História do Paraguai
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Esta é a página sobre a história do Paraguai.
Índice [esconder]
1 A descoberta do Estuário do Prata
2 A lenda do Rei Branco
3 Cataratas do Iguaçu
4 Garcia e os guaranis
5 O Império Inca
6 A morte de Garcia
7 A exploração do Estuário do Prata
8 A exploração do Rio Paraná e Rio Paraguai
9 As barreiras naturais
10 O retorno de Caboto à Espanha
11 O Forte Nossa Senhora de Bueno Ayre
12 O sítio do Forte de Buenos Aires
13 Fundação de Candelária
14 O desaparecimento de Ayolas
15 A fundação de Assunção
16 A luta contra os kario
17 O crescimento de Assunção
18 O crescimento territorial
19 Guerra do Paraguai
20 Guerra do Chaco
21 A ditadura militar
22 Fim do domínio colorado
23 Referências
24 Ver também
25 Ligações externas
[editar] A descoberta do Estuário do Prata
Depois da morte de Solís pelos índios charruas ou pelos índios guaranis (até hoje há controvérsias entre os historiadores), os sobreviventes da expedição nomearam o estuário do Prata de Rio de Solís.
[editar] A lenda do Rei Branco
García conheceu narrações sobre O Rei Branco, que, segundo a lenda, vivia a oeste e governava cidades de incomparável riqueza e grandioso esplendor. Deixando a Ilha de Santa Catarina depois de quase oito anos, García reuniu homens e suprimentos para uma viagem ao interior em busca do reino do Rei Branco.
[editar] Cataratas do Iguaçu
Marchando para o oeste, o grupo de García descobriu as Cataratas do Iguaçu (em guarani, "Águas Grandes") cruzando o Rio Paraná. Na descoberta das Cataratas do Iguaçu, existem versões conflitantes entre os historiadores. Alguns dizem que foi Álvar Núñez Cabeza de Vaca quem descobriu as quedas; outros, Alejo Garcia. As datas, porém, são próximas.
[editar] Garcia e os guaranis
Entre o final de 1524 e começo de 1525, Garcia chegou onde hoje fica Assunção, treze anos antes de sua fundação. O grupo recrutou 2.000 guerreiros guaranis para invadir terras no Chaco Paraguaio, enfrentando as tribos locais, consideradas perigosas pelos exploradores.
[editar] O Império Inca
Após cruzar o Chaco, Garcia penetrou nas defesas exteriores do Império Inca na Cordilheira dos Andes, atual Bolívia, oito anos antes que Francisco Pizarro. Os exploradores pilharam as aldeias que encontraram pelo caminho, antes que o exército de Huayna Cápac, governante inca, reagisse.
[editar] A morte de Garcia
García foi assassinado pelos guaranis perto da atual cidade de San Pedro, sobre o Rio Paraguai. A notícia da pilhagem aos incas chegou aos exploradores espanhóis, atraindo Sebastian Caboto, filho do explorador genovês Giovanni Caboto, ao Rio Paraguai dois anos depois.
[editar] A exploração do Estuário do Prata
Sebastián Caboto estava navegando para o oriente em 1526 quando ouviu falar das façanhas de Garcia. Achando que o Rio de Solís poderia proporcionar uma passagem mais fácil ao Oceano Pacífico para ir ao Peru do que pelo Estreito de Magalhães, acabou explorando o estuário do Prata.
[editar] A exploração do Rio Paraná e Rio Paraguai
Deixando um grupo na orla nordestina do estuário, Gaboto subiu em direção ao norte pelo Rio Paraná por aproximadamente 160 quilômetros, quando fundou um pequeno forte chamado Sancti Spiritu próximo da atual cidade argentina de Rosário. Continuou a exploração rio acima cerca de 800 quilômetros além da confluência com o Rio Paraguai, ainda no Paraná, quando a navegação se tornou complicada devido às fortes corredeiras.
[editar] As barreiras naturais
Caboto, vendo que não era mais possível avançar em direção ao norte, resolveu retornar, não sem antes obter alguns objetos de prata que, segundo os índios do lugar, vinham de bem longe, de uma terra a oeste. O navegador decidiu desistir de sua rota no rio Paraná e entrou no Rio Paraguai. Aproximadamente quarenta quilômetros antes da atual Assunção, Caboto encontrou uma tribo guarani que possuía objetos de prata. Crendo ter encontrado a rota para as riquezas do Peru, nomeou o Rio Paraguai como "'Rio da Prata". Hoje, no entanto, o nome só se aplica ao estuário onde está atualmente a cidade de Buenos Aires.
[editar] O retorno de Caboto à Espanha
Em 1530, retornou à Espanha e Carlos V (1519-56) foi informado sobre suas descobertas. O imperador deu permissão a Dom Pedro de Mendoza para montar uma expedição ao estuário do Prata. O imperador também o nomeou governador do Rio da Prata e lhe concedeu o direito de nomear a seu sucessor.
[editar] O Forte Nossa Senhora de Bueno Ayre
Mendoza construiu um pequeno forte no lado sul do estuário do Prata numa local fortemente açoitado pelos ventos em 1536. O lugar era povoado pela feroz tribo querandi. O novo forte foi chamado de Nossa Senhora de Bueno Ayre, atual Buenos Aires.
[editar] O sítio do Forte de Buenos Aires
O povo querandi declarou guerra aos europeus. Os timbú e seus aliados, os charruas, sitiaram o forte. Os espanhóis se viram obrigados a comer ratos e os cadáveres de seus camaradas.
[editar] Fundação de Candelária
Juan de Ayolas era o imediato de Mendoza. Foi enviado rio acima em rota de reconhecimento. Voltou com milho e a informação de que o forte de Caboto, em Sancti Spiritu, tinha sido abandonado. Foi enviado novamente para explorar uma possível rota ao Peru. Acompanhado por Domingo Martínez de Irala, Ayolas navegou outra vez para o norte até chegar a uma pequena baía no rio Paraguai que batizou Candelária, onde hoje fica o Forte Olimpo.
[editar] O desaparecimento de Ayolas
Deixando a Irala como seu lugar-tenente, Ayolas se aventurou no chaco em busca da Serra do Prata, chegando a saquear o Peru. Porém nunca mais retornou. Acredita-se que o tenham assassinado os payagua, índios do Chaco Paraguaio.
[editar] A fundação de Assunção
Mendoza ordenou a dois membros da expedição, Juan de Salazar de Espinosa e Gonzalo de Mendoza, a procurar Ayolas, enquanto os esperava a bordo de seus navios defronte a Buenos Aires. Ambos exploraram o Rio Paraguai e se detiveram num excelente ancoradouro, onde começaram a construir um forte, em 15 de agosto de 1537, data de Nossa Senhora de Santa María da Assunção. Ambos declararam que era um bom lugar de "amparo e conserto da conquista". Continuaram rio acima e se encontraram com Irala, que tinha ordens de esperar a seu chefe Ayolas. Os três homens o procuraram sem resultados positivos. Então, Salazar e Gonzalo de Mendoza desceram o rio de regresso ao recém-fundado Forte de Assunção.
[editar] A luta contra os kario
Irala lutou contra os índios kario, donos da terra, capitaneados pelo cacique Avambae, vencendo-os ao pé de um cerro que domina a vista da atual Assunção. Essa formação geográfica foi batizada como Lambaré, nome dado em honra ao cacique vencido. Lambaré, hoje, é uma populosa cidade vizinha à capital paraguaia. Os índios kario se aliaram a seus vencedores contra os índios guerreiros payagua e guaikuru. Como prova de aliança, os kario deram até dez mulheres a cada chefe espanhol.
[editar] O crescimento de Assunção
Depois de 20 anos, a população já estava com aproximadamente 1.500 pessoas, dentre essas a maioria índios. Os embarques de prata que vinham desde o Peru até a Europa passavam obrigatoriamente por Assunção. Esta se converteu então no núcleo de uma província espanhola que abarcou uma porção tão grande que foi apelidada de a Província Gigante das Índias.
[editar] O crescimento territorial
Assunção também era a base de onde partiu a colonização para a parte espanhola da América do Sul. Os espanhóis se moveram para o norte, pelo chaco, para fundar Santa Cruz na atual Bolívia; para o leste, para ocupar o resto do Paraguai atual; e para o sul, ao longo do rio Paraná, para reconstruir Buenos Aires em 1580, que tinha sido abandonada por seus defensores em 1541. A cidade de Assunção acabou por se transformar no centro da província colonial espanhola e também como uma das bases principais para as missões e povoamentos jesuítas na América do Sul no século XVIII. O Paraguai declarou a sua independência derrubando as autoridades espanholas locais a 15 de maio de 1811.
[editar] Guerra do Paraguai
Na desastrosa Guerra da Tripla Aliança (1865-1870), o Paraguai perdeu dois terços da população adulta masculina e muito do seu território.
[editar] Guerra do Chaco
Estagnou economicamente ao longo do meio-século seguinte. Na Guerra do Chaco de 1932-1935, ganhou à Bolívia grandes áreas, economicamente importantes.
[editar] A ditadura militar
Os 35 anos de ditadura militar de Alfredo Stroessner terminaram em 1989 e, apesar de um aumento marcado nas lutas políticas internas em anos recentes, têm tido lugar desde então eleições presidenciais relativamente livres e regulares.
[editar] Fim do domínio colorado
Nas eleições de 2008, o candidato Fernando Lugo, um ex-bispo católico que obteve vantagem de quase dez pontos percentuais sobre a candidata colorada (Blanca Ovelar), venceu as eleições. Ele representa uma coalizão ampla da qual participam vários partidos e movimentos sociais, misturando liberais, socialistas, organizações de agricultores, sindicatos e entidades estudantis [1]
O Partido Colorado domina o cenário político do país desde 1947 e sua posição consolidou-se em 1954, quando o general Alfredo Stroessner deu um golpe de Estado impondo uma brutal ditadura. Esse regime só chegou ao fim em 1989, em um levante comandado por alguns setores da mesma legenda governista.
Estas eleições marcaram o fim do domínio colorado, com o final dos 61 anos de domínio do Partido, marcados nas últimas décadas pela corrupção e por suspeitas de irregularidades na administração.
Referências
↑ Fim do domínio colorado no Paraguai. O Globo Online - Acessado em 20 de abril de 2008.
[editar] Ver também
Alfredo Stroessner, ditador paraguaio.
Lino Oviedo
[editar] Ligações externas
(em espanhol) Governo do Paraguai (presidência)
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