sexta-feira, 19 de novembro de 2010

6172 - MOEDA DA ARGENTINA

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Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos na Argentina
Troca de informações sobre a Argentina, o país dos 5 continentes. Neve, montanhas, desertos, pântanos e cidades maravilhosas.

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Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos na Argentina
por leocaetano » 30 Ago 2008, 16:08



GUIA RÁPIDO DE CONSULTA SOBRE MOEDA NA ARGENTINA

Quando se prepara uma viagem à Argentina, algum momento de seu planejamento você vai se confrontar com uma dúvida muito comum a todos os mochileiros: que moeda levar?

Bom, as opções são muitas atualmente. Pode-se levar dinheiro vivo como Dólar, Real, Peso ou Euro. Qualquer uma destas moedas é bem aceita na Argentina, mas a preferência (e vantajoso) sempre será pelo peso, moeda local. O melhor, para quem sai do Brasil, é levar dinheiro em Real ou em Peso, se conseguir localizar uma casa de câmbio que trabalhe com a moeda por aqui. Por que o Real? Porque se faz apenas um câmbio, de Real para Peso. Por exemplo:

Tenho R$ 100. Se eu trocar meus reais para dólares e, se, R$ 1 = US$ 0,61, logo R$ 100 valeriam US$ 61, não? Errado. A casa de câmbio não trocará seu dinheiro com a cotação oficial. Digamos que faça a troca com R$ 1 valendo US$ 0,55. Seus R$ 100 vão valer US$ 55. Notou que já se foram US$ 6 para a casa de câmbio?

Continuando o cálculo. Chegando à Argentina, você vê que a cotação oficial está US$ 1 = ARG$ 3,02. Ou seja, seus US$ 55 estão valendo ARG$ 166,10. Errado! Eles estão comprando cada dólar a ARG$ 2,90, ou seja, seus US$ 55 valem na verdade ARG$ 159,50. Já se foram mais ARG$ 6,60 para a casa de câmbio...

Finalizando as contas. Se R$ 1 = ARG$ 1,85, no câmbio oficial e eles trocando a ARG$ 1,75, teus R$ 100 teriam sido trocados por ARG$ 175. Você teria evitado perder cerca de ARG$ 15,50. Que não é muita coisa, mas já é um almoço...

Isso é um cálculo para mostrar que se perde toda vez que se faz uma troca de moeda por outra e quanto mais vezes forem realizadas essas trocas, mais irá se perder. No cálculo acima, evitou-se perder cerca de ARG$ 15,50 em cada R$ 100. Em uma viagem gastando-se R$ 1.500, seria uma economia de pelo menos ARG$ 232,50.

Então fiquem atentos! É muito melhor levar Real ou Peso do Brasil. E na dúvida entre essas duas moedas, fique atento ao valor que estão praticando essa troca, normalmente no Brasil o Peso vale menos que na Argentina.EDITOR » Argentina :: Bahia :: Chile :: Patagônia e Terra do Fogo

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por leocaetano » 30 Ago 2008, 16:09



GUIA RÁPIDO DE CONSULTA SOBRE UTILIZAÇÃO DE CARTÕES NA ARGENTINA

Para aqueles que pensam em sacar dinheiro em caixas eletrônicos ou utilizar o cartão de crédito, devem ficar atentos às taxas cobradas. Podemos classificar o uso em quatro tipos:


Cartão de Banco
Há alguns bancos presentes no Brasil que também estão presentes na Argentina. Cada banco tem sua própria política quanto a isso, alguns cobram o saque outros não. Deve-se verificar com o seu próprio banco os custos e existência de agências no país.

Cartões de Débito
Os cartões de débito internacionais possibilitam saque em caixas eletrônicos na Argentina. O valor é debitado diretamente em sua conta como se estivesse utilizando a função de débito em uma compra. Como os cartões de débito são ligados à bandeira do banco, cada um pode ter uma cobrança diferente. No caso da Mastercard, normalmente o valor é de R$ 9 por saque e com valor máximo de US$ 500 por dia e US$ 3.500 por semana. No caso da Visa, normalmente o valor é de R$ 8 por saque e com valor de US$ 250 a 500 por dia.

Cartões de Crédito
Os cartões de crédito internacionais possibilitam saque em caixas eletrônicos e fazer compras sem parcelamento na Argentina. O valor é debitado diretamente em seu cartão para pagamento na próxima fatura, de acordo com a data. Como os cartões de crédito são ligados à bandeira de uma instituição financeira, cada um tem uma cobrança diferente para o caso de saque. No caso de utilização para compras, o valor é creditado em sua próxima fatura com o valor gasto em pesos convertido para dólar e, posteriormente, real com o câmbio oficial do dia de fechamento da fatura. Ainda há a cobrança de IOF com uma taxa de 2% sobre o valor gasto no exterior.

Visa TravelMoney
O cartão funciona como um cartão de débito. Ele deve ser carregado em Euro ou Dólar que é convertido para a moeda local, no caso, pesos. A cotação da moeda é baseada no câmbio turismo oficial, que é mais desvantajoso que o câmbio comercial. A cobrança é em cima do valor depositado: se for em Euro, € 2,50; se for em dólar, US$ 2,50 – por cada saque.


Há ainda os defasados Travelers Cheques, da American Express. Para os interessados, deve-se procurar um banco no Brasil para comprar esses cheques de viagem que podem ser comprados em Real e convertidos em Dólar ou Euro. Ele é aceito na Argentina e deve ser trocado em bancos conveniados à American Express, onde a maioria cobra comissão para a troca por pesos. A partir de 2008, é cobrado, ainda, IOF de 0,38% na compra e venda dos cheques em território nacional.EDITOR » Argentina :: Bahia :: Chile :: Patagônia e Terra do Fogo

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por leocaetano » 30 Ago 2008, 16:10



CÂMBIO NA ARGENTINA
A melhor cotação de câmbio é no Banco de La Nación Argentina. Se for trocar dólar ou real por pesos, faça essa troca logo em sua chegada no aeroporto de Buenos Aires, pois há um guichê do banco logo após a entrega das malas. Para saber a cotação no banco, consulte o site: www.bna.com.ar.


GASTOS PESSOAIS NA ARGENTINA

Não sabe quanto vai gastar por dia? Fique tranqüilo, todos temos esse problema. Planejando gastar de R$ 90 a R$ 110 por dia, você consegue fazer passeios e comer razoavelmente bem na Argentina, ficando hospedado em albergues, fazendo duas refeições por dia – além do café da manhã normalmente incluído na hospedagem.


DEVOLUÇÃO DE IMPOSTO SOBRE VALOR AGREGADO (IVA) NA ARGENTINA

O governo argentino cobra de imposto 21% sobre os produtos vendidos em seu território onde podem ser devolvidos 16% para aqueles que vão levar seus produtos para o exterior. Para isso, é exigido um mínimo de ARG$ 70 por compra, em produtos fabricados no país. Não há prazo para se obter a devolução que é feita através de cheque ou creditado no cartão de crédito. Há postos de atendimento Tax Free Shopping em aeroportos e em centros urbanos.EDITOR » Argentina :: Bahia :: Chile :: Patagônia e Terra do Fogo

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Re: Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos na Argentina
por topine » 31 Ago 2008, 14:39



Complementando as dicas, esse é o melhor site de cotação para Buenos Aires.

www.dolarhoy.com

Entre no site, verifique qual lugar a taxa é melhor.

Abraçostopine

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Re: Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos na Argentina
por Fanaticc » 31 Ago 2008, 20:42



Olá.
Dá pra ficar em Buenos Aires com R$ 50,00 (+/- P$ 85,00) por dia incluindo hospedagem em albergue? E nas outras cidades, Bariloche por exemplo?
Talvez esteja viajando, mas tava pensando em um orçamento de R$ 3.000,00 (tudo incluido) por pessoa em mochilão de 1 mês percorrendo a Argentina de ônibus (RJ - BA - Cordoba - Mendoza - Bariloche - El Calafate - El chálten - Ushuaia).
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Re: Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos na Argentina
por Adriano Klein » 01 Set 2008, 13:39



Completando as dicas é bom saber de duas situações:
1. lugares simples e econômicos (restaurantes, hotéis etc) não costumam aceitar cartão de crédito, e alguns restaurantes cobram uma taxa extra se for pagar com cartão, se informa antes de pedir a conta.
2. ao trocar moedas, procure sempre um banco oficial, o horário é mais restrito e pedem pra fazer um cadastro e tiram cópia dos documentos ( bem simples e rápido), mas as cotações são bem melhores que em casas de cambio normais.
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Re: Câmbio em Buenos Aires - Nov/2008
por marcosplf » 13 Nov 2008, 11:13



em outubro estava:

R$ 1,00 - Ar$ 1,25 a AR$ 1,35

US$ 1,00 - AR$ 3,00 a AR$ 3,20

deve estar neste patamar ainda, pois variou pouco o cambio

Outra coisa se for trocar ja no aeroporto de ezeiza não troque na casa de cambio perto do carrossel de malas, deixe para trocar no banco de la nacion no hall do aeroporto.

Para vc ter ideia qdo cheguei (10.10.2008) eles estavam trocando 1 pra 1 o real e o banco estava na taxa de 1,00 para 1,27Ex-Editor e sempre pronto a ajudar em: Trekking, Chile e Patagônia Argentina, Chilena & Terra do Fogo
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Re: Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos na Argentina
por rsinedino » 13 Nov 2008, 11:43



Eu achei este tópico muito interessante. Sempre tive a teoria de que fazendo 2 conversões, você sai perdendo, embora a maioria diz o contrário no outro tópico - dizendo que é melhor levar dólar. Devo levar real e trocar no Banco de La Nacion. É a melhor maneira, né?

O que fiquei em dúvida foi em relação ao comentário de uma pessoa no outro tópico:

"Dólar x Real – Muitos ficam na duvida do que levar, minha experiência mostrou que o melhor cambio é sacar direto nos caixas eletrônicos da sua conta corrente no Brasil, ex: em Bariloche o cambio de Real pra peso era 1,65 enquanto sacava a 1,78. Mas não deixe de trocar uns dólares pra ficar na mão. Por segurança."

Como assim ? Se tiver um Banco do Brasil lá, eu posso sacar em pesos que será mais vantajoso ? Ou é saque via cartão de crédito ? Podem me explicar melhor ?rsinedino

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Re: Câmbio em Buenos Aires - Nov/2008
por Adriano Klein » 13 Nov 2008, 11:52



o melhor cambio é nos bancos oficiais.
é só fazer um cadastro e pode trocar à vontade.
casas de cambio e cambistas pagam em menos e lojas pagam mais (para compras)
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Re: Câmbio em Buenos Aires - Nov/2008
por marcosplf » 13 Nov 2008, 12:03



pois é o que fiz foi sacar direto na argentina pela rede cirrus pagando a cotação oficial do dia, é bem melhor e vc num precisa ficar carregando rios de dinheiro.Ex-Editor e sempre pronto a ajudar em: Trekking, Chile e Patagônia Argentina, Chilena & Terra do Fogo
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Re: Guia e Dicas sobre Moedas, Cartões e Gastos na Argentina
por leocaetano » 13 Nov 2008, 13:21



RSinedino,

De duas uma: ou ele sacou no caixa eletrônico do próprio banco dele ou ele utilizou saque no DÉBITO, ou seja no Maestro ou no Visa Electron. A diferença de sacar no seu próprio banco é que provavelmente não terá que pagar pelo saque, já no débito tem uma taxa de saque que é menor que R$10, depende da bandeira do cartão e do tipo de conta/banco da pessoa.

Em Bariloche e Madryn, saquei no Maestro com taxa de R$9. Em Buenos Aires e Mendoza, direto do itaú, sem taxas. Beleza?

Abraço,
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Re: Câmbio em Buenos Aires - Nov/2008
por RU_gente » 15 Nov 2008, 15:38



Um argentino me disse ontem a noite por MSN algumas coisas que me deixaram preocupado

A dona Presidenta colocou a policia federal vigiando as casas de Cambio para evitar que argentinos comprem dolar. Agora precisam apresentar holerith e a compra é limitada ao valor do salario. Isto porque o povo tá com medo de um novo Corralito e estão comprando dolar pra por no colchão. Brasileiro precisa mostra o comprovante de entrada para poder trocar real ou dolar por pesos. Sem comprovante só no paralelo e ai cai a 1 peso para 1 real. O dolar eles te passam um cartão de algum corretor em escritorio de cambio que paga os 3,30. desviando o dolar para vender no paralelo que passa do 3,50 para argentino. Se voce quiser pagam 3 peso por dolar mas o oficial é 3,30.

Com isto os arbolitos aqueles cambistas que ficam nas portas das casas de cambio e nas ruas oferecendo cambio voltaram a todo o vapor.

O Real se desvalorizou muito mas ainda é muito procurado.

Mas.......

Em julho 1 Real comprava 1,75 pesos
Em setembro 1 Real comprava 1,55 a 1,60 pesos
Agora em Novembro 1 Real está comprando 1,30 pesos nas casas de cambio (1,45 no oficial, mas....) e os arbolitos so querem dolar. Pagam 1 para 1 no Real. Nos arbolitos o dolar compra até 3,50 pesos. Mas é arriscadissimo comprar deles pois pode receber peso falso.

O negocio é ficar atento ao Dolar hoy e procurar casa de cambio com taxa boa pelo menos perto do 1,42 promedio oficial que estava hoje

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Re: Câmbio em Buenos Aires - Nov/2008
por RU_gente » 15 Nov 2008, 23:38



Esta noticia de hoje do New York Times talvez explique um pouco porque o cambio tá louco em Buenos aires.

Os argentinos estão doidos atras de dolares, então vamos ver se a gente consegue cambio melhor


http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/ ... u8952.jhtm


16/11/2008
Pânico fiscal deixa os argentinos com um temor familiar de afundar na crise

Alexei Barrionuevo
Buenos Aires (Argentina)

Ao longo das ruas de paralelepípedo do bairro de Palermo, a meca dos restaurantes mais chiques da cidade, as mesinhas do lado de fora continuam cheias quase todas as noites e o vinho tinto flui livremente. Sinais da crise financeira global não são sempre tão óbvios num país condicionado a viver o momento por causa dos traumas econômicos passados.

Mas mesmo aqui em Palermo, onde os turistas e argentinos abastados vêm jogar, Manoj Menghani, dono de dois restaurantes indianos, está silenciosamente se preparando para o pior.

A um mês do verão na América do Sul, Menghani está entre um número crescente de argentinos que estão estocando dólares em meio a temores de que as políticas econômicas de seu governo tenham os condenado a outra crise financeira.

Uma queda drástica no preço das commodities e a redução no crédito global estão afetando boa parte da América Latina. Mas a Argentina amplamente considerada entre os países da América do Sul mais vulneráveis à recessão ou outros choques por causa da forma como seu governo conduz a economia.

O país guardou bem menos do que os vizinhos Chile e Brasil durante o último aumento dos preços das commodities, e o governo peronista da presidente Cristina Fernandez de Kirchner perdeu a credibilidade nos mercados internacionais por causa de sua política populista, falta de disciplina financeira e dados questionáveis do governo sobre a economia.

Os argentinos estão retirando dinheiro do sistema bancário do país numa velocidade que alarmou alguns economias, alimentando os temores de expectativa de outra falha no débito internacional que poderia levar a expansão econômica dos últimos sete anos da Argentina a uma parada brusca.

Há seis meses, quando os fazendeiros do país estavam numa longa batalha com o governo por causa das taxas de exportação, Menghani começou a converter todo seu dinheiro de pesos argentinos para dólares. Hoje, ele guarda apenas o suficiente na moeda local para pagar os salários e cobrir suas outras despesas.

"Achamos que a crise real pode atingir a Argentina em dois ou três meses", diz Menghani, 47. "Os argentinos estão muito céticos em relação ao verão. Eles sempre parecem ter crises no verão."

Depois de um período de relativa prosperidade e confiança renovada, os argentinos estão vivendo outro momento de incerteza. O esforço mal sucedido de aumentar as taxas sobre os fazendeiros, e agora um movimento de Kirchner para nacionalizar cerca de 86 bilhões de pesos (quase US$ 26 bilhões) em fundos de previdência privada, aumentou os temores de que o governo esteja sem dinheiro. Kirchner disse que a tomada das pensões foi necessária para salvaguardar o dinheiro dos aposentados das turbulências na economia global.

Mas o movimento, que requer aprovação legislativa, alarmou os investidores internacionais, que o vêem como uma admissão de que o governo irá agarrar todo o dinheiro que precisa para evitar perder o apoio político antes das eleições regionais do ano que vem.

Agora os argentinos estão com aquele sentimento familiar de terem sido abandonados por seu governo de novo. Milhões foram pegos de surpresa em dezembro de 2001, quando o governo tentou limitar os saques das poupanças. A medida produziu um resultado inesperado, causando pânico conforme os argentinos correram para retirar tudo o que podiam. O país então ficou devendo bilhões de dólares de empréstimos, e o governo desvalorizou a moeda drasticamente. Um mal-estar econômico empurrou mais da metade do país para abaixo da linha de pobreza até o final de 2002, antes do início de uma forte recuperação.

Hoje, há curiosos, mas poucos compradores na loja de roupas de praia Innocenza no distrito de confecções. Seus pedidos de biquínis estão em queda em mais de 15%.

"Isso é muito frustrante, porque nós nos preparamos para a estação", diz Ariel Fritzler, diretor comercial da empresa. "As pessoas estão paralisadas por causa da incerteza; elas não sabem o que fazer. Há um sentimento claro de que 2001 pode acontecer de novo."

Sob vários aspectos, a Argentina ainda está vivendo as conseqüências de sua última crise econômica. O governo anterior de Nestor Kirchner, marido de Cristina Kirchner, complicou as coisas ao manter os preços baixos de forma artificial e, mais recentemente, "falsificou" os números da inflação para manter o apoio popular e evitar pagamentos de débitos mais altos, diz Rafael de la Fuente, economista-chefe do BNP Paribas para a América Latina.

"Apesar de podermos ver as rachaduras no edifício, tudo estava indo bem até a quebra do crédito", disse de la Fuente. Agora, "as pessoas estão perdendo a fé na capacidade do governo de se bancar", disse.

Pelo menos US$ 16 bilhões em capital privado saíram da Argentina nos primeiros nove meses deste ano, dizem os economistas. Durante a greve dos fazendeiros, de maio a agosto, US$ 8,4 bilhões foram retirados, mais do que durante o mesmo período em 2001, disse Dante Sica, diretor da abeceb.com, uma firma de consultoria econômica aqui.

Nos tempos difíceis, os argentinos buscam refúgio nos dólares americanos. Todos desde motoristas de táxi a funcionários de aeroportos ficam obcecados com possíveis falsificações nos pesos, segurando as notas contra a luz e checando os selos e marcas d'água.

"Ninguém aqui confia na nossa moeda", diz o garçon Nestor Coria. "Se você quer comprar um carro ou bicicleta, tenta fazer isso em dólares".

Sica acredita que as decisões do governo estavam afetando o humor no país mais do que os problemas da economia global. Quando Kirchner anunciou seu plano de assumir o sistema de aposentadorias no mês passado, as vendas de carros na Argentina caíram cerca de 30% em uma semana, disse ele.

Os sinais que o governo argentino está enviando são totalmente opostos aos do Brasil e do Chile, onde os líderes fizeram quase que anúncios diários para acalmar os mercados e interromper a recessão. Na semana passada, Michelle Bachelet, presidente do Chile, disse que o governo do país gastará US$ 1,15 bilhão em reservas para expandir o crédito para empresas e apoiar a venda de imóveis, além dos US$ 850 milhões de estímulo ao consumo anunciados em outubro.

O Brasil diz que está gastando bilhões de dólares para ajudar suas principais indústrias de exportação e está preparado para gastar até US$ 50 bilhões a mais para defender a moeda do país.

Na Argentina, o governo de Kirchner usou algumas reservas para tentar limitar a queda do peso e tentou evitar a saída de dinheiro. Então na terça-feira, a presidente anunciou esforços para apoiar a produção de combustíveis.

Mas Kirchner pode ter opções limitadas. Os subsídios do governo para a gasolina e eletricidade inflaram para cerca de US$ 8 bilhões este ano de cerca de US$ 5 bilhões no ano passado. E o país deverá US$ 12 bilhões em pagamentos mínimos da dívida apenas no ano que vem, dizem os economistas.

Além disso, a história oscilante da Argentina com os credores desqualificou o país, por enquanto, para conseguir um empréstimo a curto prazo do Fundo Monetário Internacional, que anunciou um pacote de ajuda internacional no mês passado, de acordo com Dominique Strauss-Kahn, diretor administrativo do FMI. Nem é provável que o governo peça um empréstimo, já que isso implicaria mudanças severas que ele não está disposto a fazer, dizem os economistas.

"Parece que a Argentina está no meio de sua própria armadilha, tentando resolver um grande dilema: uma recessão a curto prazo, com um programa de ajuste do FMI, ou assumir o risco de quebrar a médio prazo", diz Alfredo Coutino, economista-sênior da Moody's Economy.com para a América Latina.

Autoridades do ministério da Economia da Argentina não responderam aos pedidos recorrentes de entrevistas. Autoridades do governo menosprezaram os problemas fiscais do país nos últimos meses, insistindo que a Argentina não quebraria.

Mas com o Senado pronto para votar o plano de aposentadorias de Kirchner na semana que vem, os argentinos entraram com processos defendendo seu direito ao dinheiro, enquanto credores estrangeiros persuadiram tribunais - incluindo em Nova York - a congelar algumas das contas dos fundos de pensão.

Aqui em Palermo, Menghani diz que as vendas em seu restaurante caíram 12% no mês passado. Ele já dispensou dois empregados.

Ele também sabe que pode estar contribuindo com o desgaste do sistema bancário da Argentina ao converter a maior parte de seu dinheiro em dólares.

"É uma situação de Catch 22", diz ele. "Mas o governo estava mandando alguns sinais errados, e eu decidi ser cauteloso. Eles não me deram muita escolha".

Tradução: Eloise De VylderSeja consciente, aproveite o mundo racionalmente e preserve o para os nossos filhos
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Re: Câmbio em Buenos Aires - Nov/2008
por RU_gente » 15 Nov 2008, 23:45



RU_gente escreveu:
Um argentino me disse ontem a noite por MSN algumas coisas que me deixaram preocupado

A dona Presidenta colocou a policia federal vigiando as casas de Cambio para evitar que argentinos comprem dolar. Agora precisam apresentar holerith e a compra é limitada ao valor do salario. Isto porque o povo tá com medo de um novo Corralito e estão comprando dolar pra por no colchão. Brasileiro precisa mostra o comprovante de entrada para poder trocar real ou dolar por pesos. Sem comprovante só no paralelo e ai cai a 1 peso para 1 real. O dolar eles te passam um cartão de algum corretor em escritorio de cambio que paga os 3,30. desviando o dolar para vender no paralelo que passa do 3,50 para argentino. Se voce quiser pagam 3 peso por dolar mas o oficial é 3,30.

Com isto os arbolitos aqueles cambistas que ficam nas portas das casas de cambio e nas ruas oferecendo cambio voltaram a todo o vapor.

O Real se desvalorizou muito mas ainda é muito procurado.

Mas.......

Em julho 1 Real comprava 1,75 pesos
Em setembro 1 Real comprava 1,55 a 1,60 pesos
Agora em Novembro 1 Real está comprando 1,30 pesos nas casas de cambio (1,45 no oficial, mas....) e os arbolitos so querem dolar. Pagam 1 para 1 no Real. Nos arbolitos o dolar compra até 3,50 pesos. Mas é arriscadissimo comprar deles pois pode receber peso falso.

O negocio é ficar atento ao Dolar hoy e procurar casa de cambio com taxa boa pelo menos perto do 1,42 promedio oficial que estava hoje

http://www.dolarhoy.com.ar/
O meu amigo argentino me disse que em algumas lojas eles estão fazendo cambio acima de 3,50 para receber em dolares mas o troco vem em pesos. Ele ja chegou a ver mercadinho (kioscos) pagar 4 pesos por dolar em bairros de periferia.

O jogo é simples. Suponha que voce de uma nota de 100 dolares para pagar 70 pesos.

100 dolares x 3,5 = 350 pesos.

350 - 70 = 280 pesos de troco. Tai um excelente cambio. E um bom desconto na mercadoria pois o dolar usado foi de 3,50Seja consciente, aproveite o mundo racionalmente e preserve o para os nossos filhos
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Re: Câmbio em Buenos Aires - Nov/2008
por paulistaviajante » 18 Nov 2008, 12:32



Eu li em algum tópico aqui que o melhor lugar para cambiar dinheiro é no Banco de La Nacion, logo no Aeroporto de Ezeiza, queria saber se essa agência funciona 24 horas, ou até que horário.
Uma comparação realizada hoje:

dolar hoy, no dia de hj, 18/11/2008 - banco de La Nacion - 1Ar$= 0,71R$ ou
1,00R$ - 1,40Ar$-
av paulista, hj, 18/11/2008- banco de La Nacion - 1Ar$= 0,75R$ ou
1,00 R$ - 1.33 Ar$.

temde ficar atento dia a dia

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