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Venezuela e suas várias culturas
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
A literatura na Venezuela
Rómulo Gallegos
A literatura venezuelana surgiu durante a vigência do neoclassicismo hispânico. A grande figura inicial dessa literatura foi o humanista Andrés Bello, editor de revistas que desempenharam importante papel na vida cultural hispano-americana e incentivador da independência cultural da América espanhola. Nos primeiros anos da independência surgiu uma geração de escritores liberais em política mas conservadores em literatura. O primeiro prosador importante foi Juan Vicente González, discípulo do romantismo francês que soube evocar como poucos os princípios da independência de seu país numa prosa apaixonada.
A primeira geração romântica é representada por José Antonio Maitín, companheiro do exílio londrino de Bello e por isso muito influenciado pelos poetas românticos ingleses. Na segunda geração romântica destaca-se José Antonio Calcaño, poeta de tradição católica. O centro do movimento modernista venezuelano foi a revista Cosmópolis, dirigida por Pedro Emilio Coll, Pedro César Dominici, Luis Urbaneja Achelpohl e Manuel Díaz Rodrigues. Este último, figura relevante do grupo, foi um estilista exemplar e um homem culto.
A primeira fase de sua produção literária está cheia de influência européia, principalmente de Gabrielle D'Annunzio e Maurice Barrès. O líder do movimento modernista venezuelano foi Rufino Blanco Fombona. Seus romances, apesar do reduzido valor literário, são historicamente mais importantes do que seus versos. Blanco Fombona representa a corrente realista do modernismo e sua obra literária permaneceu aquém de sua aspiração programática.
A partir da terceira década do século XX começou a destacar-se o mais importante romancista venezuelano, Rómulo Gallegos, cujos romances versavam sobre a parca civilização das aldeias e povoados e a selva. Chegou-se a discernir em sua obra um impressionismo artístico e um realismo descritivo.
São da mesma época os contos de Julio Garmendia, que desempenharam um papel renovador, preparando o surgimento da novelística de Arturo Uslar Pietri. O poeta e romancista Miguel Otero Silva, o prosador Guillermo Meneses, os poetas do grupo Viernes e da corrente nativista, e os autores dramáticos Luis Peraza e Lucila Palacios pertencem a essa geração.
Outros nomes representativos da literatura venezuelana no século XX foram Gustavo Díaz Solís, Oscar Guaramato, Salvador Garmendia e Adriano Gonzáles León; entre os poetas, José Ramón Medina; entre os ensaístas, Juan Liscano; e entre os autores dramáticos, Rafael Pineda e Ramón Chalbaud.
Postado por Ronaldo às 05:13
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