Central Nuclear Almirante Álvaro AlbertoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Programa Nuclear Brasileiro
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Vista do Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto. À frente, na primeira cúpula, vê-se a usina de Angra 2. Ao fundo, o silo de Angra 1.
Usinas
Angra 1 · Angra 2 · Angra 3
Localização
Angra dos Reis · Praia de Itaorna
Histórico
Almirante Álvaro Alberto · Programa nuclear brasileiro
Acordos
Acordo Brasil-Alemanha · Acordo Brasil-França
Administração
Comissão Nacional de Energia Nuclear · Eletrobrás Termonuclear S.A. · Eletrobrás · Indústrias Nucleares do Brasil
Correlatos
Brasil e as armas de destruição em massa · Fábrica de Combustível Nuclear de Resende · Submarino nuclear brasileiro · Centro Experimental Aramar · Usina nuclear · Lixo atômico · Reator nuclear · Lista de usinas nucleares
Coordenadas: 23° 0' 26" S, 44° 27' 32" O
A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é formada pelo conjunto das usinas nucleares Angra 1, Angra 2 e Angra 3 (em construção), de propriedade da Eletronuclear, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras - Eletrobrás. São o resultado de um longo Programa nuclear brasileiro que remonta à década de 1950 com a criação do CNPq liderado na época principalmente pela figura do Almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, que lhe empresta o nome.
Índice [esconder]
1 Localização
2 Instalações
3 História
4 Energia nuclear no mundo
5 Operação
6 Região circunvizinha
7 Referências
8 Ligações externas
[editar] LocalizaçãoA Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) está localizada às margens da rodovia Rio-Santos, na praia de Itaorna, aproximadamente a meio caminho entre os centros dos municípios de Angra dos Reis e Paraty, no Estado do Rio de Janeiro. As razões determinantes dessa localização foram a proximidade dos 3 principais centros de carga do Sistema Elétrico Brasileiro (São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro), a necessária proximidade do mar, e a facilidade de acesso para os componentes pesados.
A interligação elétrica da usina ao sistema elétrico é feita por linhas de transmissão em 500kV para as subestações de Tijuco Preto (SP) e Adrianópolis (RJ). Uma interligação em 138 kV existe para alimentar os sistemas da usina nos períodos de parada.
[editar] Instalações
Angra 1Além das usinas Angra 1 e 2, e das obras da Usina Angra 3, a área da Central abriga ainda 2 subestações elétricas (138 e 500 kV) operadas por Furnas Centrais Elétricas S.A., os depósitos de armazenamento de rejeitos de baixa e média atividade, e diversas instalações auxiliares (prédios de engenharia, almoxarifados, etc).
A potência total das usinas é de 2007 MW, dos quais 657MW em Angra 1 e 1350MW em Angra 2. Adicionalmente está em construção a usina nuclear Angra 3, com capacidade idêntica a Angra 2 e entrada em operação prevista para 2014.
Nas cercanias da Central existem ainda as vilas residenciais de Praia Brava e Mambucaba, que abrigam os operadores das usinas além de laboratórios de monitoração ambiental, centros de treinamento e hospitais.
[editar] HistóriaEm 1982, após longo período de construção, teve início a operação comercial da Usina Angra 1, com 657 MW. O início da vida da usina foi marcado por diversos problemas, que levavam a constantes interrupções na operação. Houve mesmo longo litígio entre Furnas Centrais Elétricas, então operadora da usina e a Westinghouse, sua fornecedora. A partir de 1995, com a solução dos problemas técnicos e com o aprendizado das equipes de operação e manutenção, o desempenho da usina, medido pelo seu fator de capacidade, melhorou substancialmente.
Em 2000 entrou em operação a Usina Angra 2 com 1350 MWe. Esta usina foi construída com tecnologia alemã Siemens/KWU, ainda no âmbito do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Em seu primeiro ano de operação, Angra 2 atingiu um fator de capacidade de quase 90% (2001).
Em 2010 foram produzidos na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto 14.415 gigawatts-hora (GWh), correspondendo a 3% do consumo de energia elétrica do Sistema Interligado Nacional.[1]
De 1985, quando entrou em operação comercial a usina Angra 1, até 2005 a produção acumulada de energia das usinas nucleares Angra 1 e Angra 2 somam 100.000 GWh. Isso equivale à produção anual da usina hidrelétrica Itaipu Binacional ou ainda à iluminação do estádio do Maracanã por 150 mil anos.
Essa quantidade de energia seria suficientes para iluminar o Cristo Redentor por 1,8 milhão de anos; a Passarela do Samba (Sambódromo) por 28,9 mil anos, com os monumentos acesos 12 horas/dia nos 365 dias do ano. A produção acumulada de energia das usinas nucleares brasileiras seria suficiente, ainda, para abastecer por mais de 60 anos toda a iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro ou o consumo do estado do Rio durante três anos. Nos próximos seis ou sete anos, as duas usinas poderão repetir este número, gerando uma média de 15.000 gigawatts.hora/ano.
A Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto é operada pela Eletronuclear e gera 2000 empregos diretos e cerca de 10.000 indiretos no Estado do Rio de Janeiro.
[editar] Energia nuclear no mundoExistem hoje 441 reatores nucleares em operação em 31 países gerando eletricidade para aproximadamente um bilhão de pessoas e responsáveis por aproximadamente 17% da energia elétrica mundial. Em muitos países industrializados a eletricidade gerada por reatores nucleares representa a metade ou mais de todo o consumo. Cerca de 32 usinas estão atualmente em construção. A energia nuclear tem um histórico de confiabilidade, ambientalmente segura, barata e sem emitir gases nocivos na atmosfera.
[editar] OperaçãoAs usinas operam normalmente a plena capacidade, ou seja, em 100% do tempo, sendo desligadas uma vez por ano para recarga do reator. As paradas para recarga duram cerca de 30 dias e, além da recarga, são feitos diversos testes nos sistemas normais e de segurança, além de manutenções programadas.
O despacho das usinas é comandado pelo ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico.
[editar] Região circunvizinhaA região de Itaorna, antes um local remoto e ermo, viu gradativamente crescerem comunidades e bairros ao ser redor. Assim, além das vilas residenciais de Praia Brava e Mambucaba, habitadas pelos operadores das usinas, existem hoje nas proximidades da vila de Mambucaba as comunidades do Perequê, e, um pouco mais distante, do Frade.
Referências↑ Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS. Histórico da Operação
[editar] Ligações externasPágina oficial integrada à página da Eletrobrás Termonuclear S.A.
Obtida de "http://pt.wikipedia.org/wiki/Central_Nuclear_Almirante_%C3%81lvaro_Alberto"
Categorias: Usinas nucleares do Brasil | Economia de Angra dos Reis | Ciência e tecnologia do Rio de Janeiro
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