62 - OS ACÁDIOS

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Mesopotâmia

A civilização mesopotâmica nasceu cerca de 4 mil anos aC, e o povo que ali habitava chamava-se ubaida, do qual pouco registro se tem. Depois chegaram os sumérios, que aculturaram-se com os ubaidas, tornando sua língua oficial. Os sumérios inventaram a escrita cuneiforme, uma das mais antigas formas de registro escrito, que consiste na confecção de formas de baixo-relevo com cunhas no barro, que depois era cozido. Após um tempo, chegaram os acádios. Cerca de 2330 a C o rei Sargão da Acádia conquistou os sumérios e criou o primeiro dos muitos impérios semitas que estenderiam sua dominação por toda a região da costa mediterrânea até o Egito. Os acádios falavam um dialeto originado do babilônico e do assírio. Por volta de 2218 a C o Império Acádio desmembrou-se e uma luta incessante entre os vários agrupamentos culturais da região marcou toda a região da Mesopotâmia, onde a paz pouco prevalecia.

Por volta de 2000 a C, os babilônios detinham a dominação cultural no sul e os assírios - hegemônicos no norte - tornaram-se os dois povos mais fortes entre o Eufrates e o Tigre ('mesos" significa meio e 'pótamos' significa rios). A dominação política ficou nas mãos de assírios e a dominação cultural por conta dos babilônios. Por volta de 1792-1750 aC, o rei Hamurabi unificou a região em torno da Babilônia. Em 1350 a C tem início o Império Assírio, que mais tarde, entre 730 e 650 a C irá estender seu controle político e cultural por toda a região da Mesopotâmia, parte da antiga Pérsia, Síria, Palestina e Egito. Em 612 aC tem início o Império conhecido como Caldeu, também chamado segundo império babilônico, que dura até a tomada da região pelos persas, em 539 a C, quando o Egito é unificado e fica sob a dominação persa.



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Até a chegada de Alexandre, o Grande, a Mesopotâmia floresceu em cultura e conhecimentos acumulados de todos os povos anteriores. A partir de Alexandre (331 a C), toda a área fica sob dominação do império alexandrino e o grego será a língua dominante.

Mais tarde, gregos, persas e árabes também contribuíram para enriquecer ainda mais a abóbada celeste, povoando-a com centenas de estórias que se entrecruzavam. A tal ponto ocorreu o sincretismo mágico - religioso dessas culturas que, cerca do século I depois de Cristo, o céu visto pelos habitantes do império alexandrino continha elementos de todas as culturas anteriores. Com o período alexandrino, começa uma era importante para a história da astrologia ocidental.

A astrologia horoscópica conhecida por nós vai florescer, como já disse, na era alexandrina, com relação a aspectos mais elaborados. Os estudiosos que se debruçam sobre os textos gregos estão encontrando cada vez maiores evidências disso. Uma das mais completas fontes dos registros gregos de astrologia foi compilada no final do século passado por uma equipe de estudiosos, e chama-se Catálogo Grego dos Registros Astrológicos


Foi neste céu que a astrologia ocidental foi sendo construída, ao longo dos últimos cinco mil anos. Incorporou valores, costumes e histórias de civilizações antigas, superpondo significados e tentando torná-los compreensíveis e vivos às culturas que se sucederam.




Outras astrologias floresceram ao longo dos tempos, como a maia, a asteca, para ficarmos apenas na América Latina. O estudo da disciplina chamada Arqueoastronomia e da disciplina chamada Etnoastronomia estuda exatamente quando e onde e como os vários povos da Terra projetaram nos céus suas culturas e suas esperanças, fazendo inclusive previsões!




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