segunda-feira, 31 de outubro de 2011

11112 - ALFREDO, O GRANDE (INGLATERRA - ( 871 - 899 )

Alfredo de InglaterraOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Santo Alfredo da Inglaterra

Estátua de Alfredo o Grande em Winchester
Rei de Inglaterra
Nascimento 849 em Ælfred
Morte 26 de Outubro de 899 em Winchester, Inglaterra
Veneração por Igreja Católica
Festa litúrgica 26 de outubro
Padroeiro: Inglaterra
Portal dos Santos
Alfredo de Inglaterra, dito Alfredo, o Grande (em inglês antigo Ælfred; 849 – 26 de outubro de 899) foi rei de Wessex desde 871 até sua morte. Fez-se célebre por defender seu reino contra os vikings, e como resultado disto foi o único rei de sua dinastia a ser chamado "O Grande", ou Magno, por seu povo. Foi também o primeiro rei de Wessex que se autoproclamou rei da Inglaterra. Os detalhes de sua vida são conhecidos graças ao irmão Asser, um cronista galês da época. Sendo um homem culto e letrado, ajudou muito a melhorar a educação e o sistema de leis de seu reino.

Índice
1 Inícios
2 Matrimônio e descendência
3 Primeiras ações
4 Acesso ao trono
5 Vitória decisiva
6 Novos problemas
6.1 Ação de Edmundo contra os dinamarqueses
6.2 Ações de Alfredo
7 Governo
8 Morte
9 Referências culturais

[editar] IníciosNasceu na localidade de Wantage, em Dorset, no ano de 849, sendo o quinto e mais novo dos filhos varões (foram 6 no total) de Ethelwulf, rei de Wessex, e de sua primeira esposa, Osburga.

Em 855, ao morrer sua mãe, acompanhou seu pai em uma peregrinação a Roma, passando em seu regresso uma temporada na corte do rei Carlos o Calvo de França. Ethelwulf casou-se então pela segunda vez, agora com a filha do rei francês, Judith.

Ethelwulf morreu em 13 de janeiro de 858, sendo sucedido por seu segundo filho, Ethelbaldo, o qual se casou com sua madrasta, Judith.

Nada se sabe dos seguintes anos de Alfredo durante os reinados de seus dois irmãos mais velhos, Ethelbald e Ethelbert que se sucederam rapidamente. Foi até o reinado do terceiro irmão (quarto na ordem de nascimento), Etelredo I, que o jovem Alfredo começou sua vida pública e sua brilhante carreira militar contra os Vikings. Foi graças a seus êxitos militares que, segundo o cronista Asser, foi-lhe concedido o título de secundarius ou co-rei, sendo possivelmente aprovado este cargo pela Witenagemot para evitar problemas na sucessão caso o rei morresse na batalha, ainda que com ele deserdaram aos dois filhos de Etelredo.

[editar] Matrimônio e descendênciaCasou-se na localidade de Winchester, no ano de 868, com Ethelswitha Mucel, filha de Etelredo, senhor de Gainsborough e descendente dos reis da Mércia pela linha materna. Deste matrimônio nasceram seis filhos:

Ethelfleda (n. 869 - m. Tamworth, Staffordshire, 12 de junho de 918), rainha da Mércia ao suceder a seu marido (911); casada com Etelredo, rei da Mércia (m.911).
Edmundo (n. 870 - m. 899), coroado em vida do seu pai como co-rei de Wessex, mas morreu antes que ele.
Eduardo (n. 872 - m. Farndon-on-Dee, 17 de julho 924), apelidado "o Velho", sucedeu seu pai como rei de Wessex.
Ethelgiva (n. 875 - m. 896), monja, abadessa de Shaftesbury, Dorset.
Elfrida (n. 877 - m. 7 de junho de 929), casada com Balduíno II, conde de Flandres (n.864-m.918) - filho do terceiro matrimônio da madrastra de seu pai, Judith.
Ethelweard (n. 880 - m. 26 de outubro de 920); pai de três filhos: os dois maiores, Elfwine e Ethelwine, morreram na batalha de Brunanburgh em 937, e o menor, Thurcytel, foi abade de Croyland, Lincolnshire.
[editar] Primeiras açõesEm 869, lutando ao lado de seu irmão Ethelred, fez uma tentativa fracassada de livrar Mércia da pressão dos dinamarqueses. Durante quase dois anos Wessex desfrutou de uma trégua. Mas no final de 870 iniciaram-se as hostilidades, e o ano seguinte seria conhecido como o "ano das batalhas de Alfredo". Nove batalhas foram realizadas com variados desfeches, ainda que o lugar e a data de duas delas não se tenham registrado. Uma emboscada de sucesso na batalha de Englesfield (em Berkshire, 31 de dezembro de 870) foi seguida por uma grande derrota na batalha de Reading (4 de janeiro de 871), para, quatro dias mais tarde, ocorrer uma brilhante vitória na batalha de Ashdown, perto de Compton Beauchamp, em Shrivenham Hundred.

Em 22 de janeiro de 871, os dinamarqueses derrotaram novamente os ingleses em Basing, e em 23 de abril de 871 em Merton, Wiltshire, onde morreu o rei Ethelred I; as duas batalhas não identificadas talvez tenham ocorrido neste intervalo.

[editar] Acesso ao tronoCom a morte de Ethelred I na batalha, Alfredo por fim sobe ao trono de Wessex, sendo coroado em Kingston-upon-Thames no mesmo dia.

Enquanto ele estava ocupado com o enterro e as cerimonias funébres de seu irmão, os dinamarqueses derrotaram o exército inglês em sua ausência em um lugar desconhecido, e uma vez mais em sua presença, em Wilton, no mês de maio. Depois de feita a paz, nos seguintes cinco anos os dinamarqueses ocuparam outras partes da Inglaterra, e Alfredo se viu obrigado a não realizar novas ações além da observação e proteção da fronteira. As coisas mudaram em 876, quando os dinamarqueses, sob um novo líder, Guthrum, regressaram ao reino e atacaram Wareham. Deste lugar, no início de 877, sob o pretexto de negociações, incursionaram até o oeste e tomaram Exeter. Ali Alfredo os bloqueou e, graças ao atraso de uma segunda frota dinamarquesa por causa de uma tormenta, os vikings tiveram que submeter-se e retirar-se para Mércia. Em janeiro de 878 os dinamarqueses voltaram à luta e fizeram um ataque repentino em Chippenham, uma praça forte a qual Alfredo estava mantendo desde o Natal, "e a maioria das pessoas foram capturadas, exceto o rei Alfred, o qual com uma pequena tropa reunida por ele consegue fugir... pelo bosque e pântano, e depois da Páscoa ele... construiu uma fortaleza em Athelney, e dessa fortaleza começa a lutar contra o inimigo" (crônica).

[editar] Vitória decisivaNo meio de maio de 878, os preparativos estavam prontos e Alfredo marchou de Athelney, reunindo no caminho as forças militares de Somerset, Wiltshire e Hampshire. Os dinamarqueses, por seu lado, moveram-se para fora de Chippenham, e os dois exércitos se enfrentaram na batalha de Edington, em Wiltshire. O resultado foi uma vitória decisiva para Alfredo. Os dinamarqueses foram submetidos. Guthrum, o rei dinamarquês, e 29 de seus principais homens receberam o batismo quando assinaram o Tratado de Wedmore. Como resultado disto, a Inglaterra se dividiu em duas terras, a metade ao sudoeste nas mãos dos saxões e a metade nororiental que ficaria conhecida como Danelaw sob domínio dinamarquês. No ano seguinte (879), não somente Wessex, mas também Mércia, ao oeste de Watling Street, estavam livres do invasor.

[editar] Novos problemasEntretanto, por aquele tempo, ainda que a metade nororiental da Inglaterra, incluindo Londres, estivesse nas mãos dos dinamarqueses, a verdade é que a maré estava contra. Naqueles anos havia paz na ilha, mas os dinamarqueses mantiveram-se ocupados na Europa. Um ataque à região de Kent em 884 ou 885, ainda que rechaçado com êxito, animou os dinamarqueses da Ânglia Oriental a mover-se novamente. As medidas tomadas por Alfredo para reprimir as agitações culminam com a tomada de Londres em 885 ou 886, e com o tratado conhecido como paz de Alfredo e de Guthrum, pelo qual os limites do tratado de Wedmore (com o qual se confunde um pouco) foram modificados materialmente para benefício de Alfredo.

[editar] Ação de Edmundo contra os dinamarquesesUma vez mais e durante uma época houve calmaria, mas na primavera de 892 ou 893 a última tormenta se desata. Os dinamarqueses, encontrando sua posição na Europa cada vez mais e mais precária, cruzaram a Inglaterra em dois grupos, com o agregado de 330 homens em barcos, e trincheiraram-se em uma vasta extensão em Appledore, e outro grupo menor fez o mesmo em Haesten, ambas em Kent. O fato de que os novos invasores trouxeram suas esposas e filhos com eles são demostrações que esta não era uma simples incursão, senão uma tentativa significativa, em acordo com o povo de Nortúmbria e os dinamarqueses da Ânglia Oriental, de conquistar a Inglaterra. Alfredo, em 893 ou 894, tomou uma posição de onde poderia observar ambas as forças. Enquanto ele estava em negociações com Haesten, os dinamarqueses de Appledore exploraram e invadiram o norte, dirigindo-se até o oeste, mas foram alcançados pelo filho mais velho de Alfredo, Edmundo, sendo derrotados em Farnham, e conduzidos a um refúgio na ilha de Thorney, em Hertfordshire Colne, onde foram forçados a submeter-se. Então caíram também em Essex, e depois de sofrer outra derrota em Benfleet, a força dinamarqueses de Haesten, em Shoebury, se submeteu a seu comando.

[editar] Ações de AlfredoAlfredo estava a caminho de ir auxiliar seu filho em Thorney quando viu que Nortúmbria e os dinamarqueses da Ânglia Oriental sitiavam Exeter e uma praça forte não nomeada na orelha de Devon do Norte. Alfredo imediatamente se apressa em marchar até o oeste e livra Exeter; o nome do outro lugar não foi registrado. Enquanto isso a força de Haesten põe-se em marcha sobre o vale do Tâmisa, possivelmente com a idéia de ajudar seus aliados no oeste. Mas uma força combinada sob o comando dos três grandes ealdormen (cavaleiros) de Mércia, de Wiltshire e de Somerset, os fizeram retroceder até o noroeste, finalmente sendo alcançados e bloqueados em Buttington (que alguns identificam como Buttington Tump próxima ao rio Wye, outros como Buttington perto de Welshpool). Uma tentativa de romper as linhas inglesas foi derrotada com grandes perdas no campo danês; os que escaparam refugiaram-se em Shoebury. Ali, logo de reforçar-se, fizeram um ataque repentino através da Inglaterra e ocuparam as ruínas romanas de Chester. O exército inglês não tentou um bloqueio de inverno, mas destruiu todas as fontes de provisões. No início de 894 ou 895 a falta de alimento obrigou aos dinamarqueses a retirar-se uma vez mais de Essex. Ao final desse ano e começo de 895 ou 896 os dinamarqueses tomaram seus barcos e navegaram sobre os rios Tâmisa e Lee. Um ataque direto contra as linhas dinamarquesas falhou, mas um pouco mais tarde nesse ano Alfredo obteve os meios para obstruir o rio com o fim de prevenir a saída dos barcos dinamarqueses. Os dinamarqueses viram que estavam sem saída e decidiram atacar a parte norte en Bridgenorth, sem êxito. No ano seguinte (896 ou 897), renderam-se. Alguns se retiraram a Nortúmbria, outros para Ânglia Oriental; os que não tinham nenhuma conexão com a Inglaterra se retiraram do continente. A longa campanha tinha terminado.

[editar] GovernoUma vez terminada a luta com os dinamarqueses, Alfredo se concentrou em reforçar a marinha real, sendo construídas diversas embarcações de acordo com o gosto do rei.

Também decidiu reconstruir a organização civil, gravemente danificada durante a invasão dinamarqueses, favorecendo aos desamparados e ganhando por isso o título de "Protetor do Pobre" (Asser).

Asser também fala de maneira grandiosa sobre as relações de Alfredo com potências estrangeiras, ainda que não haja muita informação disponível a este respeito. Ele certamente manteve correspondência com Elias III, o patriarca de Jerusalém, e enviou provavelmente uma missão à Índia. As embaixadas de Roma que asseguravam a salvação das almas inglesas ao papa eram bastante freqüentes; enquanto que o interesse de Alfredo pelos países estrangeiros demonstra-se pelas inserções que ele fez em sua tradução da obra de Paulo Orósio.

Por volta do ano de 890, Wulfstan de Haithabu emprendeu uma viagem de Haithabu em Jutlândia ao redor do Mar Báltico à cidade prussiana de Truso. Wulfstan deu detalhes de sua viagem a Alfredo.

[editar] MorteMorreu em Winchester, em 26 de outubro de 899, aos 50 anos de idade, em uma guerra (como sempre lutava na linha de frente), com uma flechada no olho. Foi sepultado na abadia de Newminster, mas logo foi trasladado à abadia de Hyde, em Winchester, onde reside atualmente sua estátua.

[editar] Referências culturaisAlfredo o Grande, filme de 1969 dirigido por Clive Donner, com David Hemmings no papel de Alfredo e Michael York no de Guthrum.
Alfred, the Great, ópera de Thomas Arne, com libreto de James Thomson (1740), da qual faz parte o coro Rule, Britannia (Governa, Britânia, governa sobre as ondas! Os britânicos jamais serão escravos!), considerado como segundo Hino da Inglaterra.
Alfredo il Grande, ópera de Gaetano Donizetti. Represntado pela primeira vez no Teatro San Carlo de Nápoles em 1823.
Crônicas Saxônicas, uma série de livros de Bernard Cornwell
Em 2002, Alfredo entrou em décimo quarto lugar na lista dos 100 maiores britânicos de todos os tempos feita pela BBC.
Precedido por
Etelredo Rei de Inglaterra
871 - 899 Sucedido por
Eduardo, o Velho

[Esconder]v • eBiografias
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