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VEJA Responde
Fuvest 2009 - 1ª fase - Conhecimentos Gerais
Questão 09 - História
As bombas atômicas, lançadas contra Hiroshima e Nagasaki em 1945, resultaram na morte de aproximadamente 300.000 pessoas, vítimas imediatas das explosões ou de doenças causadas pela exposição à radiação. Esses eventos marcaram o início de uma nova etapa histórica na corrida armamentista entre as nações, caracterizada pelo desenvolvimento de programas nucleares com finalidades bélicas. Considerando essa etapa e os efeitos das bombas atômicas, analise as afirmações abaixo.
I. As bombas atômicas que atingiram Hiroshima e Nagasaki foram lançadas pelos Estados Unidos, único país que possuía esse tipo de armamento ao fim da Segunda Guerra Mundial.
II. As radiações liberadas numa explosão atômica podem produzir mutações no material genético humano, que causam doenças como o câncer ou são transmitidas para a geração seguinte, caso tenham ocorrido nas células germinativas.
III. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, várias nações desenvolveram armas atômicas e, atualmente, entre as que possuem esse tipo de armamento, têmse China, Estados Unidos, França, Índia, Israel, Paquistão, Reino Unido e Rússia.
Está correto o que se afirma em
a) I, somente.
b) II, somente.
c) I e II, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III. (resposta correta)
Resposta em VEJA
O trecho da reportagem com a resposta está destacado em amarelo.
O japonês que amava a bomba
O ministro da Defesa do Japão renuncia depois de dizer que
os ataques atômicos a Hiroshima e Nagasaki foram inevitáveis
Duda Teixeira
(publicada em 11/07/2007)
(...)
Em palestra numa universidade, Kyuma disse que, se o ataque atômico não tivesse ocorrido, a guerra teria se prolongado e permitido à União Soviética ocupar metade do arquipélago japonês. Não importa que tal visão seja compartilhada por muitos historiadores. O ministro foi massacrado pela oposição, por acadêmicos, jornalistas e forçado a renunciar. Fiel à tradição nipônica, ele terminou por curvar-se num pedido público de desculpas. Talvez a única convicção compartilhada pela direita e pela esquerda japonesa seja a de que o Japão está marcado para sempre pelo horror do ataque atômico. Após a derrota da Alemanha, os Estados Unidos tiveram de decidir entre duas estratégias para a guerra no Pacífico. A primeira seria um conflito convencional. Pelas estimativas do Pentágono, levaria à morte de 1 milhão de pessoas, sendo 200.000 soldados americanos, e prolongaria a guerra por um ano. O presidente Harry Truman optou pelo uso da arma atômica, recém-desenvolvida. A escolha de cidades com grandes populações civis foi proposital, para ampliar o efeito psicológico do ataque. O Japão rendeu-se seis dias depois da bomba de Nagasaki.
(...)
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Pesadelo que não tem fim
Vinte anos depois do acidente de Chernobyl, a radioatividade ainda
faz vítimas entre a população e na natureza do Leste Europeu
Okky de Souza
(publicada em 03/05/2006)
(...)
A energia nuclear é responsável por 16% da eletricidade consumida no mundo - e também por alguns dos piores pesadelos da humanidade. A concretização de um deles, o acidente na usina de Chernobyl, na Ucrânia, completou vinte anos na semana passada. A data foi lembrada em cerimônias na capital, Kiev, e em várias cidades do país. Procissões saíram às ruas para homenagear os milhares de pessoas mortas de doenças relacionadas à radiação nuclear desde que um reator da usina explodiu, liberando 100 vezes mais radioatividade do que a bomba lançada pelos americanos em Hiroshima na II Guerra.
(...)
A ação da radioatividade em seres humanos só pôde ser plenamente avaliada a partir das bombas lançadas pelos americanos nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945. As explosões mataram instantaneamente 120.000 pessoas. Nos anos seguintes, a ação residual da radiação causou mortes por cânceres e por doenças cardiovasculares e respiratórias.
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Encontro marcado
O mundo dá sinais de que a paciência com o Irã está chegando ao fim.
Afinal, o que os aiatolás querem com o seu programa nuclear?
Duda Teixeira
(publicada em 03/10/2007)
(...)
O Irã argumenta que seu programa nuclear tem fins exclusivamente energéticos. O país também é um dos signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, o que, a princípio, confirmaria suas intenções pacíficas. O interesse premente do quarto maior produtor de petróleo do mundo no enriquecimento de urânio, no entanto, é algo mais difícil de ser compreendido. Também se sabe que os países candidatos a se tornar potências nucleares não anunciaram suas ambições bélicas antecipadamente. Desde que, em 1968, as cinco potências nucleares da época, Estados Unidos, União Soviética (Rússia), China, Inglaterra e França, assinaram com dezenas de países o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, outras quatro nações passaram a deter armas atômicas. Nenhuma pediu licença para fazer isso. Uma delas é exatamente Israel, que até hoje não admite, mas tampouco desmente, que tenha bombas nucleares. Índia e Paquistão, dois inimigos históricos, também surpreenderam o mundo com seus primeiros testes atômicos. O último foi a Coréia do Norte, que há um ano explodiu uma bomba de pequenas dimensões.
(...)
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Mais um maluco com a bomba
O ditador norte-coreano Kim Jong-Il fez seu primeiro teste nuclear e pode
desencadear uma corrida armamentista se a ONU não o punir como exemplo
Denise Dweck
(publicada em 18/10/2006)
(...)
O teste subterrâneo realizado a 110 quilômetros da fronteira com a China foi registrado pelos sismógrafos como muito fraco, colocando em dúvida a qualidade da bomba nuclear norte-coreana ou até mesmo sua existência. De qualquer forma, o artefato deve ser grande e pesado. Serão necessários alguns anos de trabalho para que seja reduzido de forma a caber num míssil de longo alcance. No momento, o maior perigo é o mau exemplo. A experiência norte-coreana e a reação internacional ao desafio estão sendo acompanhadas atentamente pelos aiatolás do Irã, outro regime fora-da-lei ansioso por se armar com ogivas nucleares. Entre todos os países que realizaram testes nucleares, apenas a África do Sul desistiu da bomba atômica. Em vão, Estados Unidos, China, Rússia, Inglaterra e França - os sócios originais do clube atômico e, não por coincidência, também os membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - tentam impedir a proliferação do armamento nuclear. Com a Coréia do Norte, sobe para nove o número de países com esse tipo de arsenal. Israel e Índia armaram-se nos anos 70, seguidos pelo Paquistão, que testou sua bomba em 1998. Foi o Paquistão, por sinal, que vendeu tecnologia nuclear à Coréia do Norte e ao Irã.
(...)
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