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História do Chile
A área hoje ocupada pelo Chile foi originariamente terra de índios araucanos e foi invadida pelos Incas no século XV. Em 1541 uma expedição espanhola fundou Santiago. O Chile foi subsequentemente colonizado por Espanha, que aí estabeleceu uma sociedade agrícola, apesar de os índios continuarem a insurgir-se contra os colonizadores até ao século XIX. Conquistou a independência em 1818 e venceu a guerra com o Peru e a Bolívia, na qual lhes retirou uma parte considerável de território.
O golpe de Estado ao Chile
Grande parte da história do Chile do século XX foi feita por lutas partidárias entre direita e esquerda. Os cristãos democratas de Eduardo Frei que estiveram no poder entre 1964 e 1970 foram seguidos pela coligação de esquerda liderada por Salvador Allende, o primeiro Chefe de Estado marxista democraticamente eleito. Ele nacionalizou as principais indústrias e as minas de cobre e iniciou uma política de justiça social. Os seus dias de governante estavam contados. A Agência Central de Investigação dos Estados Unidos, a CIA, descobriu que Allende era a favor do regime comunista cubano e encorajou a oposição a fazer cair o governo. Em 1973 o exército liderado pelo general Augusto Pinochet derrubou o governo. Allende foi morto ou, segundo uma outra versão, cometeu suicídio. Pinochet tornou-se presidente e os seus opositores foram torturados, feitos prisioneiros ou simplesmente desapareceram.
A presidente do Chile. Encarta
Em 1976 Pinochet proclamou um regime autoritário e em 1977 aboliu todos os partidos políticos e viu a sua política aprovada em referendo no ano seguinte. Em 1980 a transição para a democracia foi anunciada, mas as prisões e as torturas continuaram. Em 1983 a oposição a Pinochet crescia e apelava para o regresso à democracia. Em 1984 rebentou uma campanha bombista anti-governo, de que resultaram 90 dias de estado de emergência seguidos de 90 dias de estado de sítio. Em Outubro de 1988 Pinochet propôs-se continuar à frente dos destinos do país por mais oito anos, mas a sua proposta foi recusada através de plebiscito. Em Agosto de 1989, através de outro plebiscito, foram aprovadas alterações à Constituição, consagrando o retorno a um regime pluralista, e, em Dezembro, Patricio Aylwin, candidato do partido democrata-cristão, foi eleito presidente. Desmantelou a polícia política e ordenou a uma comissão governamental que investigasse 2000 execuções ocorridas entre 1973 e 1978, 500 crimes políticos e 700 desaparecimentos. Em 1991 um relatório oficial contava que 2279 pessoas tinham sido mortas pela polícia política durante a governação de Pinochet. Eduardo Frei substituiu Aylwin como presidente em Março de 1994.
A distribuição de riqueza continua a ser geradora de tensões no Chile. Em 1995, metade do rendimento nacional pertencia a 10% dos chilenos, enquanto 29% da população tinha apenas 3,7%. O orçamento do Estado Chileno aumentou a parte social (+8%); há menos pobres mas muito maior pobreza, apesar de o PIB por habitante ter triplicado nos últimos anos.
Chile. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2008. [Consult. 2008-09-15].
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