terça-feira, 22 de março de 2011

10125 - DE PINEDO

Walter RaleighOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Sir Walter Raleigh (Hayes Barton, Devonshire, 1552 ou 1554 — Londres, 29 de outubro de 1618) foi um explorador, espião, escritor e poeta britânico.

Entre 1584 e 1585 fundou, na ilha de Roanoke, o primeiro núcleo de colonização inglesa na América do Norte. Esse núcleo de povoamento, entretanto, desapareceu, possivelmente destruído pelos indígenas.

Posteriormente Raleigh foi aprisionado por Jaime I de Inglaterra, vindo a ser decapitado.

Índice [esconder]
1 Primeiros Anos
2 Irlanda
3 O Novo Mundo
4 Ultimos Anos
5 Morte

[editar] Primeiros AnosRaleigh nasceu no ano de 1552 ou 1554, sendo o mês exacto desconhecido, na casa de Hayes Barton, na aldeia de East Budleigh, não longe de Budleigh Salterton em Devon, Inglaterra. Walter era meio-irmão de Sir Humphrey Gilbert, e tinha um irmão chamado Carew Raleigh.

A orientação religiosa da família de Raleigh era fortemente Protestante e foi perseguida inúmeras vezes durante o reinado da rainha católica Maria I de Inglaterra. Na mais famosa fuga, o pai de Raleigh teve que se esconder numa torre para evitar ser morto. Assim, durante a sua infância, Raleigh desenvolveu um ódio pelo Catolicismo, mostrando-se rápido a expressar as suas convicções após a também Protestante Rainha Elizabeth I assumir o trono em 1558.

Em 1568 ou 1572, ele foi registrado como um sub graduado na Faculdade Oriel, em Oxford, mas parece não ter tomado residência nesta, e em 1575 ele foi registrado na faculdade de direito chamada de Middle Temple. A sua vida entre estas duas datas é uma incerteza, mas numa referência do seu livro History of the World faz referência que ele serviu com os Huguenots franceses na batalha de Jarnac em 13 Março de 1569. No seu julgamento em 1603 ele declarou nunca ter estudado direito.

[editar] IrlandaEntre 1579 e 1583 Raleigh fez parte da força de supressão das chamadas “Rebeliões de Desmond”. Walter esteve presente no cerco de Smerwick, onde supervisionou o massacre de cerca de 700 soldados italianos após os mesmos se terem rendido incondicionalmente. Aquando a expropriação e distribuição de terras no seguimento por aqueles que extinguiram a rebelião, Raleigh recebeu 160 km de terra, incluindo as cidades baleares da costa de Youghal e Lismore. Isto fez dele um dos principais proprietários de Munster (uma zona histórica do sudoeste da Irlanda), mas ele teve um sucesso limitado em seduzir inquilinos ingleses para se estabelecerem nas suas propriedades.

Durante os dezessete anos que passou como senhorio irlandês, Walter fez da cidade de Youghal o seu lar ocasional, onde ele foi “mayor” entre 1588 e 1589. Foi-lhe creditado a ele o feito de ter plantado as primeiras batatas na Irlanda, mas é mais provável é que a planta tenha chegado á Irlanda através de trocas comerciais com os Espanhóis. A sua mansão, Myrtle Grove, é o palco para a história de que o seu criado lhe teria atirado um balde de água após ter visto nuvens de fumo vindo do seu cachimbo na crença de que Raleigh tinha-se incendiado. Mas este conto também é conotado com outros locais relacionados com Raleigh: a estalagem Virginia Ash em Henstridge perto de Sherborne, o castelo de Sherborne, e a mansão South Wraxall em Wiltshire, casa do grande amigo de Walter, Sir Walter Long.

Entre os conhecidos de Raleigh em Munster estava outro inglês que também tinha recebido terras lá, o poeta Edmund Spenser. Na década de 1590, ele e Raleigh viajaram juntos da Irlanda para a corte em Londres onde Spenser apresentou parte do seu poema alegórico “Faerie Queene”, a Elizabeth I.

A direcção das propriedades de Raleigh passava por dificuldades o que contribuiu para o declínio da sua fortuna. Em 1602, ele vendeu as terras a Richard Boyle, o primeiro conde de Cork. Boyle consequentemente prosperou na soberania dos reis Jaime I e Carlos I, tanto que após a morte de Raleigh, a sua família pediu a Boyle uma compensação com base que Raleigh tinha vendido as terras por uma bagatela sem ter previsto o futuro da sua família.

[editar] O Novo MundoOs planos de colonização de Raleigh na chamada “Colónia e Domínio de Virgínia" (que incluía os estados actuais da Carolina do Norte e da Virgínia) na América do Norte acabaram em falhanço na ilha de Roanoke, mas pavimentaram o caminho para as subsequentes colónias. As suas viagens foram financiadas primariamente por si e por amigos, nunca providenciando um fluxo estável de receitas necessárias para começar e manter uma colónia na América. (As futuras tentativas de colonização no inicio do sec. 17 foram feitas sob o capital de uma empresa, a Virgínia Company que foi capaz de organizar os capitais necessários para criar colónias de sucesso.)

Em 1587, Raleigh tentou uma segunda expedição, novamente estabelecendo um acampamento na ilha Roanoke. Desta vez foi mandado um grupo mais diversificado de colonos, incluindo algumas famílias completas, sob a governação de John White. Após pouco tempo na América, White foi chamado a Inglaterra de modo a encontrar mais viveres para a colónia. Ele foi incapaz de voltar no ano seguinte como planeado, porque a rainha tinha ordenado que todos os navios não deviam sair dos portos de modo a serem usados contra a Armada Espanhola caso fosse necessário.

Foi só em 1591 que o navio de viveres chegou á colónia com 4 anos de atraso, apenas para descobrir que todos os colonos tinham desaparecido. A única pista para o seu destino foi a palavra "CROATOAN" e as letras "CRO" gravadas em vários troncos de árvores, sugerindo a possibilidade que eles teriam sido massacrados, absorvidos ou levados pela tribo dos Croatoan ou talvez outra tribo nativa. Outra especulação é que tenham sido levados e perdidos no mar pelo tempo tempestuoso de 1588 (ao qual foi creditada a ajuda na vitoria sobre a Armada). Contudo, é digno de registo que um furacão impediu que John White e a tripulação do navio de viveres pudesse visitar os Croatoan de modo a investigar os desaparecimentos, e durante alguns anos não houve mais tentativas de contacto com esta tribo. Seja qual tenha sido o destino dos colonos, o acampamento é agora lembrado como "A colônia perdida da ilha de Roanoke" Raleight esteve na costa do Brasil quando comandava uma companhia de comércio de escravos e especiairas além dos produtos coletados da floresta amazônica. Em seus relatos, menciona a existência de animais mitológicos nas terras amazônicas acreditando ter encontrado o Eldorado tão buscado pelos europeus, quando encontra o delta do rio amazonas e navega por ele.Consta ainda, que Raleight seduz o Duque de Bukingham a fazer a viagem pelo local para ver o Eldorado. A frota do Duque naufragou na foz do rio, exatamten nas costas do Amapá, e ele foi salvo e auxiliado pelos Palinkur, tribo que comercializava na região com franceses e portugueses, sendo uma etnia de poliglotas, pois falavam as duas línguas além de outras. Um livro recém publicado Por Ationka Capiberibe,fez uma profunda pesquisa sobre essa etnia que hoje se divide em quatro grupos, sendo um deles falante de um tipo de francês da época, o patois.

[editar] Ultimos AnosEm Dezembro de 1581 Raleigh voltou da Irlanda para Inglaterra com documentos de que o seu regimento tinha sido desmantelado. Ele começou a frequentar a Corte e tornou-se um dos favoritos da Rainha. As várias histórias coloridas contadas sobre ele durante este período dificilmente são literalmente verdadeiras.

Em 1592, a Rainha deu a Walter muitas recompensas, incluindo a mansão “Durham House” na rua Strand e a propriedade de Sherborne, em Dorset. Ele foi designado Capitão da Guarda, e como Lorde Warden das Stannaries de Devon e Cornualha. Raleigh foi nomeado cavaleiro em 1585. No entanto não lhe foi dado nenhum dos grandes ofícios da nação. No ano da Armada de 1588 ele foi empregado Vice-almirante de Devon, com as responsabilidades de liderar as defesas da costa. Em 1591, Walter casou em segredo com "Bess” Throckmorton, onze anos mais nova que ele, uma das aias da Rainha e á espera de um filho de Raleigh. Ela deu á luz um filho, que se acredita ter sido chamado "Damerei" que foi entregue a uma ama na mansão Durham House, mas a criança não terá sobrevivido e Bess voltou aos seus deveres como aia. Quando no ano seguinte o matrimónio sem autorização foi descoberto, a Rainha ordenou a prisão de Raleigh e que Bess fosse expulsa da Corte. Ele foi libertado para dividir os despojos da captura de um galeão [Português) o “Madre de Deus”

Passaram-se vários anos até Walter voltar à boa graça da Rainha. O casal permaneceu sempre fiel um ao outro e durante a ausência de Raleigh, Bess provou ser muito capaz de orientar a fortuna e reputação da família. Eles tiveram mais dois filhos, Walter e Carew. Raleigh retirou-se para a sua propriedade em Sherborne onde construiu uma nova casa que foi completada em 1594, conhecida como Sherborne Lodge mas que agora é conhecida como o novo Castelo de Sherborne. Ele fez amizades com os senhores locais como Sir Ralph Horsey de Clifton Maybank e Charles Thynne de Longleat. Durante este período, num jantar em casa de Horsey houve uma quente discussão sobre religião que mais tarde viriam a originar acusações de ateísmo contra Raleigh. Ele foi eleito para o parlamento, pronunciando-se de assuntos religiosos e navais.

Em 1594 ele soube de um mito espanhol que dava conta de uma grande cidade dourada que ficava na nascente do rio Caroni, e um ano mais tarde ele explorou o que agora é a zona este da Venezuela na busca de “Manoa” a lendária cidade em questão. Quando voltou a Inglaterra Walter publicou o livro "The Discovery of Guiana" um conto da sua viagem em que exagerou largamente no que havia descoberto. O livro pode ser visto como uma contribuição para a lenda do El Dorado. Apesar da Venezuela ter depósitos de ouro, não há provas que Raleigh tenha encontrado alguma mina. Há ainda quem diga que ele descobriu as cataratas de Angel mas estas afirmações são consideradas muito longe da verdade.

Raleigh fez parte da captura de Cádiz em 1596, onde foi ferido. Ele também participou em uma viagem aos Açores em 1597. De 1600 a 1603, Raleigh foi o Governador da Channel Island em Jersey, e foi-lhe reconhecido mérito por modernizar as defesas da ilha. Ele chamou á nova fortaleza que defendia das aproximações da cidade de Saint Helier “Fort Isabella Bellissima”, ou Castelo Isabel. Apesar de ter sido favorecido pela realeza no reinado de Elisabeth I este não durou muito tempo. Elisabeth morreu em 1603, e Raleigh foi preso na Torre de Londres em 19 de Julho. Mais tarde nesse ano Raleigh foi julgado por traição devido ao seu suposto envolvimento num complot contra o Rei Jaime I. Raleigh conduziu a sua defesa com grande perícia o que pode explicar o porquê do Rei ter-lhe poupado a vida apesar do veredicto ter sido de culpado. Ele foi deixado na Torre de Londres até 1616. Enquanto na prisão ele escreveu muitos tratados e o seu primeiro volume de “The Historie of the World” acerca da história antiga da Grécia e Roma. O seu filho Carew foi concebido e nasceu enquanto Raleigh estava legalmente “morto” e preso na Torre (1604). Em 1616, Sir Walter foi libertado da Torre para conduzir uma segunda expedição á Venezuela em busca do El Dorado. No curso desta expedição os homens de Raleigh, sob o comando de Lawrence Keymis, saquearam o posto avançado de San Thome perto do rio Orinoco. Durante o assalto inicial ao posto o seu filho mais velho foi baleado e acabou por morrer. Quando Raleigh regressou á Inglaterra o embaixador Espanhol Diego Sarmiento de Acuña, exigiu que o Rei voltasse a condenar Walter á morte. O seu pedido foi aceito.

[editar] MorteRaleigh foi decapitado em Whitehall, em 29 de Outubro de 1618. "Despachemo-nos" ele disse ao carrasco. "A esta hora a minha febre domina-me. Não quero que os meus inimigos pensem que tremo de medo.” Quando o deixaram ver o machado que o ia decapitar, ele gracejou: "Este é um afiado remédio e também um médico para todas as doenças e misérias". Segundo muitos biógrafos, as ultimas palavras de Sir Walter enquanto se preparava para a queda do machado foram: "Ataca um homem ímpar, ataca!" O cadáver foi enterrado na igreja local em Beddington, Surrey, local de nascença de Bess. "Os Lordes," escreveu ela, "deram-me o seu corpo morto, apesar de me terem negado o meu marido em vida. Deus me conserve o meu bom humor". Após a execução a sua cabeça foi embalsamada e presenteada à sua mulher. Ela carregou-a consigo numa bolsa de veludo até decidir que não gostava do cheiro. Ela morreu vinte e nove anos depois e a cabeça foi devolvida ao túmulo de Raleigh em St. Margaret. O corpo de Raleigh foi finalmente posto em repouso no seu túmulo onde ainda pode ser visitado nos dias de hoje. Apesar da sua popularidade ter descido desde os tempos de Isabel I, a sua execução foi vista por muitos como desnecessária e injusta. Um dos juízes no seu julgamento disse mais tarde: "a justiça em Inglaterra nunca foi tão degradada e ferida como com a condenação de Sir Walter Raleigh."

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