segunda-feira, 6 de junho de 2011

10.939 - A QUESTÃO DA IRLANDA

Principal Notícias Cursos Online Contato Empregos Anuncie no InfoEscola
--------------------------------------------------------------------------------
InfoEscola » História »
A Questão da Irlanda
Por Caroline Faria

A Irlanda é uma ilha localizada a oeste da Inglaterra e dela separada pelo Mar da Irlanda (de 18 a 193 km de largura). Durante o início de sua colonização a Irlanda, ou Eire, em irlandês, era dividido em diversas tribos distribuídas em cinco regiões distintas: Ulster, Connacht, Meath, Leinster e Munster. Devido à fragilidade dessa situação a Irlanda foi muitas vezes invadida por outros povos como os vikings e, principalmente, os celtas.

Mas, a questão irlandesa se iniciou com a conquista da região por Henrique II, O Plantageneta, da Inglaterra. Em 1175 Henrique II firmou o Tratado de Windsor segundo o qual a Irlanda passaria a ser regida pelas leis inglesas. Além do que, o domínio do território pelos ingleses significava que a partir de então os irlandeses teriam de pagar tributos à Inglaterra dentro da hierarquia vigente no feudalismo.
Para piorar a situação, Henrique VIII, em 1534, rompe com a Igreja Católica iniciando a chamada ”Reforma Protestante”, a partir da qual a Inglaterra passou a adotar a religião Anglicana, fundada por ele, como religião oficial. Assim, a Irlanda que era de maioria católica se viu obrigada por Henrique VIII a adotar o anglicanismo.

Mas, devemos lembrar que a questão da Irlanda não começou por causa da religião e sim por causa do sentimento nacionalista irlandês, ou seja, por questões políticas e territoriais que se iniciaram com a ocupação feita pelo outro Henrique, o II. A religião apenas foi incorporada ao conflito já existente. Assim, manter a religião católica passou a ser encarado como uma forma de protesto contra os ingleses. O que é perfeitamente compreensível se entendermos que naquela época a religião era ligada ao estado, sendo muitas vezes utilizada como forma de garantir o poder.

A discriminação e a exploração sofrida pelos irlandeses fizeram com que eclodissem diversas revoltas, sendo a mais expressiva delas em 1641 e que foi reprimida violentamente por Oliver Cromwell que havia tomado o poder na Inglaterra e proclamado a República Inglesa consolidando o poder dos ingleses obre a região.

Mas as revoltas continuaram, tendo como episódios mais importantes a eclosão da Revolução de 1798 encabeçada pelo grupo secreto “Irlandeses Unidos”, o movimento nacionalista de 1829 que conseguiu alguns direitos políticos aos católicos, a epidemia de tifo e a fome decorrente da queda na produção agrícola devido a uma praga em 1847 e 1948 e que foi responsável pela morte de mais de 800.000 pessoas e a imigração da maior parte da população e, por fim da independência da Irlanda, declarada em 1921.
O feito conseguido com a atuação do “Sinn Féin” (Nós Sozinhos), movimento nacionalista fundado em 1905, se deu através da eleição de maioria irlandesa ao Parlamento britânico em 1918 criando as condições para que o Sinn Féin proclamasse a independência da Irlanda. Mas, a Inglaterra só viria a reconhecê-la em 1921 através da assinatura de um tratado onde a Irlanda, com exceção da região do Ulster, passaria a ser independente, mas, ainda um domínio inglês.

Nesse ínterim, entre 1918 e 1921, surgiu um grupo guerrilheiro irlandês que tinha como objetivo a independência da Irlanda e depois sua unificação com a região de Ulster ainda sob domínio britânico. O “Irish Republican Army”, ou IRA, foram responsáveis por uma série de atentados aos protestantes residentes na Irlanda, principalmente na região de Ulster que mais tarde passaria a se chamar Irlanda do Norte.

Só em 1937 através da promulgação da Constituição Irlandesa é que foi conseguida a independência de fato e a Irlanda passou a chamar-se Eire. Mais, uma vez a Inglaterra demorou a reconhecer o fato, o que foi feito em 1949 quando, também, foi concedida autonomia ao território de Ulster que passou a se chamar Irlanda do Norte.

Mas os conflitos e a atuação do IRA continuam. A reivindicação agora é pela união das duas Irlandas em uma só e por causa da intolerância religiosa provocada por grupos guerrilheiros de ambos os lados. Os Unionistas Protestantes, da Irlanda do Norte, preferem continuar aliados da Grã-Bretanha alegando que caso houvesse a unificação eles seriam perseguidos pela maioria católica do Eire, incentivando, inclusive, a criação de grupos guerrilheiros protestantes como o Esquadrão da Morte.

Em 1994 foi assinado um tratado de paz entre a Irlanda do Norte e o Eire, mas, ambos os lados romperam vários o tratado. Em 1998 foi assinado um novo tratado, mas os atentados continuam.




Data de publicação: 14/02/2008
Categorias: História Imprimir | Recomendar | Link



2 comentários sobre "A Questão da Irlanda". Clique aqui para adicionar um comentário.
Clique aqui para ver os comentários.

Deixe um Comentário
Clique aqui para cancelar a resposta.
Você precisa estar logado para comentar este texto.


ConteúdoAdministração Artes Astronomia Atualidades Biografias Biologia Ciências Curiosidades Direito Doenças Drogas Economia Educação Espanhol Esportes Filosofia Física Francês Geografia História Informática Inglês Literatura Matemática Medicina Mitologia Política Português Profissões Psicologia Química Redação Religião Sexualidade Sociedade Sociologia





--------------------------------------------------------------------------------
Política de Privacidade | Feed RSS | Twitter | Facebook | XML Sitemap
Copyright 2006-2011 - Todos os direitos reservados.


COPYRIGHT CAROLINE FARIA

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Contador de visitas