Isaac NewtonOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa Nota: Newton redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Newton (desambiguação).
Isaac Newton
Ciência
Newton retratado por Godfrey Kneller, 1689 (com 46 anos de idade)
Nacionalidade Inglês
Nascimento 4 de janeiro de 1643
Local Woolsthorpe-by-Colsterworth, Inglaterra
Falecimento 31 de março de 1727 (84 anos)
Local Londres
Actividade
Campo(s) Ciência
Orientador(es) Isaac Barrow e Benjamin Pulleyn
Orientado(s) Roger Cotes,[1] William Whiston
Conhecido(a) por Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, Leis de Newton
Assinatura
ver
Sir Isaac Newton (Woolsthorpe-by-Colsterworth, 4 de janeiro de 1643 (no calendário Gregoriano) — Londres, 31 de março de 1727)[2][nota 1] foi um cientista inglês, mais reconhecido como físico e matemático, embora tenha sido também astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo.
Sua obra, Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, é considerada uma das mais influentes na história da ciência. Publicada em 1687, esta obra descreve a lei da gravitação universal e as três leis de Newton, que fundamentaram a mecânica clássica.
Mecânica Clássica
Movimento · Energia · Força [Expandir]Cinemática
Deslocamento · Velocidade · Aceleração · Movimento retilíneo · Movimento parabólico · Queda livre
[Expandir]Dinâmica
Força · Inércia · Leis de Newton · Primeira Lei de Newton · Segunda Lei de Newton · Terceira Lei de Newton
[Expandir]Trabalho e energia mecânica
Energia cinética · Energia potencial · Trabalho · Conservação da energia
[Expandir]Sistema de partículas
Centro de massa · Corpos rígidos · Momento linear · Conservação do momento linear
[Expandir]Colisões
Impulso · Colisão elástica · Colisão inelástica
[Expandir]Movimento rotacional
Posição angular · Deslocamento angular · Velocidade angular · Aceleração angular · Momento de inércia · Torque · Momento angular
[Expandir]Gravitação
Lei da gravitação universal · Princípio da superposição · Constante gravitacional · Velocidade de escape · Leis de Kepler · Princípio da equivalência
[Esconder]Cientistas
Clairaut · d’Alembert · Euler · Galileu · Hamilton · Horrocks · Kepler · Lagrange · Laplace · Newton · Einstein · Siméon-Denis Poisson
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Ao demonstrar a consistência que havia entre o sistema por si idealizado e as leis de Kepler do movimento dos planetas, foi o primeiro a demonstrar que os movimentos de objetos, tanto na Terra como em outros corpos celestes, são governados pelo mesmo conjunto de leis naturais. O poder unificador e profético de suas leis era centrado na revolução científica, no avanço do heliocentrismo e na difundida noção de que a investigação racional pode revelar o funcionamento mais intrínseco da natureza.
Em uma pesquisa promovida pela Royal Society, Newton foi considerado o cientista que causou maior impacto na história da ciência.[3] De personalidade sóbria, fechada e solitária, para ele, a função da ciência era descobrir leis universais e enunciá-las de forma precisa e racional[4].
Índice [esconder]
1 Primeiros anos
1.1 Os primeiros passos na escola
2 Universidade e resumo das suas realizações
3 Contribuições
3.1 Óptica
3.2 Lei da gravitação universal
3.2.1 A queda da maçã e a dúvida de Newton
3.3 As três Leis de Newton
3.4 Alquimia
4 Visão religiosa
4.1 Pontos de vista do fim do mundo
4.2 O movimento rosa-cruz
5 Os últimos anos de vida
6 Obras publicadas
7 Notas
8 Referências
9 Bibliografia
10 Ver também
11 Ligações externas
Primeiros anos
Newton (1702), por Godfrey Kneller, na National Portrait Gallery, Londres.Newton nasceu em 4 de janeiro de 1643 em Woolsthorpe Manor, embora seu nascimento tivesse sido registrado como no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642, pois àquela época a Grã-Bretanha usava o calendário juliano. Seu nascimento foi prematuro, não tendo conhecido seu pai, um próspero fazendeiro que também se chamava Isaac Newton e morreu três meses antes de seu nascimento. Sua mãe, Hannah Ayscough Newton, passou a administrar a propriedade rural da família. A situação financeira era estável, e a fazenda garantia um bom rendimento. Com apenas três anos, Newton foi levado para a casa de sua avó materna, Margery Ayscough, onde foi criado, já que sua mãe havia se casado novamente (um pastor chamado Barnabas Smith). O jovem Isaac não havia gostado de seu padrasto e brigou com sua mãe por se casar com ele, como revelado por este registro em uma lista de pecados cometidos até os 19 anos de idade: "Ameaçar meu pai Smith e minha mãe de queimar sua casa com eles dentro."[5] Tudo leva a crer que o jovem Isaac Newton teve uma infância muito triste e solitária, pois laços afetivos entre ele e seus parentes não são encontrados como algo verdadeiro.
Um ser de personalidade fechada, introspectiva e de temperamento difícil: assim era Newton, que, embora vivesse em uma época em que a tradição dizia que os homens cuidariam dos negócios de toda a família, nunca demonstrou habilidade ou interesse para esses tipos de trabalho. Por outro lado, pensa-se que ele passava horas e horas sozinho, observando as coisas e construindo objetos. Parece que o único romance de que se tem notícia na vida de Newton tenha ocorrido com a senhorita de nome Anne Storer (filha adotiva do farmacêutico e hoteleiro William Clarke), embora isso não seja comprovado.[6]
Os primeiros passos na escolaA partir da idade de aproximadamente doze até que os dezessete anos, Newton foi educado na The King's School, em Grantham (onde a sua assinatura ainda pode ser vista em cima de um parapeito da janela da biblioteca). Ele foi retirado da escola em outubro de 1659 para viver em Woolsthorpe-by-Colsterworth, onde sua mãe, viúva, agora por uma segunda vez, tentou fazer dele um agricultor; mas ele odiava a agricultura.[7] Henry Stokes, mestre da The King's School, convenceu sua mãe a mandá-lo de volta à escola para que pudesse completar sua educação.
Especula-se que Newton estudou latim, grego e a Bíblia. Alguns autores destacam a ideia de que era um aluno mediano, até que uma cena de sua vida mudou isso: uma briga com um colega de escola fez com que Newton decidisse ser o melhor aluno de classe e de todo o prédio escolar.[8]
Universidade e resumo das suas realizações
Isaac Newton.Newton estudou no Trinity College de Cambridge, e graduou-se em 1665. Um dos principais precursores do Iluminismo, seu trabalho científico sofreu forte influência de seu professor e orientador Barrow (desde 1663), e de Schooten, Viète, John Wallis, Descartes, dos trabalhos de Fermat sobre retas tangentes a curvas; de Cavalieri, das concepções de Galileu Galilei e Johannes Kepler.
Em 1663, formulou o teorema hoje conhecido como Binômio de Newton. Fez suas primeiras hipóteses sobre gravitação universal e escreveu sobre séries infinitas e o que chamou de teoria das fluxões (1665), o embrião do Cálculo Diferencial e Integral.
Por causa da peste negra, o Trinity College foi fechado em 1666 e o cientista foi para casa de sua mãe em Woolsthorpe-by-Colsterworth. Foi neste ano de retiro que construiu quatro de suas principais descobertas: o Teorema Binomial, o cálculo, a lei da gravitação universal e a natureza das cores. Construiu o primeiro telescópio de reflexão em 1668, e foi quem primeiro observou o espectro visível que se pode obter pela decomposição da luz solar ao incidir sobre uma das faces de um prisma triangular transparente (ou outro meio de refração ou de difração), atravessando-o e projetando-se sobre um meio ou um anteparo branco, fenômeno este conhecido como dispersão. Optou, então, pela teoria corpuscular de propagação da luz, enunciando-a em (1675) e contrariando a teoria ondulatória de Huygens.
Tornou-se professor de matemática em Cambridge (1669) e entrou para a Royal Society (1672). Sua principal obra foi a publicação Philosophiae Naturalis Principia Mathematica (Princípios matemáticos da filosofia natural - 1687), em três volumes, na qual enunciou a lei da gravitação universal (Vol. 3), generalizando e ampliando as constatações de Kepler, e resumiu suas descobertas, principalmente o cálculo. Essa obra tratou essencialmente sobre física, astronomia e mecânica (leis dos movimentos, movimentos de corpos em meios resistentes, vibrações isotérmicas, velocidade do som, densidade do ar, queda dos corpos na atmosfera, pressão atmosférica, etc.).
De 1687 a 1690, foi membro do parlamento britânico, em representação da Universidade de Cambridge. Em 1696 foi nomeado Warden of the Mint e em 1701 Master of the Mint, dois cargos burocráticos da Casa da Moeda britânica. Foi eleito sócio estrangeiro da Académie des Sciences em 1699 e tornou-se presidente da Royal Society em 1703. Publicou, em Cambridge, Arithmetica universalis (1707), uma espécie de livro-texto sobre identidades matemáticas, análise e geometria, possivelmente escrito muitos anos antes (talvez em 1673).
ContribuiçõesÓptica
Réplica do telescópio newtoniano.Entre 1670 e 1672, Newton trabalhou intensamente em problemas relacionados com a óptica e a natureza da luz. Ele demonstrou, de forma clara e precisa, que a luz branca é formada por uma banda de cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) que podiam separar-se por meio de um prisma.
Como resultado de muito estudo, concluiu que qualquer telescópio "refrator" sofreria de uma aberração hoje denominada "aberração cromática", que consiste na dispersão da luz em diferentes cores ao atravessar uma lente. Para evitar esse problema, Newton construiu um "telescópio refletor" (conhecido como telescópio newtoniano). Isaac Newton acreditava que existiam outros tipos de forças entre partículas, conforme diz na obra Principia. Essas partículas, capazes de agir à distância, agiam de maneira análoga à força gravitacional entre os corpos celestes.[9] Em 1704, Isaac Newton escreveu a sua obra mais importante sobre a óptica, chamada Opticks, na qual expõe suas teorias anteriores e a natureza corpuscular da luz, assim como um estudo detalhado sobre fenômenos como refração, reflexão e dispersão da luz.
Lei da gravitação universalVer artigo principal: Lei da gravitação universal
“O momento culminante da revolução científica foi o descobrimento realizado por Isaac Newton da lei da gravitação universal.”
— Bernard Cohen
Com uma lei formulada de maneira simples, Newton procurou explicar os fenômenos físicos mais importantes do universo. A lei da gravitação universal, proposta por Isaac Newton, tem a seguinte expressão matemática:
onde
F12 é a força, sentida pelo corpo 1 devido ao corpo 2, medida em newtons;
G é constante gravitacional universal, que determina a intensidade da força, ;
m 1 e m2 são as massas dos corpos que se atraem entre si, medidas em quilogramas; e
r é a distância entre os dois corpos, medida em metros;
o versor do vetor que liga o corpo 1 ao corpo 2.
A obra Principia, de Newton.A constante gravitacional universal foi medida anos mais tarde por Henry Cavendish. A descoberta da lei da gravitação universal se deu em 1685 como resultado de uma série de estudos e trabalhos iniciados muito antes. Em 1679, Robert Hooke comunicou-se, por meio de cartas com Newton e os assuntos eram sempre científicos.
Em verdade, foi exatamente em 1684 que Newton informou a seu amigo Edmond Halley de que havia resolvido o problema da força inversamente proporcional ao quadrado da distância. Newton relatou esses cálculos no tratado De Motu e os desenvolveu de forma ampliada no livro Philosophiae naturalis principia mathematica. A gravitação universal é muito mais do que uma força relacionada ao Sol. É também um efeito dos planetas sobre o Sol e sobre todos os objetos do universo. Newton explicou facilmente a partir de sua Terceira Lei da Dinâmica que, se um objeto atrai um segundo objeto, este segundo também pode atrair o primeiro com a mesma força. Concluiu-se que o movimento dos corpos celestes não podiam ser regulares. Para o célebre cientista, que era bastante religioso, a estabilidade das órbitas dos planetas implicava reajustes contínuos sobre suas trajetórias impostas pelo poder divino.
Macieira plantada no Jardim Botânico de Cambridge em homenagem a Newton.A queda da maçã e a dúvida de NewtonA história mais popular é a da maçã de Newton. Se por um lado essa história seja mito, o fato é que dela surgiu uma grande oportunidade para se investigar mais sobre a Gravitação Universal. Essa história envolve muito humor e reflexão. Muitas charges sugerem que a maçã bateu realmente na cabeça de Newton, quando este se encontrava num jardim, sentado por baixo de uma macieira, e que seu impacto fez com que, de algum modo, ele ficasse ciente da força da gravidade. A pergunta não era se a gravidade existia, mas se ela se estenderia tão longe da Terra que poderia também ser a força que prende a Lua à sua órbita. Newton mostrou que, se a força diminuísse com o quadrado inverso da distância, poderia então calcular corretamente o período orbital da Lua. Ele supôs ainda que a mesma força seria responsável pelo movimento orbital de outros corpos, criando assim o conceito de "gravitação universal". O escritor contemporâneo William Stukeley e o filósofo Voltaire foram duas personalidades que citaram a tal maçã de Newton em alguns de seus textos.
As três Leis de NewtonVer artigo principal: Leis de Newton
A primeira lei e a segunda lei de Newton, escritas em latim, na edição original, de 1687.Isaac Newton publicou estas leis em 1687, no seu trabalho de três volumes intitulado Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. As leis explicavam vários comportamentos relativos ao movimento de objetos físicos e foi um extenso trabalho no qual ele dedicou-se. A forma original na qual as leis foram escritas é a seguinte:
Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.
(Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele.)
Lex II: Mutationem motis proportionalem esse vi motrici impressae, etfieri secundum lineam rectam qua vis illa imprimitur.
(A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.)
Lex III: Actioni contrariam semper et aequalem esse reactionem: sine corporum duorum actiones in se mutuo semper esse aequales et in partes contrarias dirigi. (A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas.)
AlquimiaO seu primeiro contato com caminhos da alquimia foi através de Isaac Barrow e Henry More, intelectuais de Cambridge. Por volta de 1693, escreveu Praxis, uma obra que sugere uma filosofia que via na natureza algo diferente do que admitiam as filosofias mecanicistas ortodoxas. Newton dedicou muitos de seus esforços aos estudos da alquimia. Escreveu muito sobre esse tema, fato que soube-se muito tarde, já que a alquimia era totalmente ilegal naquela época.[carece de fontes?]
Visão religiosa
Newton, (1795), retratado por William Blake como um "geômetra divino".O formulador da Lei da gravitação universal teve uma aproximação com um clérigo, o seu próprio padrasto Barnabas Smith, que possuía bacharelado em Oxford. Newton possuía uma extensa biblioteca de teologia e filosofia ao seu dispor, incluindo desde estudos de línguas até todos os tipos de literatura clássica e bíblica, o que pode ter vitalizado seu espírito para inspiradoras abstrações. Adquirindo uma grande fama como cientista, Newton foi influenciado pela política e acabou não se ordenando clérigo, mas permaneceu fiel à sua crença no Universo, embora tenha comportado-se como um bom cristão anglicano, atendendo serviços na capela do Trinity Colege e, mais tarde, em Londres.[10] Iniciou uma série de correspondências com o filósofo John Locke.
Entre suas obras teológicas, destacam-se An Historical Account of Two Notable Corruption of Scriptures, Chronology of Ancient Kingdoms Atended e Observations upon the Prophecies. Algumas das coisas em que ele acreditava eram o tempo, sempre igual para todos os instantes, e os seis mil anos de existência que a Bíblia dá à Terra. Considerava que a mecânica celeste era governada pela gravitação universal e, principalmente, por Deus, sobre o qual relata: "A maravilhosa disposição e harmonia do universo só pode ter tido origem segundo o plano de um Ser que tudo sabe e tudo pode. Isto fica sendo a minha última e mais elevada descoberta." [11]
Pontos de vista do fim do mundo
Estátua de Newton no Trinity College.Em um manuscrito que ele escreveu em 1704 no qual ele descreve sua tentativa de extrair informações científicas a partir da Bíblia, ele estima que o mundo não iria terminar antes de 2060.[10]
Em 2007, a Biblioteca Nacional de Israel divulgou três manuscritos atribuídos a Isaac Newton nos quais ele calcula a data aproximada do apocalipse, relacionando profecias com história política e religiosa europeia daquela época. Em um dos manuscritos (datado do início do século XVIII), Newton, por meio de análise dos textos bíblicos do Livro de Daniel (do antigo testamento), conclui que o mundo deveria acabar por volta do ano de 2060, ao escrever "Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes". Em outra análise, o cientista interpreta as profecias bíblicas sobre o retorno dos judeus à terra prometida antes do apocalipse. "A ruína das nações más, o fim do choro e de todos os problemas, e o retorno dos judeus ao seu próspero reino", escreveu.[12][13]
Em Escatologia, Isaac Newton investiga uma parte da teologia e da filosofia preocupado com o que se acredita ser o apocalipse (último acontecimento na história do mundo, ou o derradeiro destino da humanidade) vulgarmente designado o fim do mundo.
Newton escreveu muitas obras que passariam a ser classificadas como estudos ocultos. Estas obras exploraram o ocultismo, a cronologia, alquimia e escritos bíblicos, propondo-lhes interpretações especialmente do Apocalipse.[14]
O movimento rosa-cruzA sociedade secreta rosa-cruz,[15] foi possivelmente a que maior influência exerceu sobre Newton. Apesar de o movimento rosa-cruz ter causado uma grande curiosidade entre os acadêmicos europeus durante o século XVII, à época de Newton já havia atingido a maturidade e se tornara algo menos sensacionalista. O movimento teve uma profunda influência sobre Newton, particularmente nas pesquisas sobre alquimia e filosofia.
A crença rosa-cruz de serem especialmente escolhidos para comunicarem-se com os anjos ou espíritos ecoa nas crenças proféticas de Newton. Os rosa-cruzes proclamavam também ter a habilidade de viver para sempre usando o elixir vitae e a habilidade de produzir um sem limite de quantidade de ouro a partir do uso da pedra filosofal, a qual diziam possuir. Tal como Newton, os rosa-cruzes foram profundamente filósofos místicos, declaradamente cristãos e altamente politizados. Newton teve muito interesse nas pesquisas sobre alquimia, mas também nos ensinamentos esotéricos antigos e na crença em indivíduos iluminados com a habilidade de conhecer a natureza, o universo e o reino espiritual.[15]
Ao morrer, a biblioteca de Newton apresentava 169 livros sobre o tópico da alquimia, e acreditava-se que teria consideravelmente mais livros durante os anos de formação em Cambridge, embora possivelmente os tenha vendido antes de mudar-se para Londres em 1696.[15]
Os últimos anos de vida
Sepultura de Newton na abadia de Westminster.Newton foi respeitado como nenhum outro cientista e sua obra marcou efetivamente uma revolução científica.
Seus estudos foram como chaves que abriram portas para diversas áreas do conhecimento cujo acesso era impossível antes de Newton.
Newton, em seus últimos dias, passou por diversos problemas renais que culminaram com sua morte. No lado mais pessoal, existem biógrafos que afirmam que ele teria morrido virgem.[16]
Na noite de 20 de março de 1727 (calendário juliano) faleceu. Foi enterrado junto a outros célebres homens da Inglaterra na Abadia de Westminster.
A causa provável de sua morte foram complicações relacionadas ao cálculo renal que o afligiu em seus últimos anos de vida.[17]
Seu epitáfio foi escrito pelo poeta Alexander Pope:
A natureza e as leis da natureza estavam imersas em trevas; Deus disse "Haja Newton" e tudo se iluminou.[18]
—
Obras publicadasMethod of Fluxions (1671);
Philosophiae naturalis principia mathematica (1687);
Opticks (1704);
Arithmetica Universalis (1707);
The Chronology of Ancient Kingdoms Amended (1728).
Também escreveu sobre os ramos da química, da alquimia, da cronologia e da teologia. Também sobre escoamento em canais, velocidade de ondas superficiais e o deslocamento do som no ar.
Notas1.↑ Enquanto Newton esteve vivo, dois calendários eram utilizados na Europa: o juliano na Grã-Bretanha e partes do norte e leste da Europa, e o gregoriano, utilizado pela Europa Católica Romana (instituído em 1582 mas adotado na Inglaterra só após 1752). No nascimento de Newton, as datas no calendário gregoriano eram dez dias adiantados do juliano; assim, Newton nasceu no dia de Natal, 25 de dezembro de 1642 no calendário juliano, mas no dia 4 de janeiro de 1643 no gregoriano. Já na época de sua morte, a diferença entre dias entre seus calendários passou para onze dias. Alguns autores consideram que Newton nasceu em 25 de dezembro para coincidir com a data da morte de Galileu e seus admiradores por considerarem que ele foi um presente de Natal para a humanidade.
Referências1.↑ Isaac Newton em Mathematics Genealogy Project
2.↑ Isaac Newton (1643 - 1727) (em inglês). BBC Historic Figures. Página visitada em 4 de janeiro de 2010.
3.↑ Newton beats Einstein in polls of scientists and the public (em inglês). The Royal Society. Página visitada em 12 de abril de 2008.
4.↑ Christianson, Gale E.. Isaac Newton and the scientific revolution. [S.l.]: Oxford University Press, 1996. p. 74. ISBN 0195092244
5.↑ Cohen, I.B. (1970). Dictionary of Scientific Biography, Vol. 11, p.43. New York: Charles Scribner's Sons
6.↑ Infidels, Freethinkers, Humanists, and Unbelievers - Newton, Sir Isaac (1642-1727) (em inglês). The Infidels. Página visitada em 4 de janeiro de 2010.
7.↑ Westfall 1994, pp 16-19
8.↑ FORATO, Thaís C. M.. Isaac Newton, os primeiros passo na escola. UNICAMP. Página visitada em 12/04/08.
9.↑ FRANCO, Hugo. Evolução dos conceitos da Física. Instituto de Física da Universidade de São Paulo. Página visitada em 12/04/08.
10.↑ a b Papers Show Isaac Newton's Religious Side, Predict Date of Apocalypse (em inglês). The Associated Press (19 de junho de 2007). Página visitada em 1 de agosto de 2007.
11.↑ NEWTON, Isaac. Principia, Book III. Newton’s Philosophy of Nature: Selections from his writings. Nova Iorque: H.S. Thayer, Hafner Library of Classics: 1953, (em inglês).
12.↑ Manuscrito de Isaac Newton traria data do apocalipse. Terra.com - Notícias (18 de junho de 2007). Página visitada em 12 de abril de 2008.
13.↑ A time and times and the dividing of time: Isaac Newton, the Apocalypse and 2060 A.D. (em inglês). isaac-newton.org. Página visitada em 4 de janeiro de 2010.
14.↑ Nova: Newton's Dark Secrets (em inglês). Pbs.org.
15.↑ a b c White, Michael (1999), Isaac Newton: The Last Sorcerer, Da Capo Press, p. 117, ISBN 0-7382-0143-X, http://books.google.com/books?id=l2C3NV38tM0C
16.↑ Assim na terra como no céu. TV Globo, Programa Fantástico. Página visitada em 12 de abril de 2008. "Criado pela avó, Newton cresceu evitando contato com outras pessoas, fossem homens ou mulheres. Ele jamais se casou, e muitos biógrafos afirmam que Newton morreu virgem."
17.↑ OSTAD, Edward; WISE, Gilbert J. Celestial bodies and urinary stones: Isaac Newton (1641–1727) – health and urological problems. BJU International 95 (1): 24–26.
18.↑ Nature and nature's laws lay hid in night; God said 'Let Newton be' and all was light
BibliografiaCHRISTIANSON, Gale E. In the Presence of the Creator: Isaac Newton and His Times. Nova Iorque: Collier MacMillan, 1984. 608 p.
DAMPIER, William C. e DAMPIER, M. Readings in the Literature of Science. Nova Iorque: Harper & Row, New York, 1959.
FONTAINE, Joëlle e SIMAAN, Arkan. A Imagem do Mundo dos Babilônios a Newton. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
GJERTSEN, Derek. The Newton Handbook. Nova Iorque: Routledge & Kegan Paul, 1986.
GLEICK, James. Isaac Newton, uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
NEWTON, Isaac.Óptica. São Paulo: EDUSP, 2002.
WESTFALL, Richard S: A vida de Isaac Newton. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995.
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Dinâmica
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Gravidade
Kepler
Leis de Newton
Mecânica clássica
Mecânica Newtoniana
Newton, unidade de medida
Óptica
Royal Society
Telescópio newtoniano
Ligações externasBiografia em MacTutor (em inglês)
Isaac Newton em Mathematics Genealogy Project
Evolução dos conceitos da Física
Issac Newton no Site Inventors
Isaac Newton (1643-1727) no site BBC History
texto sobre os primeiros passos da vida de Newton até sua consagração
Astronomia e Astrofísica
Newton e a religião
Manuscrito de Isaac Newton traria data do apocalipse
Precedido por
Isaac Barrow Professor lucasiano
1669 – 1702 Sucedido por
William Whiston
Precedido por
John Somers Presidentes da Royal Society
1703 – 1727 Sucedido por
Hans Sloane
[Expandir]v • eProfessor lucasiano
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Universidade de Cambridge
[Expandir]v • ePresidentes da Royal Society
Século XVII 1660–1662: Robert Moray • 1662–1677: William Brouncker • 1677–1680: Joseph Williamson • 1680–1682: Christopher Wren • 1682–1683: John Hoskins • 1683–1684: Cyril Wyche • 1684–1686: Samuel Pepys • 1686–1689: John Vaughan • 1689–1690: Thomas Herbert • 1690–1695: Robert Southwell • 1695–1698: Charles Montagu
Século XVIII 1698–1703: John Somers • 1703–1727: Isaac Newton • 1727–1741: Hans Sloane • 1741–1752: Martin Folkes • 1752–1764: George Parker • 1764–1768: James Douglas • 1768: James Burrow • 1768–1772: James West • 1772: James Burrow • 1772–1778: John Pringle
Século XIX 1778–1820: Joseph Banks • 1820: William Hyde Wollaston • 1820–1827: Humphry Davy • 1827–1830: Davies Gilbert • 1830–1838: Príncipe Augustus Frederick • 1838–1848: Joshua Alwyne Compton • 1848–1854: William Parsons • 1854–1858: John Wrottesley • 1858–1861: Benjamin Collins Brodie • 1861–1871: Edward Sabine • 1871–1873: George Biddell Airy • 1873–1878: Joseph Dalton Hooker • 1878–1883: William Spottiswoode • 1883–1885: Thomas Henry Huxley • 1885–1890: George Gabriel Stokes • 1890–1895: William Thomson • 1895–1900: Joseph Lister
Século XX 1900–1905: William Huggins • 1905–1908: John William Strutt • 1908–1913: Archibald Geikie • 1913–1915: William Crookes • 1915–1920: Joseph John Thomson • 1920–1925: Charles Scott Sherrington • 1925–1930: Ernest Rutherford • 1930–1935: Frederick Gowland Hopkins • 1935–1940: William Henry Bragg • 1940–1945: Henry Hallett Dale • 1945–1950: Robert Robinson • 1950–1955: Edgar Douglas Adrian • 1955–1960: Cyril Norman Hinshelwood • 1960–1965: Howard Walter Florey • 1965–1970: Patrick Maynard Stuart Blackett • 1970–1975: Alan Hodgkin • 1975–1980: Alexander Todd • 1980–1985: Andrew Huxley • 1985–1990: George Porter • 1990–1995: Michael Atiyah • 1995–2000: Aaron Klug
Século XXI 2000–2005: Robert May • 2005–2010: Martin Rees • 2010–2015: Paul Nurse
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Unidades base André-Marie Ampère • William Thomson (Lord Kelvin)
Unidades derivadas Blaise Pascal • Isaac Newton • Anders Celsius • Charles Augustin de Coulomb • James Watt • Alessandro Volta • Georg Simon Ohm • Michael Faraday • Joseph Henry • Wilhelm Eduard Weber • Werner von Siemens • James Prescott Joule • Antoine Henri Becquerel • Nikola Tesla • Heinrich Hertz • Rolf Sievert • Louis Harold Gray
Unidades não SI Cientistas cujos nomes são utilizados como unidades não SI
Constantes Cientistas cujos nomes são utilizados em constantes físicas
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