
HRP, isso acontece em ditaduras.

6Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 08h18
Chávez expulsa Human Rights Watch.

Hugo Chávez, ao tomar conhecimento do duro relatório publicado pela ONG Human Rights sobre as crescentes violações de direitos humanos no país, determinou a expulsão imediata de José Miguel Vivanco, diretor para as Américas da Human Rights Watch e de seu assistente Daniel Wilkinson.

7Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 08h19
e aí, PD e sua cambada de esquerdistas, o autoritárismo é sempre o resultado e suas aspirações?

8Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 08h21
Longo demais, publique o link — PD

9HRP Old & Looser 9/19/2008 - 08h22
Chester….pelo convencimento voce não vai me fazer mudar a opinião sobre a crise Boliviana…..e voce tem fortes convicções, mas leia a Fohla SP de hoje com a entrevista da lider do Comite Civico de Pando, Doña Ana Melena de Suzuki……
Ela é das tuas,mesmo!

10HRP Old & Looser 9/19/2008 - 08h24
Chester, sei que voce não vai me convencer a mudar de opiniões, e que voce tem opinião poltica formada, mas leia a Folha SP de hoje….
Em particular a entrevista de Doña Ana Melena de Suzuki.
Ela é das tuas…..

11HRP Old & Looser 9/19/2008 - 08h26
Ela confessa que os crimes contra camponeses foram mesmo feitos pelos “revoltosos” de Pando…..sob a guarda do governador…..

12HRP Old & Looser 9/19/2008 - 08h28
Evo Chester, foi eleito com um X numeros de votos….. que lhe deu maioria absoluta…….já a plutocracia não aceita perder o poder…..
Acontece isso com a ralé do PSDB/PFL

13Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 08h50
confessa que os crimes foram cometidos por outros? só se confessa aquilo que se cometeu, foi ela a criminosa?

Looser, entenda uma coisa, a maioria não tem o direito de escravizar a minoria, no estado de direito. O fato de alguem ter votos não o exime de cumprir a lei. Tem que desenhar?

14Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 08h51
por exemplo, HRP, você não pode “confessar” que o PD é gay, entende?

15HRP Old & Looser 9/19/2008 - 09h03
Pois é Chester….
A moça não confessou que cometeu os crimes, apenas os justificou, apontou o mandante e apoiou.
Mas é o que eu escrevi.
Ela é das tuas.

16Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 09h19
suspeitíssimo….

17HRP Old & Looser 9/19/2008 - 09h27
Hummmmmmm…
Chester em duvida?

18Radical Livre 9/19/2008 - 10h27
Chester, seu plano é vencer pelo cansaço?

cara, não há provas neste caso significa: “Ninguém viu o cara com uma arma na mão dando tiro”. O resto está mais do que provado, com vídeos e depoimentos. por mais que você continue repetindo que não há provas, todo o resto do mundo já está convencido de sua culpa.

foi pra você que eu dei aquela banana da geórgia, ontem. daqui a algumas semanas eu farei o mesmo em relação ao massacre.

19Diogo 9/19/2008 - 10h51
PD, DECLARE PROIBIDO O CTRL-C / CTRL-V AQUI NESTE BLOG.

Não conhecem link, catzo!

20Darwinista 9/19/2008 - 11h03
Diogo, isso tá declarado faz tempo. Ocorre que o Chesterton nunca respeitou isso, e o Pedro, acredito, não tem tempo pra limar todas as cagadas do frangote.

21Mr X 9/19/2008 - 11h14
Bah. Chávez expulsando ativistas de direitos humanos… Tomem, esquerdistas ilusos. Pra aprender. Mas será que esquerdista aprende?

22João Daltro 9/19/2008 - 11h36
Concordo com o colega de palpites acima que critica a prática do copiar/colar para transcrever longos arrazoados aqui no bate-papo (desculpe, josef mario, mas eu viadescamente aprecio um bate papo). È tão fácil resumir, ou. Mais fácil ainda, reproduzir o vínculo (em português, link) que leve ao artigo em questão.
Veja o reproduzido Estadão, por exemplo. Linkem o jornalão falido, ou, para não perder tempo, linkem a CIA, visto que a “opinião” do Estadão vem de lá. Pois, com os famosos prazos de liberação de informações, a CIA já “desclassificou” seus documentos que mostram como produziram uma campanha contra o Allende, através de jornais como o Estadão, citado nominalmente pela CIA, entre outros prestigiosos órgãos da imprensa “brasileira”.
Todos parecem esquecer que os prejuízos que o Brasil tenha tido com o fornecimento de gás pela Bolívia decorrem, exclusivamente, de contratos absurdos firmados por Fernando Henrique Cardoso, que previam inclusive que o Brasil pagasse por gás não fornecido. Enquanto esse gás estava na mão das velhas multinacionais de sempre, ninguém chiou, principalmente o Estadão. Agora que o Morales resolveu que o dinheiro do gás da Bolívia deve reverter para o povo boliviano, virou “ditadorzinho latinoamericano”, curiosamente o único ditador do mundo que foi eleito pelo povo e que, pasmem, convocou um plebiscito para confirmá-lo no cargo.
O que parece mais irritar nossos palpiteiros raivosos que trocam de pseudônimo como madame Alquimim troca de vestido de griffe é que o Lula deu um exemplo de comportamento de estadista, liderando a ação em favor do entendimento e recebendo elogios de toda a imprensa mundial. Até mesmo a revista Esquire, a preferida dos riquinhos estadunidenses, lista nosso presidente como uma das pessoas mais influentes do século XXI. As viúvas do FHC morrem de raiva, mais ainda se contorce de inveja o citado FHC, pois o mais que conseguiu foi ser gozado frente a frente por um universitário inglês que o comparou a César e ser considerado herói nacional da Espanha, a quem doou bancos e telefônicas que pertenciam ao povo brasileiro.

23Denão 9/19/2008 - 12h03
Não Mr. X, assim como os católicos esquerditas não aprendem nada novo que represente uma contradição às suas idéias ultrapassadas e impraticáveis.

Só que os esquerdistas são mais chatos.

24Denão 9/19/2008 - 12h04
Cadê o link da matéria? Preciso dele pra irritar um comuna.

25Denão 9/19/2008 - 12h05
Aliás, a esquerda anda tão deformada que eu não sei como ainda não deram outro nome pra isso.

26Rodrigo 9/19/2008 - 12h06
Linkar a CIA foi foda…

27Chesterton 9/19/2008 - 12h09
o link não sai, as vezes aparece muito depois, e aí o assunto até mudou.

28Chesterton 9/19/2008 - 12h38
darwinista, vai fazer um filho. Ainda não te explicaram que dar o rabo não resulta em prole?

29Denão 9/19/2008 - 13h13
Caralho… “resulta em prole”.
Que ofensa mais metida…

30HRP Old & Looser 9/19/2008 - 13h27
Chesterton….não imagino esse blog sem voce…..
Faz parte da vida a diversidade de opiniões…..
Já lá no nominimo gostava da tua eficiencia em argumentar.
Embora voce seja um belo dum facista!

31Sebastião Nery 9/19/2008 - 13h52
Cortado por apoderação da identidade alheia — PD

32Mr X 9/19/2008 - 14h31
Bem… Ser uma província dos Estados Unidos seria sem dúvida bem mais rentável do que ser uma província da Bolívia… Ou da Venezuela…

33Chesterton 9/19/2008 - 15h20
vocês apoiam Chaves e Morales e o fascista sou eu?

34Chesterton 9/19/2008 - 15h38
e tem mais, esse darwinista com esse papinho de não procriar nao passa de uma bichona enrrustida que pensa assim
- já que eu me odeio e minha escolha sexual não permite a possibilidade de ter filhos, então que ninguem mais tenha!

Autoritarismo pouco é bobagem. Projeta na humanidade suas frustrações. O Pax que se cuide com ele.

35Nhé! 9/19/2008 - 16h40
#31 que qué isso, PD?
Baixou o santo no comentarista? rsrsrsrsrsrs

36Uli Weinbrecht 9/19/2008 - 17h02
Li toda a longa entrevista com o professor Antonio Carlos Peixoto. É um pouco prolixo às vezes, mas sem dúvida dá um bom apanhado da história da Bolívia. História essa cheia de derrotas, golpes um atrás do outro, convulsöes socias… Dá até a impressäo que a Bolívia seria um país “destinado” ao fracasso. Mas é só impressäo. Näo acredito em destino. Cada país é sujeito da sua própria história e torco para que a Bolíva encontre o seu caminho. Algo parecido com o que o país já havia conquistado em 1952.

Outra coisa: Em um ponto da entrevista o professor diz desconhecer um outro país em que a sede do Judiciário näo seja na mesma cidade que a sede dos outros Poderes.
Pois bem, esse é o caso da Alemanha, cujo Tribunal Constitucional Federal (Bundesverfassungsgericht, equivalente ao STF no Brasil) sedia-se em Karlsruhe e näo em Berlin.

37Chesterton 9/19/2008 - 17h54
a turma do barulho

http://img142.imageshack.us/my.php?image=lostl9.jpg

38Darwinista 9/19/2008 - 18h22
Era só o que me faltava, o doutorzinho com ciume do Pax.

Esquenta não, Chesterton, eu só ajudo o Pax no blog, não tem mais nada. Agora se controla, que já tá embaraçoso isso…

39Denão 9/19/2008 - 18h42
Esse lance do Chavez ter expulsado o cara do Human Rights Watch não consta no Google. Então é mentira do Chesterton.

Esses direitinhas adoram fabricar informação.

40Fabio Passos 9/19/2008 - 18h50
O líder dos racistas-golpistas retratado por Latuff:

http://ia311202.us.archive.org/0/items/TheBolivianCoupMongerBrancoMarinkovic/BrancoMarinkovic.gif

Saca só o rabinho da cobra-racista… é do tio sam.

41Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h28
Os bandoleiros latino-americanos
(leia primeiro o post abaixo)

Ate hoje, acreditem, há analistas muito “sérios” que indagam: “Oh, mas por que chamam Chávez de autoritário? Eles não faz tudo por meio de eleições!” É. A tática, como sabem, é usar mecanismos de “consulta” à população para fraudar a democracia, ensinamento e prática transmitidos a Evo Morales. As organizações de defesa dos direitos humanos mundo afora vão protestar? Ou ditadores e protoditadores de esquerda da América Latina têm o direito natural à violência?

42Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h29
Denão, está no Estadão on-line.

43Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h32
Morales pede que Brasil expulse bolivianos envolvidos em confrontos
19/09 - 15:28 - Redação com agências internacionais

ImprimirEnviarCorrigirFale ConoscoLA PAZ - O governo da Bolívia, liderado pelo presidente Evo Morales, pediu nesta sexta-feira ao Brasil que expulse os cidadãos bolivianos envolvidos nos confrontos ocorridos em Pando e que se refugiaram nas cidades fronteiriças do Acre

chest- Evo Cocaine quer que o Paraolimpico do Planalto entregue os oposicionistas como fez com os boxeadores cubanos….tá tudo dominado.

44Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h33
Denão, burrão

http://www.hrw.org/english/docs/2008/09/18/venezu19844.htm

45Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h34
Ten years ago, Chávez promoted a new constitution that could have significantly improved human rights in Venezuela. But rather than advancing rights protections, his government has since moved in the opposite direction, sacrificing basic guarantees in pursuit of its own political agenda.

José Miguel Vivanco, Americas director at Human Rights Watch

46Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h35
a pagina do HRW em portugues está censurada, tente entrar no link da Venezuela

http://www.hrw.org/doc/?t=portuguese_americas

47Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h48
A falta de mão-de-obra qualificada é uma das maiores ameaças ao crescimento econômico, segundo alguns economistas, empresas ou mesmo o governo. O país forma mais de 10 mil doutores por ano. No entanto, esta elite do meio acadêmico brasileiro, cada vez mais, encontra dificuldades para arranjar emprego, sobretudo nas universidades, responsáveis pela preparação de profissionais de ponta, supostamente, tão exigidos pelo mercado de trabalho. O problema ocorre, de acordo com o Sindicato dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes), na rede privada, onde as demissões de professores com doutorado ou livre-docência, nos últimos cinco anos, são observadas com freqüência, logo após a obtenção do título acadêmico. Ronaldo Motta, secretário de Ensino Superior do MEC, diz que o governo ampliará a fiscalização para evitar as demissões”Quando fui fazer a homologação da rescisão de meu contrato de trabalho no sindicato, tive uma surpresa: encontrei quatro outros professores de direito”, relata José Cretella Neto, ex-docente da Universidade Paulista (Unip), a maior do país em número de alunos, demitido em 2004, meses depois de receber a livre-docência. “Dois desses colegas tinham obtido o doutorado na USP, como eu. Um outro, na Universidade Complutense de Madri, Espanha. Finalmente, o último, na Universidade de Nagoya, no Japão. Perguntei o porquê de estarmos sendo dispensados e todos me deram a mesma informação: redução de custos

48Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 19h50
Venezuela “aterroriza” na fronteira
Bolivianos de Cobija, capital do departamento (estado) rebelde de Pando, relataram à coluna que soldados venezuelanos aterrorizam a cidade, invadindo casas, estuprando mulheres e fechando o comércio. Um médico-legista boliviano, que fugiu para Brasiléia, no Acre, diz que há cadáveres boiando nos rios. O governador de Pando, Leopoldo Fernández, está preso numa região central da Bolívia.

A embaixada da Bolívia não respondeu até o fechamento da coluna. O embaixador viajou e seus assessores estavam “em reunião”.(

49H.Romei Payttin! 9/19/2008 - 21h17
Frangão….embora voce seja um baita reacionario, tem razão em algo……eu mesmo estou em duvida em qual é a do cara….
E pra deixar a coisa mais densa vou com essa:
“Os mornos terão caminho triste na continuidade do nosso porvir!”

50Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/19/2008 - 21h40
eu sou você…amanhã.

51Fabio Passos 9/19/2008 - 21h52
Que legal…

nesta o Latuff mostra bem qualé a desta ricaiada racista que assassinou camponeses desarmados na Bolívia…

http://ia311207.us.archive.org/0/items/TheBoliviaMap/BoliviaMap.gif

os racistas querem continuar mamando nas tetas do Estado.

52H.Romei Payttin! 9/19/2008 - 22h25
Frangão….sou porra nenhuma….e devagar com o andor!

53Fabio Passos 9/19/2008 - 22h44
Sobre o assassino de camponeses financiado pela ditadura estadunidense…

… lá no Terra Magazine:


Nós não temos a menor dúvida: o massacre foi muito bem planejado por Leopoldo Fernández e executado por subalternos dele no governo, aliados políticos e sicários brasileiros. Existem provas e testemunhas de que eles conduziram uma caminhonete até Porvenir, que estava carregada de balas, metralhadores, pistolas e fuzis. O que aconteceu foi uma matança organizada de gente pobre comprometida com a mudança pacífica de nosso país. O massacre não pode ficar impune…


Justiça!

É preciso impedir que estes assassinos covardes fiquem impunes.

http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br/2008/09/18/106-camponeses-estao-desaparecidos-apos-o-massacre-em-pando/

54Fabio Passos 9/20/2008 - 00h54
Ih rapaz… lá no blog do Mello tem post interessante sobre o El País mentindo sobre a tentativa de golpe dos racistas bolivianos…

“Mídia corporativa manipula, distorce, mente. A gente denuncia”
http://blogdomello.blogspot.com/

palhinha…


O descaramento da mídia corporativa não tem limites. Em seu blog, o jornalista Pascual Serrano mais uma vez denuncia o jornal espanhol El Pais, do grupo Prisa - ou seja, Opus Dei – por sua manipulação desavergonhada da notícia…


Império genocida, mídia-lixo-corporativa, opus dei… meu, parece a escalação da seleção do inferno apoiando os racistas bolivianos que desejam a morte de Evo Morales.

55Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 08h22
H. Romeu Pinto C. Bento, o projeto do Evo precisa massacrar os não indios para dar certo. Hoje a Bolivia é governada pelo Chaves, que é quem dita ao Evo o que fazer, passo a passo. O problema do Evo é se os militares bolivianos vão concordar com isso quando Evo escancarar. Chaves, imbuido do messianismo bolivariano, acredita que vai liberar a america espanhola não dos espanhois, mas do “capitalismo”. Aí se inclui americanismo, imperialismo, ocedentalismo, crstianismo. Não é só racismo, mas culturalismo, querem voltar a um império transnacional indígena. Com petroleo, pois acreditam que com petroleo podem bancar a aventura, mais ou menos nos oldes sauditas, onde o extrativismo de óleo permite que eles vivam no século 7. (de Ferrari e Porsche, que ninguem é de ferro).
Na cabeça dos indigenistas, todo progresso economico advindo da organização da sociedade em torno de cidades aos moldes europeus é malévola, boa era a tribo.
Resta saber o que Lula, que não consegue tirar de Chaves a iniciativa nesta questão (mas governa o país -chave), vai fazer. FHC fez o petrogas para ajudar a Bolivia e trazê-la para a órbita brasileira, Lula perdeu a Bolivia para o venezuelano. E o gas para a Argentina (que o Elias diz que revende para o Chile).
E o mais engraçado é que o Brasil representa o oposto do indigenismo, Lula é metalúrgico, e não consta que os indios tenham dominado a técnica de produção de aço.
Enfim, os bolivianos e venezuelanos (assim como antes deles os cubanos) pagarão muito caro pela “experiência”, e parece que não há jeito de fazê-los voltar a trás espontaneamente.

56Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 08h26
A expulsão dos representantes do HRW, uma organização favorita de esquerdistas e defensores de frascos e comprimidos em geral, parece que fez acordar alguns de um sono letárgico. Mas não muitos. A maioria simpatizantes do HRW simpatiza mais com autoritarismo (desde que poré-colombiano) que com direitos humanos. Sempre foi assim, os esquerdistas sempre criticavam países ocidentais fechando os olhos para os países socialo-comuno-marxistas, via de regra muito mais abusados.
Foi um ato de desespero de Chaves, mas ele tem amáquina de propaganda e boa parte do exercito nas mãos, se nada for feito, o tiranete dura mais

57Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 08h26
A expulsão dos representantes do HRW, uma organização favorita de esquerdistas e defensores de frascos e comprimidos em geral, parece que fez acordar alguns de um sono letárgico. Mas não muitos. A maioria simpatizantes do HRW simpatiza mais com autoritarismo (desde que poré-colombiano) que com direitos humanos. Sempre foi assim, os esquerdistas sempre criticavam países ocidentais fechando os olhos para os países socialo-comuno-marxistas, via de regra muito mais abusados.
Foi um ato de desespero de Chaves, mas ele tem amáquina de propaganda e boa parte do exercito nas mãos, se nada for feito, o tiranete dura mais que Fidel no poder.

58Memento Morti 9/20/2008 - 08h53
Por isso é que eu faço como dizia a Emília citando Floriano Peixoto. Confio desconfiando.
Podem me jogar pedra e me chamar de anarquista louca. Mas não é possível confiar no Estado. Em nenhum Estado.
Chester, a maioria não pode subjugar a minoria, isso é verdade, mas a minoria bem armada também não pode subjugar a maioria né?
A Bolívia é um horror, estou agora é preocupada com os desdobramentos xenófobos dessa crise. Vocês podem não saber mas brasileiros não são os queridinhos da América Latina. Não falamos espanhol. Temos uma economia importante. Temos um território imenso e grande variedade de recursos naturais. Apesar dos pesares nunca sofremos de instabilidade política crônica como a de muitos de nossos vizinhos. Nossa esquerda é moderada, mesmo a mais radical, perto da esquerda deles.
Os governos ditos de esquerda do nosso continente estão incentivando um nacionalismo chauvinista terrível. Os anti-semitas mais primários (que citam Os protocolos dos sábios de Sião) estão pondo as manguinhas de fora e aqueles incidentes no Paraguai não foram apenas coincidência. Duvido muito que o presidente paraguaio tenha pensado que tal coisa poderia ocorrer, mas deveria ter pensado.
Agora me pergunto, com respeito ao Paraguai, que providências nacionalistas eles pretendem tomar com relação à base militar americana em seu território…

59Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 08h59
Memento, governar é uma coisa, aniquilar é outra. Sim, você deve suspeitar do estado sempre, ainda mais quando ele tira 40% daquilo que v. produz, 2 derramas.

60Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 09h00
as esquerdas hispano-americanas querem voltar a idade do bronze. Mas há reações:

http://www.noticias24.com/actualidad/?p=17756

61Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 09h07
Memento, você é rica!

Classe mérdia

A classe média brasileira atingiu 47,06% da população do País no ano passado.

Houve um crescimento de 4,4% frente a 2006.

Pelo menos é o que revela a pesquisa “Miséria e a nova classe média na década da igualdade”, divulgada ontem pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV).

O coordenador do CPS/FGV, Marcelo Neri, explicou que o estudo considera que a classe média brasileira é aquela com renda mensal domiciliar total - de todas as fontes - entre R$ 1.064 e R$ 4.591.

62Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 09h29
olha isso, PD

http://novoleitedepato.blogspot.com/2008/09/foi-primeira-coisa-que-eu-pensei.html

63Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 09h30
Sexta-feira, 19 de Setembro de 2008
FOI A PRIMEIRA COISA QUE EU PENSEI
Meses atrás, acompanhei uma bela discussão. Foi entre o Fabiano, do Resistência e o Pedro Doria. Estava eu na arquibancada acompanhando a peleja que perguntava o seguinte: qual a influência do Foro de São Paulo no Governo Lula?

Na época, foram revelados os conteúdos de alguns e-mails trocados entre as Farc e algumas pessoas ligadas às autoridades brasileiras. Doria dizia que os e-mails não provavam nada, Fabiano insistia no contrário. Doria dizia que o Foro inflluía em determinados setores do PT, Fabiano dizia que o buraco era mais embaixo.

Aos dois, escapou o detalhe dos boxeadores cubanos, que foram obrigados a voltar ao país de onde fugiram depois de terem sido caçados pela polícia de Tarso Genro. Este foi um indício de que o Foro era muito mais que uma obsessão de “vivandeiras” - para ficarmos com o termo usado por Pedro Doria. Afinal, foi uma ação coordenada entre o governo cubano e o brasileiro (fundadores da estrovenga). Aos dois, escapou um detalhe sucinto publicado no blog de Claudio Humberto: o prefixo do avião que levou os boxeadores era da Venezuela. País presidido por quem mesmo?

O debate foi elegante. Disso não há o que falar. Daqueles que dá gosto de ler. Mas sou daqueles que acredita que o Foro de São Paulo é mais do que o fruto da imaginação de Olavo de Carvalho. A prova - se é que precisávamos de mais uma - veio por intermédio de um post de Reinaldo Azevedo: o Brasil negou asilo político a um opositor de Evo Morales, preso ilegalmente - seqüestrado nas palavras de meu amigo Boris Caronte. O governo do PT deu asilo a Olivério Medina, um traficante de drogas e de armas, que quer derrubar - mais provas são necessárias? - o governo constitucional da Colômbia. Olivério Medina conseguiu um emprego para a mulher em Brasília, na tal Secretaria da Pesca. E o passo-a-passo foi encontrado nos e-mails entre o padre picareta e os representantes do Governo.

Um opositor acusado por Evo, sem provas, atraído para uma conversa e preso minutos e que está fugindo de perseguições arbitrárias em seu país natal. Um traficante de drogas, que quer instituir em seu país uma ditadura comunista baseada no tráfico de drogas, derrubando um governo legal. Qual deles mereceria asilo em seu país? Quem disse que a Colômbia praticava “terrorismo de Estado” contra as Farc tem nome e sobrenome: Luiz Inácio Lula da Silva.

Isso é o Foro de São Paulo, Pedro Doria. Aquele que você diz que é um foro público, mas que o historiador Luiz Felipe Alencastro disse que NÃO EXISTIA. Aquele que você diz que é um foro público, mas tiraram do ar depois das denúncias das “vivandeiras”. O que eles tinham para esconder? O que leva um governo a abrigar um assassino e não asilar um opositor de um dos membros da entidade?

É chato dizer que alguém venceu um debate. Mas Fabiano não pegou o bonde andando. Não ouviu falar do Foro agora.

Não sei se algum leitor já foi parado pela polícia. Geralmente, eles te abordam em dupla. Um é o calminho. O outro é o estressadinho. O calminho é o Lula, que finge que tá tudo bem, que é coisa de rotina. O outro, que quer o seu escalpo, é o Chavez. Mas se precisar, os dois mostram que estao com o fuzil na mão.

Detonado por Adaílton Persegonha às 21:44

64Chesterix-Darlymple (velho colega) 9/20/2008 - 09h32
Lula, polvo, calamar…

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwtt3h5GnrWLyCOXMZyOfO6KCT9-mKTKT9Qz4L-N5OrHq1lOs5pOVEK2M5Ec9dL3erlPhLXd8cb0xeOSLgmJ_9HFvbyxs3J3kQrJkiUHyqTT-oyMNzFRnO21drajWEuQSSuh7nYG-ZjaA/s1600-h/lulismo.jpg

65Cloninho 9/20/2008 - 10h17
A VERDADEIRA História da Bolívia até a crise de hoje numa só página da web

A mesma receita

BUENOS AIRES - Órfão numa família ilustre e rica, criado pela negra Hipólita, que considerava mãe, José Antonio de la Santíssima Trinidad Simon Bolivar y Palacios nasceu em Caracas em 24 de julho de 1783. Teve sua educação orientada por Simon Rodriguez, pedagogo revolucionário que lhe infundiu o amor à liberdade e às idéias avançadas.

Aos 17 anos, em 1800, foi estudar na Espanha. Em 1804, assistiu à coroação de Napoleão, na Notre Dame, em Paris, e se familiarizou com as doutrinas de Rousseau, Montesquieu e Voltaire. Em 1805, em Roma, lá em cima do Monte Sacro, jurou “dedicar a vida a romper as cadeias com que nos oprime o poder espanhol”.

Bolivar

E cumpriu. Na volta, passou pelos Estados Unidos e, em 1807, há 200 anos, retornou à Venezuela para lutar pela independência, com a ajuda de um brasileiro, o pernambucano José Inácio de Abreu e Lima.

Pregava “o sonho bolivariano” de “uma América Latina unificada”, “uma Comunidade das Nações Americanas”. Uma ONU americana, um século e meio antes da ONU.

Libertou a Venezuela, atravessou os Andes a cavalo, em terrível inverno, e libertou o Equador e a Colômbia. Encontrou-se com o argentino San Martin e os dois libertaram o Peru. Depois, Bolivar libertou a Bolívia.

Libertário

Houve uma hora em que era presidente da Colômbia, chefe supremo do Peru e o presidente da Bolívia. Renunciou aos três. Era um libertário: “Não usurparei a liberdade. Tenho mais medo da tirania do que da morte. Fugi de um país onde um só indivíduo exerce todos os poderes. Seria apenas um país de escravos. Chamai-me Libertador da República. Jamais serei seu opressor”. Libertou e criou cinco nações.

Morreu em Santa Marta, na Colômbia, em 17 de dezembro de 1830, aos 57 anos. Segundo a Enciclopédia Britânica, “como salvador dos povos e maior expressão de estadista e gênio político da América Latina, o nome de libertador lhe deu a aura mística que se perpetuou através dos tempos”.

Bolívia

Desde o século 13 (1200 e tantos), os índios quíchuas e aimarás do altiplano (norte) da Bolívia eram do império inca. Em 1530, chegaram os espanhóis e escravizaram os índios para trabalharem de graça nas minas de prata de Potosí.

A Bolívia virou duas: a Bolívia índia, com mais de 75% da população lá em cima no altiplano, a milhares de metros de altitude, e por isso a capital é em La Paz, e cá embaixo a Bolívia branca, entre os rios e o mar, na branca Santa Cruz de la Sierra, com uma capital de mentira, Sucre.

Proclamada a independência da Bolívia, por Bolivar, em 1825, começaram as invasões. Espanha, Inglaterra, Estados Unidos queriam continuar roubando a prata de Potosí. Um dia, através do Paraguai, na guerra do Chaco, por causa da descoberta do petróleo no pé dos Andes. Outro dia, pelo Chile, na guerra do Pacífico, para tirar o acesso da Bolívia ao mar.

Potosí e gás

E os índios brigando e morrendo. E a prata de Potosí indo embora para a Europa. Desde a invasão espanhola, em 1830, mandaram os brancos do sul e seus presidentes brancos. Foram séculos de golpes e tiranias (um general por ano, às vezes por mês e até por semana, todos brancos).

Até que um dia os 75% de índios resolveram eleger um deles, Evo Morales, presidente. Ganhou, convocou uma Constituinte. Os brancos, os lá de baixo e os de fora (sobretudo a imprensa americana, espanhola, brasileira), abriram guerra, já não mais de olho na prata, mas no gás.

Morales

O índio Morales os desafiou a todos e, no meio de seu mandato, convocou um referendo para confirmar ou anular seu mandato e os dos 9 chefes dos departamentos (governadores). Na eleição, tinha ganho com 52% dos votos. O referendo o confirmou com 67,5%. Uma lavagem.

E, dos 9 “governadores”, só 5 foram confirmados. Quatro perderam. Não havia jeito. A solução só podia ser a mesma que os Estados Unidos comandaram no Brasil em 64, no Chile em 73, na Argentina em 76. Não podiam derrubar no voto, tinham que derrubar no golpe.
64, 73, 76

A receita é sempre a mesma. No Brasil, envolveram ou compraram alguns governadores e jornais, e começaram as provocações. “Pegaram” Magalhães Pinto, Ademar de Barros e Lacerda, criaram arapucas, como o Ipes (Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais) de Golbery e Hasslocher, a ADP (Ação Demcrática Parlamentar), do baiano João Mendes da Costa Filho, os três diretamente financiados pela embaixada norte-americana, aliciaram alguns generais carreiristas e o golpe estava pronto.

No Chile, puseram os caminhoneiros paralisando as estradas e o general assassino Pinochet bombardeou o La Moneda, levou Allende à resistência pelo suicídio e mataram 10 mil chilenos em dez anos. Na Argentina, os empresários fizeram uma fantástica paralisação, o general Videla assaltou a Casa Rosada e assassinaram e desapareceram 30 mil.

Golpe branco

Na Bolívia, o “governador” branco de Santa Cruz quer fazer de seu departamento (estado) uma província dos Estados Unidos, como Porto Rico. E a imprensa canalha da América Latina apoiando o golpe branco.

66Fabio Passos 9/20/2008 - 11h53
Importante mesmo:

“Relator Especial de la ONU denuncia acciones anti-indígenas en Bolivia”
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=72938

Apesar da mídia-corporativa-corrupta tentar…

… não tem mais como esconder o massacre dos racistas apoiados pelos estadunidenses:

“Condeno los actos de violencia contra grupos indígenas y campesinos, así como las amenazas graves a sus representantes”

“Denuncio particularmente los asesinatos del 11 de septiembre de 2008 en Porvenir, Departamento de Pando, que consistió en una emboscada de paramilitares contra miembros de la Federación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Pando (FSUTCP) y estudiantes de la Normal de Maestros de Filadelfia, la mayoría indígenas”

James Anaya

67Homero 9/20/2008 - 14h59
O ULI do comentário 36 mostra o quão ignorante é o professor Antonio Carlos Peixoto da UERJ.

A experiência da Alemanha pode ilustrar o caminho que a Bolívia está seguindo:

“A maioria indígena (ariana) tem o direito de usar o voto democrático para resgatar a riqueza expoliada pela plutocracia dos brancos (judeus)”.

Bolivarianismo = Nazismo. QED.

68Fabio Passos 9/20/2008 - 19h11
Eu desafio Uli Weinbrecht a provar que o ignorante é o Homero e não o professor Antonio Carlos Peixoto da UERJ.

69Homero 9/20/2008 - 21h05
Caro Fabio Passos,

se o Professor Antonio Carlos Peixoto ignora que a corte constitucional alemã fica em Karlsruhe e ao invés da capital do país, Berlim, ele é um ignorante.

Você tem um adjetivo melhor do que ignorante para alguém que ignora algo?

70Fabio Passos 9/21/2008 - 10h30
bom…

o #67 merece o adjetivo: ignorância… homérica!

71Fabio Passos 9/21/2008 - 10h32
Quem deseja ajudar a Bolívia a superar a tentativa de golpe liderada pelos racistas-imundos, pode participar:

http://www.todosconbolivia.org/

solidariedade…

72Memento Morti 9/21/2008 - 23h23
5 siglos igual

León Gieco

Soledad sobre ruinas, sangre en el trigo
rojo y amarillo, manantial del veneno
escudo heridas, cinco siglos igual.

Libertad sin galope, banderas rotas
soberbia y mentiras, medallas de oro y plata
contra esperanza, cinco siglos igual.

En esta parte de la tierra la historia se cayo
como se caen las piedras aun las que tocan el cielo
o estan cerca del sol o estan cerca del sol.

Desamor desencuentro, perdon y olvido
cuerpo con mineral, pueblos trabajadores
infancias pobres, cinco siglos igual.
Canciones de Leon Gieco
Lealtad sobre tumbas, piedra sagrada
Dios no alcanzo a llorar, sueño largo del mal
hijos de nadie, cinco siglos igual.

Muerte contra la vida, gloria de un pueblo
desaparecido es comienzo, es final
leyenda perdida, cinco siglos igual.

En esta parte de la tierra la historia se cayo
como se caen las piedras aun las que tocan el cielo
o estan cerca del sol o estan cerca del sol.

Es tinieblas con flores, revoluciones
y aunque muchos no estan, nunca nadie penso
besarte los pies, cinco siglos igual.

73Elias 9/22/2008 - 14h49
“…. e cá embaixo a Bolívia branca, entre os rios e o mar, na branca Santa Cruz de la Sierra, com uma capital de mentira, Sucre.”

Santa Cruz de la Sierra “entre os rios e o mar”?

Caramba!

Antes de seu litoral ser surrupiado pelo Chile, realmente a Bolívia tinha mar. Mas, até disposição em contrário, o mar boliviano ficava do lado de lá do altiplano. Oceano Pacífico, né não?

Santa Cruz de la Sierra fica do lado de cá do altiplano, na planície amazônica, junto do Brasil, a milhares e milhares de quilômetros de qualquer mar conhecido.

74Elias 9/22/2008 - 15h33
“No mesmo ano, os nove departamentos passam a ter o direito de eleger seus governadores. Os governos departamentais estão interessados em ampliar sua faixa de autonomia. Mas Evo Morales significa o contrário. Ele vê a autonomia com desconfiança. Ele não diz isso, mas, sem dúvida alguma, gostaria de governar dentro de um quadro de poder centralizado. ”

Em cada 10 bolivianos tem pelo menos uma 15 opiniões sobre esse assunto.

A eleição direta e, conseqüentemente, a maior autonomia política e administrativa dos governantes dos departamentos (”Prefectos”), aproxima o sistema boliviano do modelo brasileiro.

Tem seus prós e seus contras.

Exemplos de prós:

I - Pode contribuir para que se estabeleça, na Bolívia, qualquer coisa parecida com estabilidade política.

Atualmente, até o reajuste da passagem de ônibus e da tarifa dos táxis é decidido pelo Presidente da República.

Resultado: o reajuste da tarifa do táxi freqüentemente se transforma numa crise nacional.

Com a pulverização desse poder decisório as polêmicas tendem a perder o impacto que hoje têm.

II - Pode melhorar o relacionamento do governo com as nações indígenas.

Estas se queixam do fato de que ficam à margem das políticas municipais, porque os territórios indígenas quase nunca coincidem com os limites dos territórios municipais.

A existência de políticas departamentais deverá atender mais de perto as demandas das nações indígenas, notadamente com relação aos muitos empreendimentos que estas vêm instalando no país, nas áreas de produção, educação, proteção à saúde, etc.

Exemplos de contras:

I - A autonomia política dos departamentos pode implicar o esvaziamento dos municípios.

Daí a desconfiança de grande parte dos governantes municipais (Alcaldes), inclusive os alcaldes indígenas.

É que, na Bolívia, com as reformas constitucionais conduzidas por Sanchez de Lozada, os municípios passaram ficar com 20% da receita tributária do país (só pra comparar: no Brasil, os municípios ficam com menos de 4% do bolo tributário, cuja maior parte é abocanhada pelo leão federal).

Os municípios bolivianos estavam se desenvolvendo rapidamente, com a favelização longe de atingir os contornos dramáticos típicos do Brasil.

Com a autonomia política dos departamentos, a redução da participação dos municípios da divisão do bolo tributário é só uma questão de tempo.

II - A autonomia política dos departamentos pode dificultar a participação popular na definição de prioridades nacionais.

Se isso ocorrer, a sociedade civil boliviana pode se tornar tão apática, burra, inoperante e corrupta como a brasileira.

Hoje, a Bolívia se caracteriza por ter partidos fracos e uma sociedade civil forte.

Isso é que permitiu a preservação de uma certa dose de dignidade na política, mesmo quando alguns dos mais importantes partidos políticos (como o MNR e o MIR) se tornaram pouco mais que organismos putrefatos; cadáveres insepultos se decompondo à luz do sol. A sociedade civil organizada — à esquerda, ao centro e à direita — mantiveram uma certa compostura.

Num reconhecimento explícito do papel meramente acessório exercido pelos partidos políticos, a Constituição boliviana passou a declarar o país uma “…república representativa e participativa.”

Lá, o cidadão pode se candidatar a cargos eletivos representando não um partido político, mas uma nacionalidade ou associação.

Foi o que permitiu à chegada dos índios ao poder. Antes, eles eram uma força eleitoral. Agora, são uma força política.

A conseqüência foi que a sociedade civil se tornou ainda mais forte e os partidos ainda mais fracos.

Agora, com a autonomia política dos departamentos e a conseqüente “federalização” (ou “brasileirização”) da Bolívia, a tendência será, provavelmente, a fragmentação dos movimentos reivindicatórios e, no desdobramento, o enfraquecimento político das organizações da sociedade civil.

Algo parecido com o que existe no Brasil.

Só que pior.


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