Henrique II Plantageneta ou de Anjou, Rei da Inglaterra
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(1133 - 1189)
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Monarca britânico (1154-1189) nascido em Le Mans, França, primeiro monarca da dinastia angevina e em cujo governo limitou a autoridade da nobreza e da igreja e fortaleceu, conseqüentemente, o poder real. Filho de Godofredo de Anjou, dito o Plantageneta, e de Matilde da Inglaterra, recebeu os títulos de duque da Normandia e Aquitânia e conde de Anjou e de Poitiers, antes de ser coroado rei da Inglaterra (1154), por herança do pai Geoffrey V, Conde de Anjou e da mãe Matilda da Inglaterra. Com o casamento com a herdeira e duquesa Leonor de Aquitânia, divorciada do rei Luis VII da França, também assumiu o controle do ocidente francês até os Pireneus, senhor de um território que incluía a Normandia, Anjou, Poitiers, Aquitânia e Gasconha, tornando-o tão poderoso ou mais que o próprio rei de França. Sucedeu ao primo em segundo grau Estevão I da Inglaterra no fim da Anarquia. Depois da morte de Eustáquio de Blois (1153), herdeiro de Estevão de Inglaterra, invadiu a Inglaterra e obrigou o rei doente a nomeá-lo como sucessor, como solução para por fim a guerra civil. Isto agradou às populações e no ano seguinte tornou-se rei de Inglaterra com apoio generalizado do país. Dotado de grande poder de liderança e enérgico em seus atos criou uma poderosa burocracia, substituiu o direito romano pelo consuetudinário e enfrentou o poder feudal e obrigou a nobreza a se submeter aos tribunais ordinários. Promulgou as denominadas Constituições de Clarendon (1164), que limitaram a competência dos tribunais eclesiásticos, o que o levou ao confronto com seu antigo amigo, o arcebispo de Canterbury, Thomas a Becket, a quem acusou de desobediência, levando-o a refugiar-se na França. Obrigou o arcebispo de York a sagrar seu filho Henrique como co-regente da Inglaterra (1170), o que fez Becket decretar a excomunhão de todos os que haviam participado da coroação e, em retaliação, recebesse sua sentença de morte. No campo militar, empreendeu expedições vitoriosas contra Gales e Escócia e iniciou a conquista da Irlanda (1171). Internamente enfrentou sucessivas conspirações, a maioria delas encabeçadas pelos seus próprios filhos, especialmente Ricardo Coração de Leão, os quis sempre derrotou e, em seguida, perdoava-os. Por fim, uma coalizão, formada pelos filhos Ricardo, seu sucessor, e Filipe II Augusto, rei da França, contra a sua indicação de João Sem Terra como Duque da Aquitânia (1188), em substituição a Coração de Leão, em quem tinha perdido a confiança. O rei partiu em uma nova expedição punitiva contra Ricardo, mas morreu perto de Tours, na França. Seus restos mortais encontram-se sepultados na Abadia de Fontevraud, em Anjou, França. De seus filhos com Leonor da Aquitânia, vários alcançaram a idade adulta sendo os mais famosos Ricardo Coração de Leão, rei de Inglaterra (1157-1199), Leonor Plantageneta (1162-1214), que casou com Afonso VIII de Castela, Joana Plantageneta (1165-1199), que casou com Guilherme II, rei da Sicília e com Raimundo, Conde de Toulouse, e João Sem Terra, rei de Inglaterra (1166-1216). Dos filhos ilegítimos, sobressaíram-se Guilherme Longespee, Conde de Salisbury (1152-1226) e Geoffrey, Arcebispo de York (1159-1212).
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