R7.comNotíciasEntretenimentoEsportesVídeosRede RecordE-mail. Receba novidades em seu e-mail
OK Procure no site Área do usuário
E-mail:
Senha: Cadastre-seEsqueci a senha
Brasil EscolaVestibularEducadorMonografiasExercíciosMeu ArtigoGuerrasCidadesCursosShoppingHomeFilosofiaO Diálogo como forma escrita e a Dialética em Platão
Especial
Dia das Crianças
Dia do Professor
Disciplinas
Artes
Biografias
Biologia
Espanhol
Educação Física
Filosofia
Física
Geografia
Geografia do Brasil
Gramática
História
História da América
História do Brasil
História Geral
Inglês
Italiano
Literatura
Matemática
Português
Química
Redação
Sociologia
ENEM
Correção Enem 2011
Dicas para o Enem
Gabarito Enem
Simulado do Enem
Vestibular
Bolsa de Estudo
Cotas
Guia de Profissões
Intercâmbio
Notícias Vestibular
ProUni
Resumos de Livros
Simulado
Universidades
Educador
Trabalho Docente
Estratégia de Ensino
Orientação Escolar
Gestão Educacional
Concursos
Inscrições Abertas
Vagas Nacionais
Mais Pesquisas
Acordo Ortográfico
Animais
Cultura
Curiosidades
Datas Comemorativas
Dicas de Estudo
Doenças
Drogas
Economia e Finanças
Educação
Frutas
Informática
Mitologia
Política
Psicologia
Religião
Regras da ABNT
Sexualidade
Saúde e Bem-estar
Saúde na Escola
O Diálogo como forma escrita e a Dialética em Platão
Platão discutiu conceitos que abordam o diálogo como forma escrita. Além disso, adotou a dialética (que ajuda a clarear pontos e elevar o entendimento) na sua obra e vida.
Platão discutiu conceitos que abordam o diálogo como forma escrita. Além disso, adotou a dialética na sua obra e vida
Durante vinte e quatro séculos, muito se falou sobre Platão. É o autor considerado inaugurador da “metafísica” Ocidental. Várias interpretações conflitantes, e até mesmo mutuamente excludentes, predominaram sobre um certo modo de lê-lo e acabaram por obscurecer seu pensamento vivaz e robusto, características da força artística da Grécia antiga.
Incompreensível, aquilo que se convencionou chamar de platonismo, parece, ainda hoje, corresponder a uma espécie de hipótese ad hoc, ou seja, salvar uma teoria ou continuar desenvolvendo-a sobre um determinado paradigma.
Em sua obra, os Diálogos, há a encenação dramática entre vários discursos, que se pretendem verdadeiros: sejam os discursos relativistas dos sofistas, sejam os filosóficos ou a procura de definições de Sócrates (bem como também daqueles que expõem com mais ou menos simplicidade e/ou dificuldades aquilo que pensam), há uma trama sensível de posições que entram em combate, em conflito direto. Mostração, demonstração e refutação; alegorias, mitos, matemática, imagética, são formas discursivas que tentam fazer ver algo, fazer aparecer algo.
Entretanto, esse algo nunca é dito diretamente da boca de Platão. Ele, enquanto autor dos diálogos, não se imiscui na cena dramática ou quando o faz é de forma irrelevante para o contexto. É Sócrates ou Górgias, ou Cálicles, ou Teeteto, ou o Estrangeiro, etc., que falam. Todos correspondem a uma intenção determinada do autor.
Devemos, portanto, fazer uma suspensão metodológica da tradição platônica para ler os diálogos com maior clareza e desta procurar saber se é possível ou não extrair uma filosofia propriamente dita platônica, concebendo Platão primeiro como autor para saber se pode ser também um filósofo e em que condições isto se dá.
Compreender qual a intenção de Platão em escrever na forma dialógica é buscar, a partir do estabelecimento das temporalidades, léxis (o que é dito), nóesis (o que é compreendido), gênesis (o momento histórico, a vida, etc., do autor) e poíesis (a cronologia das obras) e verificar, nesse ordenamento, como a gênesis influencia e determina a poíesis. Mostrar que essa intenção evidencia o quanto Platão pode ter herdado de Sócrates e ao mesmo tempo se afastado do “mestre”, pretendendo fazer do diálogo uma forma artística que concorresse com as outras formas de representar a realidade na Grécia antiga. Significa que Platão pretende fazer um bom uso da imitação e não completamente desprezá-la.
Assim, como no diálogo há vários discursos, a linguagem é objeto de diferentes valorações e pode ser tomada como sendo o que não é, como valendo mais do que vale. E é essa a crítica de Sócrates n’A República, livros II-III. É preciso, pois, uma apropriação sempre crítica da imediatidade do aparecer e não a sua exclusão sumária. Então, o desafio dos diálogos seria o de pensar o que é e o que não é e de ser capaz de dizê-los discursivamente. Podemos, assim, listar alguns objetivos específicos na intenção do autor em escrever na forma dialógica. São eles:
•Mostrar que Platão visa concorrer com outras formas artísticas (discursivas, outros modos de expressão do Lógos), porque mesmo que não possua uma doutrina fixa, ele acredita na possibilidade de inteligibilidade (entendimento e discernimento), tendo como pressuposto que o fim da comunicação é a persuasão. Por isso, pretende, ao expressar a odisséia socrática e contrapô-la a vários discursos, promover um mínimo de postura a quem deseja conhecer algo, incentivando o leitor a buscar o conhecimento por si mesmo;
•Platão adere ao método dialético. É o único dogma que se pode extrair tanto da sua vida quanto da sua obra. Não é nem cético, nem dogmático, mas filósofo, isto é, busca a verdade, consciente da impossibilidade de possuí-la plenamente. Aqui, mesmo que o autor não se imiscua na dramaticidade dos diálogos, há pontos de sua vida pessoal que permitem se aproximar de algumas opiniões dos personagens;
•A relação Éros e Lógos, inscrita nos diálogos, poderia servir de metodologia interna? A filosofia, no fim da odisséia, não compreende a necessidade de um saber forte, mas também reconhece as dificuldades ou até impossibilidades de o atingir. Então, o que permanece na busca? A dialética, como condição de existência para quem deseja o saber, ajuda a clarear pontos e elevar o entendimento, ao menos de forma temporária. Jamais significa que a chamada teoria das Ideias ou Formas corresponda a uma doutrina fixa. Pode-se pensar que seria uma hipótese, socrática, que não deu certo ou que esclareceu pontos, entrou em dificuldades e exigiu superação. Por isso, a necessidade da persuasão, da linguagem, do diálogo!
•O modo como o aparecer é inserido e não excluído no pensamento socrático. O que é criticável na arte, segundo os textos, não é a sua insuficiência ontológica, inferioridade da aparência com relação à essência. Não há mundo das ideias diferente do mundo das coisas. O que ocorre é a maior ou menor inteligibilidade sobre aquilo que aparece. Observe: o que faz uma coisa ser mais real do que outra? Isso não está explícito nos diálogos, não pode ser afirmado categoricamente.
Então, pode-se dizer que as nuances que perfazem essa problemática são mais bem compreendidas se ela for organizada de modo a fazer com que a nóesis corresponda corretamente com a léxis e dessas possa se abrir o caminho para a unificação dialética das diversas temporalidades e, só assim, entender o real sentido da filosofia platônica.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Anúncios Google
Visite o Perú
Cinco mil anos de história
que ainda continua viva.
www.youtube.com/VisitPeru
O que você achou deste texto?
Ótimo, texto completo
Bom, mas faltam exemplos e/ou imagens
Regular, faltam informações
Ruim, texto confuso
Péssimo, pouco esclarecedor
Interagir
Imprimir
Digg it
Del.icio.us
Siga-nos no Twitter
0 comentários
comentário
Cadastre-se Esqueci a senha
TOP 5
1 Independência do Brasil: processo histórico culminado com a proclamação de Dom Pedro I.
2 Hino da Independência: Conheça a história e a letra do hino da independência.
3 Cruzadas: Expedições medievais realizadas em nome de Deus.
4 Revolução Francesa: Marca o início da Idade Contemporânea
5 Feudalismo: Conheça a história do feudalismo e o surgimento da burguesia.
Brasil Escola nas Redes Sociais
Quem SomosAnuncie no Brasil EscolaExpedientePolítica de PrivacidadeTermos de UsoFale Conosco
--------------------------------------------------------------------------------
Resolução mínima de 1024x768. Copyright © 2002-2012 BrasilEscola.com - Todos os direitos reservados
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização (Inciso I do Artigo 29 Lei 9.610/98)
copyright 2002 - 2012 brasilEscola.com - Todos os direitos reservados. JOÃO FRANCISCO´P. CABRAL.
Nenhum comentário:
Postar um comentário