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Notícia
A Retomada do Programa Espacial Brasileiro *
30/01/2004
Por Luiz Bevilacqua **
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A intensa luta pela supremacia militar que prevaleceu por quase todo o século passado implicou também num extraordinário desenvolvimento tecnológico que permeou a produção de bens sofisticados de uso civil.
Dentre eles, os produtos provenientes do domínio da tecnologia espacial talvez sejam os únicos comparáveis quando se consideram os blocos constituídos de um lado pela Europa Ocidental, Estados Unidos e Canadá e do outro pela Europa Oriental, China e Öndia. Este fato indica claramente que, em primeiro lugar há um considerável ganho para o desenvolvimento econômico e social a partir da observação da terra do espaço e em segundo lugar que a conquista e exploração do espaço exterior passa a entrar na pauta de ações de governo.
No hemisfério sul, o país que mais vem se destacando no domínio da tecnologia espacial é o Brasil. Cedo, verificou-se que para um país com as dimensões territoriais e riquezas naturais como o nosso impunha-se o domínio dos vários segmentos da tecnologia espacial. Além da segurança e integridade do território nacional, os produtos e aplicações da tecnologia espacial redundam em bens e serviços que são hoje indispensáveis à sustentação do país.
Talvez os casos mais óbvios dessa dependência sejam tanto o sistema de comunicações, incluindo a telefonia celular, como o sistema de controle e segurança de vôo para a aviação civil e militar. Mas não para por aí.
São indispensáveis: o monitoramento do desmatamento da Amazônia e de focos de incêndio em várias regiões do país, o acompanhamento do uso e cobertura da terra, a predição de safras agrícolas, o controle de poluição no oceano e em rios decorrente de atividades industriais e exploração de petróleo, o monitoramento e dimensionamento das bacias hidrográficas, a previsão do tempo e estudo do clima, a avaliação da evolução de epidemias, o monitoramento e planejamento da expansão urbana, entre tantas aplicações que hoje são indispensáveis para decisões de governo na área econômica e social.
O domínio da produção e do controle de distribuição desses bens e serviços essenciais para a sustentação e desenvolvimento do país é indispensável para assegurar a autonomia, a segurança e a soberania do país. Assegurar as condições que permitam o bom andamento do programa espacial brasileiro é uma questão estratégica de Estado.
O Governo do Presidente José Sarney, no fim da década de 80, deu um grande impulso ao programa espacial brasileiro, com investimentos da ordem de US$ 100 milhões por ano durante os quatro anos de governo, sem solução de continuidade. Graças a esse investimento, conseguimos completar várias metas com sucesso.
Na área de veículos espaciais, foram desenvolvidos foguetes suborbitais, no Instituto de ãronáutica e Espaço, do Centro Técnico ãroespacial do Ministério da Defesa, que vêem sendo lançados com eficiência e têm permitido a realização de vários testes e experimentos em ambiente de microgravidade.
Esse programa conta com centenas de lançamentos bem-sucedidos e atende à demanda de um projeto de cooperação científica e tecnológica com a Alemanha que utiliza foguetes brasileiros para embarcar experimentos de pesquisadores de seus Institutos de Pesquisa.
Na área de satélites e observação da terra, o Brasil dispõe hoje de dois satélites de coleta de dados projetados e integrados aqui, no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, do Ministério da Ciência e Tecnologia, que recolhem dados meteorológicos de cerca de 600 estações automatizadas espalhadas pela Amazônia e no Atlântico Norte e que permitem uma previsão mais acurada do tempo e estudo do clima feitos no CPTEC. Além disso, mantemos um programa de cooperação com a China que permitiu projetar e construir conjuntamente dois satélites de observação da Terra. ? ainda importante assinalar o programa PRODES, com sede no INPE, que utiliza imagens de satélites para acompanhar o desmatamento da Amazônia, essencial para a definição da política de desenvolvimento sustentável do país.
Faz-se mister que o nosso programa espacial avance com autonomia. O Brasil é hoje um dos quatro maiores produtores agrícolas e detêm um dos maiores rebanhos do mundo, está praticamente autônomo em produção de energia, foi abençoado com cerca de 15% das reservas de água do planeta, possui uma das maiores e talvez a mais cobiçada biodiversidade da terra, atividades e riquezas essas, todas fortemente dependentes da tecnologia espacial. Se quisermos ser competitivos e autônomos, a exemplo de países semelhantes ao Brasil em extensão territorial, contexto econômico-social e grau de capacitação tecnológica como China e Öndia, é necessário voltar ao patamar anual de cerca de US$ 100 milhões. Isto representa cerca de 25% do que é gasto pela Öndia, 10% do que gasta a Alemanha, 5% do que gasta o Japão e provavelmente 0.5% do que gasta os Estados Unidos.
Deve-se considerar também o crescimento industrial que será proporcionado pelo programa espacial com o aumento das encomendas feitas às indústrias nacionais. O crescimento deste setor significa ainda a absorção de mão-de-obra muito qualificada e o desdobramento da produção em outros bens com alta tecnologia agregada.
Convém ainda lembrar que o Brasil tem procurado cooperar com outros países como Alemanha Estados Unidos, França, Rússia, Ucrânia. Estamos retomando a cooperação com a Argentina que parece muito promissora e a qual temos o maior empenho em concretizar. A propósito, vale a pena registrar dois fatos marcantes que se concretizaram recentemente. Um é o coroamento da primeira fase de um programa de cooperação em tecnologia espacial com a República Popular da China, muito bem-sucedido, qual seja o lançamento da base chinesa de Taiyuan do segundo satélite da série CBERS, resultado do esforço tecnológico de ambos os países como referido acima. Outro foi a assinatura do acordo de cooperação Brasil-Ucrânia para a formação de uma empresa binacional que explorará o lançamento da base de Alcântara do veículo ucraniano Ciclone-4 e ainda o início de mais uma cooperação científica e tecnológica muito promissora para ambos os países.
Como todas as questões estratégicas, também essa trata de bens indispensáveis à sustentação de serviços essenciais para a sociedade e, portanto, gastos sempre existirão. O problema não se reduz a cortar gastos, mas de onde e como gastar. Por exemplo, ou pagam-se US$ 20 milhões pelo lançamento de um dos nossos satélites de coleta de dados a uma empresa estrangeira ou com este mesmo montante constroem-se dois veículos lançadores brasileiros.
Concluindo, ou desiste-se do controle e paga-se aos fornecedores para adquirir bens e serviços sensíveis como aqueles associados à tecnologia espacial, perdendo-se estatura internacional, ou investe-se nos institutos de pesquisa e na indústria brasileira para se garantir autonomia e soberania para o Brasil. Não há dúvida, só resta essa última opção.
*Este artigo foi publicado no site da ãB (Agência Espacial Brasileira) no dia 03 de dezembro de 2003
**Luiz Bevilacqua é Presidente da Agência Espacial Brasileira, Autarquia vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia
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Tags: ãB, Marte, programa espacial
Perfil: PDI
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