quinta-feira, 22 de novembro de 2012

filosofos: os sete sábios da grécia

Sete Sábios da GréciaOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Ir para: navegação, pesquisa Sete Sábios da Grécia


Filosofia Pré-Socrática



Data de nascimento: Séculos VII e VI a.C.

* Local: Grécia

Portal Filosofia

Índice [esconder]

1 Introdução

2 História

3 Máximas e Preceitos[4]

4 Notas

5 Referências





[editar] IntroduçãoAos Sete Sábios da Grécia eram atribuídas grande quantidade de máximas e preceitos - sentenças proverbiais -, por todos conhecidas. Algumas eram tão famosas que foram inscritas no templo de Apolo em Delfos. A lista dos Sete sábios não foi sempre a mesma, mas a mais difundida, do tempo de Platão, é a seguinte: Tales de Mileto, Periandro de Corinto, Pítaco de Mitilene, Bias de Priene, Cleóbulo de Lindos, Sólon de Atenas e Quílon de Esparta.[1]



A história posiciona os Sete Sábios da Grécia (gr: οἱ ἑπτὰ σοφοί) no período da fundação das pólis, que pode ser traduzido por "cidade", termo que dá origem à palavra "política". Neste período (séculos VII e VI a.C.) desenvolve-se o conceito de política, tal qual a entendemos atualmente, como também as bases da cultura ocidental.



No parágrafo VII de sua obra República, de 51 a.C., Cícero escreve: "Os sete homens a quem os gregos chamaram de sábios foram todos versados na administração pública; e, realmente, em nada se aproxima tanto a virtude humana da divina como a fundação de novas nações ou a conservação daquelas já fundadas".



[editar] HistóriaFora do âmbito mítico, vinte e dois homens foram citados como pertencentes ao grupo dos sete sábios[2], são eles: Tales, Pítaco, Bias, Sólon, Quilon de Esparta, Cleobulo, Periandro, Míson, Aristodemo, Epiménides, Leofanto, Pitágoras, Anacarses, Epicarmo, Acusilau, Orfeu, Pisístrato, Ferecides, Hermióneo, Laso, Panfilo e Anaxágoras. Nunca houve um consenso entre os historiadores, os únicos que sempre pertenceram ao grupo são os quatro primeiros da lista.



Como características, os sábios eram muito sintéticos em suas afirmações. De Sólon, temos: "Se sabes, cala"; de Bias: "Odeia o falar ligeiro"; de Cleobulo: "Ser ávido de escutar e não de falar" e de Quilon de Esparta: "Que a tua língua não corra à frente do teu pensamento". De Bias de Priene temos a seguinte máxima, profunda e atual: "A maioria dos homens é perversa"[3], a qual traz a mensagem embutida, de que a maioria é perversa. Numa rápida averiguação histórica, até o momento, sempre que o homem se fez maioria, a perversidade foi duramente percebida.



[editar] Máximas e Preceitos[4]Tales de Mileto



Conhece-te a ti mesmo [5] [6] [nota 1].

A ignorância é incômoda

Espera receber de teus filhos, quando fores velho, o mesmo tratamento que dispensaste a teus pais

Evita as palavras que possam ferir os amigos

Evita enriquecer por vias desonestas

Evita os adornos exteriores e procura os interiores

Perto ou longe, importa lembrar os amigos

Quem promete, falta.

Se és chefe, começa por saber dominar-te

Pítaco de Mitilene



A ambição é insaciável

Ama a educação, a temperança, a prudência, a verdade, a fidelidade, a experiência, a gentileza, a companhia dos outros, a exatidão, os cuidados domésticos, a arte e a piedade.

Dá-te ao respeito

Não faças o que não gostares que te façam

Não reveles projetos para, se falhares, não seres motivo de troça

Sabe aproveitar a oportunidade

Sábio é quem sabe discernir o futuro; o passado é passado, mas o porvir é incerto.

Bias de Priene



A maioria é perversa

Adolescente, sê activo; velho, sê sábio

Aprende a saber ouvir

Fala sempre com propósito

Não sejas nem mau, nem tolo

O cargo revela o homem

Persuade pelo bem, e nunca pela força

Reflete nos teus atos.

Sê cuidadoso na realização de um projeto e, uma vez iniciado, prossegue sem desfalecimento.

Vê-te num espelho.

Sólon de Atenas



Aconselha o que for justo, não o que aches agradável

Evita a mentira, confessando a verdade

Evita o prazer, se ele for causa de remorso

Guia-te pela razão

Honra pai e mãe

Mede as tuas palavras pelo silêncio e o silêncio pelas circunstâncias

Nada em excesso

Nunca digas tudo o que sabes

Procura ser honesto, porque a honestidade é melhor do que uma palavra honrada

Respeita os amigos

Quando souberes obedecer, saberás chefiar

Se exiges a honestidade dos outros, começa por ser honesto

Toma a peito as coisas importantes

Cleóbulo de Lindos



A medida é coisa ótima

A sabedoria é preferível à ignorância

Aconselha retamente os teus concidadãos

Casa com uma mulher da tua condição; se casares com uma rica, em vez de sogros arranjarás patrões

Considera inimigo público quem odiar o povo

Cuidado com a língua

Evita a violência

Evita acariciar a tua esposa em público; quem a desfruta em público procede mal, mas quem a acaricia, desperta paixões fúteis

Míson de Queneia ou Periandro de Corinto



A democracia é preferível à tirania

Guarda os segredos

Indaga as palavras a partir das coisas, não as coisas a partir das palavras

O estudo abarca todas as coisas

Os prazeres são mortais, as virtudes, imortais

Um lucro desonesto é uma calúnia contra o espírito

Quílon de Lacedemonia



Cuida de ti mesmo

Foge dos intriguistas

Não desejes o impossível

Não maldigas dos outros, para não ouvires críticas desagradáveis

Põe a razão antes da língua

Quando beberes, fala pouco para não cometeres indiscrições

Respeita os velhos

[editar] Notas[nota 1] ^ Posteriormente Sócrates adotou essa máxima, que acabou sendo vinculada ao seu nome.

Referências1.↑ Higino 221, Fabulae, CCXXI, Os Sete Homens Sábios

2.↑ Crescenzo, L., História da Filosofia Grega - Os pré-socráticos. Editorial Presença: Lisboa, 1988.

3.↑ Laércio, Diógenes, Vida dos Filósofos I, 71.

4.↑ António Pinela, Reflexões, 1980.

5.↑ [1] Euroshophia, António Pinela, Reflexões, 1980

6.↑ [2] Wilson Mileris, 2005

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