Santo Tomás de Aquino por
Fra Bartolommeo (1395 - 1455)
Presbítero e
Doutor da Igreja (Doctor Angelicus)
Nascimento 1225 em Roccasecca, Frosinone, Itália
Morte 7 de março de 1274 em Fossanova, Itália
Veneração por Igreja Católica
Canonização 18 de julho de 1323, Avinhão por: Papa João XXII
Festa litúrgica 28 de janeiro
Portal dos Santos
Tomás de Aquino OP (Roccasecca, 1225 — Fossanova, 7 de março 1274) foi um padre dominicano, filósofo, teólogo, distinto expoente da escolástica, proclamado santo e Doutor da Igreja cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Filosofia
3 A verdade
4 Ética de Tomás de Aquino
5 Pensamento
6 Tomás de Aquino na cultura
7 Cronologia
8 Obra
9 Ver também
10 Referências
11 Bibliografia
12 Ligações externas
[editar] BiografiaTomás nasceu em Aquino por volta de 1225, de acordo com alguns autores no castelo do pai Conde Landulf de Aquino, localizado em Roccasecca, no mesmo Condado de Aquino (Reino da Sicília, no atual Lácio). Por parte de sua mãe, a condessa Teodora de Theate, Tomás era ligado à dinastia Hohenstaufen do Sacro Império Romano-Germânico.[1] O irmão de Landulf, Sinibald, era abade da original abadia beneditina em Monte Cassino. Enquanto os demais filhos da família seguiram uma carreira militar,[2] a família pretendida que Tomás seguisse seu tio na abadia.[3] Esse era o caminho normal para a carreira do filho mais novo de uma família da nobreza sulista italiana.[1]
Aos cinco anos, Tomás começou sua instrução inicial em Monte Cassino, mas depois do conflito militar que ocorreu entre o imperador Frederico II e o papa Gregório IX na abadia, no início de 1239, Landulf e Teodora matricularam Tomás na studium generale (universidade), que havia sido criada recentemente por Frederico II em Nápoles.[4] Foi lá que Tomás provavelmente foi introduzido nas obras de Aristóteles, Averróis e Maimônides, todos que influenciariam sua filosofia teológica.[5] Foi igualmente durante seus estudos em Nápoles que Tomás sofreu a influência de João de São Juliano, um pregador dominicano em Nápoles que fazia parte do esforço ativo intentado pela ordem dominicana para recrutar seguidores devotos.[6] Nesta época seu professor de aritmética, geometria, astronomia e música era Pedro de Ibérnia.[7] Aos 19 anos, contra a vontade da família, entrou na ordem fundada por Domingos de Gusmão. Estudou filosofia em Nápoles e depois em Paris, onde se dedicou ao ensino e ao estudo de questões filosóficas e teológicas. Estudou teologia em Colônia e, em Paris, tornou-se discípulo de Santo Alberto Magno, que o "descobriu" e se impressionou com a sua inteligência. Por esse tempo foi apelidado de "boi mudo". Dele disse Santo Alberto Magno: "Quando este boi mugir, o mundo inteiro ouvirá o seu mugido."
Foi mestre na Universidade de Paris, no reinado de Luís IX.
Morreu aos 49 anos, na Abadia de Fossanova, quando se dirigia para Lião a fim de participar do Concílio, a pedido do Papa.
[editar] FilosofiaSeu maior mérito foi a síntese do cristianismo com a visão aristotélica do mundo, introduzindo o aristotelismo, sendo redescoberto na Idade Média, na Escolástica anterior, compaginou um e outro, de forma a obter uma sólida base filosófica para a teologia e retificando o materialismo de Aristóteles. Em suas duas summae, sistematizou o conhecimento teológico e filosófico de sua época: a Summa theologiae e a Summa contra gentiles.
A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na revelação) e uma Filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese definitiva: fé e razão, unidas em sua orientação comum rumo a Deus. Sustentou que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem. Afirmou que não pode haver contradição entre fé e razão.
Explica que toda a criação é boa, tudo o que existe é bom, por participar do ser de Deus, o mal é a ausência de uma perfeição devida e a essência do mal é a privação ou ausência do bem.
Além da sua Teologia e da Filosofia, desenvolveu também uma teoria do conhecimento e uma Antropologia, deixou também escrito conselhos políticos: Do governo do Príncipe, ao rei de Chipre, que se contrapõe, do ponto de vista da ética, ao O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
Com o uso da razão é possível demonstrar a existência de Deus, para isto propõe as 5 vias de demonstração:
Primeira via
Primeiro motor imóvel: tudo o que se move é movido por alguém, é impossível uma cadeia infinita de motores provocando o movimento dos movidos, pois do contrário nunca se chegaria ao movimento presente, logo há que ter um primeiro motor que deu início ao movimento existente e que por ninguém foi movido.
Segunda via
Causa primária: decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas coisas criadas. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita.
Terceira via
Ser necessário: existem seres que podem ser ou não ser (contingentes), mas nem todos os seres podem ser desnecessários se não o mundo não existiria, logo é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser.
Quarta via
Ser perfeito: verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo, logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a causa da perfeição dos demais seres.
Quinta via
Inteligência ordenadora: existe uma ordem no universo que é facilmente verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada.
[editar] A verdade"A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência". Tomás de Aquino concluiu que a descoberta da verdade ia além do que é visível. Antigos filósofos acreditavam que era verdade somente o que poderia ser visto. Aquino já questiona que a verdade era todas as coisas porque todas são reais, visíveis ou invisíveis, exemplificando: uma pedra que está no fundo do oceano não deixa de ser uma pedra real e verdadeira só porque não pode ser vista. Aquino concorda e aprimora Agostinho de Hipona quando diz que "A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é". A verdade está nas coisas e no intelecto e ambas convergem junto com o ser. O "não-ser" não pode ser verdade até o intelecto o tornar conhecida, ou seja, isso é apreendido através da razão. Aquino chega a conclusão que só se pode conhecer a verdade se você conhece o que é o ser.
A verdade é uma virtude como diz Aristóteles, porém o bem é posterior a verdade. Isso porque a verdade está mais próximo do ser, mais intimamente e o que o sujeito ser do bem depende do intelecto, "racionalmente a verdade é anterior".
Exemplificando: o intelecto apreende o ser em si; depois, a definição do ser, por último a apetência do ser. Ou seja, primeiramente a noção do ser; depois, a construção da verdade, por fim, o bem.
Sobre a eternidade da verdade ele, Tomás, discorda em partes com Agostinho. Para Agostinho a verdade é definitiva. Imutável. Já para Aquino, a verdade é a consequência de fatos causados no passado. Então na supressão desses fatos à verdade deixa de existir. O exemplo que Tomás de Aquino traz é o seguinte: A frase "Sócrates está sentado" é a verdade. Seja por uma matéria, uma observação ou analise, mas ele está sentado. Ao se levantar, ficando de pé, ele deixa de estar sentado. Alterando a verdade para a segunda opção, mudando a primeira. Contudo, ambos concordam que na verdade divina a verdade por não ter sido criada, já que Deus sempre existiu, não pode ser desfeita no passado e então é imutável.
[editar] Ética de Tomás de AquinoSegundo Tomás de Aquino, a ética consiste em agir de acordo com a natureza racional. Todo o homem é dotado de livre-arbítrio, orientado pela consciência e tem uma capacidade inata de captar, intuitivamente, os ditames da ordem moral. O primeiro postulado da ordem moral é: faz o bem e evita o mal.
Há uma Lei Divina, revelada por Deus aos homens, que consiste nos Dez Mandamentos.
Há uma Lei Eterna, que é o plano racional de Deus que ordena todo o universo e uma Lei Natural, que é conceituada como a participação da Lei Eterna na criatura racional, ou seja, aquilo que o homem é levado a fazer pela sua natureza racional.
A Lei Positiva é a lei feita pelo homem, de modo a possibilitar uma vida em sociedade. Esta subordina-se à Lei Natural, não podendo contrariá-la sob pena de se tornar uma lei injusta; não há a obrigação de obedecer à lei injusta (este é o fundamento objectivo e racional da verdadeira objecção de consciência).
A Justiça consiste na disposição constante da vontade em dar a cada um o que é seu - suum cuique tribuere - e classifica-se como comutativa, distributiva e legal, conforme se faça entre iguais, do soberano para os súbditos e destes para com aquele, respectivamente.
[editar] PensamentoPartindo de um conceito aristotélico, Aquino desenvolveu uma concepção hilemórfica do ser humano, definindo o ser humano como uma unidade formada por dois elementos distintos: a matéria primeira (potencialidade) e a forma substancial (o princípio realizador). Esses dois princípios se unem na realidade do corpo e da alma no ser humano. Ninguém pode existir na ausência desses dois elementos.[8]
A concepção hilemórfica é coerente com a crença segundo a qual Jesus Cristo, como salvador de toda a humanidade, é ao mesmo tempo plenamente humano e plenamente divino. Seu poder salvador está diretamente relacionado com a unidade, no homem ou na mulher, do corpo e da alma. Para Aquino, o conceito hilemórfico do homem implica a hominização posterior, que ele professava firmemente. Uma vez que corpo e alma se unem para formar um ser humano, não pode existir alma humana em corpo que ainda não é plenamente humano.[8]
O feto em desenvolvimento não tem a forma substancial da pessoa humana. Tomás de Aquino aceitou a ideia aristotélica de que primeiro o feto é dotado de uma alma vegetativa, depois, de uma alma animal, em seguida, quando o corpo já se desenvolveu, de uma alma racional. Cada uma dessas "almas" é integrada à alma que a sucede até que ocorra, enfim, a união definitiva alma-corpo.[8]
Conforme as próprias palavras de Aquino:
Em latim: "Anima igitur vegetabilis, quae primo inest, cum embryo vivit vita plantae, corrumpitur, et succedit anima perfectior, quae est nutritiva et sensitiva simul, et tunc embryo vivit vita animalis; hac autem corrupta, succedit anima rationalis ab extrinseco immissa (…) cum anima uniatur corpori ut forma, non unitur nisi corpori cuius est proprie actus. Est autem anima actus corporis organici".[8] Em inglês: "The vegetative soul therefore, which is first in the embryo, while it lives the life of a plant, is destroyed, and there succeeds a more perfect soul, which is at one nutrient and sentient, and for that time the embryo lives the life of an animal: upon the destruction of this, there succeeds the rational soul, infused from without (…) For since the soul is united with the body as a form, it is only united with that body of which it is properly the actualisation. Now the soul is the actualisation of an organised body".[9] Em português: "A alma vegetativa, que vem primeiro, quando o embrião vive como uma planta, corrompe-se e é sucedida por uma alma mais perfeita, que é ao mesmo tempo nutritiva e sensitiva, quando o embrião vive uma vida animal; quando ela se corrompe, é sucedida pela alma racional induzida do exterior (…) Já que a alma se une ao corpo como sua forma, ela não se une a um corpo que não seja aquele do qual ela é propriamente o ato. A alma é agora o ato de um corpo orgânico".
[editar] Tomás de Aquino na culturaTomás de Aquino sou; está-me vizinho / À destra de Colónia o grande Alberto / A quem de aluno e irmão devo o carinho. // Se do mais todos ser desejas certo, / Na santa c´roa atenta cuidadoso, / A tua vista a voz me siga perto. (Dante Alighieri, A Divina Comédia, Canto X, 97 – 102).
[editar] Cronologia1225 - Tomás de Aquino nasce no castelo de Roccasecca.
1226 - Morte de Francisco de Assis.
1230 - Tomás inicia seus estudos na Abadia de Montecassino.
1240 - Alberto magno começa a ensinar em Paris e a comentar Aristóteles.
1241 - Morte do papa Gregório IX
1244 - Fundação da Universidade de Roma. Tomás entra para a Ordem dos Dominicanos.
1245 - Estuda em Paris até 1248, sob a orientação de Alberto Magno.
1248 - Alberto Magno funda, em Colônia, uma faculdade de teologia. Tomás continua seus estudos em Colônia até 1259.
1252 - Leciona em Paris até 1259.
1257 - Robert de Sorbon funda um colégio na Universidade de Paris.
1259 - Escreve o Comentário sobre as sentenças e a Suma contra os gentios. Leciona na Itália, até 1268, em Agnani, Orvieto, Roma e Viterbo.
1261 - Início do pontificado de Urbano IV.
1265 - Clemente IV ascende ao trono papal. Nasce Dante Alighieri. Tomás redige a Suma Teológica, até 1273.
1266 - (?) Nasce Duns Scot.
1268 - Morte de Clemente IV. Interregno pontifical.
1269 - Ensina em Paris até 1272.
1271 - Eleição de Gregório X.
1274 - Tomás falece a 7 de março, em Fossanova.
1323 - É canonizado pelo papa João XXII.
[editar] ObraAs obras completas do Aquinate são:
Opera maiora
Scriptum super sententiis;
Summa contra gentiles;
Summa theologiae.
Quaestiones
Quaestiones disputatae;
Quaestio disputata De veritate, prooemium et articulus 1;[10]
Quaestio disputata De anima, prooemium et articulus 1;[11]
Quaestio disputata De anima, articulus 3;[12]
Quaestio disputata De anima, articulus 4;[13]
Quaestio disputata De spiritualibus creaturis, articulus 5;[14]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, prooemium et articulus 1;[15]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, prooemium et articulus 2; [16]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 3;[17]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 4;[18]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 5;[19]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 6;[20]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 7;[21]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 2, articulus 1;[22]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 2, articulus 2;[23]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 4, articulus 1;[24]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 3, articulus 1: De correctione fraterna;[25]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 1;[26]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 3, articulus 2: De correctione fraterna;[27]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 4, articulus 1: De spe;[28]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 4, articulus 2: De spe; [29]
Quaestiones de quolibet.
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 1 e 5,; Erro de citação
de fecho em falta, para o elemento
Opuscula
Opuscula philosophica;
De motu cordis;[30]
De mixtione elementorum;[31]
Epistola ad ducissam Brabantiae;[32]
Opuscula theologica;
Principium Rigans montes;[33]
Opuscula polemica pro mendicantibus;
Censurae;
Rescripta;
De emptione et venditione ad tempus; [34]
Liber de sortibus, caput 1;[35]
Liber de sortibus, caput 2;[36]
Liber de sortibus, caput 3;[37]
Responsiones.
Commentaria
In Aristotelem;
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, prooemium; [38]
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, I, Lectio 1; [39]
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, I, Lectio 2; [40]
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, I, Lectio 3-7; [41]
In neoplatonicos;
In Boethium.
Commentaria biblica
In Vetus Testamentum;
Commentaria cursoria;
In Novum Testamentum;
Catena aurea;
In epistolas S. Pauli.
Collationes et sermones
Collationes;
Sermones.
Documenta
Acta;
Opera collectiva;
Reportationes Alberti Magni super Dionysium.
Opera probabilia authenticitate
Lectura romana in primum Sententiarum Petri Lombardi;
Quaestiones;
Opera liturgica;
Sermones;
Preces.
Opera dubia authenticitate
Quaestiones;
Opuscula philosophica;
Rescripta;
Opera liturgica;
Sermones;
Preces;
Opera collectiva;
Reportationes.
Opera aliqua false adscripta
Quaestiones disputatae;
Opuscula philosophica;
Opuscula theologica;
Rescripta;
Concordantiae;
Commentaria philosophica;
Commentaria theologica;
Commentaria biblica;
Sermones;
Opera liturgica;
Preces;
Carmina.
[editar] Ver tambémTomismo
Adoro te devote (hino de louvor ao Sacramento da Eucaristia escrito por São Tomás de Aquino)
Doutrina da dupla verdade
Referências1.↑ a b Schaff, p. p. 422.
2.↑ Hampden, The Life, p. 14.
3.↑ Stump, Aquinas, p. 3.
4.↑ Davies, Aquinas: An Introduction, pp. 1-2
5.↑ Davies, Aquinas: An Introduction, p. 2
6.↑ Hampden, The Life, pp. 21-22.
7.↑ Grabmann, Martin. Virgil Michel, trans. Thomas Aquinas: His Personality and Thought. (Kessinger Publishing, 2006), pp. 2.
8.↑ a b c d Sancti Thomae de Aquino, Summa contra Gentiles, Caput 89. Disponível em http://www.corpusthomisticum.org/scg2056.html#25404 Acesso em 5 de novembro de 2009.
9.↑ Saint Thomas Aquinas, Of God and His Creatures. An Annotated Translation (With some Abridgement) of the Summa Contra Gentiles by Joseph Rickaby, Book II, Chapters 88-89. Disponível em http://www2.nd.edu/Departments/Maritain/etext/gc2_88.htm Acesso em 5 de novembro de 2009.
10.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-5-edicao/Quaestiones%20disputatae%20de%20veritate-proemium-et-art.1.pdf
11.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-2-edicao/Quaestiones%20disputata%20de%20anima-proemium-et-art.1%20-revisado.pdf
12.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%201-De%20anima%20art3-Faitanin.pdf
13.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%202-De%20anima%20art4-Astorga.pdf
14.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-8-edicao/Traducao%205-De%20spiritualibus-creaturis-art.-5-Fernada-Lima.pdf
15.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-4-edicao/De%20potentia-proemium-et-art1.pdf
16.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-5-edicao/Quaestiones%20disputatae%20de%20potentia%20art.2.pdf
17.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%204-De%20potentia%20q1%20art3-Faitanin.pdf
18.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%205-De%20potentia%20q1%20art4-Faitanin.pdf
19.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-8-edicao/Traducao%201-De%20potentia-q.1-art.-5-Paulo.pdf
20.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-8-edicao/Traducao%202-De%20potentia-q.1-art.-6-Paulo.pdf
21.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-8-edicao/Traducao%203-De%20potentia-q.1-art.-7-Paulo.pdf
22.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-8-edicao/Traducao%204-De%20potentia-q.2-art.-1-Roberto-Bernardo.pdf
23.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-11-edicao/Traducao%202-De%20potentia-q.2-art.-2-Roberto-Bernardo.pdf
24.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%206-De%20potentia%20q4%20art1-Petronio.pdf
25.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-6-edicao/Quaestiones%20disputate%20de%20virtutibus,%20quaestio%203,%20art.%201%20-%20de%20co.pdf
26.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-16-edicao/G.Traducao.16.2.pp.81-232.pdf
27.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%203-De%20virtutibus%20q3%20aet2-Bernardo-Roberto.pdf
28.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-6-edicao/Quaestiones%20disputatae%20de%20virtutibus,%20quaestio%204,%20art.1%20-%20de%20sp.pdf
29.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-6-edicao/Quaestiones%20disputatae%20de%20virtutibus,%20quaestio%204,%20art.2.pdf
30.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-4-edicao/De%20motu%20cordis.pdf
31.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-10-edicao/traducao%201-de%20mixtione%20elementorum-paulo-faitanin.pdf
32.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-10-edicao/traducao%202-rescripta%20ad%20ducissam%20brabantiae-fernanda-novarino-final.pdf
33.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-5-edicao/Rigans%20montes.pdf
34.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-1-edicao/De%20emptione%20et%20venditione%20ad%20tempus.pdf
35.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-9-edicao/Traducao%201-De%20sortibus-capitulo-1.pdf
36.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-9-edicao/Traducao%202-De%20sortibus-capitulo-2.pdf
37.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-9-edicao/Traducao%203-De%20sortibus-capitulo-3.pdf
38.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-13-edicao/Traducao-1-Commentaria-Metaphysicam-prooemium.pdf
39.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-15-edicao/traducao-2.santo-tomas-sentencas-sobre-os-livros-da-metafisica-I-lectio-1.pp.160-179.pdf
40.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-16-edicao/F.Traducao.16.1.pp.74-80.pdf
41.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao_atual/Traducoes/17/I.Aq.17.Trad.SantoTom+is_Sent._.pp.147-190..pdf
[editar] BibliografiaALARCÓN, E.; FAITANIN, P. et alii. Bibliographia Thomistica. Doctor Angelicus, 6 (2006), 301-401.
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CHESTERTON, G.K.. Santo Tomás de Aquino. Braga: Livr. Cruz, 1957.
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FAITANIN, P.; PÊCEGO, D. Papa João XXII, Redemptionem misit: bula de canonização de Santo Tomás de Aquino, 18 de julho de 1323. Edição bilíngue, introdução e notas. Cadernos da Aquinate n. 9. Niterói: Instituto Aquinate, 2010. http://www.aquinate.net/publicacoes.html
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[1]
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FAITANIN, P.;BARCELLOS, M. Papa São Pio X, Doctoris Angelici: motu proprio sobre a promoção do ensino de Santo Tomás nas escolas católicas, 29 de junho de 1914. Aquinate, n° 11 (2010), 111-120.
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Stump, Eleonore. Aquinas. [S.l.]: Routledge, 2003. ISBN 0415029600
[editar] Ligações externasO Wikiquote possui citações de ou sobre: Tomás de AquinoCatholic Encyclopedia: St. Tomás de Aquino (em inglês)
Suma Teológica em português e outros textos do Aquinate
Revista Eletrônica de Estudos Tomistas: aquinate.net
Obra completa (em latim)
Nova Escola - Reportagem - Tomás de Aquino - O pregador da razão e da prudência
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Política de privacidadeSobre a WikipédiaAvisos geraisVersão móvel Tomás de AquinoOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa São Tomás de Aquino, O.P.
Santo Tomás de Aquino por
Fra Bartolommeo (1395 - 1455)
Presbítero e
Doutor da Igreja (Doctor Angelicus)
Nascimento 1225 em Roccasecca, Frosinone, Itália
Morte 7 de março de 1274 em Fossanova, Itália
Veneração por Igreja Católica
Canonização 18 de julho de 1323, Avinhão por: Papa João XXII
Festa litúrgica 28 de janeiro
Portal dos Santos
Tomás de Aquino OP (Roccasecca, 1225 — Fossanova, 7 de março 1274) foi um padre dominicano, filósofo, teólogo, distinto expoente da escolástica, proclamado santo e Doutor da Igreja cognominado Doctor Communis ou Doctor Angelicus pela Igreja Católica.
Índice [esconder]
1 Biografia
2 Filosofia
3 A verdade
4 Ética de Tomás de Aquino
5 Pensamento
6 Tomás de Aquino na cultura
7 Cronologia
8 Obra
9 Ver também
10 Referências
11 Bibliografia
12 Ligações externas
[editar] BiografiaTomás nasceu em Aquino por volta de 1225, de acordo com alguns autores no castelo do pai Conde Landulf de Aquino, localizado em Roccasecca, no mesmo Condado de Aquino (Reino da Sicília, no atual Lácio). Por parte de sua mãe, a condessa Teodora de Theate, Tomás era ligado à dinastia Hohenstaufen do Sacro Império Romano-Germânico.[1] O irmão de Landulf, Sinibald, era abade da original abadia beneditina em Monte Cassino. Enquanto os demais filhos da família seguiram uma carreira militar,[2] a família pretendida que Tomás seguisse seu tio na abadia.[3] Esse era o caminho normal para a carreira do filho mais novo de uma família da nobreza sulista italiana.[1]
Aos cinco anos, Tomás começou sua instrução inicial em Monte Cassino, mas depois do conflito militar que ocorreu entre o imperador Frederico II e o papa Gregório IX na abadia, no início de 1239, Landulf e Teodora matricularam Tomás na studium generale (universidade), que havia sido criada recentemente por Frederico II em Nápoles.[4] Foi lá que Tomás provavelmente foi introduzido nas obras de Aristóteles, Averróis e Maimônides, todos que influenciariam sua filosofia teológica.[5] Foi igualmente durante seus estudos em Nápoles que Tomás sofreu a influência de João de São Juliano, um pregador dominicano em Nápoles que fazia parte do esforço ativo intentado pela ordem dominicana para recrutar seguidores devotos.[6] Nesta época seu professor de aritmética, geometria, astronomia e música era Pedro de Ibérnia.[7] Aos 19 anos, contra a vontade da família, entrou na ordem fundada por Domingos de Gusmão. Estudou filosofia em Nápoles e depois em Paris, onde se dedicou ao ensino e ao estudo de questões filosóficas e teológicas. Estudou teologia em Colônia e, em Paris, tornou-se discípulo de Santo Alberto Magno, que o "descobriu" e se impressionou com a sua inteligência. Por esse tempo foi apelidado de "boi mudo". Dele disse Santo Alberto Magno: "Quando este boi mugir, o mundo inteiro ouvirá o seu mugido."
Foi mestre na Universidade de Paris, no reinado de Luís IX.
Morreu aos 49 anos, na Abadia de Fossanova, quando se dirigia para Lião a fim de participar do Concílio, a pedido do Papa.
[editar] FilosofiaSeu maior mérito foi a síntese do cristianismo com a visão aristotélica do mundo, introduzindo o aristotelismo, sendo redescoberto na Idade Média, na Escolástica anterior, compaginou um e outro, de forma a obter uma sólida base filosófica para a teologia e retificando o materialismo de Aristóteles. Em suas duas summae, sistematizou o conhecimento teológico e filosófico de sua época: a Summa theologiae e a Summa contra gentiles.
A partir dele, a Igreja tem uma Teologia (fundada na revelação) e uma Filosofia (baseada no exercício da razão humana) que se fundem numa síntese definitiva: fé e razão, unidas em sua orientação comum rumo a Deus. Sustentou que a filosofia não pode ser substituída pela teologia e que ambas não se opõem. Afirmou que não pode haver contradição entre fé e razão.
Explica que toda a criação é boa, tudo o que existe é bom, por participar do ser de Deus, o mal é a ausência de uma perfeição devida e a essência do mal é a privação ou ausência do bem.
Além da sua Teologia e da Filosofia, desenvolveu também uma teoria do conhecimento e uma Antropologia, deixou também escrito conselhos políticos: Do governo do Príncipe, ao rei de Chipre, que se contrapõe, do ponto de vista da ética, ao O Príncipe, de Nicolau Maquiavel.
Com o uso da razão é possível demonstrar a existência de Deus, para isto propõe as 5 vias de demonstração:
Primeira via
Primeiro motor imóvel: tudo o que se move é movido por alguém, é impossível uma cadeia infinita de motores provocando o movimento dos movidos, pois do contrário nunca se chegaria ao movimento presente, logo há que ter um primeiro motor que deu início ao movimento existente e que por ninguém foi movido.
Segunda via
Causa primária: decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas coisas criadas. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita.
Terceira via
Ser necessário: existem seres que podem ser ou não ser (contingentes), mas nem todos os seres podem ser desnecessários se não o mundo não existiria, logo é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser.
Quarta via
Ser perfeito: verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo, logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a causa da perfeição dos demais seres.
Quinta via
Inteligência ordenadora: existe uma ordem no universo que é facilmente verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada.
[editar] A verdade"A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência". Tomás de Aquino concluiu que a descoberta da verdade ia além do que é visível. Antigos filósofos acreditavam que era verdade somente o que poderia ser visto. Aquino já questiona que a verdade era todas as coisas porque todas são reais, visíveis ou invisíveis, exemplificando: uma pedra que está no fundo do oceano não deixa de ser uma pedra real e verdadeira só porque não pode ser vista. Aquino concorda e aprimora Agostinho de Hipona quando diz que "A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é". A verdade está nas coisas e no intelecto e ambas convergem junto com o ser. O "não-ser" não pode ser verdade até o intelecto o tornar conhecida, ou seja, isso é apreendido através da razão. Aquino chega a conclusão que só se pode conhecer a verdade se você conhece o que é o ser.
A verdade é uma virtude como diz Aristóteles, porém o bem é posterior a verdade. Isso porque a verdade está mais próximo do ser, mais intimamente e o que o sujeito ser do bem depende do intelecto, "racionalmente a verdade é anterior".
Exemplificando: o intelecto apreende o ser em si; depois, a definição do ser, por último a apetência do ser. Ou seja, primeiramente a noção do ser; depois, a construção da verdade, por fim, o bem.
Sobre a eternidade da verdade ele, Tomás, discorda em partes com Agostinho. Para Agostinho a verdade é definitiva. Imutável. Já para Aquino, a verdade é a consequência de fatos causados no passado. Então na supressão desses fatos à verdade deixa de existir. O exemplo que Tomás de Aquino traz é o seguinte: A frase "Sócrates está sentado" é a verdade. Seja por uma matéria, uma observação ou analise, mas ele está sentado. Ao se levantar, ficando de pé, ele deixa de estar sentado. Alterando a verdade para a segunda opção, mudando a primeira. Contudo, ambos concordam que na verdade divina a verdade por não ter sido criada, já que Deus sempre existiu, não pode ser desfeita no passado e então é imutável.
[editar] Ética de Tomás de AquinoSegundo Tomás de Aquino, a ética consiste em agir de acordo com a natureza racional. Todo o homem é dotado de livre-arbítrio, orientado pela consciência e tem uma capacidade inata de captar, intuitivamente, os ditames da ordem moral. O primeiro postulado da ordem moral é: faz o bem e evita o mal.
Há uma Lei Divina, revelada por Deus aos homens, que consiste nos Dez Mandamentos.
Há uma Lei Eterna, que é o plano racional de Deus que ordena todo o universo e uma Lei Natural, que é conceituada como a participação da Lei Eterna na criatura racional, ou seja, aquilo que o homem é levado a fazer pela sua natureza racional.
A Lei Positiva é a lei feita pelo homem, de modo a possibilitar uma vida em sociedade. Esta subordina-se à Lei Natural, não podendo contrariá-la sob pena de se tornar uma lei injusta; não há a obrigação de obedecer à lei injusta (este é o fundamento objectivo e racional da verdadeira objecção de consciência).
A Justiça consiste na disposição constante da vontade em dar a cada um o que é seu - suum cuique tribuere - e classifica-se como comutativa, distributiva e legal, conforme se faça entre iguais, do soberano para os súbditos e destes para com aquele, respectivamente.
[editar] PensamentoPartindo de um conceito aristotélico, Aquino desenvolveu uma concepção hilemórfica do ser humano, definindo o ser humano como uma unidade formada por dois elementos distintos: a matéria primeira (potencialidade) e a forma substancial (o princípio realizador). Esses dois princípios se unem na realidade do corpo e da alma no ser humano. Ninguém pode existir na ausência desses dois elementos.[8]
A concepção hilemórfica é coerente com a crença segundo a qual Jesus Cristo, como salvador de toda a humanidade, é ao mesmo tempo plenamente humano e plenamente divino. Seu poder salvador está diretamente relacionado com a unidade, no homem ou na mulher, do corpo e da alma. Para Aquino, o conceito hilemórfico do homem implica a hominização posterior, que ele professava firmemente. Uma vez que corpo e alma se unem para formar um ser humano, não pode existir alma humana em corpo que ainda não é plenamente humano.[8]
O feto em desenvolvimento não tem a forma substancial da pessoa humana. Tomás de Aquino aceitou a ideia aristotélica de que primeiro o feto é dotado de uma alma vegetativa, depois, de uma alma animal, em seguida, quando o corpo já se desenvolveu, de uma alma racional. Cada uma dessas "almas" é integrada à alma que a sucede até que ocorra, enfim, a união definitiva alma-corpo.[8]
Conforme as próprias palavras de Aquino:
Em latim: "Anima igitur vegetabilis, quae primo inest, cum embryo vivit vita plantae, corrumpitur, et succedit anima perfectior, quae est nutritiva et sensitiva simul, et tunc embryo vivit vita animalis; hac autem corrupta, succedit anima rationalis ab extrinseco immissa (…) cum anima uniatur corpori ut forma, non unitur nisi corpori cuius est proprie actus. Est autem anima actus corporis organici".[8] Em inglês: "The vegetative soul therefore, which is first in the embryo, while it lives the life of a plant, is destroyed, and there succeeds a more perfect soul, which is at one nutrient and sentient, and for that time the embryo lives the life of an animal: upon the destruction of this, there succeeds the rational soul, infused from without (…) For since the soul is united with the body as a form, it is only united with that body of which it is properly the actualisation. Now the soul is the actualisation of an organised body".[9] Em português: "A alma vegetativa, que vem primeiro, quando o embrião vive como uma planta, corrompe-se e é sucedida por uma alma mais perfeita, que é ao mesmo tempo nutritiva e sensitiva, quando o embrião vive uma vida animal; quando ela se corrompe, é sucedida pela alma racional induzida do exterior (…) Já que a alma se une ao corpo como sua forma, ela não se une a um corpo que não seja aquele do qual ela é propriamente o ato. A alma é agora o ato de um corpo orgânico".
[editar] Tomás de Aquino na culturaTomás de Aquino sou; está-me vizinho / À destra de Colónia o grande Alberto / A quem de aluno e irmão devo o carinho. // Se do mais todos ser desejas certo, / Na santa c´roa atenta cuidadoso, / A tua vista a voz me siga perto. (Dante Alighieri, A Divina Comédia, Canto X, 97 – 102).
[editar] Cronologia1225 - Tomás de Aquino nasce no castelo de Roccasecca.
1226 - Morte de Francisco de Assis.
1230 - Tomás inicia seus estudos na Abadia de Montecassino.
1240 - Alberto magno começa a ensinar em Paris e a comentar Aristóteles.
1241 - Morte do papa Gregório IX
1244 - Fundação da Universidade de Roma. Tomás entra para a Ordem dos Dominicanos.
1245 - Estuda em Paris até 1248, sob a orientação de Alberto Magno.
1248 - Alberto Magno funda, em Colônia, uma faculdade de teologia. Tomás continua seus estudos em Colônia até 1259.
1252 - Leciona em Paris até 1259.
1257 - Robert de Sorbon funda um colégio na Universidade de Paris.
1259 - Escreve o Comentário sobre as sentenças e a Suma contra os gentios. Leciona na Itália, até 1268, em Agnani, Orvieto, Roma e Viterbo.
1261 - Início do pontificado de Urbano IV.
1265 - Clemente IV ascende ao trono papal. Nasce Dante Alighieri. Tomás redige a Suma Teológica, até 1273.
1266 - (?) Nasce Duns Scot.
1268 - Morte de Clemente IV. Interregno pontifical.
1269 - Ensina em Paris até 1272.
1271 - Eleição de Gregório X.
1274 - Tomás falece a 7 de março, em Fossanova.
1323 - É canonizado pelo papa João XXII.
[editar] ObraAs obras completas do Aquinate são:
Opera maiora
Scriptum super sententiis;
Summa contra gentiles;
Summa theologiae.
Quaestiones
Quaestiones disputatae;
Quaestio disputata De veritate, prooemium et articulus 1;[10]
Quaestio disputata De anima, prooemium et articulus 1;[11]
Quaestio disputata De anima, articulus 3;[12]
Quaestio disputata De anima, articulus 4;[13]
Quaestio disputata De spiritualibus creaturis, articulus 5;[14]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, prooemium et articulus 1;[15]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, prooemium et articulus 2; [16]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 3;[17]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 4;[18]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 5;[19]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 6;[20]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 1, articulus 7;[21]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 2, articulus 1;[22]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 2, articulus 2;[23]
Quaestiones disputatae De potentia, quaestio 4, articulus 1;[24]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 3, articulus 1: De correctione fraterna;[25]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 1;[26]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 3, articulus 2: De correctione fraterna;[27]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 4, articulus 1: De spe;[28]
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 4, articulus 2: De spe; [29]
Quaestiones de quolibet.
Quaestiones disputatae De virtutibus, quaestio 1 e 5,; Erro de citação
de fecho em falta, para o elemento
Opuscula
Opuscula philosophica;
De motu cordis;[30]
De mixtione elementorum;[31]
Epistola ad ducissam Brabantiae;[32]
Opuscula theologica;
Principium Rigans montes;[33]
Opuscula polemica pro mendicantibus;
Censurae;
Rescripta;
De emptione et venditione ad tempus; [34]
Liber de sortibus, caput 1;[35]
Liber de sortibus, caput 2;[36]
Liber de sortibus, caput 3;[37]
Responsiones.
Commentaria
In Aristotelem;
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, prooemium; [38]
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, I, Lectio 1; [39]
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, I, Lectio 2; [40]
In Aristotelem Sententia Libri metaphysicae, I, Lectio 3-7; [41]
In neoplatonicos;
In Boethium.
Commentaria biblica
In Vetus Testamentum;
Commentaria cursoria;
In Novum Testamentum;
Catena aurea;
In epistolas S. Pauli.
Collationes et sermones
Collationes;
Sermones.
Documenta
Acta;
Opera collectiva;
Reportationes Alberti Magni super Dionysium.
Opera probabilia authenticitate
Lectura romana in primum Sententiarum Petri Lombardi;
Quaestiones;
Opera liturgica;
Sermones;
Preces.
Opera dubia authenticitate
Quaestiones;
Opuscula philosophica;
Rescripta;
Opera liturgica;
Sermones;
Preces;
Opera collectiva;
Reportationes.
Opera aliqua false adscripta
Quaestiones disputatae;
Opuscula philosophica;
Opuscula theologica;
Rescripta;
Concordantiae;
Commentaria philosophica;
Commentaria theologica;
Commentaria biblica;
Sermones;
Opera liturgica;
Preces;
Carmina.
[editar] Ver tambémTomismo
Adoro te devote (hino de louvor ao Sacramento da Eucaristia escrito por São Tomás de Aquino)
Doutrina da dupla verdade
Referências1.↑ a b Schaff, p. p. 422.
2.↑ Hampden, The Life, p. 14.
3.↑ Stump, Aquinas, p. 3.
4.↑ Davies, Aquinas: An Introduction, pp. 1-2
5.↑ Davies, Aquinas: An Introduction, p. 2
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7.↑ Grabmann, Martin. Virgil Michel, trans. Thomas Aquinas: His Personality and Thought. (Kessinger Publishing, 2006), pp. 2.
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10.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-5-edicao/Quaestiones%20disputatae%20de%20veritate-proemium-et-art.1.pdf
11.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-2-edicao/Quaestiones%20disputata%20de%20anima-proemium-et-art.1%20-revisado.pdf
12.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%201-De%20anima%20art3-Faitanin.pdf
13.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%202-De%20anima%20art4-Astorga.pdf
14.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-8-edicao/Traducao%205-De%20spiritualibus-creaturis-art.-5-Fernada-Lima.pdf
15.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-4-edicao/De%20potentia-proemium-et-art1.pdf
16.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-5-edicao/Quaestiones%20disputatae%20de%20potentia%20art.2.pdf
17.↑ http://www.aquinate.net/revista/edicao%20atual/Traducoes/Traducoes-7-edicao/Traducao%204-De%20potentia%20q1%20art3-Faitanin.pdf
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[editar] Ligações externasO Wikiquote possui citações de ou sobre: Tomás de AquinoCatholic Encyclopedia: St. Tomás de Aquino (em inglês)
Suma Teológica em português e outros textos do Aquinate
Revista Eletrônica de Estudos Tomistas: aquinate.net
Obra completa (em latim)
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