Coitadas das Mulheres!
Quem domina o sexo de uma pessoa, domina a pessoa inteira
As mulheres sempre foram um grande problema na vida dos "machos": ou salvam, ou destroem. A história nos mostra que não há meio-termo. Ora, tratando-se de ideologia do poder e do poder que é exclusivamente dos machos, é evidente que a "fêmea" devia sempre estar rebaixada e enjaulada.
É por isso que por milhares de anos ela teve que ficar dentro de casa, longe da escola e das repartições públicas. Foi depois da II Guerra Mundial que o feminismo surgiu. Surgiu? Só em alguns países e parcialmente. O instinto do macho não confia na mulher. Mesmo quando diz que a ama, sabe-se que é um amor interessado, ou é pura atração sexual.
E com os eclesiásticos deu-se a mesma coisa — diferentemente, muito diferentemente, do Mestre Jesus. Aliás, pelo que eu sei, só dois homens aceitaram as mulheres ao seu lado professando-lhes respeito, afeto e estima: o faraó Akhenaton, que fez questão que Nefertite sempre estivesse ao seu lado, sobretudo na pequena escola de filosofia que ele fundou; e Jesus Cristo, que fez questão de ser acompanhado nas Suas viagens apostólicas por um pequeno grupo de mulheres que o ajudava.
Jesus era grande amigo de Marta e de Maria, em cuja casa costumava descansar, e de muitas outras que são apenas lembradas.
Mas os "vigários" de Cristo se tivessem tido autoridade suficiente teriam feito das mulheres outras tantas dependentes.
E o primeiro que escreveu quanto é perigoso a mulher, dentro da ideologia do poder, foi o bispo Clemente romano, que lá pelo ano de 95 d.C, nos deixou escrito: "Nós eclesiásticos não vivemos com mulheres e nada temos a ver com elas; não comemos e não bebemos com elas e não dormimos lá onde elas dormem". (Cap. I); "aliás, não pode haver nem mesmo uma mulher, lá onde nós passamos a noite; seja ela pagã ou cristã" (cap. II).
Não se trata só de subentender que a mulher é um perigo, sempre; trata-se de afirmar um estilo de vida superior que deve ser típico de qualquer chefe de cristãos: por acaso, não devem os cristãos formar um exército disciplinado e obediente aos seus chefes -como o exército romano?
Ora, os chefes dos cristãos são os "presbíteros" (anciãos) e o presbiterado ê um "status superior uma posição hierárquica superior, pois são eles que mandam. Assim Clemente romano.
Mais tarde encontramos o bispo de Roma, Sotero (166-175), que tendo entendido muito bem a ideologia do poder, apercebeu-se que este poder estava sendo ameaçado justamente lá onde estava o seu centro: o altar.
Eis, então, que escreve: "Fomos informados que há entre nós mulheres consagradas a Deus que têm tocado nos vasos sagrados e nas vestes sagradas. Ora, tal conduta merece desaprovação e censura. Portanto, ordenamos que essas mulheres acabem de agir assim e que vós impeçais que essa praga se propague por todas as províncias". (I. Raming; "Der Auss-chluss der Fran vom priestlichen Amt"; 1973; pág. 9).
Já pensou o leitor? As freiras começam acariciando as sagradas vestes sacerdotais... E acabam no altar! Ora, a história das religiões nos ensina que o altar sempre foi o lugar exclusivo dos machos desde que os homens se entenderam como gente! (W. Schmidt; "Die Mythologie der aus-tronesischen Voíker"; Vien; 1909; introdução. Ver também: M. Eliades: "Histoire des croyances et des Idées religienses"; Payot; Paris; 1976; todo o I volume).
Agora o que mais choca nesta carta de Sotero (que alguns historiadores dizem que parece mais tardia) é o fato de dizer que.este abuso é "praga". As mulheres que vestem de carne humana uma alma, formando assim um ser humano, não podem mexer nas vestes litúrgicas... É muita incompreensão eclesiástica!
O bispo Sisto H (25 7-258) pede que o homem que é revestido de poder não deve ser levado por nenhuma emoção no trato com as mulheres e até com sua esposa: "aquele que ama apaixonadamente a sua esposa é adúltero". Mas o pior é que Sto. Tomás de Aquino repete a mesma idiotice na "Summa Theologica" (n/11; pg. 54; a. 8).
Mais tarde, o bispo de Roma Leão Magno (440-461) na carta 14°, c. 4, exige que diáconos e subdiáconos que por acaso tivessem uma esposa, vivessem com ela como se ela não existisse. O que é isto? Ele explica na carta l67°, n°3:"para que transformem seu casamento carnal em casamento espiritual; devem possuir suas esposas como se as não possuíssem, de modo que o amor conjugal seja preservado, mas o ato conjugal seja interrompido".
Que besteira é essa? Leão Magno explica no sermão 22°, 3: “todo ato conjugal é pecado”. Gregório Magno retomará esta idéia escrevendo ao bispo Agostinho da Inglaterra. (Cfr.: "Responsum Gregorii").
A conseqüência é lógica - o grito dos bispos de Roma: "Oh vós todos que compartilhais da ideologia do poder eclesiástico, afastai essas mulheres para que não roubem o nosso poder!”
É por isso que o bispo de Roma Gelásio [422-496] considerava o serviço das mulheres no altar como um grande perigo para o sacerdote. Escrevia ele: “Conforme descobrimos, para a nossa raiva, os sacerdotes são tão idiotas que até deixam que as mulheres sirvam no santo altar de modo que aquilo que somente o homem pode fazer, agora, ouço dizer que também as mulheres têm o direito de fazer”.
Em 658 o sínodo de Nates retomou e reforçou as palavras do papa Gelásio, proibindo terminantemente a mulher no altar.
Pouco mais tarde, temos o papa Gregório Magno (590-604) que confirmou Gelásio.
Mulher menstruada sempre foi e ainda é na maioria dos lugares deste planeta o grande problema de qualquer cultura. Os primeiros cristãos proibiam que as mulheres menstruadas recebessem a Eucaristia.
O patriarca Dionísio de Alexandria, por exemplo, no ano de 260, dizia que seria um despropósito dar a santa hóstia a uma mulher menstruada.
Em Roma e em outros lugares, era a mesma coisa, "porque a menstruação decorre do pecado" (décima resposta ao bispo Agostinho da Inglaterra, de Gregório Magno).
O mesmo Gregório Magno nos "Diálogos" (IV, 11) exige que uma vez ordenados "os padres guardem suas esposas como se fossem irmãs e se acautelassem com elas como se fossem inimigas".
Gregório certa vez escreveu uma carta (Ep. 60a) aos bispos de seu patriarcado para que afastassem de sua convivência não só as parentas, mas também suas mães: "Os eclesiásticos não devem permitir que nem mesmo a mãe, a irmã, ou a tia, vivam em
casa com eles porque já tem acontecido atos de incestos".
Mas não era o incesto que preocupava numa época em que eram raríssimos os eclesiásticos que não tinham amantes! O que preocupava era o fato de um possível domínio da mulher sobre o sacerdote. O primeiro passo ideologia do poder eclesiástico é dominar a mulher para que ela não domine o homem. O segundo passo é dominar o sexo, pois, dominando o sexo domina-se tanto a mulher como o homem; ou seja, o casal. (Sem contar que quem domina o sexo de uma pessoa, domina a pessoa toda!!!).
No célebre "Responsum Gregpri rii ".Gregório Magno trata com extensão sobre o tempo o modo e as circunstâncias do ato sexual entre marido e mulher (note-se bem: casados legalmente!) e afirma de vez: "O prazer sexual nunca ocorre sem pecado".
Observe-se que esta sentença durou até pouco tempo atrás quando, no século passado, Santo Afonso de Ligório afirmava, num primeiro tempo, que o ato sexual com a esposa menstruada era pecado mortal e, anos mais tarde, que era, pelo menos, um pecado venial.
O tema do pecado, seja mortal ou venial, está sempre ligado ao chamado "poder das chaves", pois só o sacerdote tem o poder de perdoar. (Com efeito, estas "chaves" estão no bolso dos eclesiásticos!).
Mulher, sexo, pecado, inferno serviram muito bem para construir e sustentar a ideologia do poder eclesiástico dos bispos de Roma: uma ideologia que será muito difícil mudar...
Veja João Paulo II proibindo definitivamente o sacerdócio das mulheres... Como se o fato religioso fosse subordinado ao fator biológico! São exigências da ideologia do poder eclesiástico.
Autor: Carlo Bússola, professor de Filosofia na UFES
Fonte: Publicado originalmente no jornal “A Tribuna” – Vitória-ES, numa série sob o título “Os Bispos de Roma e a Ideologia do Poder”.
Comentários do IASD Em Foco:
Ao discorrer sobre a ideologia do poder do Bispo de Roma, o Prof. Carlo Bússola apropriadamente afirma no artigo 18 desta série, intitulado “Anastácio II (496-498) e os Merovíngios”:
(Parêntese: por que a luta contra o arianismo? Porque era de fundamental importância dizer que o cristianismo foi fundado
por Deus e não por um homem divino! Sendo fundado por Deus, o bispo de Roma se tornava vice-Deus...).
É um tiro na mosca; pois, no livro do Papa João Paulo II, “Cruzando o Limiar da Esperança”, como acontece em muitas outras publicações católicas, nós encontramos a seguinte descrição do Bispo Romano:
“Portanto, desde o início do diálogo seria necessário dar o devido destaque ao enigma ‘escandaloso’ que o Papa, como tal, representa; não, em primeiro lugar, um Grande entre os Grandes da Terra, mas o único homem no qual os outros vêem um vínculo direto com Deus, percebem o próprio ‘vice’ de Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da SS. Trindade”. – Cruzando o Limiar da Esperança, 1994, pág. 15.
Junto com a erudição do Dr. Carlo Bússola, enfatizamos a sua total isenção e honestidade intelectual [tão carente, diga-se de passagem, entre historiadores, teólogos, proclamados apologetas, pastores e outros líderes religiosos da atualidade].
Quanto a isso, veja-se a nota de advertência que com freqüência aparece na maioria dos artigos da série. No entanto, ressalte-se que os fatos falam por si mesmo sobre a origem insidiosa deste sistema da falsa religião, como predita pelo profeta Daniel, apóstolo Paulo, João e outros (Daniel 7:8-10; Atos 20: 28-30; II Tessalonicenses 2:3-4 e 7-12; Apocalipse 13:1-10).
O Apocalipse Apresenta a Localização Geográfica da Sede Deste Poder: “Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia” (Apocalipse 13:1).
Mar = Povos, Nações, Lugar Densamente Povoado: “O anjo continuou a me explicar: ‘Você viu aquela prostituta que está sentada perto de muitas águas. Essas águas são povos, multidões, nações e línguas diversas” (Apocalipse 17:15, texto da Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral).
Sete Cabeças = Sete Montes ou Sete Colinas: “Aqui está o sentido, que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes, nos quais a mulher está sentada” (Apocalipse 17:9).
Freqüentemente, escritores clássicos tais como Horácio, Virgílio, Gregório, Marcial, Cícero tem identificado Roma como a cidade das sete colinas. Os comentários católicos das Bíblias do Pontifício Instituto Bíblico de Roma e da Bíblia de Jerusalém sobre Apocalipse 13:1-2 e 17:1-3 informam que os sete montes identificam a cidade de Roma.
A Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral” é taxativa em seu comentário do texto de Apocalipse 17:9-11: “As sete cabeças são as sete colinas de Roma”. Nota: Os próprios teólogos católicos reconhecem esta verdade insofismável e inapelável!!!
“Todos sabem que Roma é a cidade das sete colinas, chamadas Quirinal, Viminal, Esquilino, Célio, Aventino, Palatino e Capitolino. Seria muita coincidência se o texto não se referisse especificamente ao catolicismo romano”. – Alcides Conejeiro Peres, O Catolicismo Romano Através dos Tempos, pág. 90.
A Bíblia Católica “Bíblia Sagrada, Edição Pastoral” apresenta o seguinte comentário para o texto de Apocalipse 17:1-6: Explicação do Mistério do Mal: “A prostituta é símbolo de uma cidade idolátrica. Na época, trata-se de Roma, aqui apresentada como Babilônia, a capital da idolatria e do vício. Ela está assentada sobre a Besta escarlate, a cor do triunfo para os romanos. … Seu crime supremo é perseguir e matar todos aqueles que não aceitam adorar o poder político absoluto, nem se enganam com as propagandas ideológicas”.
Amigos, dada a sua importância crucial, os assuntos aqui abordados dizem respeito a todos os cristãos – católicos, evangélicos, ortodoxos, renovados, protestantes, etc. – independente da coloração ideológica ou denominacional; pois, a Bíblia afirma taxativamente que este sistema da falsa religião, erigido em cima da “ideologia do poder”, contaminou praticamente todas as religiões cristãs:
“Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Apocalipse 14:6). “... pois todas as nações têm bebido do vinho do furor da sua prostituição...” (Apocalipse 18:3, p.p.).
Fazendo, em tempo, uma correção no “endereço” desta solene mensagem de advertência, nós verificamos que ela se destina a todos os habitantes da Terra; afinal, agora nos derradeiros momentos da História o complexo babilônico da falsa religião abarcará toda a Terra e, portanto, todo habitante deste planeta terá que tomar a sua decisão de um lado ou do outro, a favor da Verdade (Apocalipse 14:12) ou do lado do erro (Apocalipse 14:9-11).
Repetimos: o domínio da falsa religião será planetário!!! É a globalização do erro: “Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação; e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra, aqueles cujos nomes não foram escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:7-8).
Em tempo, “vinho” em linguagem profética significa “doutrina” e, por conseguinte, a Bíblia afirma que, embora repudiem a idolatria e outras práticas abomináveis de Babilônia, suas “filhas”, praticamente todas as religiões ditas cristãs, beberam – assimilaram em seu corpo doutrinário – as principais doutrinas do “cardápio” de Babilônia.
A ordem solene de Deus para todos os sinceros e fiéis espalhados por todos os credos, denominações e, inclusive, ligados diretamente à Babilônia mística é esta: “Ouvi outra voz do Céu, dizendo: Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Apocalipse 18:4).
Amigos, é hora de cortar definitivamente os laços com a Babilônia mística, profética!!! É hora de cortar os laços e cadeias que nos prendem ao erro (vinho de Babilônia) e abraçar totalmente a verdade!!! Para tanto, é bom lembrar sempre:
- O importante não é o que o presbítero diz!
- O importante não é o que o missionário diz!
- O importante não é o que o evangelista diz!
- O importante não é o que o bispo diz!
- O importante não é o que o obreiro diz!
- O importante não é o que o “apóstolo” diz!
- O importante não é o que o padre diz!
- O importante não é o que o pastor diz!
- O importante não é o que o teólogo diz!
O importante é o que Deus diz!!! O importante, e nisto está a nossa segurança eterna, é o que a Palavra de Deus diz!!! E ela nos ordena:
“Retirai-vos dela, povo Meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos” (Apocalipse 18:4).
Ela nos indica para onde devemos ir e que caminho devemos seguir, em meio aos enganos finais dos últimos dias:
“Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os Mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Apocalipse 14:12).
Para Quem Quiser Saber Mais Sobre o Assunto:
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=145
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=138
http://www.iasdemfoco.net/mat/emdefesa/abrejanela.asp?Id=67
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=137
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=135
http://www.iasdemfoco.net/mat/emdefesa/abrejanela.asp?Id=60
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=136
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=89
http://www.iasdemfoco.net/mat/querosaber/abrejanela.asp?Id=87
http://www.iasdemfoco.net/mat/emdefesa/abrejanela.asp?Id=74
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